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História Como (Des)crushar Jeon Jungkook - Falha


Escrita por: taencantado

Notas do Autor


Nem posso acreditar que estamos no fim :(
Sentirei falta dessa história!

IMPORTANTE: Quando verem um sinal no texto (****************), coloquem a música THREE WISHES.
LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Espero que gostem desse capítulo meus amores, não esqueçam de me contar!
Boa leitura, beijinhos!

Capítulo 7 - Falha


 

Como (Des)crushar Jeon Jungkook

Capítulo VII - Falha



 

“Quantas coisas perdemos por medo de perder” - Paulo Coelho

 

A noite caía serena pelo céu azul. De onde eu estava, podia claramente ver as nuvens brancas feito algodão, cheias de vida, andando devagar pelos céus, sem nenhum tipo de preocupação. As estrelas pareciam especialmente reluzentes, podia contar um monte delas. Suspirei fundo, perguntando a mim mesma se não ir àquele baile foi a decisão certa a ser tomada. 

Apesar de estar com o vestido de festa e completamente produzida para uma, por dentro meu coração doía como se tivesse acabado de receber a notícia de uma perda. Talvez eu de fato tivesse perdido. Talvez eu nunca mais visse Jungkook.

Fechei os olhos, sentindo a brisa calma passar pelo meu rosto, torcendo para que ela levasse consigo todo o sentimento ruim que se apossava de mim. É claro que me perguntei inúmeras vezes antes de sumir na última semana de aulas se estava certa disso e mesmo com metade de mim querendo muito ir, ao menos para ver seu sorriso ou sentir seu cheiro uma vez mais, a outra metade, já completamente quebrada e cansada de esperar por algo impossível, insistia em dizer que eu deveria sumir. E foi o que fiz.

Já perdi as contas de quantas ligações perdidas tinham em meu celular, as mensagens não lidas se acumularam ao longo dos seis dias em que deixei de dar as caras.

Segurei os joelhos em meus braços o mais forte que podia, sem conseguir perceber o tempo passar.

Tempo. Era tão estranho pensar no tempo agora. As lembranças antigas começaram a surgir em minha mente. Todos os natais que passamos juntos, as brincadeiras, os ataques de cócegas e as lutas de bola de neve. Desde os maiores sorrisos aos choros incessantes de quando ele perdeu seus pais. Lembro de segurar sua mão naquela noite de setembro e prometer que nunca o deixaria. Deixo uma risada nasal escapar, que ironia do destino nós nos tornamos.

    Meus olhos se abriram automaticamente com o susto: o barulho alto do motor de um carro podia ser ouvido com clareza a metros de distância, em seguida uma porta foi fechada. Me virei com rapidez para trás, senti meu coração apertar-se de tal maneira que pensei ter parado por um instante, tanto que nada saia de minha boca. Queria desviar o olhar, fugir e fingir que nada nunca aconteceu. Mas não podia, não agora em que ele estava bem ali a minha frente, sem mais ninguém por perto e nem nada que pudesse atrapalhar, apenas com a luz do luar e as estrelas como testemunhas do quanto a presença daquele homem me fazia incapaz de pensar com clareza. 

    A minha frente, Jeon Jungkook tinha suas duas mãos metidas nos bolsos da calça de seu terno incrivelmente negro. Era incrível como, apesar de toda aquela situação, eu não poder deixar de notar o quão lindo ele estava. O terno alinhava-se perfeitamente ao seu corpo, o cabelos se encontravam devidamente penteados e o cheiro que ele emanava era o mesmo de sempre, o cheiro pelo qual sempre fui apaixonada. Jungkook era perfeito em todos os sentidos e cada célula do meu corpo parecia saber disso, pois me fizeram tremer por completo assim que ele sentou-se ao meu lado, como se fosse apenas uma situação das mais comuns, e pôs-se a olhar o céu como antes eu fazia.

— Como me achou? — Quis saber. Virando meu olhar em sua direção, ainda desacreditada. 

    Seus olhos desviaram para o chão por um breve instante e seus lábios foram mordidos, como quem escolhe as palavras que vai usar. A cada segundo que se passava minha ansiedade parecia ser mais palpável. 

— Foi aqui que me apaixonei por você. 

    Meus olhos tremeram. Ele se lembrava. Se lembrava daquele dia. O dia em que eu percebi que não poderia ser simplesmente sua amiga. O dia em que cada parte de mim entendeu o porque ficar sem ele me fazia tão mal. Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto direito, num misto de surpresa e alegria que eu jamais poderia explicar. 

