1. Spirit Fanfics >
  2. Comfortably Numb >
  3. 14. Insegurança

História Comfortably Numb - 14. Insegurança


Escrita por: LetsMcCartney

Notas do Autor


helou meus anjos! demorei mas voltei com um novo capítulo de cn, que eu acabei de escrever agorinha ksjdslsjdhskd
finalmente minhas provas acabaram e eu pude voltar pras fanfics, ufa! (que aliás estou indo muito bem por enquanto ksjdksdj) e bem, esse ficou mais curto por motivos de que n teve muita coisa pra acontecer mesmo, ele já é meio entediante e eu não ia ficar enchendo linguiça só pra ficar maior, não quero que vcs fiquem de saco cheio. e mesmo ele sendo paradinho, o final tem coisinhas bem legais, hehe :v me desculpem se n tiver tão bom, minha inspiração n tá das melhores, mas resolvi escrever mesmo assim pra ver se eu faço a maquininha aqui voltar a funcionar lsjdkslsldjskd
então eh isto, espero que vcs gostem do capítulo, mesmo ele sendo chatinho <3 boa leitura :3

Capítulo 15 - 14. Insegurança


O domingo amanheceu ainda mais chuvoso do que o dia anterior. Escutando ao longe as gotas caírem, fazendo um som gostoso contra o telhado já antigo da casa e sentindo uma preguiça enorme de abrir os olhos, John começou a acordar. Ele deu um gemidinho e enterrou ainda mais seu nariz contra o ombro daquele a quem estava abraçado, e sentir o cheirinho tão gostoso daquela pele, que lembrava um perfume suave de flores, o fez sorrir ainda de olhos fechados. Ficou assim um tempinho, naquele aconchego que acalentava seu peito, pensando em como era bom estar juntinho da pessoa que se amava num dia tão preguiçoso, ele queria que aquele momento durasse para sempre. Porém no final daquele dia já teriam que partir, e essa ideia tão triste acabou fazendo o ruivo abrir os olhos, desgostoso da ideia. Era pedir muito que não fossem embora nunca mais? Talvez sim, e isso o fez suspirar. Lennon soltou o outro garoto, que continuava dormindo como um anjinho, e fitou o teto que ele via desfocado pela falta de suas lentes corretivas.

Sua mente estava tão branca quanto a tinta daquele forro, e resolveu que queria se levantar, aproveitaria aquele silêncio para andar um pouco pela casa, coisa que ainda não tinha feito. Não sabia se essa era uma boa ideia, já que detestava se sentir nostálgico, mas talvez ele precisasse desse momento de reflexão. Olhou novamente para Paul, mas só o que viu foi sua cabeleira escura, já que ele estava deitado do lado oposto ao seu. Riu pelo nariz e ergueu-se, logo pondo os pés no chão e sentindo um arrepio por causa do gelo do piso. Bocejou, coçou seu couro cabeludo e saiu, de mansinho para não acordar o... Namorado? Sim, namorado. Ainda era estranho para ele pensar que realmente estava num relacionamento fixo.

Caminhou pelo corredor e olhou toda aquela casa, que tinha um ar tão antigo, e realmente, as coisas ali eram tão velhas que provocaria rinite nas pessoas mais sensíveis, que aliás era o caso do Paul ─ o garoto já tinha espirrado tantas vezes durante o pouco tempo que ficaram ali que John até mesmo perdera a conta. O imóvel tinha sido comprado pelos avós de John, quando eles se mudaram de Liverpool para Manchester, e depois acabou ficando no nome de Mimi, já que Julia vivia em outra casa com seu namorado Alfred, que no caso era o pai do garoto ruivo. Quando Alfred, ou “Freddie”, como era chamado, foi embora, Julia não voltou a morar na casa que pertencia a sua família, pois sabia que brigaria com a irmã diariamente e sua vida seria um inferno. Às vezes John se sentia abandonado até mesmo por sua mãe, embora a amasse muito e soubesse os motivos pelos quais ele acabou sendo criado com Mimi. Ele odiava ser tão emocionalmente dependente das pessoas por quem sentia algo, queria poder entender quando foi que havia nascido tamanha fragilidade dentro dele, porque ele se comportava dessa forma, preferindo ficar distante de todo mundo a se apegar a alguém. Talvez tenha sido lá atrás, quando era só um bebê que ainda engatinhava e não compreendia completamente as palavras, mas sabia que seu pai e sua mãe brigavam. Eram muitas perguntas que o jovem rapaz não sabia responder, mesmo tendo sido assim a vida toda.

