História Cold Case Love - Chapter 4

Justin Pov's

Atlanta, 23 december, 5:00 a.m

Acordei na manhã seguinte, meio atordoado com o que tinha acontecido na noite passada. Katy dormia ao meu lado, sendo que virada para o lado oposto de mim, olhei para a mesma e levantei da cama, já que meu braço estava doendo e eu não conseguiria ter uma noite tranquila. Fui em direção as escadas, só de cueca e me surpreendi quando ouvi um barulho de campainha vindo da porta central. Procurei uma arma pela casa e achei uma dentro da gaveta da sala, peguei a mesma e fui abrir a porta, respirei aliviado quando vi que era Bruce pelo olho mágico e larguei a arma, abrindo a porta.

Bruce arregalou os olhos assim que viu os meus trajes, e eu nem tinha reparado que estava usando apenas uma box preta.

- To vendo que já está bem íntimo da patroa. - disse debochado. - Como está o seu braço? - perguntou.

- Tá melhor. - respondi envergonhado. - Katy me deixou dormir aqui, por que eu estava sem carro. - expliquei antes que ele pensasse alguma coisa.

- Você não me deve satisfação nenhuma. - ele disse adentrando na sala.

- Vou chamar a Katy. - eu disse subindo aproveitando para me vestir.

- Tá cedo ainda, ela gosta de ser pontual, as seis ela levanta. - explicou.

Subi em direção ao quarto e peguei a minha calça que estava jogada no chão, tomando cuidado para não fazer muito barulho e acorda-lá.

Quando eu fui pegar o meu celular que estava na cômoda do lado da cama, acabei sem querer esbarrando em um jarro de flores e derrubando o mesmo.

- Merda. - eu disse tentando limpar com a mão. 

Katy deu um pulo na cama e por impulso já pegando a arma que estava de baixo do seu travesseiro e apontando para mim com a cara inchada e os olhos meio abertos. Ri com a sua atitude e levantei os braços como se estivesse me rendendo.

- Porra Justin, tá maluco caralho? - disse irritada ao perceber que era eu.

- Foi sem querer, bom dia. - sorri.

- Bom dia é o caralho. - disse se levantando e passando a mão no rosto. - Que horas são? - perguntou.

- Cinco e meia. - respondi assim que olhei o meu relógio.

- Merda. - ela disse se levantando e eu não consegui não olhar para seu belo corpo coberto apenas por uma camisola de renda rosa.

Assim que Katy entrou em seu closet meu celular vibrou no meu bolso. Peguei o mesmo e vi a mensagem.

Desculpa por ontem, como você está?

Eu já sabia quem era então apenas respondi que estou bem e bloquei o celular assim que Katy voltou completamente vestida. Trajando uma calça jeans de cintura alta e um cropped preto e como de costume seu belo salto preto. Ela olhou para mim e se virou aparentemente sem graça, ri com a sua atitude e sai do quarto. Hoje o dia ia ser longo.

Katy Pov's

Acordei com uma dor de cabeça insuportável devido ao barulho que Justin fez quebrando aquela merda daquela jarra. Me vesti de qualquer jeito e desci, já que eu não estava muito bem e nem com paciência de me produzir toda. Assim que eu cheguei na sala encontrei Bruce e Justin na mesma, sentados no sofá conversando.

- Seis em ponto. Adoro a sua pontualidade. - disse Bruce. Sorri em resposta e me sentei na cadeira em frente ao sofá.

- Temos um problema. Um não, dois. - disse olhando para os dois.

- Eu estou sabendo Katy. - disse Bruce. - Você não tem a mínima ideia de quem seja? - perguntou.

- É claro que não porra. - gritei. - Se eu tivesse, você realmente acha que essa pessoa já não estaria morta? 

- Eu sei disso Katy.... - ele ia dizendo quando eu o interrompi.

- Não Bruce, você não sabe. - eu disse o cortando. - Tem alguém nessa porra me traindo, e enquanto eu não descobrir quem é, eu vou matando um por um. - eu disse olhando para os dois e saindo dali indo em direção ao meu escritório.

Assim que eu entrei no mesmo eu me joguei na minha cadeira e derrubei tudo que estava em cima da mesa, eu estava pouco me fudendo com o que era e muito menos quem ia limpar. Depois de ter feito isso, abri a terceira gaveta da minha mesa e peguei um pacotinho com a minha tão amada cocaína. Eu não sou viciada e nem de drogava com frequência, mas quando eu tinha algum problema, se eu não cheirasse pelo menos um pouco, eu acabava matando alguém. Arrumei três carrerinhas em cima da mesa, e com a ajuda  de um canudo inalei todo aquele pó de uma vez, assim que acabei joguei a cabeça para trás e fechei os olhos, aproveitando a sensação maravilhosa da droga. Um pouco zonza, abri mais uma vez a gaveta e peguei um cigarro de maconha, acendendo o mesmo e fumando. Eu me sentia livre, relaxada, sem problemas. Sem dúvidas a droga era o meu melhor amigo e ao mesmo tempo o meu pior inimigo.

Ouvi a porta batendo, não reconheci a voz então não respondi, apenas fiquei de olhos fechados fumando e aproveitando. 

- Katy. - gritou uma voz masculina. Abri os olhos com dificuldade e consegui enxergar mesmo embaçado quem era. 

- Quem te deixou entrar aqui, Justin? - perguntei apagando o cigarro no cinzeiro e tentando ficar séria para falar com ele.

- Você não respondeu então eu entrei. - disse. - Você tá se drogando? - perguntou me observando.

Eu ri com a sua pergunta.

- Não, eu to brincando de Barbie. - eu disse debochada rindo ainda mais.

- A carga do Ian vai chegar amanhã e a gente não tem nada resolvido, nenhum plano. - ele disse se sentando na cadeira em minha frente. - E amanhã é véspera de natal, eu queria saber se posso ir na casa dos meus pais.

- Claro que não. - respondi. - Amanhã a gente vai roubar essa carga do jeito tradicional. Eu já pensei em tudo Justin, vocês vão ver. - eu disse sorrindo