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História Come with me to anywhere, darling - 1


Escrita por: SeizeTheStory

Notas do Autor


Oi, oi, gente (: Essa fic não é bem uma original, foi escrito com pessoas reais - alteração apenas do nome da protagonista, mas as características pessoais, de personalidade e tal permaneceram intactas. E é um presente de aniversário de 4 anos pra minha migs, minha bésti frêndi, Stefanie Andreotti, a Fany linda alok *-* Parabéns pra gente, que venham sempre mais 4 e mais 4 e assim sucessivamente. Sua querida que me atura quase todo dia nesses 4 anos, a gente de briga, se estranha, fica um mês inteiro sem se falar, mas a gente se ama, né? <3 E não, você não vai me vender, mesmo que renda uma grana boa, você vai ficar com apertinho no core u.u Ai, chega! Amem a fic e a Fany, gente u.u
Beijos ;*

Capítulo 1 - 1


É assim que começa

(Sex – The 1975)

 

Sentei no meio fio, com a pequena mala ao meu lado e acendi um cigarro. Eu não tinha para onde ir e minha memória não estava ajudando a me lembrar para quem eu poderia ligar. Um problema: onde estava meu celular? Pergunta sem resposta, talvez, para sempre.

            Pessoas sentadas no meio fio, desabrigadas e fumando eram bem comuns, tanto que a maioria das pessoas que passava por mim nem olhava, o que de certa forma era ótimo, odiava que ficassem me encarando com olhos de pena. Eu não era nenhuma coitada, apenas saí da casa que dividia com uma amiga porque, segundo ela, eu estava cada vez mais cheia de hábitos imorais e ela não queria confusão. Ótimo. Pelo menos, ela foi direta.

            Alguém tocou meus ombros com as duas mãos e, mesmo que eu tivesse me assustado, mantive o rosto inexpressivo.

            ― Jogada às traças, Jackie? ― Adam sorriu e eu ri.

            ― Saí de casa. ― soprei a fumaça.

            ― De novo? Você não se cansa disso? ― sentou-se ao meu lado.

            Fiquei olhando para a rua à nossa frente, fingindo prestar atenção nos carros que estavam passando.

            ― Deve ser por isso que vendi a maioria das minhas roupas.

            ― Fica mais fácil depois de um tempo, né?

            ― É ótimo para renovar os ares. ― sorri e comecei a arrancar as peles soltas nos dedos enquanto tentava controlar o tremor das mãos para não deixar o cigarro recém-aceso cair no chão.

            ― Tem para onde ir?

            ― Tenho cara de quem tem quatro casas, uma para cada estação do ano? ― ele riu.

            ― Você tem cara de quem só está esperando uma deixa para cair no mundo e bater perna até morrer.

            ― Que bom. Só falta ter o espírito livre agora.

            ― Quer vir comigo?

            ― Pra onde? Pelo que eu sei, você também não tem casa.

            ― Mas tenho um amigo que tem.

            ― E você descolou um cantinho com jornal para dormir?

            ― Durmo no sofá. ― rimos.

            Levantou-se e bateu a poeira dos shorts, estendendo a mão logo a após para mim.

            ― E aí? Vai querer ou vai casar com um mendigo? ― mordi o canto do lábio inferior. Eu não tinha escolha e dormir em um banco de praça não estava nos meus planos.

            Segurei sua mão e me levantei, peguei minha mala e o segui até um estacionamento, onde estava sua velha van preta. Joguei a mala no banco de trás e me sentei no carona.

            ― Esse cara não vai ficar bravo de eu surgir do nada assim?

            ― Jackie, ele é homem e você é bonita, compreende o que eu quero dizer? ― ri. A lógica de Adam era, sem sombra de dúvidas, a mais óbvia possível e quase sempre estava certa.

            A maquiagem dos meus olhos estava borrada, meus cabelos estavam meio arrepiados e meu batom estava saindo, fora isso, estava tudo em seu devido lugar. Tirei os tênis. Meus pés estavam doloridos e eu odiava andar cheia de coisas, inclusive cheia de roupas, como sempre acontecia no inverno.