Enquanto refletia sobre tudo isso, entrou no quarto que dormia quando ainda morava naquela casa, e que no tempo que seus avós eram vivos, tinha pertencido a Julia e Mimi. Estava tudo do mesmo jeito, só o que havia mudado era o montante de poeira que se acumulou sobre os móveis. A cama encostada a parede do lado da janela, e sua estante do lado oposto, e ver aquele cômodo tão pequeno o fazia se perguntar como era possível duas pessoas dormirem ali. Sentou-se em sua velha cama, que rangia da mesma forma, e como previu, começou a se sentir nostálgico. Quase que pôde se enxergar deitado com as pernas para cima e sua gaita nos lábios, tocando alguma música que sua mãe tinha lhe ensinado. Um sorriso singelo formou-se em seu rosto, apesar de tudo lembrar-se daquilo era bom, e assim que voltou a olhar para sua estante, recordou-se de outra coisa.

Ele sempre guardou com ele algo muito especial, e que não tinha certeza se tinha levado consigo quando se mudou para Liverpool, e agora tinha quase certeza que não, que ainda deveria estar escondido no mesmo lugar. John se levantou e começou a abrir as gavetas vazias, e na última, achou um pacotinho de veludo azul, e o apanhou, abrindo-o rapidamente. Virou o conteúdo do pacote em sua mão, e lá tinham dois colares, dourados e com um pingente adorável, e voltou a sorrir assim que os viu. Atrás dos pingentes, estavam escritas as iniciais de seus pais, em um tinha um “A” de Alfred, e no outro um “J” de Julia, e lembrava que, quando sua mãe os deu, disse que aquilo era como uma aliança que os dois usavam desde que começaram a namorar. Era engraçado como, mesmo o relacionamento deles não tendo terminado de uma forma boa, os dois haviam se gostado do seu próprio jeito torto. John guardou aquilo por muito tempo, não sabendo exatamente porque fazia isso, talvez por ser importante para Julia, por algum motivo ela devia ter lhe dado aquilo. E agora, com aqueles dois objetos em mãos, John teve uma ideia que parecia interessante, mas ao seu recordar da noite anterior, sentiu um desânimo lhe invadir.

Ele queria dar aquilo à Paul. Já que segundo ele agora eles estavam namorando, seria legal usar algo como aqueles colares, teria muito significado para ele compartilhar com o garoto que amava os mesmos objetos que no passado ligou seus pais, mesmo que ele mal conhecesse seu progenitor. Entretanto, na noite de ontem ele havia dito, clara e nitidamente, que o amava, e o moreno não correspondeu. Não sabia dizer se ele não ouvira corretamente, porque foi tão rápido e por impulso que Paul poderia ter entendido errado, mas parecia ter dito em alto e bom som... Droga, John se odiava por simplesmente pisar em seus sentimentos daquela forma. E com essa dúvida sobre os reais sentimentos do outro, ele não iria conseguir lhe entregar aquele colar.

Não se importava com o rótulo de “namorados” que agora os dois tinham, por ele os dois poderiam ficar a vida toda sem ter uma definição para o que eram, ele só queria que Paul o amasse, e isso, que era mais importante do que qualquer coisa, Lennon não tinha certeza se possuía ou não. Mesmo depois de tudo que viveram e fizeram, querendo acreditar que Paul não teria ido tão longe com ele se não tivesse amor envolvido, sua insegurança ainda falava mais alto. Respirou fundo e colocou de volta aqueles colares dentro do saquinho, fechando-o novamente e dessa vez, decidiu que iria levar consigo aquilo para Liverpool. Iria entrega-los à Paul no momento certo. E sinceramente, ele nem sabia se um dia essa hora chegaria.

