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História Comfortably Numb - 18. Decepção


Escrita por: LetsMcCartney

Notas do Autor


socorro eu não pretendia postar nada hoje mAS EU SIMPLESMENTE PARI UM CAPÍTULO TODO NA BASE DO ÓDIO tá que ele n está tão grande mas tem bastante coisa nele e eu acho que gostei do resultado :v isso é o mais legal do meu processo criativo, às vezes eu posso simplesmente sentar e meus dedos criarem vida própria e digitarem um capítulo todo sem problema algum, como em outras eu me vejo muito improdutiva.
e bem, se vcs acham se vão se livrar do cliffhanger do capítulo anterior, vcs estão enganados, pois aqui tem um bem pior. enfim, espero que gostem do capítulo de hj e eh isto.
boa leitura!

Capítulo 19 - 18. Decepção


O garoto tremia tanto que talvez caísse ao chão logo mais. Não conseguia fazer nada, apenas encarar a expressão de deboche de Stuart, que nem mesmo parecia sentir pena do que fez, a ideia de que a vida de Paul e de John viraria um inferno apenas por sua causa sequer lhe dava uma sensação ruim, na verdade o de olhos azuis se sentia muito pleno. Paul achava que estava tendo um pesadelo, que iria acordar logo em breve e ver que nada daquilo era real, que esses últimos dias lhe foram tão perturbadores que estavam lhe afetando o subconsciente, mas infelizmente era tudo real. A alegria na feição do Sutcliffe por ter feito o que fez, as risadas de alguns alunos e indignação de outros, a preocupação de George e Ringo, e por fim, o ódio de John, que chegava a ser quase palpável. Era como se tivesse perdido a voz, queria muito encher a cara de Stuart de porrada por ter acabado com sua vida, e bater em si mesmo, pois há poucos dias atrás, estava subestimando a capacidade do filho da puta de fazer algo contra eles. Não fazia ideia do motivo que o levou a uma atitude como essas, Paul nunca tinha feito nada contra ele, e sinceramente, também não fazia questão de descobrir. Não adiantaria de nada, sua vida jamais seria a mesma depois disso, ele provavelmente teria que mudar de escola depois disso, se afastaria de seus amigos, de John, de tudo o que conhecia. Nada mais importava.

─ O que foi que você fez, desgraçado...? ─ foi o que teve forças para perguntar, com a voz muito embargada pelo choro que não cessava. Stuart olhou sua “obra de arte” sobre o armário do McCartney e deu os ombros.

─ Só adiantei um pouco as coisas, Paulie. ─ ele ainda tinha a pachorra de chama-lo de Paulie. ─ Afinal não demoraria muito para que o mundo todo soubesse que você dá essa sua bundinha para o Lennon, que é uma puta inescrupulosa e promíscua que fica se agarrando com o “amiguinho” em pleno corredor do colégio! Você ia contar, não ia? ─ Paul tentava controlar seus soluços, sendo incapaz de responder qualquer coisa à pergunta dele. ─ É, pelo jeito não ia. ─ o outro aproximou-se, chegando bem pertinho de Macca, que não moveu um dedo, ele não conseguia. ─ É uma pena, sabe? Ninguém aqui é obrigado a lidar com a presença de alguém sujo feito vocês, acho que gente assim deveria queimar no inferno. E no seu caso, McCartney, o seu inferno acabou de começar!

─ FILHO DA PUTA! ─ Lennon não aguentou mais aquela situação. Simplesmente voou para cima de Stuart, dando-lhe um soco no meio do nariz que o fez cair no chão na mesma hora, e depois se pôs em cima dele, dando-lhe mais alguns socos que fizeram sangrar seu nariz e boca. Até que o outro teve forças para segurar seus braços. ─ VOCÊ ME PAGA PORRA!! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA FAZER ISSO?! NÓS NUNCA TE FIZEMOS NADA, CARALHO!