— Naquele dia nós estávamos lendo um livro para um trabalho da escola. — Completou, com um sorriso miúdo nos lábios. — Se lembra do parágrafo que você leu antes de me encarar?

Neguei com a cabeça, esperando que ele prosseguisse. 

“Amar é como uma droga. No começo vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, você quer mais. Ainda não se viciou, mas gostou da sensação, e acha que pode mantê-la sob controle. Pensa na pessoa amada durante dois minutos e esquece por três horas. Mas aos poucos, você se acostuma com aquela pessoa, e passa a depender completamente dela. Então pensa por três horas, e esquece por dois minutos. Se ela não está perto, você experimenta as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem a droga. Neste momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, você está disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.” Naquele momento eu percebi porquê fazia de tudo por você e porquê ficar longe era tão angustiante. 

Uma onda de felicidade tomou conta do meu coração e de todo o meu corpo. Mesmo com todas as perguntas sem resposta que eu ainda precisava fazer, senti-me extasiada em saber, pela primeira vez, que Jungkook me queria tanto quanto eu o queria. Como se o mundo tivesse se encaixado, abri um sorriso tímido. 

— Desculpe ter demorado tanto, tive medo de te perder se contasse. — Fechei os olhos com sua fala, sentindo o carinho suave que seus dedos faziam em meu rosto, empurrando para trás uma teimosa mexa de cabelo. — Mas quando a vi com outro, não consegui mais me conter. — Deu uma breve risada e eu o acompanhei, lembrando-me que Jimin havia apanhado feio por conta disso. 

Senti minhas bochechas queimarem quando ele retirou algo de seu paletó. A pequena caixinha de veludo azul fez meu coração dar um pulo dentro do peito.

— S/N, sei que demorei demais para entender meus próprios sentimentos e tenho ciência do quanto isso a fez sofrer. — Jungkook disse com doçura, me obrigando a secar os olhos e continuar a encará-lo. — Mas agora que sei o que quero e que tenho a certeza de que não posso viver sem você, peço que me perdoe e me dê a chance de tentar, mais uma vez, fazê-la feliz. — Ele abriu a caixinha que então estava fechada, revelando seu conteúdo: o anel que ele havia me dado quando éramos jovens. A circunferência prata carregava duas pedras sobre si, as quais por mais que tentassem, não poderia emitir o brilho que eu emitia naquele momento. Nem me importei com o fato de que ele provavelmente havia entrado no meu quarto para pegar aquilo. — Quando te vi me dar as costas naquele dia, lamentei tudo o que havia perdido, todos os momentos que deixaríamos de viver juntos. Sei que posso estar sendo um pouco precipitado, e vou entender se você também achar isso. Mas, S/N, eu te amo. Você quer-

— Sim! Eu aceito!

Eu era incapaz de exprimir o quanto eu desejei aquele momento, aquele dia. Simplesmente joguei-me em seus braços e dei o abraço mais forte que eu poderia dar em alguém, como se tivesse medo de acordar e tudo não passasse de um sonho, medo de ele fugir e me deixar só novamente. 

Ali, nos braços dele, eu soube: tinha encontrado tudo o que eu sempre quis. 

Me permiti olhá-lo novamente. Nossas expressões não poderiam ser mais felizes. Jungkook encaixa o anel em meu dedo, me fazendo naquele simples instante a garota mais feliz do mundo.

O vi abrir seu celular e procurar por uma música em específico, o que me fez lembrar que com certeza perdemos o baile. Quando a melodia tocou, eu soube de cara seu nome, reconheceria aquela música de longe. Era minha favorita afinal, suave e lenta. Three Wishes, the Pierces, a música que escolhi para que nossa banda tocasse no baile hoje. Pelo horário, estávamos dançando junto com todos.

****************

— Me concede a honra? 

Jungkook ergueu sua mão até mim. Acenti com a cabeça, levantando junto a ele logo em seguida. Suspirei, extasiada demais com o momento para pensar em qualquer outra coisa. Jungkook colocou uma de suas mãos em minha cintura, nos trazendo para mais perto um do outro, enquanto a outra tocava minha mão livre com graça. Minhas pernas tremiam um pouco, denunciando meu nervosismo. A proximidade dos corpos parecia me hipnotizar. Não sei como me acostumaria a manter um contato tão intenso com aqueles olhos todos os dias. 