Era aula de Educação Física. Porém, o professor havia juntado duas das quatro classes de terceiro ano do colégio, e eram justamente as salas de John e Paul. As competições escolares estavam chegando e era hora de treinar os alunos, mas como Paul não era bom em nenhum esporte, ele preferia ficar sentado com George enquanto via seus colegas jogando, e hoje ele não poderia estar mais feliz, já que Lennon parecia ainda mais sexy enquanto pagava de atleta no meio daquela quadra. O jogo de hoje era Handebol e o moreno estava até que admirado com o namorado, não sabia que o garoto levava jeito para essas coisas, John sempre lhe pareceu muito preguiçoso. Mas fazia sentido, para ser gostoso do jeito que era só cuidando do corpo mesmo. Seu melhor amigo estava ali do seu lado, mas o garoto não conseguia tirar os olhos daquele ruivo suado.

Embora estivesse se divertindo vendo Johnny praticar Educação Física, Paul estava com uma preocupação em mente desde que os dois voltaram de Manchester. Naquele domingo, que os dois apenas ficaram na casa sem fazer nada porque o dia estava muito chuvoso, o rapaz sentiu algo diferente nele. John parecia um pouco distante, e ele não era mais assim consigo, Paul acreditava que os dois haviam chego num estado de confiança onde poderiam contar qualquer coisa um ao outro, porém ele lhe escondia algo e o moreno sabia disso. Entretanto, não quis perguntar, já que no fundo ele sabia o que acontecia com Lennon, e não tinha coragem de perguntar algo sobre. John estava daquele jeito por causa de sua declaração não correspondida. Não era como se o McCartney não quisesse responder, ele só não sabia o que dizer, até agora ele ainda achava que havia sido apenas um devaneio seu, que na verdade ele não disse nada, que tinha sonhado. E de qualquer forma, não se sentia pronto para dizer à John que o amava. Só não conseguia entender o porquê, já que agora mesmo tinha pensado que aquele romance alcançara seu ápice, que tinham tudo o que precisavam para manter um relacionamento saudável, nunca tinham se dado tão bem e estado tão conectados. Era horrível sentir as coisas e não conseguir dizer, Paul sempre foi péssimo em expressar seus sentimentos.

Paul ficou o domingo todo agradando John, tentando fazê-lo sorrir e brincar como sempre, e até que funcionou, na hora de ir embora ele já estava bem melhor, e hoje, três dias depois, era como se nada tivesse acontecido. Mas isso não saia da mente do jovem, e tinha certeza que da de Lennon também não, e ele pensava tudo isso enquanto o seguia com os olhos, admirando sua beleza e entusiasmo, nem percebendo como sorria feito uma adolescente bobinha e apaixonada. Mas George notava tudo, e obviamente aproveitou-se daquilo para sacanear o amigo:

─ Pelo visto a viagem de vocês foi boa, hein? ─ falou, trazendo Paul de volta para o planeta Terra, e isso o fez ruborizar. ─ Você ainda não me contou o que rolou nesse fim de semana, Paulie. ─ o mais velho deu uma risadinha e olhou para o chão, ficando mais envergonhado ainda. Ainda era estranho demais pensar em tudo o que aconteceu, mas também era bom, e não devia ter nada demais compartilhar isso com Harrison. Ele era seu irmão.

─ É que eu tenho vergonha de falar, Geo. ─ falou coçando a nuca, e George começou a querer rir. Ele já tinha entendido tudo, Paul não precisava dizer mais nada.

─ Vocês transaram?! ─ o garoto falou num tom de voz alto, levando um tapa de Paulie depois, que ficou vermelho feito um tomate. Foi só o que precisou para George se acabar em gargalhadas, deitando no chão das escadas da quadra e rindo muito da cara de seu melhor amigo. Paul queria enfiar sua cabeça num buraco. ─ Cacete, num acredito! ─ falou entre as risadas.

─ Vai se foder, Harrison! Para de ser palhaço, levanta desse chão! ─ o McCartney deu a mão para George, o ajudando a se sentar novamente, e precisou mais um tempinho para o mais novo parar de rir. Ao final, coçou os olhos para limpar as lágrimas que se formaram ali. ─ Não sei o que você achou graça! Quem vê você não faz essas coisas! ─ Paul cruzou o braço e as pernas, fazendo um bico emburrado.