─ VAI SE FODER, LENNON. NÃO IMPORTA ISSO, EU QUERO QUE VOCÊS DOIS MORRAM, CACETE! MORRAM ENQUANTO ELE CHUPA A PORRA DO TEU PINTO! ─ o Sutcliffe falava com um sorriso no rosto, era incrível sua capacidade de ser frio e sádico, nem mesmo quando apanhava, ele não parava de querer se divertir às custas dos outros. Isso só fez John o socar mais, ele queria fazer Stuart sentir toda a dor que Paul sentia, seu amado era alguém sensível e isso geraria um trauma imenso em sua vida, John não admitiria que ele fosse tratado dessa forma e ficasse por isso mesmo.

O ruivo só não desmontou a cara de Stuart no soco porque alguns alunos ali presentes os separaram, e logo também chegou um supervisor de alunos para controlar a situação. John ainda estava fervendo de ódio, e por conta disso, nem mesmo percebeu que Paul não estava mais ali. Na hora da briga o garoto mais jovem aproveitou para sair correndo, indo se trancar no banheiro masculino, não pretendendo sair dali tão cedo.

O moreno estava trancado num dos boxes do banheiro daquele andar, e de joelhos em frente a privada, ele vomitava tudo o que tinha comido no café da manhã. O motivo de ter corrido não foi apenas por conta de não suportar mais ficar naquele local vendo John resolver as coisas da pior forma possível e ouvindo os alunos rindo como se ele fosse um palhaço posto ali para a pura diversão dos estudantes, e sim por seu estômago ter revirado tanto ao ponto de por tudo para fora. Ele não sabia se tossia por conta do vômito ou se chorava, o soluçar do choro o fazia engasgar com seu próprio alimento regurgitado, era um verdadeiro pesadelo. Ele não queria ver ninguém, nem George ou Ringo, queria ficar ali sozinho, de repente sentiu até mesmo vontade de se matar, pendurar uma corda naquele teto e enforcar-se, só para não precisar ver o que aconteceria agora que a escola toda sabia de seu caso com John. Se fosse só isso, não haveria problema, ele apenas namorava outro garoto, mas a forma como tudo veio à tona era o que mais o machucava. Teve sua intimidade exposta, momentos com John que ele jurou para si mesmo que só ficaria entre eles, ninguém precisava saber detalhes da relação de ambos. Mas Stuart foi sórdido, maldoso, expôs tudo da pior forma possível, e Paul sabia que sua vida assim que saísse desse banheiro seria completamente diferente, não só a dele como a de John.

Assim que parou de vomitar, sentou-se no chão do box e encostou-se à parede, ainda não conseguindo parar de chorar. Ele não queria pensar em mais nada, só imaginava o pior do pior acontecendo agora, não havia mais motivos para que continuasse vivendo. Paul não estava psicologicamente preparado para uma situação dessas, aliás nenhum ser humano deveria estar pronto para ser humilhado dessa forma. Não tinha preparo mental nem para contar a verdade para seu pai, já estava sendo duro ser tachado de mentiroso por ele, e agora isso? Temeu que tudo o que aconteceu agora chegasse aos ouvidos dele, temeu que o LHS o chamasse para uma conversa e ele descobrisse que seu filho era uma puta inescrupulosa e promíscua, como disse o próprio Stuart. Temeu, temeu e temeu, era só isso que conseguia fazer agora. Não conseguia nem mesmo preocupar-se com John, se perguntar o que tinha acontecido com ele, tudo o que ocupava seus pensamentos agora era o quão estava com medo de sair daquele banheiro. Paul estava precisando da ajuda de um verdadeiro anjo, e este veio.

─ Paul? Paul, você está aí? ─ ouviu a voz doce de Jane, mas ao contrário de todas as vezes, o McCartney não gostou nada de saber que ela estava ali. Deus, Jane veio o procurar, ela iria rir de sua cara, tinha certeza. Ela teria uma reação péssima, que garota agiria bem sabendo que o garoto que ela gosta tem um caso com outro? ─ Paul, pelo amor de Deus, fale alguma coisa! Eu estou preocupada com você!

