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História Colors - Tododeku Kiribaku - Home


Escrita por: lraydanx

Notas do Autor


Lembrando que todo sábado tem mais um capítulo(sem horário definido)

Qualquer erro ortográfico vocês já sabem né?

Espero que gostem desse capítulo amoras!

E eu queria agradecer todos vocês pelos 50 favoritos! Da pra acreditar nisso?

Capítulo 5 - Home


 

Se eu estou bem? Com certeza não! O que simplesmente aconteceu lá no terraço? Não estou conseguindo processar as coisas, se bem que, como Shōto não tem muitas amigos, esse pode ser o jeito dele de demonstrar carinho e afeto... Será? Queria poder conversar com alguém sobre isso, talvez All Might, Aizawa está fora de cogitação, e o Present Mic iria gritar para o mundo inteiro o que eu perguntaria, mas ele não é uma má ideia, vez que todos nós achamos que ele é gay... Mas por que eu acho que preciso de falar com alguém que é homossexual?! Ai meu deus, tô indo de mal a pior.

“Eu disse que não iria se repetir, mas não disse onde, Deku...” Sussurrei essa frase pelo resto do dia em casa, até dar o horário de todos irem para os dormitórios encontrarem-se.

“Filho, você tem visita meu bem.” Minha mãe disse da sala da cozinha.

Peguei minha mochila, minhas malas e outras coisas já estavam no quarto do campus, a escola levou não muito depois que cheguei em casa. Abro a porta do meu quarto, coloco uma blusa de moletom do All Might e boto minha cara na sala pra ver o que estava acontecendo, esperando ver alguém, mas não tem nada, estranho... Chego até a porta do apartamento e vejo que Shōto estava à minha espera, com roupas caras e chiques e sua mochila da escola atravessada em seu tronco como de costume. “Boa tarde Deku, senhorita Midoriya, é um prazer finalmente conhecê-la, seu filho fala muito de você.” Era óbvio que minha mãe estava extasiada com tudo aquilo, até eu tava um pouco.

“Que maravilha Todoroki! Entre, quer alguma coisa? Água, suco?” Minha mãe se sentiu lisonjeada por ser chamada de senhorita. “Não precisa se preocupar comigo, eu vim apenas acompanhar o Deku até o nosso quarto, no campus da U.A. Além de que All Might disse que queria conversar com ele quando chegasse, então vim fazer as honras de avisa-lo previamente. Me acompanha, Izuku?” Quanta formalidade! Minha mãe está soltando fogos de artifício a esse ponto. Fomos até o meu quarto, peguei a última muda de roupa do meu armário e suspirei. É uma nova etapa na minha vida e no meu sonho de ser super herói... Tiro meu moletom e o olho fixamente para Shōto. Eu preciso que ele saia para eu poder me trocar, não me sinto confortável com outras pessoas me olhando enquanto me troco. “Quer que eu saia?”

“É que e-eu tenho vergonha de me t-trocar com alguém me olhando...”

“Midoriya.” Lembro-me rapidamente do que ele disse no terraço e levanto minha cabeça. “Bom. Então, se quiser que eu saia, eu saio, mas saiba que na próxima vez você vai ter que me deixar ficar. Aliás, nós vamos morar juntos, dormir no mesmo quarto, trocar de roupa juntos. E se o problema é o seu corpo, não se preocupe, tem muitas meninas querendo ele.” Isso foi um esporro de mãe ou uma lição de moral Shōto?! Muitas meninas querendo meu corpo? Essa ideia me arrepia, mas, por que eu não fiquei animado com essa descoberta? Ah pera! Shōto está indo para a porta, você vai deixa-lo sair, simplesmente assim Deku? Faça alguma coisa, você é um herói não é? Ele me olha novamente e abre a porta para sair.