─ Mas eu nunca fiz com um cara, porra! ─ na verdade George estava mentindo. Ou quase, já que chegou muito perto de transar com um homem. Só não digo quem era. Paul continuava emburrado, e Harrison chegou mais pertinho e cutucou sua orelha. ─ Ah, vamos, não fique bravo, Paulie. Eu sou um besta mesmo, você sabe.

─ Hunf! Saiba que nós estamos namorando, ok? Não sou um qualquer! Digo, acho que estamos namorando... E fale baixo, idiota! Quer que todo mundo ouça a nossa conversa?! ─ George agora fez uma engraçada expressão de quem estava impressionado. Imitou a pose de Paul, só que com as pernas cruzadas.

─ Ah, e porque você “acha”? ─ fez duas aspas com os dedos, agora falando mais baixo como o outro lhe pedira. Paul suspirou.

─ John é muito complicado, Georgie. Eu não consigo entender direito o que se passa pela cabeça dele. ─ agora George notou que o amigo ficou um tanto quanto melancólico e pensativo, e a situação passou de cômica para um pouco mais séria. ─ Eu o amo, sabe. Eu o amo tanto que nem sei explicar, foi tudo tão de repente que eu ainda não acredito que isso está realmente acontecendo comigo. Mas o John parece que não acredita, ele é muito inseguro, parece que precisa ouvir eu dizer para crer nos meus sentimentos. E bem, você sabe que eu sou péssimo em falar nisso. ─ Paul falava com a cabeça mais baixa, e George deu um sorrisinho. Achou bonitas aquelas palavras, nunca tinha visto seu melhor amigo daquela forma, Paulie estava amando pela primeira vez, vivendo experiência completamente novas e não sabia direito como lidar com tudo isso. Embora fosse mais novo em idade, Harrison era mais experiente do que ele nessa parte, mesmo que só tivesse se frustrado até hoje em sua vida amorosa, ele decidiu que queria ajudar Paul, fazê-lo compreender todas as suas dúvidas.

─ Se você não consegue dizer, demonstre! ─ falou após pensar, atraindo o olhar esverdeado para si. ─ Você precisa fazer ele se sentir amado, Paulie. Eu não conheço o John, não sei o que se passa na cabeça dele, mas você poderia ajuda-lo a entender o que você quer que ele entenda! ─ pensando agora, o conselho de George fazia muito sentido. John realmente era alguém inseguro, ele viveu coisas em sua vida que afetaram demais seu psicológico, que influenciaram seu comportamento e era de se compreender o porque de suas atitudes repugnantes as vezes, como por exemplo a forma como ele lhe tratava no começo de tudo. Mas isso plantou outra dúvida na cabeça de Paul, a de como demonstrar, sendo que acreditava já fazer isso. Refletia enquanto fitava os olhos escuros de George, piscando um par de vezes. ─ Eu sei que vocês vão encontrar um caminho, quando se tem amor sempre se dá um jeito!

─ Sim, sempre tem um jeito... ─ falou, ainda pensando. Depois, sorriu para o amigo. ─ você tem sempre uns conselhos tão bons, Geo. Mas a impressão que eu tenho é a de que você não os usa para si mesmo! ─ agora foi Harrison que prendeu a respiração. Deu os ombros e negou com a cabeça. ─ Você poderia conversar comigo também, sabe?

─ Eu sei. Só não quero, não quero te incomodar com os meus problemas! ─ ele disse sem olhá-lo, e o McCartney suspirou novamente. Sempre foi assim a amizade deles, George o aconselhando, mas nunca se abrindo. Era seu direito, mas Paul realmente gostaria de poder ajudar seu amigo também, da mesma forma que ele o ajudava. Mas ainda levaria um tempo até que George se sentisse bem para contar tudo o que rodeava sua cabeça. ─ O Ringolas vai adorar saber dessa história! Paul McCartney passivo de John Lennon! ─ isso rendeu ao mais novo outro soco. Mas ele falou mais na esperança daquele clima agradável voltar.

─ Eu juro que te mato qualquer dia desses! ─ Paul estava novamente vermelho e George ria de novo, mas a conversa descontraída foi interrompida exatamente naquele momento. Paul nem teve tempo para pensar, só viu algo acertar seu rosto e tudo ficou preto.

