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História Colors - Tentando


Escrita por: pcymarvel

Notas do Autor


Olá meu bolinhos, como estão? Vivas depois do comeback do EXO? Oh Sehun me matou de uma forma lenta com as linhas dele em kokobop.
O capítulo devia ter sido postado ontem, mas devido a alguns imprevistos eu tive que adiar e posta hoje.

Capítulo 8 - Tentando


O clima estava tenso por todo o percurso da escola para o hospital, Sehun e Luhan tentavam acalmar Kyungsoo, mas não conseguiam.


O ômega de olhos avantajados só conseguia pensar no estado em que sua mãe estava, até três dias atrás o médico tinha dito que ela estava bem, mas naquele momento aquilo acontecia.


Era mais que evidente, a mãe de Kyungsoo tinha que mudar de hospital, teria que e começar um outro tratamento. Sehun queria mais que tudo poder ajudar o ômega, mas o mesmo se recusava a aceitar sua ajuda.


Luhan não sabia o que estava acontecendo, ele era o que menos sabia ali, a única coisa que Soo tinha lhe contado é que a mãe estava internada há um tempo.


O carro parou em frente ao hospital e Kyungsoo foi o primeiro a sair correndo. Luhan e Sehun se olharam, mas nenhuma palavra foi trocada, o chinês sabia que aquilo tinha a ver com Kai. Os dois logo sairam do carro e foram atrás de Kyungsoo no hospital.


Ao chegarem na recepção puderam ver Kyungsoo junto ao médico responsável por sua mãe, a julgar pelo rosto do ômega a sua mãe deveria estar bem.



– Conseguimos estabilizar ela, foi apenas uma parada cardíaca – dizia o doutor quando Sehun e Luhan se aproximaram – ela está bem, agora eu preciso que se acalme, Kyungsoo.


– Ok – Soo passou as mãos pelos cabelos escuros – eu estou calmo – parecia querer convencer a si mesmo daquilo.


– O que causou a parada cardíaca? – perguntou Sehun ao médico.


– Bem, o organismo rejeitou o medicamento e isso acabou causando a parada, foi uma reação alérgica então vamos ter que mudar os medicamentos.


– Mudar mais uma vez? – perguntou Kyungsoo – mas o senhor disse que não iria mais precisar disso.


– Eu sei – disse o médico – mas entenda, o corpo de sua mãe começou a rejeitar ele, agora precisamos ver outros medicamentos.


– Tudo bem – Kyungsoo sabia que aquilo iria sair caro – vamos conversar sobre isso em outro lugar.



Kyungsoo e o médico foram para outra sala.



– Por que ele não quis falar sobre isso aqui? – Luhan perguntou a Sehun.


– Para que eu não soubesse o preço e não tentasse pagar – Sehun suspirou.


– Mas... – Luhan olhava na direção em que o ômega tinha ido.


– Ele não aceita ajuda, nunca aceitou, eu pago a escola dele e é com ele reclamando e dizendo que não precisa disso.



Sehun estava visivelmente preocupado com toda aquela situação pois os medicamentos não eram baratos. Tinha medo que Kyungsoo não pudesse pagar pelos novos e mesmo assim não pedisse por sua ajuda.



– Sempre foi ele e ela – Sehun olhou para o ômega e deu um pequeno sorriso – a mãe dele é uma mulher amável.


– Mas por que ele não aceita ajuda?


– Como eu disse, sempre foram apenas os dois, Kyungsoo sempre batalhou para ajudar a mãe quando ela ficou doente… ele acha que precisa cuidar dela já que o pai, um alfa sem caráter devo dizer, a abandonou quando estava grávida do Soo.


– Mas, Sehunnie – o chinês nem tinha percebido a forma como chamara o alfa.


– Eu sei – Sehun bagunçou os cabelos do ômega em um gesto de carinho – ele quer fazer isso sozinho, ele acha que pode fazer isso sozinho, não vamos conseguir fazê-lo mudar de ideia.



O coração de Luhan tinha se aquecido com aquele toque singelo.



– Por que não ajuda ele escondido?


– Não é tão fácil, ele trabalha comigo, mexe com meu dinheiro e minhas contas. Mais cedo ou mais tarde o Soo iria acabar vendo que estou ajudando ele.



Era muito complicado para Sehun ajudar Kyungsoo, não era como se o alfa conseguisse omitir alguma coisa para o ômega. Sehun detestava a forma como Soo ainda negava sua ajuda, mas sabia que o outro era cabeça dura e se ele achava que poderia pagar pelo tratamento, ele iria pagar sem aceitar a ajuda de absolutamente ninguém.


Kyungsoo era um ômega forte e LuHan invejava aquilo. Soo voltou para onde seus amigos estavam sem o médico.



 



– Não vou dizer nada a você, Sehun – Kyungsoo falou antes que o alfa pudesse abrir a boca – minha mãe está acordada, acho que você pode conhecer ela agora, Hannie.



