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História Come to the past - Você não deveria roubar o brilho das estrelas


Escrita por: LunaSelene

Notas do Autor


Espero que gostem o/

Capítulo 10 - Você não deveria roubar o brilho das estrelas


“— É tradição dar a um bruxo um relógio quando ele atinge a maioridade — Explicou ela, observando-o ansiosamente do fogão. — Não é exatamente novo como o de Rony, pertenceu ao meu irmão Fabian, e ele não era muito cuidadoso com os seus pertences, tem um amassado na parte de trás, mas...

O resto do discurso se perdeu; Harry se levantou e abraçou-a. Tentou colocar muitas coisas não ditas naquele abraço e ela talvez tenha entendido, porque afagou seu rosto, sem graça.”

- Molly Weasley

 

Harry escutava vozes, mas ele não queria acordar. A noite anterior tinha sido um inferno, sirenes tocando e crianças correndo para um abrigo pequeno demais para tantas pessoas e ele nem podia ignorar o cheiro de bebida que vinha da Sra. Cole, mesmo que eles estivessem distantes. Ele segurava a varinha com força e olhava para cima, muitos pensamentos passando por sua cabeça, ele tinha o poder, ele poderia fazer algo. Poderia?

Tom tocou o ombro dele gentilmente dando um aperto fraco e negou com a cabeça, o olhar que recebeu fez Harry estremecer. Ele não poderia. O governo não deixaria bruxos saírem por aí fazendo feitiços que poderiam ser percebidos por qualquer trouxa mais atento, mas era tão terrível que eles tivessem o poder e ainda assim deixassem aquele horror acontecer. Pessoas estavam morrendo.

“Nós temos nossa própria guerra para ganhar”, Tom disse sussurrando no ouvido de Harry, baixo demais para qualquer um além dele escutar. Naquele momento Grindelwald estava em algum lugar conquistando seguidores, levando o horror para o mundo e em algum lugar estava Dumbledore ignorando seu dever de acabar com aquela destruição.

Então eles esperaram o que pareceram longas horas, as crianças pediram histórias para Harry e mesmo que ele só quisesse fechar os olhos e esperar não conseguiu negar isso. Ele contou uma que lembrava de ter lido no livro que Hermione ganhou de Dumbledore, ele fazia vozes e conseguiu até alguns sorrisos. Tom também ouvia ao seu lado com os olhos vidrados em Harry e o garoto queria ignorar isso, mas ele sentia seu corpo queimar diante de tanta atenção.

Quando a sirene tocou mais uma vez eles saíram do abrigo e foram para suas camas, ainda faltavam algumas horas para amanhecer e Harry não demorou a dormir, mas Sra. Cole tinha dito que o café da manhã começaria atrasado, então não tinha porque Harry ser acordado tão cedo.

— Que garoto preguiçoso. Ele puxou a você. — Uma voz feminina disse, ela sorria pelo seu tom.

Não era Martha, a voz era um tom delicado e suave, Martha tinha a voz mais rouca.

— Não acredito que ele ainda está nessa cama.

Harry reconheceu essa voz, mas não poderia ser, não tinha como ser real.

— Vamos lá, querido. Você não quer perder seu dia, quer? — Ela falava bem perto do ouvido de Harry e passava a mão em seu cabelo.

Harry desistiu de permanecer com os olhos fechados, a consciência foi o abraçando aos poucos, ele esticou o corpo ainda com os olhos fechados, tentando retardar o momento em que realmente teria que levantar, mas quando os abriu não reconheceu o lugar que estava de imediato, mas ao mesmo tempo sabia que lugar era aquele. Era seu quarto, na sua casa em Godric’s Hollow.

Havia uma vassoura já velha que tinha ganhado de Sirius uns dois anos atrás, e cortinas vermelhas que seu pai tinha insistido em colocar, porque Harry definitivamente iria para a Grifinória e um monte de livros que ele aprendeu a gostar, porque sua mãe os adorava e Harry queria conhece-la melhor.

Então de repente alguém colocou um bolo cheio de velas na frente do seu rosto e havia várias pessoas no seu quarto e todas cantavam fora de sintonia e ele demorou um pouco mais do que devia para lembrar os seus nomes, porque por um instante era como se fosse a primeira vez que ele as visse.

