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História Colors - Kim


Escrita por: pcymarvel

Notas do Autor


Adoro quando consigo ser pontual com capítulos \o/
Vi que Red velvet vai fazer comeback em julho também e eu já tenho certeza que vou morrer, então no meu enterro por favor coloquem para tocar MAMA e Bad dracula.

Capítulo 6 - Kim


O alfa já se encontrava em solo coreano. As ordens tinham sido extremamente claras: Teria que tomar conta do ômega, nada de se envolver de nenhuma forma com o jovem Xiao.  

Kim tinha pena daquele ômega, mas não cabia ele julgar o que era certo ou errado, estava recebendo por aquilo e essa parte que era importante. 

Se sua mãe o visse agora com certeza não iria ter orgulho nenhum de seu filho, outro fato sobre o alfa era que sua mãe estava morta. Seu pai? Aquele homem deveria estar bêbado em algum bar de Pequim. 

Kai tinha uma grande presença de alfa, as pessoas que passavam por ele o encaravam como se vissem alguma obra de arte pois sua pele bronzeada e seus cabelos negros lhe davam um ar de misterioso. O mesmo pendeu a cabeça para trás enquanto sorria de lado, o alfa sabia o efeito que causava em todos a sua volta, a Coreia teria que lidar com Kim Jongin. 

Ao lado de fora do aeroporto já tinha um carro à sua espera, que o levaria ao apartamento de Luhan. Ele não podia negar que aquela seria uma tarefa fácil, já sabia tudo sobre o ômega. Kai ainda queria entender porque ele foi mandado para vigiar Luhan sendo que qualquer outro alfa poderia fazer aquilo sem problema algum. Mas Kong conhecia bem seu primogênito, sabia que qualquer um cairia quando olhasse para os olhos doces de Luhan, ele queria alguém frio o bastante para não se deixar levar pelo ômega. 

Às vezes Kai se pegava pensando em como chegou aquele ponto, como se tornou um alfa sem sentimentos e que só ligava para o dinheiro. Talvez o ponto inicial para aquilo tudo tenha sido a morte de sua mãe, sem uma figura materna para lhe mostrar o certo e errado ele apenas se deixou levar pelo desejo de todos que era ter mais e mais dinheiro. 

Pelo horário que o mesmo chegou em Seul, Luhan ainda estaria na escola. Kai se perguntava como o mais novo iria reagir ao ver o alfa em seu apartamento, talvez surtasse, mas aquilo para Jongin seria extremamente engraçado de se ver. Ele às vezes - no caso sempre - costumava se divertir com o sofrimento alheio.

Logo o alfa estava na frente do prédio em que moraria. Olhou as horas e viu que faltava pouco para Luhan chegar da escola. Kai nem se deu ao trabalho de falar com o porteiro, apenas mostrou sua identidade, pegou a chave do apartamento e saiu do local. Ao chegar no apartamento Jongin logo percebeu que o ômega era muito organizado, tinha fotos dele com a mãe e o irmão por todo canto, mas nenhuma com o pai e o alfa sabia o porquê. 

Assim que Kai ajeitou suas coisas no quarto, voltou para a sala, tinha que estar esperando o doce ômega chegar. Ele batia o pé no chão enquanto esperava as horas passarem, não era nenhum segredo que o alfa não tinha nada de paciente. Para sua sorte o menor finalmente tinha chegado. A porta do apartamento foi aberta e um ômega visivelmente feliz passou por ela, estava tão feliz que nem percebeu o cheiro do alfa pela sala inteira. 

Luhan só foi perceber que tinha outra pessoa em seu apartamento quando seu olhar foi de encontro com o alfa que estava sentado no sofá e o encarava. 

A primeira coisa que passou pela cabeça de Luhan foi gritar por ter um alfa que ele não conhecia em sua casa, mas então o menor percebeu que aquilo podia ser mais uma das ideias malucas de seu pai. Kong não estaria em Seul para vigia-lo, então era mais que óbvio que mandaria alguém fazer isso por ele. 

  

– Foi meu pai que mandou você? – perguntou Luhan sem sair de perto da porta. 

– Sim – Kai observava cada movimento do ômega. 

  

E Luhan percebeu que até estando em outro país, seu pai ainda iria controlar seus passos e suas escolhas. 

  

– Então, Luhan. Não quer me contar como foi seu dia? 

– Pra quê? Meu pai quer um relatório sobre tudo o que eu faço? 

– Sim, de acordo com ele eu tenho que relatar até quantas vezes você pisca. 

– Isso é ridículo. 

  

Naquilo Jongin tinha que concordar com o ômega. 

  

– Mas são ordens que eu e você temos que seguir, principalmente você. 

– E se eu não quisser? 

  

Até onde Kai sabia, Luhan deveria aceitar tudo de forma calada. 

  

– Porquê são ordens de seu pai – Kai se levantou e andou calmamente até o ômega – porque se me desobedecer eu vou ter que contar para ele, aí Kong terá que vir para Seul e você sabe o que acontece se ele tiver que vim aqui por sua causa certo, Luhan? 