“V-você p-pode f-ficar!”  Ok, você falou Izuku, parabéns, mas se ele tiver entendido, é outra história. Mas parece que ele pegou a frase, ele fecha a porta e senta-se novamente na cama, me olhando, me analisando, inspecionando meu tórax e minhas costas nuas. Eu tenho o direito de me sentir envergonhado, não? Aliás, é normal que seu amigo fique te comendo com os olhos? Ele pega seu celular e olha alguma coisa, creio que as horas. Junto toda a coragem que tenho e tiro minhas calças, olho para Shōto novamente e vejo que ele está me olhando, abaixo minha cabeça, envergonhado. Mas levanto-a rapidamente ao lembrar de sua fala, ele sorri em contentamento na cama. Viro de costas e pego minha blusa branca lisa e a coloco, seguidamente de uma calça jeans preta e uma camisa de manga longa xadrez, com os botões abertos.  Shōto se levanta e vai até o meu guarda roupas, pega as peças que eu usava agora a pouco, as dobrou e colocou dentro da mochila. Com isso, fui até o meu espelho e tentei arrumar o meu cabelo da melhor forma possível, mas como eu já esperava, é impossível domar esses fios encaracolados esverdeados. Apenas pego minha mochila após minha falha tentativa de ficar mais apresentável para o pessoal e calço os meus velhos tênis vermelhos que tanto amo. Conduzo Shōto até a porta de entrada do apartamento e me despeço de minha mãe, que começou a chorar por eu estar indo morar fora. Eu sei que é duro, mas eu preciso ser forte, aliás eu vou ser o herói número um, aquele que dará continuação ao legado de All Might, igual ele mesmo disse nossa individualidade fica mais forte a cada geração, eu devo supera-lo! 

“Vamos Deku? Senhorita Midoriya, com licença.” Acabo de abraçar minha mãe e vou com Shōto até a entrada dos prédios, já na rua. Olho pela última vez meu apartamento e pego caminho à escola junto ao bicolor. “Deku, seu apartamento é muito fofo, é bonito, sua mãe tem um ótimo bom gosto, por mais que eu goste da decoração japonesa. Igual minha casa.”

“M-mas a minha casa é minúscula!”

“É o que a deixa bonita. Eu fico enjoado de casas enormes, elas parem muito... Vazias, sabe?”

Ficamos andando por muito tempo, a minha casa não é muito perto da escola, mas eu não estou incomodando, afinal, eu e Shōto nos damos muito bem. “Deku...” A voz hesitante de Todoroki tira minha atenção de tudo a minha volta. Nunca havia visto ele assim. “Pode falar Shōto, aconteceu alguma coisa?” Ele suspirou e me olhou. “Eu nunca lhe falei sobre minha mãe, não é?”

“N-não que eu me lembre...”

Ele suspira profundamente e continuamos caminhando, o que será que ele quer falar sobre a mãe dele? Eu sei que ele não á vê desde os 6 anos, mas, por que agora? Depois de 10 anos ele vai falar sobre ela?  “Você quer me contar algo sobre ela?” Por magia, eu não gaguejo, o que traz certa segurança para o bicolor. “Quando eu tinha 6 anos ela jogou agua fervente em meu olho esquerdo, no meu lado esquerdo.” Eu fico embasbacado, sem reação, eu simplesmente paro de andar no meio da rua e fico olhando para aquele homem para em minha frente, me olhando, sem qualquer expressão. Sua cicatriz... Que horror! ‘Ela queria eliminar o meu lado negro, o lado de Endeavor. Eu sou apenas mais uma de suas experiências para criar um gene forte e sem falhas. Todos os meus irmãos, todos eles, ou herdaram apenas a individualidade de Endeavor, ou apenas a de minha mãe.”

“Por que você a chama de mãe e o seu pai de Endeavor? Ela fez coisas horríveis com você também!”

“Não fez não! Ela apenas queria me ajudar a esquecer meu lado esquerdo...” Ele suspirou novamente e olhou para frente. “Aos 5 anos comecei a treinar muito pesado com meu pai para ser o herói número um e superar All Might, mas já sabia que não seria possível, já que ele é minha inspiração, e não Endeavor. Eu já cheguei a vomitar de exaustão, enquanto meus irmãos brincavam alegremente na sala ao lado. Touya, ele fugiu quando tinha 14 anos, ele não queria se tornar herói... Minha irmã mais velha fica em casa, com meu pai, meu outro irmão também fica em casa, mas ele não gosta de Endeavor igualmente ele também não gosta do filho, igual todos os filhos... Endeavor internou minha mãe lego após ela jogar água fervendo em meu rosto. Mas a culpa não foi dela... Como já disse, ELE causou tudo isso, ELE me fez ser quem eu sou hoje, ELE me fez perder toda a minha infância, ELE me fez entrar por recomendação na U.A. Semana passada eu fui visitar minha meu no hospital. Depois de 10 anos.