Não houve nenhuma resistência quando os lábios macios dele tocaram os meus, levando para longe todo e qualquer resquício de sensatez que ainda restasse em mim. Eu estava completamente entregue naquele beijo viciante, no mover calmo de seus lábios, da dança que nossas línguas faziam juntas. Beijá-lo dava a sensação de que eu seria, com ele, capaz de qualquer coisa no mundo. Não havia problemas, tristeza ou qualquer coisa que fosse capaz de me tirar daquele encanto pelo qual esperei por anos. 

A música já estava quase no fim, mas já não dançávamos mais, éramos apenas um casal se beijando com toda a intensidade que um beijo poderia ter. Mas nosso beijo se desfez, rápido demais para mim, que desejei poder prolongar esse momento para sempre. Encostei minha cabeça em seu ombro, deixando-o me conduzir na dança. No nosso próprio baile. 

— Eu te amo. — Soltei, após recuperar o fôlego perdido. 

— Eu também te amo. — Ele respondeu, e pude sentir todo o sentimento em sua voz. — E você está linda. — Olhou novamente em meus olhos. Me senti realmente bonita com o elogio. Eu vestia um vestido de gala na cor roxo escuro, que ia até meus pés, os quais tinham pequenos saltos, colocados no momento em que cogitei ir ao baile, mas desisti 

Noivos. — Eu ri baixo, deixando transparecer toda a felicidade por aquele momento. 

— Noivos. — Ele confirmou, igualmente feliz por termos escolhido não perder nem mais um momento. 

Quando a música estava prestes a terminar, seu celular tocou, interrompendo nosso dança. Praguejei por um momento quem quer que fosse, mas retirei os xingamentos quando vi o nome de Akemi na tela. Era uma chamada de vídeo.

Jungkook atendeu de imediato, o que fez eu me questionar o quanto eles uniram forças para me encontrar quando eu supostamente sumi. Se descobrissem que eu estava a poucos quilômetros na casa do meu tio, seriam capazes de me matar. 

No vídeo estavam todos, Akemi, Taehyung e Jimin, os dois primeiros com coroas em suas cabeças e os três completamente bêbados e ainda no baile.

— Somos o rei e rainha do baile, S/N! — Akemi gritou com vontade, expressando toda a sua felicidade, enquanto Tae erguia uma garrafa de sabe-se lá o que eles estavam bebendo. 

— Reis do baileee! — Ele gritou também, e nesse momento deu um selinho em Akemi, que ficou histérica. 

— ELE ME BEIJOU, VOCÊ VIU?? E JÁ É A SEGUUUNDA VEZ HOJE, EU SABIA QUE ELE ERA BI! EU TÔ TÃAOO FELIZ!

— Tenho vergonha do meu lado hétero, ok, sua vagaba? — um Tae muito bêbado e tropeçante respondeu. 

— Então você achou ela, não é, Jungkook? — Jimin respondeu, igualmente alcoolizado. — ACHO MELHOR — fez uma pausa, bebendo mais. — CUIDAR DEL-

— Me dá isso aqui, Jimiin! — Akemi puxou o telefone de suas mãos e eu só conseguia rir daqueles três, queria tanto tê-los comigo agora. 

Mostrei o anel à Akemi pela tela, completamente orgulhosa e sorridente. Minha amiga fez uma cara de espanto imediato. 

— VAI TIRAR A TEIA DE ARANHA DA BOCETA, AMIGA! — Berrou, prolongando ao extremo a última palavra.

— AKEMI!

— NÃO ESQUECE A CAMISINHA! — Taehyung completou, enquanto ao fundo eu podia ouvir Jimin perguntando onde estava a aranha e subir rapidamente em cima de uma mesa. 

Eu simplesmente não sabia onde esconder meu rosto. Talvez fosse melhor pular daquela montanha. Céus, que amigos que eu tenho!

Jungkook, ao contrário de mim, se acabava de rir. Me rendi ao momento, deixando a risada escapar de meus lábios também.

É, eu acho que falhei. Mas com certeza não poderia ter um final mais feliz.

 


Notas Finais


E então meus lindos?? O que me dizem?
A história por si só já está terminada. Porém, se vocês quiserem, posso escrever um capítulo bônus com o casamento deles, que se passaria daqui a uns anos!
O que vocês acham?
Espero, de coração que tenham gostado!
Irei me focar nas outras shortfics agora, para depois dar sequência à Aswan.
Se gostam da minha escrita, não deixem de seguir: @taencantado.


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