Ele não falou. Mesmo que parte dele quisesse confiar em Jane, ele não conseguia. Não depois de tudo o que fizeram com ele. Queria que ela fosse embora, nunca mais queria precisar ver alguém. Então, ouviu o som das portas dos boxes sendo abertas, a garota não iria desistir enquanto não o encontrasse. O menino encolheu-se, trazendo suas pernas para perto de seu corpo e tentando se esconder em si mesmo, até que Jane o achou naquela situação deplorável. Chorando muito e com o rosto escondido e o corpo tremendo, ao lado de uma privada cheia de vômito, a ruiva não soube o que pensar. Ela imaginava que ele estaria na pior, mas não pensou que fosse encontrar uma cena dessas.

─ Meu Deus, Paul... ─ foi o que conseguiu dizer perante ao que viu. Ela apertou a descarga, mandando embora toda aquela sujeira, e depois agachou-se na frente do garoto que um dia ela amou tanto, mas agora via como um grande amigo. Jane entendeu que não tinha chances com Paul, que seu coração pertencia a outra pessoa, e enfim ela descobriu quem era o dono daquele coração tão puro e que estava sofrendo tanto naquele momento.

Não imaginou que fosse John Lennon, John era um dos garotos mais estranhos daquela escola, sua personalidade e a de Paul não combinavam em nada. Entretanto, ela sempre ouviu a história dos opostos se atraírem, e pelo jeito era isso que acontecia com eles. Compreendeu também o porque ele era tão resistente a lhe contar sobre isso, nunca tinha dado indícios de “cortar para os dois lados” antes de John aparecer naquela escola, para ele não deveria ser fácil descobrir que sua sexualidade não era aquilo que a sociedade esperava. Vê-lo assim tão triste e sem querer mostrar o rosto apenas por vergonha de estar amando e não fazendo mal a ninguém era duro para Jane, ela quase chorou junto com ele, a garota sempre teve muita empatia pelos outros, e Paul lhe era muito especial, seu coração estava realmente apertado. Não fazia ideia do que poderia dizer para deixa-lo menos chateado, nunca lidou com situações assim, e só o que conseguiu fazer por hora foi abraça-lo. Não importava o fato de ele estar cheirando à vomito, ela só o abraçou forte, tentando passar a ele um pouco de conforto, pois as coisas agora não seriam fáceis. E Paul, assim que se viu envolvido pelos braços suaves e cheirando a hidratante de mel da garota, ficou muito aliviado. Jurava que ela ia tirar sarro, fazer chacota com ele, mas não, estava ali para lhe ajudar, e isso o fez recuperar um pouquinho da vontade de seguir em frente.

─ Shhh, calma... Ninguém vai te machucar aqui, eu vou te proteger! ─ ela disse, fazendo carinho nos cabelos escuros do garoto, que correspondeu o abraço por pura carência, pela necessidade de se sentir acolhido. Ele chorava no ombro de Jane, molhando o blaizer escolar da menina, mas estava tudo bem. ─ Deus, Paul, então era ele, é? ─ ele não falava, só soluçava, mas Jane não precisava de confirmação alguma. ─ Você não merece nada disso, entendeu? Você é incrível e bom, Stuart vai pagar por o que ele fez. Eu não vou deixar ninguém nunca mais te fazer mal...

─ Jane... E-Eu, eu não sei o que fazer... ─ ela se afastou para olhar o rosto dele, secando as lágrimas que ali se faziam presentes, seu rosto estava muito vermelho. Beijou o topo de sua cabeça num ato protetor, e o rapaz se sentiu muito querido. Jane era um amor de pessoa, e ele se sentia privilegiado de ter alguém assim em sua vida.

─ Por agora você não precisa fazer nada. Não tem mais ninguém nos corredores, ninguém vai rir de você. Podemos ir até a direção dizer que você não está bem, eles ligam para seu pai e você vai embora, hm? ─ ela sugeriu, mas o garoto negou com a cabeça.

─ N-Não, de qualquer forma meu pai não pode vir me buscar agora... ─ Aquele era o horário de trabalho de Jim, ele voltava para a casa apenas para almoçar e depois chegava um pouco antes de ele e Mike retornarem do colégio. Achava que não precisaria enfrenta-lo por enquanto, mas estava errado. ─ Droga, será que o meu irmão viu tudo? ─ perguntou a ruiva, que apenas deu os ombros.