“Isso é muito bom Shōto, ela está bem?”

“Sim... Ela ainda está lúcida, mas eu prometi a ela que iria tirá-la daquela prisão branca. Eu comentei sobre você para ela, você me fez aceitar meu lado esquerdo e não associá-lo mais à Endeavor. Ela ficou tão feliz, ela quer te conhecer.” Ele me diz sorridente e eu perco o controle de minha respiração. “E-ela quer?”

Ele dá uma risada pelo nariz e continuamos andando até a escola. Mas acabamos parando perto do píer, um pouco antes da entrada da U.A O por do sol, eu já conheço essa cena, me afasto um pouco de Shōto, mesmo ele me prometendo que não faria mais aquilo, pelo menos não em minha boca... Nos sentamos nas escadas que levavam até o píer e ficamos observando por um tempo o horizonte de águas. “Izuku.” O bicolor olha para mim e se inclina em minha direção. “S-shōto.” Arredo para perto dele, olhando fixamente em seus olhos. Ambos estamos muito próximos um do outro, consigo sentir a respiração de Shōto em meu rosto, eu não sei se devo me afastar. O bicolor segura minha nuca e acaricia levemente meus cabelos verdes. É como se eu quisesse sair, mas meu corpo não deixaria. Por um momento estou começando a duvidar de minha orientação sexual, isso é algo ruim? Minha respiração começa a ficar descompassada apenas com o pensamento e a possibilidade de Shōto quebrar a promessa e assim fazer o que está me deixando eufórico apenas com pensamentos, me beijar. Não seria tão ruim afinal, somos amigos, não? 

“Ah, vocês estão aí!”

Eu não sei se grito de vergonha por ter quase beijado meu melhor amigo, ou se grito de vergonha por ter quase beijado o meu melhor amigo e o Kirishima ter visto. Nunca levei um susto tão grande igual esse, como que ele pode simplesmente sair gritando por ai? Shōto está indiferente em relação à Kirishima, ele parece não se preocupar do que aconteceria. Por um momento o garoto de cabelos espetados vermelhos nos olha e dá um sorriso de ponta a ponta, que se transforma em gargalhadas logo em seguida. “Nada não gente, eu apenas estava me lembrando da nossa conversa, eu, você, Iida e Katsuki, aquele dia que você... Cê sabe.”

“Por que está a nossa procura Kirishima? Precisa de algo?” Shōto se apressa em dizer. “Ah, é que só falta vocês dois pra chegar lá no prédio, Aizawa-sensei tá travando geral na porta, ele quer que todo mundo entre junto. Ai eu vim procurar vocês, mas parece que eu interrompi o rolê não é?” Ele termina a frase com uma risada eufórica. “Na verdade nós já estávamos indo para o prédio, apenas parei aqui com Izuku, viemos andando de sua casa, é cansativo pois ele mora longe, paramos para descansar. Agora, vamos, não vamos fazer os outros esperarem por nós.” O bicolor apenas levantou-se e pegou nossas mochilas.

Me levantei com a ajuda de Kirishima e fomos andando, no caminho, Shōto segura minha cintura com força e usa sua individualidade para esquentar violentamente o local, quase queimando. Lembra que eu lhe disse que nos veríamos no quarto, Deku?” Ele sussurra em minha orelha direita, fazendo todos os meus fios arrepiarem, isso junto com sua mão extremamente quente me faz ter arrepios constantes até chegarmos na frente do prédio da 1-A, onde apertou ainda mais minha cintura e me largou quando nossos colegas ficaram visíveis.