— Feliz aniversário, Harry! — Todos falaram juntos.

— Faça um desejo e sopre as velas. — Sua mãe falou.

— Deseje que vá para a Grifinória. — Alguém disse lá atrás, Dorcas era seu nome, amiga dos seus pais. Ele a tinha visto uma vez, muitos anos atrás em uma foto, mas ele também a conhecia desde que era um bebê.

Ele soprou as velas, mas esqueceu do desejo, tudo estava tão confuso para ele. Ele deveria estar naquele lugar e com aquelas pessoas? Mas era estranho, porque ele não queria estar em nenhum outro lugar.

— Bom dia, pirralho. — Sirius bagunçou o já muito bagunçado cabelo de Harry. — Sua mãe disse que poderíamos fazer um passeio de moto hoje, pelo seu aniversário.

Aquilo animou Harry, porque sua mãe era muito preocupada e para ela Sirius era muito irresponsável.

— Para não muito longe. — Lilian o lembrou.

— Vamos deixar você acordar direito, tome banho e desça para podermos começar a comer. Sua mãe me fez acordar as seis para arrumar tudo, estou morrendo de fome. Feliz aniversário, filho. — James deu um beijo na cabeça de Harry.

James começou a expulsar todo mundo do quarto e estendeu a mão chamando Lilian.

— Mãe? Pai? — Harry encontrou sua voz, os pais se voltaram para ele. Eles faziam um casal bonito, sua mãe era pouca coisa mais baixa e ela tinha um sorriso que poderia iluminar o mundo inteiro e seu pai tinha essa expressão de quem poderia estar confabulando para fazer algo terrível e o conhecendo ele provavelmente estava.

Seus pais foram saindo do quarto e seus sorrisos foram com eles, Harry ainda se sentia estranho, mas feliz, incomumente feliz e ele queria permanecer ali com todas aquelas pessoas que ele não conhecia, mas sabia quem eram e tinha Sirius, ele sentiu falta de Remus, mas seus pais estavam ao alcance de suas mãos, só que eles tinham ido embora, como se foram há tantos anos e aquilo não poderia ser real, nenhuma daquelas pessoas poderia estar ali e nem mesmo Harry, só que Lilian estava sorrindo segundos atrás e nada poderia ser mais real que aquele sorriso.

E novamente Harry teve aquela sensação de que deveria abrir os olhos, da consciência se aproximando e ele sentiu o colchão fino embaixo do seu corpo e quando abriu os olhos Tom o encarava.

— Você estava falando de novo. — Tom disse. — Estava chamando por seus pais.

— Era meu aniversário. — Harry fechou os olhos, ele lembrava com tantos detalhes que aquilo mais parecia uma memória. — Meus pais estavam lá e eles sorriam e pareciam tão felizes, como se nada pudesse fazê-los parar de sorrir.

Tom não falou nada nos segundos seguintes, Harry ainda estava entorpecido pelo sonho, tinha Marlene, Dorcas e ele teve certeza que viu Batilda curvada sob seu próprio peso, mas principalmente tinha Sirius e seus pais e tê-los visto fez com que uma saudade amarga ficasse no fundo da sua garganta e ele sentiu seus olhos começarem a arder, mas não queria chorar.

— Quando é seu aniversário? — Tom perguntou.

— 31 de julho.

— Harry... — Tom o olhava estranho, quase como se quisesse rir, mas seus lábios não soubessem o que fazer. — Hoje é 31 de julho.

Harry se sentou na cama e ficou fazendo os cálculos mentalmente. Não poderia ser.

— Hoje... Isso quer dizer...

— Você tem 17 anos. Feliz aniversário, Harry.

Tom não levantou da cama, não ergueu a mão e não fez sinal de que se levantaria para dar os parabéns dignamente, ele simplesmente falou, com aquele tom monótono que Harry tinha se acostumado a ouvir, mas não totalmente desprovido de emoção e talvez Harry tivesse percebido isso se não estivesse tão preso dentro de si mesmo.

