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História Coffee without sugar - Diversão


Escrita por: Meikiwi

Notas do Autor


Ca estou eu com um novo cap, aproveitem bastante o tempo bom que está havendo.

Capítulo 10 - Diversão


Me sentia acolhida, como se estivesse numa grande pilha de travesseiros daqueles filmes de princesa. Percebi que estava em um sono não tão profundo e preguiçoso.

As mãos de Childe fizeram um leve carinho nas minhas madeixas e após isso apenas saiu da cama, não abri os olhos. Estava com preguiça demais para levantar, e tenho total certeza de que quando eu colocar os pés no chão vou cair por estar com minhas pernas bambas.

Eu resolvo voltar a dormir.

— eu não pude ligar ontem. — a voz de Childe ecoou no quarto. — os caras fizeram uma festa, tá tudo uma bagunça.

— "eu estranhei você não ligar." — a voz de uma mulher o respondeu. — "estou fazendo o café, Teucer disse pra fazer torradas de canela."

— minhas preferidas. — eu nunca pensei que Childe fosse gostar de algo tão simples, mas tenho certeza que ele come muita coisa recheada de açúcar. Todo dia no café ele pede algo extremamente calórico.

Me faz perguntar como ele mantém aquele abdômen, se eu não correr viro uma linda bolinha. Isso é injusto.

— "Tônia está tão ansiosa!" — a mulher fala animada, acho que seria a mãe de Childe.

— hm? Pelo o que?

— "pra conhecer sua namoradinha!" — ela ri, parecendo contente. — "você nunca levou uma namoradinha pra nós conhecer, meu garotinho do meio está crescendo!"

— M-mãe a Lumine é apenas uma amiga.

Por instinto, assim que escutei meu nome me sentei na cama rapidamente, assustada por achar que estava balbuciando aquela conversa. Mas ao olhar para frente me deparo com dois ruivos com a boca em um perfeito "o" me encarando, olho para baixo e só assim vejo que só estou de sutiã — a única coisa que vesti ontem para não ficar totalmente pelada. — puta que pariu quero me matar de vergonha.

Finjo desmaio e caio na cama, me cobrindo por inteiro.

— "amigos, é?" — a voz da mulher se torna presente após um longo minuto.

— depois eu posso explicar, tchau mãe beijo! — apressado o ruivo desliga a chamada, e respira fundo.

Os passos dele se aproximam da minha grande muralha de edredons, e para bem a minha frente. Tiro minha cabeça para olha-lo.

— já começamos o dia de forma caótica. — ele ri. — vamos loirinha, pare com essa cara.

Franzo o cenho, olhando para ele fervendo. Mal podia explicar o que acabou de acontecer, como ele não pensou na possibilidade de que eu poderia simplesmente me levantar e sair andando nua mostrando a minha preciosa florzinha?!

— idiota. — foi tudo que pude falar antes de me levantar e começar a juntar as roupas espalhadas.

— Awww você é tão fofinha. — ele fala enquanto arruma a cama. — vamos fazer algo legal hoje?

— transar? — pergunto na lata pensando em segundas intenções, mas na realidade não estou nem um pouco interessada.

— loirinha pervertida! — ele diz, tampando sua própria boca e fechando os olhos, fazendo um draminha. — posso repensar se você quiser isso, ainda tenho muita energia.

— eu passo. — o olho com desdém tateando a pequena cômoda ao lado procurando pelo meus smartphone. — mas diz, o que tá pensando?

— tava pensando num jantar, ou sair pra ficar vagabundando no shopping. — ele diz chegando ao meu lado.

— por que isso do nada? — perguntei, curiosa.

— o contrato oras, te ajudar nos bagulhos de namoro. — childe diz, parecia que tinha lhe ofendido e eu ri muito.

— tanto faz.

(⁠ ⁠;⁠∀⁠;⁠)

— por que está se arrumando? — o loiro se encosta a parede, me analisando de cima a baixo.

— Childe me chamou pra comer algo. — simplesmente falo.

