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História Come wake me up - My Own Hell


Escrita por: uncover5h

Notas do Autor


;x Estão me odiando muito por demorar tanto tempo pra postar?
Me desculpem, minha vida estava uma bagunça. Não está mais, mas estava. Pra ser sincera, não postei no último mês por causa de Fifth Harmony no Brasil. Fui ao show, toquei loucamente na Lauren na porta do hotel, enfim...... não estou sendo coerente.

Quero agradecer à Mayara, à Fla e a TOOOODO mundo que nunca me deixa desistir de escrever. Eu amo vocês.


Leiam as notas finais, tenho mais coisas a falar.

Quaisquer erros, conserto assim que os ver.

Capítulo 26 - My Own Hell


Lauren's pov

 Os seus olhos entraram em combustão e então suas bochechas que, vermelhas, denunciavam a chegada do fogo que queimava dentro dele, foram o alerta vermelho para o que estava por vir. Tão rápido quanto não pude processar, paralisada pelo medo, ele se tornou um enorme e assustador incêndio crescendo à minha frente, a ponto de engolir-me e incinerar-me. Seu corpo pôs-se de pé tão rápido quanto suas mãos, fechadas em punhos, despencaram sobre a mesa, exatamente em cima da louça em que antes havia seu jantar, quebrando-a em mil pedaços, ocasionando um barulho que serviu como trilha sonora perfeita para o filme de terror que se iniciava à minha frente.
 

Em seguida, o grito.

 O medo.

 A paralisia muscular.

 Ele gritou o meu nome tão alto e tão ferozmente que pude imaginar a sua garganta pulando para fora, sangrenta e pegando fogo, tal a intensidade do grito.

 - LAUREN! - meu pai gritou, sem fazer a menor questão de esconder o ódio que o dominava.

 - Que porra é essa? - ouvi, vagamente a voz de Chris, aparentemente, indignado.

 - ISSO SÓ PODE SER UMA ENORME BRINCADEIRA DE MUITO MAU GOSTO. - ele continuava gritando, com as mãos fechadas em punho, pressionando a mesa e os cacos do prato que ele havia quebrado.

 Quando a mão de Camila apertou a minha, só então percebi o quanto ela estava tremendo. A Camila tranquila e confiante, que antes me incentivara a seguir em frente com a ideia de falar tudo ao meu pai, havia dado lugar à uma Camila trêmula e extremamente assustada. Desviei o olhar, rapidamente, do meu pai para ela e seu rosto era inexpressível. Havia uma variedade tão grande de sensações que poderiam ser vistas ali, que era quase impossível defini-la em uma coisa só.

 - ESSA PORRA TODA É BRINCADEIRA! - A voz de meu pai, que ainda gritava, me despertou da minha divagação sobre Camila, fazendo-me voltar para o meio daquele furacão enorme. - FALA LAUREN!

 Ele sabia que não era brincadeira, perguntava motivado, unicamente pela negação angustiante que tomava conta dele. Em algum momento entre o que eu havia dito a ele e a minha troca de olhares com Camila, meu pai havia percebido o quão verdadeiras haviam sido as minhas palavras, caso contrário, não teria incendiado tão rapidamente.

 Não respondi nada a ele, embora devesse. Estava paralisada pelo medo e a única coisa que me mantinha acordada e viva era a mão de Camila segurando a minha. Ela era, naquele momento, tudo o que me segurava ao mundo. Tornou-se a minha gravidade na medida certa, nem muito para eu não cair e nem tão pouco para eu não voar. Eu estava de pé e era por ela.

 - Que porra é essa? - foi a vez de Chris se pronunciar, usando o momento para cuspir palavras do mais puro ódio na minha cara. - Desde quando você é uma porra de uma lésbica? - sua voz começou a alterna-se de indignação a ódio e seu corpo reagiu ao novo sentimento. Chris levantou-se e, imitando nosso pai, deu, violentamente, com o punho fechado sobre a mesa. - Foi essa porra dessa lésbica que influenciou você?! - ele disse apontando para Camila, olhando-a com tanto ódio que eu gelei mais um pouco.