Harry estava travando uma batalha interna, porque ele tinha 18 anos, mas naquele tempo ele tinha 17, só que ele nem mesmo havia nascido, sequer seus pais haviam nascido, então ele deveria pensar em seu aniversário com algo real? Quando ele voltasse para seu próprio tempo ele teria 18 anos? Ou 19? 20? Por quanto tempo ele viveria quando voltasse? Quantas regras ele estava quebrando naquele momento por estar passando tanto tempo no passado? Ele ainda teria um futuro quando retornasse?

Harry ia explodir, ele se sentia prestes a explodir, só que ele não podia e não havia ninguém com quem ele pudesse falar naquele tempo. Harry estava sozinho e ele não estava mais acostumado a se sentir assim, desde que ele entrou para seu mundo tinha amigos com quem ele pudesse levantar suas dúvidas e Hermione, tão inteligente quanto era, sempre tinha respostas.

— Deveríamos comemorar seu aniversário. — Tom falou chamando a atenção de Harry e não foi só por ele ter falado aquilo, mas porque Tom sentou na cama de Harry pela primeira vez. — É uma data importante.

Quando Harry voltou ao hospital ele tinha em mente que deveria buscar algo que estava enterrado fundo dentro de Tom Riddle, algo que nem mesmo ele deveria conhecer, mas se viu incapaz de fazer isso quando nem mesmo conseguia ficar no mesmo cômodo que Tom por muito tempo e o silêncio imperava entre os dois quando estavam no quarto logo antes de dormir. Era desconfortável para Harry, mas a outra opção seria falar com ele e isso não era mesmo uma opção.

De tal forma que Harry se viu ocupando todo o seu tempo com algo que não fosse pensar em Tom Riddle. Isso até aquela carta chegar e aí algo mudou. Foi sútil, o clima não estava mais tão carregado e quando eles se olhavam não era uma briga silenciosa, era só silêncio, calmo, comum, como se já fizesse parte do ambiente e às vezes o silêncio era quebrado com Tom perguntando o que seria o almoço ou Harry tirando alguma dúvida dos livros que tinha pego emprestado e aos poucos o silêncio foi sendo preenchido por algumas conversas despretensiosas que nunca envolviam os Riddle, os Gaunt ou a pequena fortuna que Tom tinha agora, era como se eles tivessem entrado em um acordo para poderem conviver.

E agora eles estavam ali com Tom sentado na cama de Harry com sua postura impecável e seu cabelo levemente bagunçado, mas ainda arrumado o suficiente enquanto Harry tinha certeza que o dele estava uma zona. Tom parecia esperar por algo, só que Harry não sabia como comemorar seu aniversário, o único que teve foi na Toca e não tinha como fazer nada comparado com aquilo.

— O que você quer fazer? — Harry perguntou.

— O aniversário é seu. — Tom deu de ombros.

O convite estava ali e era surpreendente que Tom tivesse tomado a iniciativa por aquilo, mas ao mesmo tempo Harry se sentia indefeso, porque não era algo que estava de fato esperando e não sabia o que fazer.

— E-eu realmente nã-ão sei.

Tom manteve a mesma expressão e pensou por um tempo até tomar uma decisão, pelo que Harry notou.

— Tudo bem, eu sei. — Ele levantou da cama. — Devemos sair em trinta minutos se quisermos aproveitar seu aniversário.

Ele não esperou que Harry respondesse, foi até o armário catou de lá suas coisas e saiu, provavelmente para o banheiro, enquanto isso Harry ficou lá ainda sentado, sem saber o que tinha acontecido desde o momento em que acordou e sem saber o que esperar daquele dia.

 

Eles estavam em um trem e Harry não fazia ideia para onde estavam indo, Tom tinha comprado tudo e só empurrado Harry na direção do trem certo. Eles estavam comendo panquecas e ouvindo um casal discutir no banco ao lado e eles estavam tentando descobrir o que motivou a discussão apenas porque não tinham nada mais para fazer.

Até onde eles puderam perceber eles eram recém-casados e o homem havia pedido demissão, porque eles estavam em guerra e poderiam morrer a qualquer momento e o trabalho era horrível. Claro que Harry ia concordar com o homem, ele já tinha passado por essa sensação de não saber se estaria vivo no ano seguinte, então por que continuaria em um emprego ruim? Só que Tom apoiava a raiva da mulher dizendo que o homem deveria ter sido mais pragmático, a guerra poderia acabar amanhã e ele estaria vivo e desempregado.

