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História Colecionadora de Almas - A mulher fatal e a criança que perdeu a pureza


Escrita por: Yuro_

Notas do Autor


Yoo! Bem, aki está a continuação do Natsu-kawaii, espero que gostem ^^

Capítulo 4 - A mulher fatal e a criança que perdeu a pureza


Natsu on:       

Reação que vinham de um sentimento que eu queria esquecer...

E me deixei mergulhar nos sonhos nostálgicos.

"Aquilo fora realmente idiota. Por que diabos tinha que aceitar todas as apostas idiotas do Gray?! E aquela? Quem em plena consciência aceitaria descer um dos montes mais inclinados de Fiore em uma tabua com rodas?! Bem, não é como se eu tivesse consciência mesmo."

"-Ahhhhhh!!!- Era tudo que aquele meu eu de 12 anos conseguia dizer enquanto o vento o fazia apertar os olhos, a tabua instável tremia perigosamente. O fim do morro estava longe do fim."

"Erza e Gray gritavam do topo do morro palavras de incentivo, logo saí da vista deles ainda gritando, segurando firmemente a tábua."

"Só que havíamos esquecido que no meio da descida irregular do morro tinha uma trilha esquecida e escondida entre as árvores. E foi quando eu estava perto dela que vi uma figura de capa negra aparecer, segurando uma foice enorme, que constatava com seu tamanho, que traía que devia ter minha idade."

"Eu gritei para ela:"

"-Cuidado!!! Saí da frente!!!- Só deu tempo dela olhar, e vi por um segundo seus olhos castanhos brilhando de surpresa. Depois já estávamos a apenas poucos metros de distância, ela dá um pulo que me surpreende pela agilidade, mas mesmo assim, ele não foi alto o bastante e ela acaba caindo na tábua, quase me jogando para fora dela e tampando minha visão."

"Por causa da falta de visão acabo batendo numa arvore. Depois de um momento me encontro jogado no chão, a figura jogada ao meu lado, e os destroços do meu "carro" improvisado espalhados pelo chão, uma das rodas rodava em círculos ao meu lado."

"Abri os olhos lentamente, gemendo de dor baixo, tinha alguns machucados nas costas  e vários arranhões pelo corpo. Vejo  pelo canto do olho a figura que eu quase atropelara se levantando lentamente, e o capuz que cobria seu rosto escorregou. Me preparo para brigar com ela. Quando vejo seu rosto e simplesmente paraliso."

"Diante de mim, um garota que deveria ter minha idade, traços delicados e angelicais, cabelos loiros que caíam sobre os ombros, mas não passavam deles. Tinha uma pele branca, e olhos chocolates que agora me encaravam."

"Percebi que eu não sabia o que fazer. Mas ela fez algo primeiro, ela levantou-se, me olhou por um momento, depois estendeu a mão para o lado para onde sua foice caíra. A foice voa até a sua mão, que se fecha. Estava olhando ela chocado... ela... era maga como eu?"

"Depois, com sua mão livre ela se aproxima e a estende."

"-Desculpe, você está bem?"

"Demorei um pouco para acordar, estava divagando sobre como a voz dela combinava com aquela aparência angelical. Nunca havia reparado nessas coisas em ninguém, coisas como é bonito a brisa soprando nos cabelos dela ou era fofo ela assoprando os cabelos que caíam no rosto com o canto da boca com um expressão impaciente."

"Ele me olhou confusa quando demorei de responder, finalmente achei minha voz e disse:"

"-N-não, eu que deveria me desculpar. Eu estou bem, e você?"

"-Também, agradeço a preocupação.- Ela sorri docemente."

"Aquela foi a gota d'água, de repente, só de ver aquele sorriso, meu coração começou a palpitar como se eu estivesse correndo uma maratona. Senti meu rosto arder e minhas mãos ficarem suadas. Sabia que tinha que falar alguma coisa, mas o que?"

"-Er... Nunca te vi por aqui, é uma viajante?"

"Ela pareceu ponderar sobre aquilo, depois disse dando os ombros:"

"-Pode-se dizer que sim."

"-Ei... isso que você fez com a foice... por acaso... você é uma maga?"

"-Estou aprendendo a ser.- Ela diz com um sorriso meio envergonhado, levemente corada. Mais uma vez achei aquilo uma das coisas mais lindas e fofa que já havia visto. E o palpitar irritante em meu coração continuava, sem eu saber o porquê."