 O tempo que durou a assimilação da cena ao meu redor, eu não sei. O dedo do meu irmão apontando a minha namorada, combinado com os olhos odiosos e com sua boca dizendo palavras de desprezo à pessoa que eu mais amava, entalaram-me a garganta e a agonia tornou-se indignação e a indignação tornou-se raiva e a raiva tornou-se ódio. Acudiu-me ainda ouvir mais algumas palavras desvairadas vindas da boca do meu pai. "Isto é inaceitável!", ele esbravejou em algum momento. "Eu prefiro uma filha morta a uma filha lésbica", disse outra vez, dando apenas mais uma facada na minha alma já ferida e despedaçada.

 Mas as palavras que dilaceravam minha alma como espinhos dilaceram a carne, não me atingiram como bombas que fazem desabar as mais fortes estruturas, mas como enormes blocos de concreto sendo jogados, com a força de milhões, em tudo aquilo que me sustentava. Tornei minhas feridas recentes em cicatrizes instantâneas e nelas busquei a força que eu precisava para enfrentar o tsunami em que me afogava.

 Bloqueei os meus ouvidos para que nada mais eu pudesse ouvir, segurei a mão de Camila e a apertei, recebendo de volta um leve aperto. Seu rosto estava coberto de puro medo, o pavor era tão claro em seu rosto que era notório que internamente ela gritava. De todas as coisas que me doíam naquele momento, a expressão de Camila foi o que mais me doeu, foi o que mais me feriu e o estado de minha namorada foi a ferida que mais rápido cicatrizou e que mais força me deu para dar o próximo passo.

 Em meio a toda gritaria de meu pai e meu irmão, que agora já misturavam seus monólogos de ódio e terrorismo, em meio a inércia de minha irmã que parecia estar em estado de choque, firmei os pés no chão e me levantei, puxando Camila pela mão para que fizesse o mesmo. Ela o fez. Meu pai não pareceu notar, já que estava ocupado demais apertando a mesa com as mãos e esbravejando ódio olhando para a mesma, com a cabeça curvada, como se recusasse olhar para a filha lésbica. E Chris embora estivesse me olhando, não parecia realmente me ver, concentrado somente em construir mais ofensas para mim e para Camila.

 "Eu não vou aceitar a minha filha sendo uma lésbica", meu pai dizia, encarando a mesa. Dava a impressão de que a quebraria. "Eu tenho nojo de você, Lauren", Chris completava o que meu pai dizia. "Não aceito ter uma porra de uma irmã lésbica", cuspiu na minha cara novamente. "Você vai voltar pra Londres, você não vai ficar aqui tendo um relacionamento lésbico, não perto de mim", meu pai disse em algum momento de seu monólogo. "Que moral eu vou ter se souberem que a minha filha mais velha é uma lésbica?", ele disse dando mais um soco na mesa.

 De alguma maneira, aquelas palavras já não me feriam. Eram apenas frases soltas que pairavam sobre mim e eu não as absorvia. Enchi o pulmão de ar e o usei para falar o que meu cérebro começara a formular desde o surto inicial do meu pai.

 - Eu passei a minha vida inteira vendo você lutar pelos direitos daqueles que não podiam fazer isso por si próprios. - Comecei a falar em meu tom normal de voz, ignorando toda aquela gritaria e todos os esbravejos do meu pai, que me chamava de todos os adjetivos maldosos que conhecia. - Passei a vida inteira vendo você lutar por ideais que eram obviamente corretos, mas que a sociedade não aceitava desse jeito. Passei a vida inteira ouvindo você dizer que a moral de uma pessoa se mede pelo comportamento dela diante de situações que exigem honestidade e respeito. - eu continuava falando, mesmo que mais para mim, já que meu pai não parava de falar. - Eu não acho que escolher namorar uma mulher comprometa a minha honestidade e o meu respeito pelas coisas e pessoas. Eu passei a vida inteira ouvindo você dizer que deveríamos ser capazes de distinguir os valores sociais dos valores religiosos e que deveríamos ser capazes de respeitar quando valores se chocassem, porque o mundo é diverso e a diversidade torna as certezas absolutas em relativismos. Eu aprendi isso com você pai. - As palavras me faltaram e as lágrimas molharam meus olhos. Mesmo sem olhá-la, sabia que Camila chorava. - E é por isso que agora eu vou respeitar a sua opinião sobre a minha opção sexual e vou me retirar da sua casa agora. Não vou tentar mudar o que você pensa, embora me pareça muito controverso. - Respirei fundo, tentando conter as lágrimas e apertei a mão de Camila. - Isso vale pra você também, Chris. - Falei sem olhar para ele, triste demais para encará-lo. - Se não podem respeitar a minha escolha, eu não vou obrigá-los a me aceitarem nem como irmã, nem como filha. - Camila apertou a minha mão mais uma vez. Só então percebi o quanto ela estava gelada e suada.