Harry disse que Tom não entendia a sensação de não saber se estaria vivo por muito tempo e Tom devolveu que Harry também não e não tinha como ele explicar que sim, ele sabia, então aceitou a derrota e continuou comendo suas panquecas.

— Bem-vindo a Canterbury. — Tom disse assim que saíram do trem.

— Tom, o que viemos fazer em Canterbury?

— Ela fica a menos de uma hora de Londres e é um lugar bonito. Talvez um dos castelos estejam abertos a visitação e o que teríamos para ver em Londres? Entulhos?

Tom revirou os olhos e aquele gesto era mundano demais para ele e por isso era tão surpreendente que ele fosse capaz de fazer algo tão trivial quanto revirar os olhos quando Harry perguntava algo idiota.

— Eu nunca conheci Canterbury. — Harry confessou.

— Nós temos o dia inteiro para conhecer.

Eles saíram andando até encontrar um grupo de turistas e fazer quórum entre eles. Ainda era meio surpreendente como algumas partes pareciam intocadas pela guerra, enquanto Londres era um amontoado de pedras e cinzas Canterbury parecia uma cidade parada no tempo, com flores coloridas e ruas limpas, pessoas andando de um lado para o outro resolvendo seus problemas.

A cidade era chamada de Jardim da Inglaterra e o nome tinha seu significado, porque até onde Harry viu a cidade era realmente linda e era produtora de um tipo de cerveja que ele e Tom chegaram a provar. Ele estava esperando algo parecido com cerveja amanteigada, mas era completamente diferente e Harry detestou, Tom pareceu em dúvida, embora tenha sido bem mais controlado em sua careta de desagrado, ainda provou mais uma vez antes de decidir que não tinha gostado.

O guia disse que eles deveriam andar pela cidade, ir até os parques e aproveitar o bom tempo, apontou a direção do mercado onde eles poderiam comer coisas típicas da região como os dez tipos de suco de maçã e ele garantiu que cada suco tinha um gosto diferente. E eles resolveram seguir para o lugar antes de visitar o parque e Harry não queria pensar que isso estava facilmente virando um piquenique porque a ideia geral era muito singela e doce e era seu aniversário, portanto ele afastou aquele pensamento e começou a pensar em todos os sucos de maçã que iria se obrigar a consumir.

Tom comprou umas tortas e pegou três garrafas do suco, quando eles chegaram a beira do rio Stour puderam realmente aproveitar a paisagem, era um belo jardim, com campo verde e árvores altas, pessoas andavam indo de um lugar para o outro, outras estavam sentadas ou deitadas na grama aproveitando o calor e a companhia uns dos outros. Não foi surpresa quando Tom procurou o lugar mais afastado a sombra de uma grande árvore e com um balançar de varinha fez surgir um pano de tecido grosso para eles sentarem em cima.

— Ninguém viu. — Ele disse quando percebeu Harry olhando para os lados.

— Alguém poderia ver.

— Não, não poderia.

Foi a vez de Harry revirar os olhos, porque claro que Tom Riddle iria considerar que qualquer coisa que ele fizesse seria perfeito, até mesmo quebrar as regras.

— O que está achando até agora?

— É uma cidade realmente bonita. — E tomado por uma coragem que o tinha abandonado nas últimas semanas Harry perguntou. — Porque você está fazendo isso?

Tom não respondeu de imediato, ele parecia analisar a melhor resposta para a pergunta o que preocupava um pouco Harry, porque ele poderia estar criando uma mentira, mas uma parte sua, aquela que conhecia Tom Riddle, sabia que para ele mentir era mais fácil que dizer a verdade e ele acreditava que Tom talvez não quisesse ser verdadeiro e aquilo o incomodava em graus extremos.

— É seu primeiro aniversário sem os seus pais, eu queria que fosse uma boa lembrança.

Tom cortava as tortas enquanto falava e foi bom, já que Harry sentiu uma subida vontade de chorar e precisou daqueles segundos para se recompor. A mentira pesava no peito dele e embora soubesse que não existia uma realidade em que ele poderia contar a verdade, mesmo assim se sentiu culpado pelo ato mais gentil de Tom ser proveniente de uma mentira.