 



Kyungsoo segurou na mão do ômega e o puxou em direção ao quarto de sua mãe, Sehun foi logo atrás. Ao entrar no quarto Luhan viu a ômega, ela sorria de forma radiante mesmo estando ligada a vários aparelhos.



 



– Então esse é seu novo amigo, Soo – ela sorria para Luhan – que lindo, parece um boneco de porcelana.



 



Luhan ficou envergonhado com o comentário e apenas fez uma reverência para a mulher.



 



– Sehun – ela cumprimentou o alfa assim que o mesmo se fez presente – você nunca mais veio me visitar.



– Ando um pouco ocupado ultimamente.



– Kyungsoo está te fazendo trabalhar muito não é?



– Sim, seu filho é mau comigo.



 



A mulher deu um tapinha na coxa de Kyungsoo que se apresentava bem mais calmo, sua mãe estava bem e aquilo era o que importava.




 


– Eu assustei você não foi? – Kyungsoo afirmou com a cabeça – desculpe querido, não foi minha intenção – ela então acariciou os cabelos de Kyungsoo – sua mãe não vai morrer assim tão fácil.




Kyungsoo que sempre foi um ômega forte e determinado se via tão frágil perto de sua mãe. Todos têm uma fraqueza, sem sombra de dúvidas aquela era a de Kyungsoo.


Luhan se mantinha quieto apenas observando a cena enquanto Sehun o observava sem ele perceber. O alfa ainda não tinha engolido aquela história de Luhan estar namorando, foi assim tão do nada, mesmo que ambos se conhecessem há pouco tempo Sehun sentia que Luhan estava mentindo.


O alfa só precisava de alguns minutos sozinho com o chinês, apenas alguns minutos e ele conseguiria arrancar a verdade de Luhan. Ele poderia tentar naquele momento, mas falar sobre aquilo em um hospital não parecia muito agradável aos olhos de Sehun, talvez devesse esperar até saírem. Poderia tentar conversar com ele no prédio, mas tinha uma grande chance de Kai atrapalhar.


Sehun detestava quando as coisas ficavam complicadas daquela forma.


SunHae, mãe de Kyungsoo, olhava do filho para Sehun, como se dissesse para que deixasse ela e ele sozinhos.



– Lu – Soo sabia o que a mãe planejava fazer – pode ir comigo na cantina do hospital? Preciso pegar algo para comer.


– Claro – o ômega concordou de imediato. 


– Sehun, fique com minha mãe eu e Lu não vamos demorar.



Kyungsoo disse aquilo e logo saiu acompanhado do outro ômega.



– Então – SunHae começou a falar – não quer compartilhar comigo o que sente pelo novo amigo de Kyungsoo?



Sehun suspirou ao ouvir aquilo, era impossível esconder as coisas daquela mulher.



– Não sei do que está falando.


– Não se faça de bobo, Sehun.



O alfa passou as mãos no cabelo os deixando bagunçados.



– Não temos nada – disse Sehun – somos apenas colegas e Luhan tem um namorado.


– Ele tem é? Porque parece que você não acredita nisso – sempre uma ótima observadora.


– Ele apareceu do nada – Sehun parecia frustrado com aquilo.


– Já conversou com Luhan?


– Não – negou com a cabeça – descobri sobre isso hoje – sorriu sem graça.


– E como você está se sentido?


– Sinceramente? Horrível – Sehun mordeu seu lábio inferior – quer dizer – ele olhou para SunHae como se estivesse perdido – eu deveria me sentir assim? Eu nem o conheço direito.



Era possível ver a confusão em seu olhar.



– Você gosta dele, Sehun.


– Mas eu nem o conheço há tanto tempo e…


– E nada, entenda meu querido, esse sentimento não se mede pelo tempo.



O alfa olhou para o chão e então fechou os olhos, ela estava certa, ele sabia disso. Mas gostar do ômega parecia ser tão complicado, Luhan estava ali, tão perto e por algum motivo tão longe. Sehun sentia que se corresse atrás do outro, o mesmo iria apenas se afastar cada vez mais. Era como perseguir nuvens.



– Você não é de desistir sem tentar, Sehun, então não torne essa a sua primeira vez.



O alfa voltou a olhar para SunHae, a senhora sorria.



– Eu não vou – Sehun disse – prometo que vou lutar com tudo o que tenho para ter Luhan para mim.


– Isso, é esse Sehun que eu gosto de ver! - SunHae sorriu.



Ele continuaria tentando, nunca deveria desistir daquilo que seu coração tanto clamava para ter.



– Então o que você está esperando para ir conversar com ele agora, Sehun?



– Tem razão – Sehun disse rápido – Obrigado, SunHae.



Sehun deu um beijo na testa da mulher antes de sair correndo pelo hospital atrás de Luhan.


O maior encontrou os dois ômegas parado na cantina do hospital, Sehun logo percebeu que Kyungsoo estava enrolando o chinês, típico de seu amigo. Eles pareciam discutir sobre o que comprar, quando o maior chegou mais perto pôde ver que Luhan estava a ponto de pegar uma fatia de bolo e enfiar na boca de Soo.