 Meu pai estava calado, olhando-me com um ódio que eu só vira uma vez: quando minha mãe o havia deixado. A decepção em seu olhar não me era indiferente. Afligia-me. Entretanto, ao mesmo tempo, deixava-me decepcionada com ele. Sentia-me anulada, por dentro. O comportamento de meu irmão não me surpreendeu em muita coisa, pois eu tinha certeza que assim como agisse meu pai, assim agiria meu irmão também. De certa maneira, não me surpreendi com a não aceitação de meu pai, mas com o seu descontrole, com seu ódio, com as palavras que usara.

Em meio ao silêncio que se instaurou depois que acabei de falar, afastei a cadeira e saí lentamente, puxando Camila que começara a me preocupar. Sua aparência estava extremamente preocupante. Assumi que se devia ao nervosismo. Fui me afastando da mesa, segurando a mão da minha namorada, em direção à porta de saída quando meu pai resolveu falar outra vez.
 

- Você é igual a sua mãe. - ele declarou, com a voz pesada.

 Meu músculos travaram e parei de andar. Virei a cabeça para trás e encontrei seus olhos pesados, quase escondidos pela cabeça baixa. Olhava-me pelo canto do olho, trucidando-me.

 - Esse é o melhor elogio que já recebi. - Respondi, encarando-o. - Eu volto depois para buscar as minhas coisas. - Virei outra vez o rosto e dei mais alguns passos com Camila antes de parar para ouvi-lo outra vez.

 - Eu não expulsei você de casa. A nossa conversa ainda não acabou. - ele disse em um tom indecifrável.

 - Vou levar a minha namorada em casa e quando voltar, a nossa conversa vai ter um fim.

 Não houve mais nenhuma palavra. Segui com Camila até o carro e abri a porta do passageiro para ela. Ela sentou-se e eu me agachei à sua frente, entre a porta do carro e o seu corpo já sentado.

 - Você não parece estar se sentindo bem, amor. - Observei.

 - Eu estou bem, - ela respondeu, tomando ar com dificuldade - só estou um pouco assustada. Seu pai...ele...

 - Shhhhh - alertei para que ela não falasse mais nada, interrompendo-a. - Não pense nisso. Já sabíamos que não seria a melhor experiência das nossas vidas. Eu, pelo menos, não esperava felicitações. - Completei e sorri sem humor, acariciando carinhosamente sua mão.

 - Nem eu, mas eu também não esperava ver pratos quebrados sob as mãos do seu pai e tudo aquilo e...

 - Amor, - coloquei o dedo indicador sobre seus lábios, impedindo-a de falar e ela virou seu rosto para mim, olhando-me finalmente - não pense mais nisso, por favor. - peguei a mão dela e dei um beijo carinhoso. - Vamos passar por isso juntas. Me perdoe por todas as coisas ruins que meu pai falou. Eu nem acredito que ele disse tudo aquilo, e meu irmão também.

 - Eles não me ofenderam em nada. Nem eles próprios me devem desculpa. Palavras vazias como aquelas não são dignas nem de serem consideradas ofensas. Eles só estavam falando coisas sem o menor sentido e em um momento de descontrole. Eu fiquei assustada com a maneira que seu pai falou e não pelo que ele falou. - ela engoliu lentamente e me olhou, seu olhos cheios de lágrimas - Estou com medo de ele mandar você de volta a Londres. - disse tão baixo que quase não a ouvi e olhou para baixo.

 - Ei... - eu a chamei, tocando seu queixo para fazê-la olhar para mim. - Eu não vou a lugar nenhum. Eu não vou ficar longe de você.

Camila apenas acenou positivamente com a cabeça, obviamente nada convencida das minhas palavras. Levantei e dei um beijo em sua testa antes de fechar a porta do carro e me dirigir para o outro lado.