            ― E, me conta uma coisa, desde quando você está morando com esse cara?

            ― Faz uns três meses. Pensei que soubesse.

            ― Você não me conta nada. Na verdade, faz tempo que você não liga mais para mim, ok?

            ― Te liguei várias vezes semana passada para te convidar pra uma festinha lá em casa, você não atendeu.

            ― Perdi meu celular. ― rimos.  ― Juro que perdi, não vendi nem troquei por nenhum tipo de doce, ácido ou qualquer coisa assim.

            Chegamos a tal propriedade pertencente ao outro cara que abrigara o meu caro amigo. Desci do veículo, abri a porta de trás para pegar minha mala e me dirigi à porta no encalço de Adam.

            ― Matt, voltei. ― Adam gritou, apontando para o chão para que eu largasse minha mala.

            ― Cozinha. ― gritou de volta em uma voz fina, porém do tipo “deliciosa de se ouvir”.

            Fez sinal para mim e o segui até o cômodo.

            O homem estava sentado à mesa, comendo um sanduíche natural ― que parecia estar com uma cara ótima ― e não notou a minha presença em primeira instância, afinal, não olhou para nós. Seus olhos eram de um verde claro límpido e chamativo, o que prendeu minha atenção por longos segundos, o cabelo perfeitamente desgrenhado em um undercut preto que harmonizava com o olhar. A camisa aberta mostrava a “magreza saudável” que eu tanto apreciava em homens.

            ― Temos uma nova moradora. ― Adam saiu da minha frente para que ele pudesse me ver.

            Seus olhos vieram de encontro aos meus, no entanto, não senti a menor receptividade de sua parte, apenas uma raiva crescente que parecia querer borbulhar e transbordar em seu ser.

            ― Quem é ela? ― questionou em um tom duro, porém suave.

            ― Essa é a Clementine, uma amiga minha.

            ― Jackie. ― estendi a mão, entretanto, ele não a apertou.

            ― Qual é o seu nome de verdade? ― levantou-se e veio para mais perto de mim, analisando cada ponto da minha face.

            ― Clementine. Jackie é apenas um apelido que eu adotei por causa da minha identidade falsa.

            ― E como todos te chamam?

            ― Jackie.

            ― Ok, Jackie, por que está aqui? ― seu olhar parecia mais uma navalha extremamente cortante, a qual eu estava prestes a fugir, mas me mantive firme, como era de costume.

            ― Porque eu não tenho um lugar para ficar e o Adam disse que eu poderia ficar aqui por uns tempos.

            ― E por que não tem um lugar para ficar? Onde está sua família, Jackie? ― o tom era sádico, mas, até então, não estava me afetando.

            ― Fui expulsa de casa por ter me tornado um fardo para meus pais e um mau exemplo para meus irmãos mais novos. Morava com uma amiga, mas ela também não foi capaz de suportar meus maus hábitos.

            ― Parece que temos uma garota má. ― sorriu. ― Você tem algum parente que tenha alguma ligação com a lei? ― meneei a cabeça negativamente. ― Já foi presa alguma vez?

            ― Sim.

            ― Por quê?

            ― Duas vezes por porte de drogas e uma por furto.

            ― Estou impressionado. ― seu sorriso era composto com dentes extremamente brancos e brilhantes. ― Jackie, você pode ficar. Mas vai ter que arranjar um canto para dormir. Só temos um quarto, uma cama e um sofá.

            ― Eu me viro.

            ― Ótimo. ― deu as costas e começou a caminhar em direção a outro cômodo, provavelmente o quarto, quando girou nos calcanhares e perguntou: ― Tire mais duas dúvidas minhas.  Que droga era?

            ― Pó.

            ― Seu? ― afirmei.

            Com essa resposta, ele voltou ao seu rumo inicial, entrando em algum lugar e batendo uma porta.

            Olhei para Adam e ele deu de ombros, como se realmente não soubesse a resposta de qualquer que fosse a minha pergunta.



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