“Nos atrasamos, Aizawa-sensei.” O bicolor se pronunciou, todos nós sabemos que o professor odeia pedidos de desculpas, por isso, apenas concordei com a cabeça. “É eu percebi, bom, já que todos estão aqui, vou explicar rapidamente.” Ele tira um bloco de papeis amassados de seu bolso e começa a folhear, passando o olho rapidamente. “Bom, o porquê de vocês estarem aqui todos já sabem, então, parte importante. Dormitórios de duplas de mesmo sexo, banheiros separados por sexo no primeiro piso. Mineta, temos câmeras na entrada de cada vestiário/local para banho, você será severamente punido caso tente algo. Quando alguém de outro sexo levar o sexo oposto ao seu quarto, a porta deverá ficar aberta, e isso só pode ocorrer depois das aulas até 19:00. O toque de recolher é as 21:00, vocês que cozinham, então tentem não colocar fogo no prédio, eu sei que vocês conseguem apagá-lo com facilidade, mas evitem acidentes. Lixo no primeiro piso, lado externo do prédio no local indicado, coleta uma vez por semana. Suas roupas serão lavadas pela escola, coloquem no cesto de seus dormitórios e eles serão enviados diretamente para a lavanderia geral, cada prédio tem um dia específico de lavagem de roupa, não confundam, o de vocês é na segunda-feira. Correio/entregas disponíveis todo domingo, pegar o que foi enviado ou pedido na zona de entregas da escola, perto do ginásio esportivo. Alguma dúvida?”

“Tem sim, quando que nós podemos sair da escola pra sair e tals, essas coisas?” Jirō pergunta com interesse. “Sexta após as aulas até domingo. O toque de recolher desses dias começa às 23:00, domingo retorna para 21:00, quem for pego fora do prédio esses horários serão punido.” Aizawa responde com preguiça. “Quanto à decoração dos quartos que nós escolhemos, já estão aqui?” Aoyama pergunta.

Calma, que decoração? Eu não conversei sobre nada disso com o Shōto, e se não tiver absolutamente nada no quarto?! “Alguma pergunta útil pessoal?”

“Os quartos tem chaves?” Momo pergunta séria ao professor. “Excelente pergunta Momo, quando vocês entrarem, vou libera-los por duplas para entrar no prédio e irem direto aos quartos, vou entregar duas chaves para a dupla responsável pelo quarto, aconselho fazer uma cópia, caso percam elas. Se não tiverem mais dúvidas, podemos começar a entrar no prédio. Na fila, fique com sua dupla, lado-à-lado. Vou chamá-los para pegar a chave.”

Eu e Shōto entramos na fila, somos os terceiros, apesar de nosso atraso. Aizawa pega outro papel, aparentemente a lista das duplas que ficarão em cada quarto. Ele começa chamando por Kachan e Kirishima, como esperado, eles vão ficar juntos no quarto. Eles pegam suas chaves e entram pela porta, Kazinho parece mais calmo que o normal. Os próximos a serem chamados são Momo e Jirō, as duas garotas são como melhores amigas, elas cochicham sobre tudo, mas todos nós sabemos de Kaminari e Jirō tem um lance, ele olha praticamente babando para ela e fora que os dois perguntaram de os quartos poderiam ser mistos ontem na aula. As duas pegam as chaves e Momo pega o resto de suas malas, com a ajuda da mais baixa, que não tinham sido enviadas ainda para a escola. 

“Midoriya e Todoroki...” A preguiça e o tédio é evidente em sua voz. “Suas chaves, terceiro andar, masculino, ultima porta à direita.” Pegamos nossas chaves e guardei a minha no bolso, afinal, só precisa de uma pra abrir a porta. Subimos as escadas, as meninas que estavam na nossa frente pararam no segundo andar, que são os quartos femininos. Já eu e Shōto subimos mais um. Quando chegamos no último andar, vimos uma cena bem peculiar, Kachan abraçando Kirishima na porta do quarto, que coincidentemente é ao lado do nosso quarto, estranho, no mínimo, eu diria. Quando os dois nos viram apenas entraram no quarto e fecharam a porta, quando passamos por ela deu para escutar barulhos de pequenas explosões, provavelmente Kazinho irritado com o pobre coitado do Kirishima. Chegamos até nossa porta, mas Shōto não colocou a chave na porta para abri-la, estranhei de início.

