História Como fui me apaixonar por Derek Hale? Sterek - Stiles é um imbecil mas é o imbecil que eu amo.

Derek

Não me lembro exatamente como vim parar nessa clareira no meio da floresta, só me lembro de ter visto o pai do Stiles na porta quando sai e de repente eu estava correndo sem rumo.

Eu podia sentia o poder de alfa fluir novamente pelo meu corpo e também toda raiva e mágoa que sentia. 

Eu havia mudado, na verdade eu havia voltado a ser a pessoa que era anos atrás com Paige e com David, mas novamente eu estava me machucando, sentindo meu coração se quebrar, Stiles havia ficado calado quando eu disse que eu o amava e vinha mentindo pra mim a vários dias, ele achava que podia contar meias verdades e que não perceberia. Na verdade eu fingia não notar.

Eu estava a semanas relevando coisas que ele fazia e falava que eu não gostava, coisas que o antigo eu nunca aceitaria. Mas o amor faz a gente muda e aceitar algumas coisas, aceitamos até o que não gostamos nas pessoas e eu sabia que Stiles é o amor da minha vida, todavia não sabia se tava para sustentar um relacionamento assim.

Precisávamos conversar, eu precisava saber o que estava acontecendo com ele, mas estava tão furioso por conta de ter deixado tudo guardado dentro de mim. Eu também errei em não falar com ele, deveria ter falado com ele sobre tudo isso, mas fui apenas acumulado tudo e agora eu havia explodido, mesmo que não tenha falado nada para o Stiles, eu ainda sim havia perdido o controle. 

Foi então que percebi o quanto estava frio quando sentir o vento bater em minhas costas, eu estava sem camisa e apenas com um short. Abracei meu próprio corpo, não queria voltar para casa, ainda não podia olhar para o Stiles. Não sabia o que fazer estava sem carteira e sem ter para onde ir, estava longe demais para ir a Beacon Hills, onde poderia ficar no meu loft. Pensei em voltar para a casa e dormi no sofá ou no carro, mas com a sorte que tenho acabaria dando de cara com o Stiles. 

Me sentei no chão ali mesmo na floresta, encostando em uma árvore qualquer que estava contra o vento, o frio diminuiu, mas eu ainda estava congelado. Apesar do medo de morrer ali congelado, acabei pegando no sono. Acordei com o calor do Sol em uma das minhas pernas, ao me levantar olhei em volta e ele ainda estava nascendo, sempre amei o nascer do Sol, achava uma das coisas mais lindas que ja vi. Por conta do frio da noite meu corpo ainda estava gelado e eu não me sentia muito bem.

Tirei as folhas a terra que estavam presos em mim. E comecei a caminhar, sentia meu corpo se reaquecendo, todavia também senti meu estômago roncar de fome e a boca seca pela sede. Sentia as pedras cortarem meu pé que se curava logo em seguida, durante a noite nem havia notado que estava correndo descalço, agora eu sentia tudo que a raiva e a mágoa não haviam me deixado sentir ou perceber. 

Finalmente após vários minutos caminhando perdido no meio da floresta consegui encontrar uma macieira cheia de frutos na beira de um riacho. Apesar do frio tirei meu short e entrei na água, eu estava sujo de terra e de sangue,foi horrível no começo até que meu corpo se acostumou com a temperatura da água, eu sentia o sol bater em meu rosto me aquecendo, por alguns momentos esqueci todos os problemas, apenas relaxei ali na água, deixando minha mente limpa e vazia. Após algum tempo me levantei e sai da água. Eu me vesti e fui até a macieira e peguei várias maçãs comi até perder as contas de quanta já havia devorado. Como eu estava perdido acabei seguindo o riacho até encontrar alguma coisa. Levou uns vinte minutos mesmo com minha velocidade de lobo até consegui achar uma estrada. 

Mas com minha sorte a estrada ficava longe de qualquer coisa e estava totalmente deserta, olhei para os lados, não sabia qual direção seguir esperei um pouco até que vi um carro, era um camaro azul escuro, tinha aparência de novo.

Dei sinal e o carro reduziu. Ao parar do meu lado o vidro foi abaixo e uma moça muito bonita, ela possuía uma pele morena, cabelos castanhos e cacheados bem volumosos, seus olhos eram castanhos claros que só deu pra ver quando ela levantou os óculos, ela sorriu e seus dentes eram bem brancos, dava pra ver que ela estava com uma blusa branca bem apertada no qual seus peitos que eram bem volumosos se ressaltaram e uma calça jeans azul com lavagem clara.

-Oi, vc está bem? -Ela disse ainda sorrindo.

-Oi. Na verdade não, tenho problemas de sonambulismo e acabei saindo de casa no meio da noite e vim para no meio da floresta, agora estou perdido e sem dinheiro. -Disse sem graça e sentindo minhas bochechas ficarem quentes principalmente pela forma como ela me olhava.

-Olha eu não deveria fazer isso, mas você parece um bom rapaz então vou te dá uma carona até o posto e lá você pode ligar pra alguém ou dá um jeito de voltar pra casa. -Ela falou destravando a porta. 

Eu abri e entrei. Me sentei no banco do carona e ela ligou o carro novamente. Eu olhava pela janela tentando reconhecer alguma coisa do caminho para saber se tava perto de casa, mas sem sucesso. Foi então que ela me tirou do meu transe ao falar comigo.

-Então… qual seu nome?

-Hale… Derek Hale.

-Prazer meu nome é Katherine Mills. E essa coisa do sonambulismo acontece muito com você? -Perguntou sem tirar os olhos da estrada.

-Não, mas sempre acabo fora de casa quando acontece só que dessa vez parei bem longe mesmo. - Falei sem olhar para ela e ainda focado na estrada.

-E quantos anos você tem?- Perguntou agora me olhando pelo canto dos olhos.

- 18. - Disse desviando o olhar para ela. - E você? 

- 22. Mas eu sei quem não parece. - Ela disse rindo.

-Realmente, achei que você tinha no máximo uns 19. Respondi sorrindo também.

Ela sorriu e então falou.

-Seus pais devem está bem preocupado com você. -Disse focando novamente na estrada. 

-Na verdade não, até porque eu não moro com eles. -Não quis dizer que meus pais estavam mortos.- Moro com alguns amigos e eles sabem que sei me cuidar.

-Chegamos. - Ela disse parando o carro.

-Muito obrigado. - Disse abrindo a porta e indo descer, mas ela segurou meu braço antes que eu me levantasse do banco.

-Me ligue qualquer dia, quem sabe a gente pode sair e toma alguma coisa.- E então ela me estendeu um cartão.

-Sinto muito, mas eu tenho namorado e amo ele. “Mesmo que esteja furioso com ele por agir como um idiota” - Pensei. -Você é linda e muito atraente, mas comigo não rola nada.

Ela pareceu meio decepcionada, entretanto ela sorriu e soltou meu braço. 

-Okay. -Ela sorriu. - Espero que vocês seja muito felizes e ele tem muita sorte por ter você. 

Eu assenti com a cabeça e agradeci novamente. Ela deu a partida e foi embora. Pensei no fato que se fosse alguns meses atrás eu provavelmente já estaria no mínimo beijando ela, mas a agora eu só pensava em está com Stiles. E finalmente poderia voltar em casa.