─ Infelizmente essa confusão chamou a atenção da escola toda, duvido que tenha alguém que não saiba... E eu vi seu irmão lá, ele está sabendo sim. ─ quando ela viu que Paul voltaria a chorar, segurou seu rosto, fazendo-o olhar em seus olhos. ─ Mas escute, eu quero que entenda que você não tem culpa alguma nisso, e seu irmão vai entender isso! Foi tudo culpa daquele babaca do Stuart, ele cometeu um crime expondo sua intimidade assim, ninguém tem o direito de fazer isso com ninguém. O supervisor já levou ele e o Lennon para a detenção...

─ John foi para a detenção? ─ questionou.

─ Sim, ele quase arrebentou a cara do Stuart na porrada, obviamente não ficará impune por isso. Mas tenho certeza que o culpado maior será ele! Vai ficar tudo bem, hm? Eu estou com você, querido! ─ Jane fazia tudo para que Paul se animasse pelo menos para levantar do chão daquele banheiro, mas não estava funcionando muito. O pensamento de que Michael sabia de tudo e que iria contar ao seu pai lhe atormentava.

─ O que vai ser de mim, Janie? Eu nunca mais vou ter uma vida normal de novo, não enquanto estudar aqui...

─ Você terá que ser forte, Paul, muito forte. Essa escola é muito conservadora, eles não permitem relacionamentos amorosos entre alunos aqui dentro nem se forem hétero, quanto mais entre dois garotos... Mas você entendendo que não há nada de errado no que faz, as coisas ficarão mais simples de engolir! Eu não quero te ver assim para sempre, ok? Quero meu Paulie feliz e radiante de volta! ─ “O Paul pelo qual me apaixonei...” pensou em dizer, mas resolveu ficar calada. Não queria confundir ainda mais a cabecinha dele, ele não precisava.

─ Certo, eu... Eu vou tentar! Só não sei para onde vou agora, eu não posso aparecer na sala de jeito algum... ─ falou, se perguntando o que faria até o fim do dia agora. Maldito período integral.

─ Podemos ficar na biblioteca! Lemos uns livros, dormimos sobre os puffs... Vou te fazer companhia para que esqueça um pouco tudo isso, está bem? ─ o moreno deu um sorrisinho e pegou uma das mãos de Jane, dando um beijinho em sua palma. Estava se sentindo um pouco melhor, era incrível a capacidade daquela garota de deixar todos à sua volta felizes. Se não fosse John em sua vida, Paul teve certeza que era capaz de se apaixonar por Jane, afinal, como não se encantar com tão bela criatura? Sua vida seria bem mais fácil se a amasse.

Os dois enfim saíram daquele box, e o moreno foi até a pia, lavando o rosto e a boca, aquele gosto de vômito e bile estava o matando. Deu uma ajeitada no cabelo e se encarou, ainda estava péssimo, porém um pouco melhor do que quando entrou ali. Segurou a mão de Jane e juntos eles saíram daquele banheiro em direção à biblioteca, com o garoto olhando para todos os lados para ver se não via nenhum aluno, era como se as risadas ecoassem em sua cabeça. Era quase certo que aquilo deixaria o garoto doente, foi mais do que poderia suportar, e isso a longo prazo geraria um enorme trauma. Porém, já havia problemas demais com que se preocupar no presente, pensar no futuro agora era ainda mais dolorido. Pensou em passar na detenção para ver John antes de seguir para a biblioteca, queria saber como ele estava, mesmo não tendo condições alguma para conversar sobre o que aconteceu, mas ele estava com Stuart, e ver seu algoz agora talvez não fosse uma boa ideia. E quando foi obrigado a passar em frente aos armários, fechou os olhos para não precisar ver aquilo de novo, mas Jane o convenceu a abri-los.

─ Não se preocupe! Assim que a confusão se dissipou, George, Ringo, Mike e eu tiramos todas aquelas fotos, rasgamos e jogamos no lixo! ─ ao escutar o nome do irmão, Paul piscou um par de vezes.

─ Mike os ajudou? ─ Jane confirmou com a cabeça.