A bola de Handebol tinha sido jogada contra sua cara numa alta velocidade, acertando bem o meio de seu nariz. Uma dor tomou conta do rosto do garoto, e ele automaticamente levou as duas mãos a este, logo sentindo um líquido quente entre seus dedos. Grunhia e apertava os olhos. “Puta que pariu!” pensou sem conseguir se mover, só ouvindo os murmúrios dos outros alunos e George lhe chamando. Não podia fazer nada, estava doendo demais, e agora entendeu que sagrava. Seu nariz havia quebrado, tinha certeza absoluta disso.

─ Oh seu babaca! Vai acertar a bola na vadia da sua mãe, inferno! ─ ouviu a voz de Harrison gritar, e abriu só um pouco dos olhos para tentar ver quem tinha lhe acertado. Ele discutia com Stuart. Então foi ele, bem como Paul imaginava.

─ Vai tomar no seu cu, Harrison. Não tenho culpa se a porra do seu amigo tava bem no caminho! ─ escutou agora Stuart falar, e os dois continuaram discutindo. Paul procurou por John na quadra, o encontrando parado num canto, sem fazer nada. O que será que ele pensava? O professor soou o apito para cessar a discussão de George e Stu.

─ Calados os dois! ─ os repreendeu, antes de começar a caminhar até Paul. A aquela altura seus olhos já estavam completamente abertos, e assim que os abriu, lágrimas escorreram por estes. Ele tremia de dor, estava totalmente fodido. ─ McCartney, deixa eu ver o que aconteceu aí! ─ disse ao chegar até o moreno. Paul retirou a mão do rosto, suas mãos estavam cheias de sangue, assim como seu rosto. O professor fez uma expressão de como se tivesse sentido a dor nele também. ─ Droga, está sangrando muito, você deve ir para a enfermaria imediatamente!

─ Eu vou com ele, professor! ─ disse George, depois apontando o dedo na cara do Sutcliffe. ─ Nossa conversa não terminou ainda, Stuart. Você vai pagar por isso! ─ o garoto correu até Paul, que voltou a por a mão no rosto, agora mais para estancar o sangramento de seu nariz. Os dois saíram da quadra, e enquanto isso, John observava tudo de longe, com o sangue fervendo. Ele queria ter feito alguma coisa, mas não conseguiu, pois estava muito bravo e a ponto de cometer uma bobagem.

Ele viu a hora que Stuart jogou a bola em direção a Paul. Ele fizera por maldade, foi sua intenção acertá-lo, e o porquê, Lennon não fazia ideia. Desde aquele dia que Stuart falou com ele de um jeito muito estranho, John tem observado que ele anda se comportando diferente. E agora tinha certeza, alguma coisa ele tinha contra Paul, só não entendia o que, Macca nunca tinha feito nada contra ele. O professor mandou todos voltarem para seus lugares, pois o jogo recomeçaria, eles não podiam perder tempo, pois os jogos escolares se aproximavam e blá blá blá. E assim que Stuart voltou para perto de John, com um irritante sorriso vitorioso, o ruivo falou entre os dentes e com os punhos cerrados:

─ Você fez de propósito, não foi? ─ Stuart olhou para ele com um sorrisinho irritante e deu os ombros.

─ E se eu fiz? Vai ficar fodido da vida por causa do seu namoradinho? ─ John sentiu o sangue subir até sua cabeça, e nem viu quando agarrou o colarinho do uniforme do outro garoto e o chacoalhou, e o Sutcliffe rangeu os dentes. ─ Me solta, porra!

─ Eu vou acabar com você, desgraçado! ─ novamente o apito do professor foi ouvido, e isso o fez soltar Stu, que massageou seu pescoço.

─ Parem vocês dois! Eu não quero brigas na minha aula, idiotas! ─ o mestre disse, e John cerrou o maxilar ainda olhando nos olhos azuis de Stuart. Simplesmente deu meia volta e começou a andar em direção à saída da quadra, a passos largos e duros. ─ Hei, Lennon! Aonde vai?

─ Foda-se! Nessa merda eu não fico mais, não com aquele filho da puta! ─ respondeu ao professor, que se assustou com tamanha petulância vinda de um aluno. O ruivo nem se importou em ter faltado com a educação com um superior, não era como se fosse a primeira vez que fazia isso. Só o que ele queria agora era tomar um banho e ver se Paul estava bem.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...