Fizemos o caminho até a casa dela em silêncio total. O carinho que ela fazia em minha mão enquanto eu dirigia foi muito mais acalentador do que qualquer palavra que ela pudesse dizer. Todo o amor que ela sentia por mim eu pude sentir naquele momento, todo traduzido em um simples acariciar de mãos.

- Você não quer dormir aqui essa noite? – Camila perguntou-me, assim que parei o carro na frente de sua casa.

Deixei meu corpo relaxar no banco do carro e virei a cabeça para ela que me olhava atenciosamente.

- Não sei, acho que eu deveria voltar para casa e resolver logo tudo isso.

- Talvez você devesse dormir aqui e se acalmar. Você pode resolver isso amanhã. Além do mais, seu pai também vai estar mais calmo. – Ela olhou para os lados rapidamente. – Eu espero..

- Acho que você tá certa. – olhei para baixo, lutando para não deixar as lágrimas se formarem em meus olhos e não mostrar a ela o quanto eu estava realmente ferida. Eu precisava ser forte por ela. – Deveríamos pedir à sua mãe antes.

- Ela vai deixar. – Camila respondeu e saiu logo em seguida do carro.

Eu a segui.

- Mãe! – Camila chamou assim que abriu a porta.

Eu passei para o lado de dentro, dando a ela espaço para que fechasse a porta. Sinu apareceu na porta da cozinha com um enorme sorriso que se desfez tão rapidamente quanto olhou para nós duas. Aparentemente, nossa tristeza era muito evidente.

- O que aconteceu? – ela perguntou, preocupada, caminhando apressadamente em nossa direção. – Por que estão assim? – ela perguntou mais uma vez, passando a mão pelo rosto da filha e em seguida repetindo o gesto em mim.

Eu não conseguia forças para abrir a boca e falar e ainda que eu conseguisse, não conseguiria formular frases coerentes a respeito do que havia acontecido. Tudo o que eu queria era deitar em algum lugar e chorar toda a minha tristeza e frustração para fora de mim.

Não pude evitar as lágrimas se formando em meus olhos e abaixei a cabeça em uma tentativa inútil de esconder meus olhos. Sinu, entretanto, viu antes que eu tivesse tempo de esconder.

- Oh meu Deus, o que houve? – ela me abraçou carinhosamente, fazendo-me repousar a cabeça em seu ombro. – Por que está chorando, Lauren? – ela perguntou angustiada. – Camila já lhe contou? – perguntou-me e eu não entendi.

- Contou o que? – perguntei, tentando levantar a cabeça para olhá-las, mas sendo impedida por Sinu, que me fez deitar outra vez.

- Não, mãe. – Camila respondeu por mim, tentando manter a calma, mas eu conhecia muito bem aquele tom de voz. – Eu ainda não contei as novidades para ela. Ela está assim porque contamos ao pai dela sobre nós duas e ele não reagiu muito bem e...

- Quais são as novidades? – insisti no assunto.

- Depois conversamos sobre isso, amor. – Camila respondeu. – Vamos sentar.

- Sim, vamos sentar. – Sinu concordou, puxando-me para o sofá.

Sentei entre Sinu e Camila que contou para a mãe tudo o que havia acontecido na minha casa, até detalhes que eu não havia notado. Eu me mantive calada enquanto Sinu e Camila conversavam sobre ter sido precipitada a nossa decisão de contar ao meu pai sobre o nosso relacionamento. Sinu fazia carinho em meu cabelo e Camila fazia o mesmo em minha mão. Não sei em que ponto aconteceu exatamente, mas eu adormeci. Só notei isso quando Camila me acordou para subirmos para o seu quarto.

- Acho que você deveria ligar para avisar que não vai dormir em casa. – a minha namorada disse quando deitou-se ao meu lado na cama.

Não havia feito questão de trocar de roupa ou qualquer outra coisa, estava exausta demais, de todas as maneiras possíveis.

- Vou mandar um sms para Taylor, avisando. – disse, lembrando ao mesmo tempo que estava sem meu celular. – Estou sem meu celular, você pode fazer isso por mim? – perguntei, segurando a sua mão sobre o colchão.

