Parada ali na calçada, firme e elegante nos seus saltos altos, ela chamava a atenção de todos. Ao contrário de Caitlin, qualquer coisa que usasse lhe ia muito bem. Tinha o porte altivo, a cintura fina, curvas bem feitas e pernas bonitas. Mas sobretudo o que chamava atenção nela era aquele encanto feminino aquele charme que nem todas as mulheres possuem.
– O sinal já abriu, Lauren.
Virou-se para Camila como se já a esperasse.
– Olá.
– Eu vinha perguntando: Quem será aquela moça de vestido vermelho? Você está de chamar a atenção.
– Todas as moças costumam ter um vestido vermelho.
– Eu não sabia – atravessaram a rua juntas – Disseram-me que vocês vão a Miami por estes dias?
– Vamos, sim.
– Lá está fazendo calor, agora.
– O hotel tem ar condicionado e eu quero ir apanhar sol até ficar morena.
– Acaba parecendo uma nativa.
– Talvez.
Tinha feito um penteado que cobria metade da testa de modo que, de longe parecia que estava com um chapeuzinho.
Camila sacudiu a cabeça.
– Não estou gostando.
– De que?
– Do seu penteado.
– Sinto bastante – disse com a voz carregada de ironia.
– Não gosto, mas não deixo de reconhecer que você fica muito atraente, esquisita, parece uma egípcia.
– Você hoje está para fazer comparações. Eu vou entrar nesta loja.
– Espere ai. Vamos comer algo – disse Camila segurando seu braço.
– Não. Adeus.
Desprendeu-se de sua mão e entrou na loja deixando-a só na calçada.
Camila apertou os lábios, resmungou, mas logo deu de ombros e pôs-se a andar com passos largos como se de repente tivesse ficado muito apressada
* – * – * –
Ao chegar em casa, Lauren encontrou uma grande confusão e sua mãe muito alterada.
– Lauren, você tirou minha pulseira de brilhantes?
– Sua pulseira de brilhantes? Para que eu iria tirá-la, mãe?
– Pois não está comigo. Desapareceu da minha caixa de jóias.
Lauren ficou admirada, mas procurou raciocinar.
– Mãe, você é muito distraída, talvez a tenha guardado noutro lugar.
– Já procurei por toda a parte. Eu sempre a guardo no cofre de jóias. Você sabe que só a uso em ocasiões especiais e agora, quando fui arrumar as coisas para a nossa viagem, eu dei por falta da pulseira. Ela foi roubada, Lauren!
Taylor estava também muito alarmada e dizia para a irmã:
– Já procuramos muito, Lauren, sem resultado. Estávamos com esperança que estivesse com você. Podia ser que você a tivesse usado em alguma ocasião e esquecido de colocá-la novamente no lugar.
– Eu nunca a tirei de lá. E não compreendo isso. Nossas empregadas são de toda a confiança, incapazes de ficar com um centavo que acharem em algum lugar. Deve estar em algum lugar, mamãe. Com certeza, você guardou noutra parte e não se recorda.
– Pois venha procurar conosco para se convencer de que não está.
Clara e suas filhas reviraram tudo e não encontraram a pulseira. Ficaram caladas e muito preocupadas.
– Seu pai vai ficar muito triste – disse Clara, que agora não tinha vontade de rir – Eu não queria que ele soubesse, mas acho que não poderemos deixar de dizer.
– O que você pensa fazer, mãe?
– Vou interrogar as empregadas. Se alguma delas confessar o roubo e devolver a pulseira, poremos uma pedra sobre o assunto e eu a despedirei sem escândalo. Mas se elas não confessarem não há outro remédio senão chamar a polícia.
– Eu não acredito. Não posso acreditar que Betty ou Rosa tenham sido capazes de ter furtado a pulseira. E Viviana muito menos, pois ela não sai da sua cozinha!
– Mas só pode ter sido uma delas. Eu vou chamar uma por uma e farei com que a culpada confesse.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.