“Deku, como não conversamos sobre o quarto e a decoração, e foi muito repentino que nós resolvemos dividir o quarto, eu tomei a liberdade de decora-lo, espero que tenha ficado ao mínimo aceitável para você.” Fico contente por ele ter tomado uma iniciativa em decorar o quarto, com certeza deve estar muito bonita a decoração como um todo.

A porta é aberta e pude ver um quarto em formato quadrado, de paredes lisas bege-escuro e piso de madeira, provavelmente bambu pela cor. Nosso quarto, por ser o último do corredor, tem o privilégio de ter duas janelas, pois tem duas paredes que dão para o lado de fora do prédio. Ambas são retangulares, grandes e de vidro incolor. As cortinas são brancas de seda, que vão até o fim da janela, tanto na horizontal quanto na vertical. Uma escrivaninha branca com um cadeira de rodinhas igualmente e sem braço, que tem um pequeno cobertor jogado na parte onde encosta as costas, de estampa tradicional japonesa. Um bonsai na quina no quarto, perto da mesinha onde fica tem uma lixeira pequena e branca e um cesto de roupas da mesma cor. Uma beliche de camas japonesas, que tem um estilo mais próximo ao chão, cada uma com um lençol e dois travesseiros brancos. Percebi também que dentro guarda roupa japonês tinha todas as minhas roupas que enviei para a escola e na outra parte as de Shōto. O tapete era maravilhoso, de algum tipo de pele branca bem felpuda e macia, com um abajur de tripé perto de uma pequena poltrona no outro canto do cômodo, ao lado do guarda roupas.

Tava claro na minha cara que eu tinha amado tudo, e parece que o bicolor percebeu. “Que bom que você gostou. Assim poderemos ficar mais à vontade para estudar e dormir.” Sinto novamente sua mão em minha cintura, dessa vez com sua individualidade do lado direito, o que me deu calafrios por toda a espinha. O mais velho me empurrou levemente para dentro do quarto e fechou a porta, mas não a trancou. Sentei-me na cama de baixo, enquanto era encarado por Shōto

“Você prefere ficar por cima ou embaixo?” Ele me lança um sorriso de canto, mas não entendo o motivo. Inocentemente respondo embaixo, o que faz o sorriso dele abrir mais, revelando seus dentes brancos e certinhos, continuando a não entender de sua reação. “Ah Deku, você é tão inocente, é isso que me chama mais atenção em você, sabia? A principal causa de minha euforia...” O bicolor senta-se ao meu lado na cama inferior e me fita fixamente. “Eu adoraria poder lhe ensinar algumas coisas, se você permitir, claro.”

De repente, ele sobe em cima de mim, me fazendo ficar deitado na cama por baixo dele. Ah! Agora eu entendi sua pergunta, e meu deus que vergonha! Oh Midoriya por que tão estupido? Sinto o olhar penetrante de Shōto em meus olhos, quase me perfurando. Que sensação é essa? Eu estou... Ficando... Não! Pelo amor de deus Izuku, se controle, ele é seu amigo, está apenas fazendo piadinhas com sua ignorância! “Você não me respondeu ainda, Deku...” Ah não, a voz arrastada novamente não, por favor deus... “Mas... M-me ensinar o que S-shōto?” Eu estou nervoso por algum motivo (e que belo motivo).

“Ah, você vai entender, a aula prática é muito melhor que a teórica Deku.” Meu ouvido recebe aquela mensagem como um alerta, um alerta que eu não percebi onde o perigo se escondia. Os lábios de Shōto descem até meu pescoço, deixando o local quente. Ele dá pequenas mordidas, me fazendo ficar arrepiado. Sua mão desce até minha cintura, onde ele usa sua individualidade para aquecer o local e deixar levemente dolorido. Ele para todos os seu movimentos e me encara. “Eu te disse, a prática é melhor que a teórica.” Ele responde sua própria pergunta um pouco alterado.

“E-eu...”