- Eu envio, amor. – ela pegou o celular na cômoda ao lado e digitou rapidamente algo para a minha irmã, devolveu o celular para a cômoda e virou-se de lado na cama, deitando sua cabeça em meu peito. – Vai ficar tudo bem, branquinha. – ela disse, usando um tom muito suave que começou a acalmar a tempestade dentro de mim.

Apenas balancei a cabeça positivamente e a apertei contra o meu corpo. Não dissemos mais nada até adormecermos.

Na manhã seguinte, acordei na mesma posição que havia dormido na noite anterior. Camila ainda dormia com a cabeça sobre o meu peito, abraçada ao meu corpo. Deixei-me contemplar a garota deitada sobre meu corpo, deixando, conseqüentemente, a paz que sua imagem me trazia, invadir o meu corpo. Por um minuto, não houve dor, não houveram problemas, não houve mal em meu mundo. Houve só Camila e Camila era o bem.

Tentei levantar sem acordar a garota ao meu lado, mas minha tentativa foi em vão.

- Aonde você vai? – Camila disse sonolenta, sem ao menos abrir os olhos.

- Preciso ir em casa. – Eu fiz uma pausa, convencendo a mim mesma sobre a necessidade de voltar ao meu mausoléu. – Conversar com meu pai.

- Quer que eu vá com você? – ela perguntou, levantando ligeiramente o corpo, mostrando alguma dificuldade para abrir os olhos.

- Não! – respondi instantaneamente. – Fique aqui. Por favor.

- Tem certeza? Não quero que você tenha que passar por isso sozinha. Deixe-me ir com você.

- Eu preciso enfrentar isso sozinha. Só eu e meu pai. Temos muito mais contas a acertar do que simplesmente o fato de eu namorar você. – confessei.

Ela pareceu entender que esse era um momento pelo qual eu precisava passar sozinha e apenas acenou com a cabeça, em sinal de compreensão.

- Eu amo você e vou estar aqui, esperando por você. – ela disse, por fim, esticando-se para me dar um beijo.

- Eu vou voltar pra você o mais rápido possível. – respondi-lhe, retribuindo o beijo.

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas nos olhando até que eu lhe disse que precisava ir. Camila se ofereceu para me deixar na porta, mas eu insisti que ela ficasse na cama e voltasse a dormir. Depois de alguma insistência da minha parte, ela cedeu.

Dois minutos depois eu estava no carro, dirigindo em direção à minha casa. A cada quilômetro que eu andava uma dose de medo me era acrescentada. A minha mente trabalhava a mil por hora, figurando todos os cenários do que estava por vir. Cada um deles me deixava sempre um pouco mais desesperada que antes. Nenhum deles acabava bem.

Meia hora depois, eu estava dentro do carro, na frente de minha casa, tentando arranjar qualquer desculpa que me convencesse a ir embora correndo dali. Todas elas me levavam a um único ponto: eu precisava resolver aquilo e aquele era o momento. Respirei fundo mais vezes do que pude contar e saí do carro de uma vez, ignorando o tremor em minhas pernas que crescia gradualmente à medida que eu alcançava a porta de entrada da minha casa. Girei a maçaneta e a empurrei, entrando, finalmente, no meu circo de horrores. Caminhei lentamente em direção à escada, pensando em ir ao quarto de Taylor para perguntar onde estava o nosso pai e assim me preparar um pouco mais para encontrá-lo. Antes que eu pudesse alcançar o primeiro degrau, meu nome foi chamado.

- Lauren. – a voz de meu pai atravessou a sala e chegou ao meu ouvido como uma marreta.

Olhei para o lado e o vi, sentado perto da lareira, com as mãos cruzadas à frente de sua boca, cotovelos apoiados nos braços da poltrona, olhando-me tão pesadamente que quase caí. Respirei fundo e caminhei até ele.

Era a hora de enfrentar o meu próprio inferno.

 


Notas Finais


Então, desculpem se o capítulo não está satisfatório. D; Eu estava morrendo de saudade de escrever. MORRENDO MESMO. EU vou postar com mais frequência agora que estou com a vida mais calma.

Conversem comigo no twitter, tá? @uncover5h ou usem a tag CWMU.
podem falar comigo no ask.fm/uncover5h

Amo vocês, volto loguinho.


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