"-Você faz parte de alguma guilda?- Pergunto antes que pudesse me conter."

"-Guilda?- Ela me olha confusa.- Não."

"Aquela era minha deixa, não sabia exatamente por que desejava tanto aquilo, e as palavras saíram sem que eu soubesse por que elas insistiam tanto assim a sair."

"-E você... gostaria de entrar na Fairy Tail?"

"-Fairy Tail? O que é isso?- Ela pergunta curiosa sentando a minha frente."

"-Você não sabe o que é a Fairy Tail?- Ela nega com a cabeça, sorrio orgulhoso ao responder, mostrando minha marca em meu braço.- Ela é a  melhor guilda que existiu, existe e existirá! Nela há os magos mais fortes do mundo! E eu faço parte dela! Lá, todos ajudam seus companheiros, somos uma família!"

"Antes seus olhos brilhavam, mas ao ouvir a palavras "companheiros" e "família" seu olhar escureceu e vi nele uma tristeza enorme, ela abaixa a cabeça. Ao ver aquilo, arregalo os olhos e toco de leve o ombro dela."

"-Ei... você tá legal...?"

"-Eu... não posso entrar na Fairy Tail... Mesmo se essas coisas existissem... coisas como "companheiros" e "família"... eu... eu não quero perder isso de novo... não quero mais ter relações como essas, que só trazem sofrimento... eu... só quero desaparecer..."

"Fico chocado e me aproximo um pouco dela, para tentar ver seu rosto, mas sua cabeça continua baixa, mas enfim vi alguma coisa cair na mão dela, algo que caiu do seu rosto."

"Uma lágrima."

"Eu perguntei com a voz falha:"

"-Você... você quer desaparecer?"

"-Sim... Eu quero desaparecer desse mundo... Ele... ele está apodrecendo. A ganância, a corrupção e traição, tomam conta desse mundo...- Ela levanta a cabeça e vejo finalmente as lágrimas que cortavam sua face e escorriam por seu belo rosto.- Amizade? Isso é apenas um teatro que precede a traição...- Ela mordeu o lábio inferior.-  Fraternidade, lealdade, família? Isso não existe...  Amor...? Por favor... o amor é uma piada.- Senti uma pontada no coração ao ouvir aquilo. Aquilo doeu, não sabia o porquê, mas tinha doído no fundo do meu coração.- O mundo é dos mais fortes. Num mundo assim eu não quero viver, não há salvação, e mesmo que haja, eu não quero estar aqui para vê-la. E você acredita tão cegamente em "companheiros" e "família"... você... você é um pobre idiota."

"E suas lágrimas continuavam a cair enquanto ela abaixava a cabeça. Meus braços lentamente se esticaram em sua direção, meu corpo foi se aproximando e enfim fechei os braços em volta dela."

"O corpo dela enrijeceu de surpresa, mas aos poucos, foi relaxando, apoiando a cabeça em meu ombro e retribuindo meu abraço terno."

"Queria apertá-la com mais força, para que não importasse o que acontecesse nada conseguisse tirá-la de meus braços. Mas temia que se a apertasse ela se quebraria como se fosse porcelana. Tinha consciência que meu coração batia forte contra o peito, e sentia o dela também pulsando, a dando vida. E aquela sensação era tão boa, que não me liguei para aquele sentimento que me agarrava cada vez com mais força, sem que eu pudesse reagir, tão repentinamente ele aparecerá."

"E era jovem demais para saber o que estava fazendo naquele momento, o que estava me permitindo fazer. Estava entregando meu coração a uma garota que nem sabia o nome, mas que mesmo assim só queria continuar abraçando ela até nossos corações sincronizarem um com o outro, como o de uma só pessoa."

"Sentia seus cabelos em meu rosto, quando ouvi a voz de Erza gritar:"

"-Natsu! Você está aí?!"

"Aquela garota que a partir daquele momento era dona de meu coração, mesmo que nem mesmo eu ainda tomasse consciência disso naquele momento, só dali a alguns anos, quando uma mulher chamada Mirajane me falasse o que era esse tão falado "amor" que eu entenderia o que tinha sentido naquele dia, ouviu o grito e se afastou de repente, olhando atenta para os lados."