Aether contorce seu nariz e se torna desconfiado em alguns segundos, apartir daquele momento ele não sai da minha cola, desde secar meus cabelos até passar a maquiagem leve de sempre. Caminho até a cozinha e olho para o relógio da parede, ainda tinha trinta minutos antes que ele viesse me buscar. Suspiro.

Me viro e lá está meu irmão emburrado me olhando com uma tigela de cereais em mãos.

— desembucha. — suspiro, sentindo o leve sermão que está por vir.

— isso por acaso é... — ele dá uma pausa dramática. — um encontro?

— não. — respondo seriamente.

— ata. — o loirinho simplesmente sai andando feliz pela casa, com sua tigelinha.

— sério que ficou me encarando a tarde inteira por essa baboseira? — rio de sua cara.

— você disse que não era pra eu me meter nas suas coisas. — dá de ombros.

— então ao invés de falar, fica me seguindo até eu te perguntar o que está rolando?!

— sim. — abre um sorriso sínico.

— seu tampinha.

— nós temos quase a mesma altura cê sabe né? — me diz, enquanto assiste uma série qualquer na tv.

— feio.

— somos gêmeos, você só é uma skin minha, só que mulher.

— não tenho mais como usar esse insulto. Que droga. — ele ri.

Me sento ao seu lado no sofá, na esperança de que o tempo passe logo.

Eu deveria ter me arrumado mais, ou talvez menos. Eu não sei. Estou confusa.

Me lembro que tudo pareceu rápido demais, mas pra minhas memórias estava tudo tão lento. Childe apareceu na cafeteria por acaso, pedindo por sexo casual. E eu simplesmente neguei, por medo, medo das águas passadas. Dias depois Aether entra em um novo time e "tá dam" Childe está ali também, o mais fácil é que sempre consegue o que quer, por que dei a ele o que desde o começo lhe negava.

Me surpreende ele não me chutar do seu quarto e falar que não quer mais conversa comigo, muito mesmo. Acho que somos...amigos coloridos, como ele diz.

A campainha toca, e corro até a porta mocchi vem logo atrás, farejando quem está por trás dela. Abro e me deparo com um lindo ruivo de roupas casuais.

— azul fica bom em você. — comento. — vou só pegar minha bolsa e já volto.

Antes de subir as escadas Aether me entrega a pequena bolsa em minhas mãos, e fica entre nós dois.

— vão fazer o que hoje chichi? — meu irmão pergunta descaradamente para Childe, o apelido é engraçado, mas seu tom de voz é ameaçador.

— combinei de comprar presentes pra minha irmã Tônia. — respondeu tranquilamente.

— vocês tão muito juntinhos ein. — cruzou seus braços, colocando um belo biquinho.

— você que é chato e tem que ficar fazendo atividade da faculdade, idiota. — suspirou. — e você sendo homem não sabe nem escolher um presente legal.

Eu rio do diálogo, dando dois tapinhas em Childe para irmos, antes que Aether fique realmente bravo. Faço carinho em mocchi e dou um abraço no meu irmão.

Corro até o carro e me sento no banco do passageiro. Esperando o ruivo.

Ele entra e suspira, deslizando seu corpo pelo banco, visivelmente cansado.

— tá se sentindo bem? — perguntei.

— estou, só não aguento pressão de ser interrogado pelo seu irmão. — Childe abre seu sorriso habitual e da partida no carro.

— você tem que ver o meu pai, é pior.

— meu velho é bem de boa, só odiou por que não gostou de como fiquei depois do exército. — ele comenta.

— você já foi pro exército?!

Childe pega uma pequena sacola e joga no meio das minhas coxas, abri ela e posso ver todos os tipos de balas. Coloco uma de morango na boca e me assento melhor no banco.

— Sim, mas só por um ano. — ele ri fraco. — aquele inferno é horroroso.

— eu imagino você com o cabelo estilo corte militar.

— fiquei sexy? — Childe me pergunta, me olhando enquanto faz uma cara orgulhosa.

— já vi soldados melhores.

— tsc, vou cortar meu cabelo só pra cê ver que é mentira.

— por favor, não faça essa merda no seu cabelo. — respondo cruelmente. — vai por mim, neste tamanho já tá legal.

— admite que sou uma perdição, linda.

Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, talvez fosse pela grande vontade de rir dele.

— mas por que seu pai não gostou?

— ah, quando eu era pequeno eu costumava ser bem gentil, quieto também. — seu olhar cai entre os semáforos em sua frente. — quando fui me alistar ao exército e voltei, já tinha rolado muita coisa, meu psicológico ficou abalado com todas as merdas que vi. Vai por mim loirinha você não quer saber.

— sinistro. — respondi. — meu pai era muito próximo a família de Dainsleif, me lembro que todos os finais de semana quando éramos pequenos rolava uma panelinha de amigos lá em casa. Mas desde que tudo rolou, meu pai virou outra pessoa. Acho que entendo seu velho, ele deve só estar com medo.

— como seus pais ficaram após aquilo?

— meu pai tentou procurar por Dain, mas já estava tarde. Ele viajou para a Coréia, e lá terminou sua carreira de patinação. A impressa descobriu a localização da minha família, não paravam de me procurar. — respirei fundo. — minha mãe continuava em choque, ela nunca pensou que ele faria isso algum dia. Fomos obrigados a vender nossa antiga casa e morar em uma antiga nós arredores da cidade.

Pelo menos lá não tinha gelo, exceto pelos invernos.

— você sente falta...— Childe olha para mim, assim que estaciona o carro. — da sua casa?

— sim. Definitivamente. — respondo com convicção. — cresci alí, com meu irmão, e todos meus antigos animais estão enterrados no quintal.

— isso foi assustador. — ele ri. — vamos, antes que eu seja um novo mascote a sete palmos do chão.

— você por acaso é um cachorro?

— por você sim, au au.

Não pude segurar a risada, e ele também não. Apenas curtimos o momento subindo no elevador, é incrível como em qualquer momento Childe consiga me fazer ficar bem, independentemente do assunto que abordamos.

O compartimento finalmente abre, já era quase dezembro e todo o shopping já se preparava com diversos papais noéis por toda parte. Sorri genuinamente a ver a gigantesca árvore no centro, brilhando e ofuscando todas as lojas ao redor.

— Paimon super amaria isso. — comentei. — ela adora coisas brilhantes.

— Teucer gosta mais da comida, na verdade toda minha família gosta. — Childe responde, segurando minha mão enquanto a multidão de pessoas passa por nós, minhas bochechas com certeza estão vermelhas. Mas eu deveria me acostumar com isso. Afinal, é apenas um teste.

Caminhamos até a parte da diversão, ou seja, pelas lojas de brinquedos. Mas na realidade o ruivo só estava perdido porque não achava o Arcade.

Alguns minutos depois andando em círculos, pedimos informação a um segurança. Ele nos deu as cordenadas e saímos em busca daquilo tudo.

Desde então Childe não soltou minha mão um minuto sequer.

— qual quer experimentar primeiro? — perguntou, logo em frente.

— podemos ir na máquina de ursinhos? — juntei minhas mãos em suplica.

— puftt, claro ojou-chan.

Puxei o homem até quatro máquinas bem recheadas, me surpreendeu por ter todos os tipos de pelúcias, principalmente de personagens de filmes.

— eu quero... — observei o cubículo. — aquele Kirby.

Apontei para a pequena bolinha rosa no centro. Sorri para Childe colocando uma das fichas que comprou para jogar. Ele parecia muito concentrado, vidrado no Kirby que via em frente.

Tentou, uma, duas, três vezes mas não conseguiu. Eu ri, caçoando de sua cara.

— não ria de mim, é mais difícil Do que parece. — ele fez um biquinho fofo, cruzando seus braços. O draminha que sempre faz.

— da licença que a mamãe vai jogar. — estralei meus dedos, dando uma pausa dramática e Childe revirou seus olhos rindo da cena.

Peguei uma ficha em sua mão, e a musiquinha começou a ficar tensa, foquei ao máximo na minha futura pelúcia e curvei meu corpo enquanto a garra baixava até ele.

Sucesso, consegui.

O ursinho rola pela parte metalizada em cai em meus pés.

— poxa, poderia humilhar menos, hein. — o garoto ironiza.