Fui cortado por ele, sua mão tampando minha boca, ele coloca seu dedo dentro de minha boca e passa por minha língua, logo depois saindo para os lábios. Parando para pensar, isso é muito erótico e errado, somos dois homens, não deveríamos estar fazendo isso, né?

Meus pensamentos são cortados pelos lábios de Shōto colados aos meus, o que é uma surpresa imensa, pois é o meu primeiro beijo de verdade, e ainda mais com um homem. Ele pede passagem com a língua, eu permito, ainda perdido com toda a situação. Fecho meus olhos e sinto suas mãos pegando os meus braços e colocando acima de minha cabeça, me deixando imóvel, sem modos de fugir. Ele gruda mais os nossos corpos e aprofunda ainda mais o beijo. Com uma das mãos o bicolor puxa minha cintura para perto da sua e nossos membros roçam levemente, me fazendo corar. Eu não deveria estar fazendo isso, deveria? Ceder dessa forma... “Deku...” Ele fala de forma arrastada ainda segurando minha mão e minha cintura, com os rostos muito próximos. “Me desculpe por isso, eu não queria fazer nada sem a sua autoriza...”

Em um ato de completa insanidade de minha parte, eu o beijo e assim calo sua boca, o mesmo parece surpreso. Ele segura minha cintura com as duas mãos e eu passo os braços envolta de seu pescoço, o trazendo mais para perto. O bicolor nos gira, me fazendo ficar por cima dele, em seu colo. De repente alguém bate na porta, fazendo nos dois nos assustarmos. Ele levanta silenciosamente da cama e coloca o rosto para fora do quarto. Escuto a voz de Momo e Uraraka, mas Shōto não as deixa entrar. “Estão todos reunidos na sala, no primeiro piso, só faltam vocês dois e o Kirishima. Mas acho que ele não vem pois Bakugou não quer descer. Vocês vem?” Momo pergunta calmamente enquanto tenta olhar pra dentro do quarto. “Daqui a pouco vamos, ainda estamos arrumando algumas coisas e fazendo combinados.” Shōto responde e logo em seguida fecha a porta. Ele caminha, em silêncio, até o guarda roupas e começa a se despir. Seu corpo é magro e muito bem definido. Ele escolhe uma blusa larga preta e uma calça de moletom da mesma cor, tira as meias e pega uma pantufa branca. Logo em seguida abre a minha parte do guarda roupa e me joga outra pantufa branca e um conjunto de moletom azul marinho escrito All Might na blusa. Pego essas roupas e as troco, apenas ignorando minha vergonha e meu milhares de pensamentos sobre o que aconteceu agora a pouco.

O bicolor abre a porta do quarto e me deixa passar, a trancando quando nós dois já estamos do lado de fora. Descemos os três níveis de escada e chegamos até a sala conjunta. Todos estavam lá, exceto Kachan e Kirishima, que provavelmente não veio para não deixar o Kazinho sozinho no quarto, o que não deixa de ser estranho. Na mesa de centro, vários pacotinhos de salgadinhos e duas garrafas de refrigerante com uma pilha de copos estão posicionados e distribuídos pela superfície do local. Todos os nossos colegas estão já de pijama ou com alguma roupa muito confortável para dormir. Eles olham para e mim e para Shōto e nos chamam para se juntar a eles. “Temos várias brincadeiras em mente para essa noite, como boas vindas e comemoração para essa nova etapa de nossas vidas!” Diz Uraraka toda sorridente ao lado de Momo e Asui. “Vamos, amanhã não tem aula mesmo, não precisaremos dormir tão cedo hoje.” Sinto a mão de Shōto percorrer rapidamente a totalidade de minhas costas discretamente usando sua individualidade de fogo sem piedade, quase queimando o local onde seus dedos tocaram. Corei com a ação, me segurando para não reagir e nem falar nada, e fomos andando até a sala como se nada tivesse acontecido.

“Ah, a noite vai ser longa.” O bicolor fala animado, e eu apenas suspiro, já pensando no que estava por vir.


Notas Finais


Me digam nos comentários o que acharam, qualquer crítica construtiva é bem vinda!


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