"-Tenho que ir.- Ela disse."

"Peguei-a pelo pulso e falei implorando:"

"-Não! Se junte a Fairy Tail, por favor!"

"Com sua mão livre ela limpa os rastros úmidos que as lágrimas deixaram e me dá o sorriso mais lindo que já tinha visto:"

"-Desculpe, mas não posso. Adeus e...- Ela se inclina para mim e sinto seus lábios me dando um beijo na bochecha.- Muito obrigada!- E ela pega sua foice e desaparece entre as árvores."

"Eu apenas fiquei lá, com a mão estendida para o nada. E murmurei enquanto minha mão abaixava:"

"-Você nem me disse seu nome..."

"Ouvi passos se aproximando. Era Erza e Gray, com expressões preocupadas estampadas nas faces:"

"-Fracamente, foginho, você quase nos mata! Bateu na árvore, seu idiota?- Diz Gray vendo os destroços."

"Olhava para onde a dona de meu coração desaparecerá. Nós veríamos de novo. Eu me agarrava a essa esperança como um naufrago agarra um pedaço de madeira flutuante. E diante dela, toquei com a ponta de meus dedos o local onde os lábios dela tinham tocado. E abri um sorriso bobo e apaixonado."

"-Sim...- Respondi simplesmente."

"Era óbvio que ele não esperava uma resposta tão simples assim. Gray me olhou como se não me reconhece-se."

"-Natsu... o que aconteceu?"

"-Nada, nada...- Me levantei.- Vamos voltar para a guilda?"

"-S-sim...- Não era só Gray que estava surpreso com minha atitude, Erza também estava.- Está tudo bem mesmo, Natsu?"

"-Melhor impossível.- Falo sorrindo bobo ainda."

"E sobre os olhares chocados e curiosos dos dois, começo a andar em direção a guilda, uma mão no coração que ainda palpitava."

"Mal sabia eu que ele nunca mais bateria assim por mais ninguém ao longo daqueles anos. Por que idiotamente havia entregado ele a uma garota que nem sabia o nome."

"Mas, quem pode julgar as ações de um jovem garoto apaixonado?"

Abri os olhos lentamente, depois de alguns instantes meu olhar pousa sobre o relógio na parede. Eram duas horas da tarde.

Levantei lentamente, tocando de leve com a ponta dos pés no chão, ele era frio. E esperava que aquele frio me tirasse daquele sonho que insistia em fazer meu coração pular e minhas faces ruborizarem. Infelizmente, ele não o fez. Fui em direção ao banheiro. No caminho, vi um Happy sonolento, acordando aos poucos também.

-Daqui a pouco vamos para a guilda, ok?- Falo quando passo por ele.

-Aye sir...- Ele fala num bocejo.

 Abro a porta do banheiro e me olho no espelho que tinha em cima da pia. Vi meu rosto ruborizado e xinguei mentalmente. Jogando água fria no rosto falo comigo mesmo:

-Foi só uma vez... só uma maldita vez... faz muito tempo, então não há por que eu estar ainda apaixonado.- Com água escorrendo pelo rosto falo sorrindo.- Exatamente. Eu não vou me apaixonar por ela de novo. Foi uma paixão boba de infância. Isso mesmo. Não vou me apaixonar por ela de novo. Ela mudou, e não de jeito positivo, então não há porquê eu amar ela.- Falo batendo de leve em meu peito, mas especificamente na altura do coração, como se isso fizesse meu coração diminuir o ritmo.

Ele só palpitou com mais fervor quando pensei se Lucy ainda estaria dormindo e imaginei ele dormindo serenamente... imaginei isso e achei ela tão real que por um segundo achei que se esticasse a mão poderia acariciar seus cabelos loiros... deveriam ser tão macios...

Bati minha cabeça contra a parede com força dizendo:

-Controle-se, Natsu! Você tem que parar de pensar nela! Nada de Lucy, nada de Lucy, nada de Lucy...- Respiro fundo.

Queria evitar ela. Mas queria ficar perto dela. Queria correr para longe dela. E queria ela correndo ao meu lado. Era uma contradição completa... De qualquer forma, não poderia evitá-la hoje. Ela entraria para a guilda oficialmente hoje se provasse ser forte, ou sei lá o que o mestre disse, não entendi nada mesmo. Provavelmente o mestre me pediria para estar presente e tentar explicar um pouco as coisas para todos...