— não perco uma chance de mostrar que sou melhor Childe.

— percebi.

Nos encostamos na parede próxima e observamos o lugar, mas algo chama a atenção de tartaglia. Uma pequena cabine de fotos.

— tá pensando no mesmo que eu? — ele diz.

— sim! — falo animadamente correndo que nem uma criança até a bendita cabine.

Ele para em frente e configura a máquina, colocando cinco dólares no compartimento.

— duas cópias, uma pra mim e pra você. — diz, se sentando ao meu lado e sorrindo para a câmera.

— diga macarrão! — sorri, fazendo um símbolo de paz nos dedos. Enquanto Childe tinha um de seus braços no meu ombro e o outro repetia a mesma pose que a minha. Na segunda foto fizemos uma careta, que ficou fantástica. Já na terceira Childe pede para que eu o olhe, quando encarei aqueles olhos oceânicos, a única coisa que pensei era em me afundar e afogar neles. Mas deixei este pensamento, me lembro mais uma vez e martelo minha mente para pensar em apenas um encontro de amigos.

Após sairmos da cabine, ele me entrega a sequência de fotos e mostra a mim todas que ele gostou. Confesso que não prestei muita atenção, por que desde que sai daquela cabine não pude focar em mais nada.

— o que acha da gente comer algo? — sugere, checando as horas no seu celular. — já são 7:00, e nós temos faculdade amanhã.

— sim. — sorri o seguindo.

Quando dou um passo para frente sinto algo correr em minha direção, e isso abraça minhas pernas. Dou um pequeno grito, que faz Childe se virar em minha direção. Assustado.

A única coisa que vejo ao me virar é ninguém mais ninguém menos que Toriel. Uma pequena garotinha de cabelos loiros e olhos azuis claros.

— Lulu, eu tava com tanta saudade. — ela choraminga, e lhe dou colo. — você me abandonou não foi?

— não, eu falei que quando quisesse poderia voltar e brincar com Paimon e eu! — a respondi lhe dando um abraço apertado, seu macacão agora estava molhado de lágrimas. — espera Toriel, você está sozinha?

— não. — ela se solta dos meus braços.

— Toriel! Já falei pra você não correr feito louca! E se você se perd-

Meus olhos queriam mentir ao o que vi em minha frente, após quase dois anos, Dainsleif está na minha frente, com seu cabelos agora maiores que de costume. E seu cheiro inconfundível do perfume que havia lhe dado no nosso último aniversário de namoro juntos.

Minha vontade foi de sair correndo, mas Toriel continuava pregada com suas mãos em mim.

Com seus olhos inocentes ela se vira e pede para que eu me abaixe.

— agora que o maninho voltou da Coreia... — ela respirou fundo. — vocês vão voltar a dar beijinhos?

Meu corpo entra em choque, por que ela faz essa pergunta em voz alta. Childe que observava a cena ao meu lado parecia queimar seu olhar em Dainsleif, que estava em choque em me ver. Desde que terminamos, Toriel não sabe. Ela simplesmente estava viajando quando aquilo aconteceu e é jovem demais pra entender os erros do seu irmão.

— eu estive te procurando por toda parte. — Dainsleif finalmente abre a boca. — senti tanto sua falta, liguei para Aether, mas tudo que ele fez foi rejeitar todas minhas ligações.

Ele deu um passo e eu recuei dois. Até que automaticamente meu pés paralisaram, Dainsleif colocou suas mãos em meu rosto e se aproximou de mim.

— volte pra mim Lumine. — sussurrou em meu ouvido.

Em poucos segundos Dain é mandado para longe com um empurrão, childe parecia enfurecido.

— só não te espancou aqui mesmo, seu broxa, por que sua irmãzinha tá aqui! — gritou. — ela não merece saber o irmão que tem.

— quem é você seu louco?! Como ousa tocar em mim filho da puta! — perguntou incrédulo.

— se tocar mais um dedo na minha mulher. Você vai sentir sua mão se transformar em farelos, entendeu?! — o ruivo o ameaça, segurando minha mão e me puxando pra fora. Deixando os dois alí. — vamos Lumine, pra casa.



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