  

E o pequeno ômega sabia sim o que iria acontecer, ganharia novas marcas e cicatrizes pelo corpo, aquela era a forma como Xiao mostrava quem mandava para o filho. Não existia conversa, se um ômega desrespeitava um alfa teria que apanhar para saber qual era o seu lugar. 

  

– Eu não preciso nem de uma resposta sua, já posso ver pelo seu rosto que sabe o que iria acontecer – Kai sorriu de forma cínica. 

  

Luhan engoliu em seco. Sem sombra de dúvidas o ômega não queria seu pai ali, mas também não queria um alfa na sua cola, não quando finalmente estava conseguindo fazer novos amigos. Nem queria ver como Soo reagiria aquilo, logo ele que abominava alfas como o pai de Luhan. 

  

– Então vamos ter uma relação saudável, você segue as regras ditas por mim e em troca eu digo coisas boas para seu pai – Kai continuava a falar – mas se você resolver dar uma de ômega rebelde para o meu lado, sinto muito em lhe dizer isso, Luhan, mas eu terei que dizer coisas muito ruins sobre você para seu pai. 

– O que está insinuando? 

– Que se você for um ômega mau eu vou ter que inventar algumas mentiras sobre você. 

– Quem você pensa que é? – era possível ver a raiva nos olhos do menor –  ache que pode mandar em mim? acha que pode chegar aqui e me dizer o que eu posso ou não fazer? Se acha isso eu devo te dizer que está completamente enganado! vai contar para meu pai? conte, diga para ele que eu estou saindo com vários alfas coreanos, que nem estou mais ligando para esse casamente que ele planejou para mim! – Luhan respirou fundo antes de continuar a falar – Se o tão poderoso senhor Xiao tiver que vir a Seul dar um jeito em mim, tudo bem, não vai ser a primeira e não vai ser a última vez que ele enche meu corpo de cicatrizes.

  

Pela primeira vez em anos Kai ficou sem palavras, por um mísero momento ele olhou para a vida de Luhan agora se permitindo ter um pouco de sentimentos, ninguém merecia aquilo. Mas como seu trabalho exigia que o mesmo fosse uma pessoa fria, ele ignorou o que tinha acabado de sentir e voltou a ser o alfa sem sentimentos. 

  

– Você é corajoso, Luhan. Por conta disso vou até deixar esse seu desrespeito passar, não vou repetir essas suas palavras para seu pai, e me agradeça por isso já que no segundo que ele soubesse que tudo isso saiu por sua boca, você sem dúvida nenhuma iria se arrepender de cada palavra proferida.

  

A voz do alfa apenas contribuía para deixar o mais novo com mais raiva. 

  

– Não fale comigo como se estivesse fazendo um favor a mim! Por um momento eu achava que iria ter paz, mas então aquele velho maldito envia você. – o menor passou as mãos pelos cabelos em sinal de raiva e nervosismo – Eu nunca vou ter paz? O que eu fiz para merecer isso? – ele não queria chorar na frente do alfa, então apenas engoliu o choro – Por um momento será que ele poderia deixar eu ter uma vida, fingir que eu não tenho problemas e agir como uma pessoa da minha idade! 

– Luhan, entenda que você nasceu em uma familia cujo o alfa é extremamente controlador, você nunca vai ter paz – Kai dizia de forma séria – entendeu? Nunca, nem quando ele morrer você vai poder fazer o que quer já que sempre vai ter um alfa para mandar em você. 

  

Kai se referia ao alfa com quem Luhan deveria se casar. Kong não iria escolher qualquer um e no mínimo o felizardo deveria estar pronto para colocar o ômega na linha. O menor queria ignorar o que o alfa tinha dito, mas como ignorar se tudo o que foi dito era verdade? 

  

– Você sabe que é verdade – a voz de Kai saia calma – então por que ainda tenta se iludir com mentiras? 

– Porque mesmo estando preso a essa vida, no fundo ainda tenho esperanças de que um dia isso tudo ira acabar. 

– E vai sim, quando você morrer. 

  

E mais uma vez Kai se mostrava para Luhan que era um alfa sem qualquer sentimento. 

  

– Gosta do que faz? Gosta de destruir a vida das pessoas? 

– Sim, ganho bastante dinheiro com isso – Kai deu de ombros. 

  

Luhan queria entender o que se passava na cabeça de pessoas como o Kai e seu pai. Será que para eles o dinheiro era realmente tão importante daquela forma que tinha que ser colocado em primeiro lugar sempre? O ômega pensou em contra argumentar, mas o mesmo sabia que ele iria apenas gastar saliva já que o alfa não mudaria de ideia. 

  

– Aliás, meu nome é Jongin, mas pode me achar apenas de Kai – o alfa disse antes de deixar a sala e ir para seu novo quarto. 