Entrei no banho, fiquei um tempo debaixo do chuveiro pensando sobre aquilo tudo. Pensei sobre Lucy e depois sobre aquela conversa estranha entre ela e o mestre... tentei conectar ela a algo que já sabia, mas não conseguia. Saí do banho e cutuquei Happy, indicando que íamos para a guilda agora.

Cheguei na guilda, e tudo parecia normal ainda, então supus que Lucy ainda não acordará ou não foi vista ainda. Happy foi falar com Charlie e Wendy, que tinham acabado de chegar da missão delas. Depois de cumprimentar todos fui discretamente até o segundo andar, onde andei silenciosamente até o quarto onde Lucy estava. Me surpreendi ao achar a porta entreaberta. Lentamente abri ela e entrei, me deparando com ela na janela, sentado de lado e com uma perna para fora. Arregalei os olhos e disse me aproximando:

-Deveria mais cuidado. Uma queda daqui não seria nada bonita...- Falo em tom de aviso, tentando não mostrar a ponta de preocupação que sentia.

-Sei cuidar de mim mesma.- Diz ela com voz firme, ela não me olhará desde que eu entrará, seus olhos encaram vagamente o horizonte, vendo a cidade e a floresta e montanhas que se estendiam até perder de vista. Seus olhos demonstravam um fascínio silencioso e sério, ela estava com sua capa, mas o capuz caía sobre as costas, deixando a cabeça descoberta. Os cabelos voavam levemente de acordo com vontade do vente, a posição era para ser relaxada, mas estranhamente ela mantinha uma rigidez tensa. Ao lado da janela, sua inseparável foice e preso ao cinto dela, o pote que me fazia ter arrepios por todo o corpo.

-Sei disso...- Digo baixo e arrastado, abaixando a cabeça.

Um inesperado sorriso divertido surge em seu rosto e ela finalmente me olha.

-Por acaso você estaria preocupado comigo, Natsu?- Lembrei que não havia dito meu nome, mas ela deve ter notado quando o mestre o disse.

-C-claro que não, você pouco me importa.- Tento parecer frio, mas o rubor e o coração palpitante impediam isso.

-Sei.- Ela parecia esperar essa resposta.- Então, não te importa se eu fizer isso não é?- Ela se levanta, ficando em pé e coloca um pé perigosamente para fora, ficando só com um para dar equilíbrio.

-O que pensa que está fazendo?!- Grito me erguendo e indo em direção a ela.

-Você não disse que não se importa, pobre idiota?- Ela fala aquilo com um sorriso provocativo. Ele se lembrava também. Ela se lembrava... de mim. Sinto algo em mim pular se acender e reprimo o impulso de sorrir. Aquela não era uma situação muito boa. E conseguiu piorar.  A foice voou para a mão dela num piscar de olhos. - Bem, adeus.- E ela se deixa cair para trás, caindo da janela.

Sinto meu coração parar, assim como meu mundo. Tudo pareceu durar por uma eternidade. Lembrei daquelas palavras.

"V-você quer morrer?"

 "Eu quero desaparecer desse mundo."

Coloquei o tronco para fora da janela para vê-la e quando abri a boca para gritar seu nome, vi que ela havia dado um salto mortal durante queda e aterrissado num no galho de uma árvore que havia lá embaixo e já pulava para o chão. Ela aterrissou no chão com suavidade e levantar a cabeça, me olhando.

-O que esta fazendo aí me olhando feito um idiota? Eu estou indo provar para seu mestre do que sou feita! E para sua informação não sou mais uma garotinha que vai chorar em seu ombro.- Aquilo deveria soar confiante, mas ela não parecia muito orgulhosa disso.

Antes que pudesse responder ela já disparará para a porta da frente da guilda, por onde pretendia fazer sua entrada triunfal. Saio correndo do quarto, pulando os degraus da escada quatro por vez.

Quando cheguei lá, vi as portas do salão serem abertas e Lucy aparecendo com sua foice na sua costumeira posição, apoiada em seu ombro.


Notas Finais


Sim, eu parei bem nessa parte u.u pq eu sou má, podem me jogar pedras, mas ainda vai ter suspenses ainda piores do que esse pela frente u.u bem, obg por lerem, espero vcs no próximo cap ^3^


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