 


– Você conseguiu irritar o Luhan, Soo – disse Sehun chamando a atenção dos dois.



– Eu só estou indeciso com o que comer – Soo e sua falsa inocência.



– Ele não sabe o que comer! – Luhan realmente queria bater em Kyungsoo – aish, ele fica olhando e diz que vai comprar uma fatia de bolo, depois diz que um biscoito deve ser melhor, mas aí ele diz que prefere pizza e depois quer saber se vedem sorvete.



 


Sehun estava se segurando para não rir da situação de Luhan.



 


– Bem, já que você está tão estressado com a presença do Soo, eu posso te sequestrar um pouco? - Sehun perguntou.



 


Luhan encarou Sehun por uns segundos achando que tinha escutado errado.



 


– Pode – Kyungsoo respondeu por Luhan – leva ele, eu vou ver minha mãe.



 


Luhan estava nervoso enquanto encarava o alfa a sua frente.



 


– Podemos conversar?



 


Luhan afirmou com a cabeça, então ambos começaram a andar sem rumo pelo hospital. Sehun queria encontrar um local mais calmo, sem muita gente. Eles andaram mais um pouco até chegarem em uma escada que não tinha ninguém. O ômega e o alfa então se sentaram nos degraus.


Sehun não sabia exatamente como começar a conversa, ele não tinha pensado muito no que iria dizer para Luhan.



 


– Você quer falar sobre meu namoro não é? – Luhan foi quem acabou dando início a conversa.



– Sim – Sehun então olhou para o alfa – ele é realmente seu namorado?



– Sim, ele é – Luhan mordia o lábio entregando com aquele gesto que estava nervoso.



– Eu não acredito em você.



– Mas eu estou dizendo a verdade!



– Luhan, você não sabe mentir.



 


Aquelas simples palavras deixaram Luhan ainda mais nervoso, ele não sabia onde Sehun queria chegar com aquilo.


O alfa não queria pressionar o ômega com aquele assunto, mas o mesmo não entendia o porquê de Luhan continuar com aquilo.




– Mas eu não estou mentindo!



– Claro que está.



– E como você pode ter tanta certeza disso, Sehun?



 


E então Luhan cometeu o erro de encarar os olhos de Oh Sehun.



 


– Então diga essa mentira olhando nos meus olhos, Luhan! – a voz rouca de Sehun fez os pelos do ômega se arrepiarem – só assim eu vou acreditar que aquele alfa que apareceu do nada é seu namorado.



 


Sehun então segurou no rosto de Luhan para que impedisse que o mesmo desviasse o olhar. O alfa até perdia o ar com tamanha beleza do menor.


Enquanto isso Luhan abria a boca diversas vezes mas nada saía por entre seus lábios, era como se tivesse perdido a fala. Ele não conseguiria mentir para Sehun, o alfa tinha um grande efeito nele.



 


– Seu silêncio só mostra que eu estou certo.



 


Sehun não podia negar que aquilo tinha o deixado mais calmo, mas ele ainda queria saber o motivo de Luhan ter mentido para ele.



 


– Agora você me conta o real motivo para isso tudo.



 


Sehun não queria, mas soltou o rosto de Luhan. O menor então suspirou baixo e olhou para suas mãos que tremiam um pouco por conta da proximidade dele e do alfa. Contar a verdade para ele remetia em dizer tudo sobre sua vida, porque uma coisa levava a outra, era tudo interligado, até os mínimos detalhes.



 


– Eu posso ter um tempo? – a voz de LuHan saiu baixa.



– Claro – respondeu Sehun – mas eu não vou esperar muito tempo.



– Sábado, mas tem que ser em um lugar que ninguém vá nós atrapalhar.



– Pode ser no meu estúdio de tatuagens, Kyungsoo vai estar de folga nesse dia.



– Sim - ficaram em silêncio alguns segundos - acho que precisamos voltar.




Sehun afirmou com a cabeça e os dois começaram a fazer o caminho de volta, o clima não estava mais tão pesado. Luhan se sentia melhor e via que aquela mentira criada por Kai não iria lhe causar problemas, o ômega só precisava falar com Soo sobre aquilo, provavelmente iria apanhar.


Assim que chegaram perto da recepção, Luhan sentiu sua alma sair de seu corpo. Não muito longe deles dois, Kyungsoo se encontrava encarando Kai como se fosse matar o mesmo com os olhos e o alfa retribuía com o mesmo olhar. Parecia que a qualquer momento os dois iriam rolar pelo chão enquanto brigavam até um sair morto.


Luhan então olhou para Sehun, como se pedisse ajuda com aquilo, mas o alfa sorriu divertido e o mais novo sabia: Teria que lidar com Kyungsoo e Kai a fim de impedir a terceira guerra mundial naquele hospital.



Notas Finais


Espero que tenham gostado do capítulo e até o próximo.


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