— Obrigado. — A voz dele saiu meio embargada e Tom apenas assentiu, como se não fosse nada demais.

 

Eles tinham mais algumas horas e quando Harry viu a luz do parque de diversão se acender ele soube onde as gastaria, porque ele tinha certeza que Tom nunca tinha ido a um lugar como aquele e mesmo Harry só havia ido uma vez e ainda assim não andado em nenhum brinquedo. Portanto, não ia desperdiçar aquela chance.

Ele empurrou Tom na direção da banca que estava vendendo os ingressos e ele comprou uma cartela. Forçá-lo a andar nos brinquedos não foi tão fácil assim, já que Tom insistia que aqueles brinquedos não eram seguros e eles poderiam acabar morrendo e seria uma forma ridícula de morrer. Harry sorriu, realmente sorriu, porque Tom falava de uma forma infantil tão diferente de quem ele era.

— Vamos, Tom. Vou parecer um idiota andando em tudo sozinho enquanto você está aqui parado.

Harry ainda precisou insistir mais três vezes e talvez Tom só tenha aceitado porque Harry estava começando a falar alto demais e atraindo a atenção das pessoas, então ele o acompanhou a contragosto.

Tinha um carrossel que girava em torno de si mesmo e nem mesmo Harry seria ridículo o suficiente para ir nele, mesmo que tivesse se coçando para ver Tom ali no meio de tantas crianças, mas tinha um brinquedo chamado de disco voador que girava e girava e no começo Harry estava se divertindo, mas ele perdeu o número de vezes que aquilo girou e quando saiu, com suas pernas bambas pensou que talvez tivesse sido alvo de um feitiço.

— Por que você não está tonto também?

Tom segurava Harry pelos braços perfeitamente parado.

— Eu estou.

Mas ele não parecia, embora estivesse com o cenho franzido.

Havia outro em formato de tubarão que estava suspenso no ar segurado por uma corda muito fina e nem mesmo Harry teria coragem para ir naquele.

— Vamos acabar perdendo o trem se não nos apressarmos. — Tom falou depois de conferir o relógio.

— Temos tempo para mais um, certo?

Tom bufou, mas assentiu mesmo assim. Harry sabia exatamente para onde queria ir. Ficou surpreso quando viu uma versão menor, mas ainda assim alta o suficiente. Quando era criança e conheceu um parque de diversão ficou impressionado com o tamanho daquele brinquedo e só imaginou como seria estar lá em cima tão alto e tão próximo do céu. Hoje ele sabia como era estar voando, parecendo que poderia tocar as estrelas se subisse um pouco mais alto, mas ainda assim havia aquele desejo infantil.

Ele sentou na cadeira com Tom ao seu lado, o garoto parecia muito desconfortável com aquela situação, mas não reclamou. Harry sentiu a adrenalina subindo pelo seu corpo e o sangue bombeando mais rápido, não era nada demais realmente, ele não era rápido e nem muito alto, mas era tão maravilhoso que Harry pudesse agora realizar aquele desejo de quando era criança e ele não queria pensar em todos os motivos pelo qual ele nunca pode andar em algo assim antes, quando tinha a idade certa para ser impressionado pela altura.

— É incrível como as pessoas podem se sentir pequenas vendo tanta coisa linda.

— Eu não me sentiria pequeno em lugar nenhum, eu tenho plena noção da minha magnificência. — Tom respondeu com arrogância, mas tinha uma pontada de zombaria, era uma linha tênue que Harry ainda estava aprendendo a identificar.

— Ah você é incorrigível. — Harry bateu com o braço no braço de Tom.

Eles pararam no alto e ficaram lá parados. Não era alto, mas eles podiam ver o Castelo e a Catedral, o rio e as casas, o céu estava estrelado, bonito e brilhante e foi realmente de perder o fôlego estar ali.

— Você tem razão. — Tom disse e ele olhou para Harry. — É... É realmente lindo.

E ele sorriu, não totalmente, mas ele estendeu os lábios e havia uma covinha em sua bochecha e seus olhos tinham aquele brilho perverso que não era maldade, só um perigo que era muito atrativo e Harry sentiu o coração bater mais rápido, porque ele não queria estar prestando atenção no sorriso de Tom ou em seus olhos, mas era só no que conseguia pensar.



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