  

Luhan pegou sua mochila que estava caída no chão e foi em direção ao seu quarto, ele precisava de um banho e também dormir um pouco pois aquela conversa com Kai tinha lhe deixado com dor de cabeça. No outro quarto Jongin já estava com o celular perto da orelha, tinha que deixar Kong a par de tudo o que ocorria naquele apartamento. 

  

– Senhor Xiao – Kai falou assim que Kong atendeu – Luhan acabou de chegar e já tivemos nossa primeira conversa. 

– Como foi? Espero que ele não tenha dado trabalho a você, aquela criança acha que pode fazer alguma coisa. 

– Na verdade tudo ocorreu de uma forma calma – Kai se encostou no vidro da janela e ficou olhando a paisagem – melhor impossível. 

– Ótimo, é bom ele não me cause problemas em Seul. 

– Não se preocupe com isso, Luhan vai seguir todas as regras. 

– Assim eu espero. Mas me diga, pelo o que você viu Luhan está se envolvendo com algum alfa? 

– Não – aquela informação em especial Kai não sabia como o responder. 

– Fique de olho nele, não importa aonde Luhan for eu quero que você vá com ele, é uma ordem, Jongin! Se eu souber que está escondendo algo de mim acabo com a sua vida em segundos. 

  

Dito aquilo Kong desligou o celular. Jongin tinha se irritado com o final daquela conversa, o alfa detestava com todas as forças ser ameaçado, principalmente por um de seus clientes. sS Kong achava que iria mandar e desmandar em Kai, o chinês estava muito enganado. 

Em seu quarto Luhan tinha desistido do banho e se jogado em sua cama. Pensava em como as coisas iriam ter um rumo diferente, também pensava em sua relação com Sehun, se é que ele podia chamar aquilo de relação. Não que o mesmo pensasse em ter algo a mais com o alfa, aquilo era uma coisa que ele jamais poderia fazer. Luhan não queria ter que estragar a vida de outra pessoa. 

O ômega logo imaginava o que seu pai faria com Sehun, talvez o mesmo que fez com Shen. 

A chegada de Kai fez com que o menor enxergasse que não tinha a liberdade que acreditava ter, ele ainda era preso ao nome da família e teria que seguir as mesmas regras pra sempre. 

 

[…] 

  

A manhã logo se fez presente, o ômega não queria levantar e ir para a escola, não queria dar de cara com o vizinho e não queria falar com Soo. O menor não queria que Jongin soubesse da existência de Sehun e nem de Kyungsoo, porque se o alfa soubesse, seu pai também iria saber e aquilo só deixaria as coisas mais complicadas para o seu lado. 

Com muito esforço Luhan saiu de sua cama e foi fazer sua higiene pessoal, ele queria faltar aula, mas Soo iria bater em sua porta se fizesse aquilo veria Kai. Talvez ele conseguisse esconder Kai dos outros dois por um tempo, não queria falar que seu pai maluco tinha colocado um alfa para vigiar cada passo seu. 

Já devidamente vestido e pronto pra ir para a escola, Luhan fez seu caminho para a sala e para seu azar Kai estava lá o esperando. 

  

– Bom dia, Luhan 

– O que está fazendo acordado a essa hora da manhã? – Luhan temia sua resposta. 

– Tenho que te acompanhar até a escola, pena que dentro dela eu não possa te fazer companhia – Kai fez uma cara de falsa tristeza. 

– Não pode simplesmente me deixar ir sozinho? 

– Não, agora vamos. 

  

Luhan rezava para que não dessem de cara com Sehun ou Kyungsoo. Da saída de sua casa até o elevador o ômega prendia a respiração por puro medo de seu vizinho surgir das trevas. Tudo parecia realmente estar a favor de Luhan, não tinha visto Sehun e já estavam fora do prédio, era só ir para a escola e entrar sem deixar que ninguém visse o menor com o Kai. 

Na cabeça de Luhan ele iria conseguir esconder Kai de todos. Ingênuo ômega, foi só eles darem o primeiro passo que Sehun saiu de dentro do prédio. 

  

– Luhan – a voz do alfa fez com que o sangue de Luhan gelasse – achei que não iria te ver pela manhã, quer carona para a escola? Estou indo entregar umas coisas pro Soo. 

  

Sehun estranhou o alfa que estava com Luhan, na verdade Sehun não estava gostando daquele alfa. 

  

– Luhan não precisa de sua carona, ele vai comigo – Kai respondeu sem dar chances para Luhan falar nada. 

– Não lembro de ter dirigido minha palavra a você – Sehun encarou Kai por alguns segundos e voltou seu olhar pro outro – Luhan? 

  

O ômega já se encontrava aflito, não queria nenhum tipo de briga entre Sehun e Kai. 

  

– Já disse que ele vai comigo – Kai respondeu mais uma vez. 

– E quem é você para responder por ele? – Sehun já estava perdendo a paciência que não tinha com o alfa moreno. 

– Sehun, ele é… 

 

Luhan tinha começado a falar mas logo foi interrompido por Kai. 

 

– Sou o namorado dele.



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