─ De certa forma ele está envergonhado também, muitas pessoas sabem que vocês são irmãos e a injustiça que cair sobre você, provavelmente irá cair sobre ele também. ─ Paul não tinha pensado nisso. Pobre Mike, virou motivo de chacota por culpa do seu irmão viado. Mais um motivo para o mais velho não se perdoar. ─ Mas sabe, Mike parecia preocupado contigo, ele nos ajudou a limpar tudo não por causa da vergonha, e sim por não querer te ver triste! ─ isso também fez o garoto refletir. Jane tinha razão, não tinha motivos para Mike ser preconceituoso, ele era jovem e cabeça aberta. De qualquer forma, não sabia se tinha estômago para olhar para a cara dele ou de seu pai por enquanto. Só queria se isolar naquela biblioteca e sair quando não houvesse mais ninguém andando por aquele colégio.

Mas parecia que o mundo estava conspirando contra o McCartney. Naquele momento, o supervisor de alunos, o mesmo que surgiu para interromper a briga de John e Stuart e que os levou para a detenção, os encontrou, chamando-os de prontidão. Paul se arrepiou inteiro, era agora que seria expulso daquela escola para sempre. Talvez isso não fosse tão ruim, já que ele não queria por os pés no LHS nunca mais. Porém, não era para expulsá-lo que o supervisor queria conversar, e sim para algo que, ao ver de Paul, era muito pior.

─ Até que enfim apareceu, senhor McCartney. ─ ele falou, e o rapaz nada respondeu. ─ Como se sente?

─ Enjoado. ─ respondeu. Não tinha nada para falar a aquele homem, queria sair correndo. ─ O que o senhor quer comigo?

─ Bom, devemos concordar que a situação de hoje não foi nada típica, certo? E como sou o responsável por manter a ordem dentro desse prédio, preciso pedir que o senhor me acompanhe! Já conversamos com os senhores Lennon e Sutcliffe, agora falta apenas você! ─ o moreno paralisou. Acompanhá-lo? Para o que? O que iriam fazer com ele? Colocá-lo na detenção junto com Stuart apenas para fazê-lo sofrer, agora que estava mais calmo.

─ O-O que vocês vão fazer comigo? ─ questionou, muito assustado. O supervisor passou o braço pelos ombros de Paul e o fez caminhar, segurando-o.

─ Não fique assim, só estamos tentando resolver as coisas de forma pacífica! Você sabe bem que não são permitidos relacionamentos entre alunos dentro do colégio, não é? Ainda mais um relacionamento anormal como esse... ─ o homem falava, mas foi interrompido por Jane, que acompanhava os dois.

─ Por que anormal? ─ a garota indagou num tom de voz alto. ─ Só porque ele namora outro garoto, quando a sociedade impõe que ele deveria fazer isso com uma menina? Vocês são uns hipócritas de merda! ─ o supervisor fez um sinal de silêncio para a ruiva.

─ Quieta, senhorita Asher! Não estou falando contigo, isso não tem nada a ver com você, e não ouse me desrespeitar, pois sou uma autoridade aqui dentro! Salve sua pele enquanto ainda pode, menina! Volte para sua sala, pois esse assunto não lhe diz respeito! ─ falou ríspido, e Jane, como a boa ruiva invocada que era, não obedeceu, indo atrás do homem e de Paul. O menino, que não tinha forças para impor nada, apenas aceitou acompanhar o supervisor, não se sentindo pronto para o que viria agora, mas talvez fosse melhor sofrer tudo de uma vez. Engoliu seco, e logo estava no seu local de tortura, a direção escolar. ─ Entre, senhor McCartney. O diretor está lá dentro junto com Lennon e Sutcliffe para conversarem! E você, senhorita Asher, fique quieta se não quiser bater um papo com o diretor também! ─ e o homem saiu, continuando seus serviços. O McCartney voltou a tremer, pondo a mão sobre a maçaneta da porta da sala e não conseguindo abri-la.

─ Eu não mereço isso... E-Eu não fiz nada de errado... ─ falou para si mesmo, já querendo chorar de novo, a antes que as lágrimas escorressem, abriu a porta de uma vez, e ao ver quem estava ali, sentado de frente para o diretor e lhe fitando com uma grande decepção no olhar, ele voltou a chorar. ─ P-Pai?

─ Será que um dia eu poderei voltar a confiar em você, James?



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