História Como Gato e Rato - A mãe o muleke e o velhote

Pov. Tom On
Eu apresentei Jerry para empregada e nós logo saimos do apartamento e entramos no elevador.
-Tente se acalmar Tom - falou Jerry abraçando minha cintura.
-Eu queria ficar o fim de semana todo com você.
-Eu sei mas... Vamos fazer assim, você vai manter a calma e quando voltarmos passaremos o resto do fim de semana juntos.
Suspirei, não tinha outra opção, abracei Jerry pela cintura também e coloquei minha mão em seu rosto o puxando para um beijo. Assim que chegamos ao estacionamento eu me separei um pouco de Jerry, mas mantive meu braço em sua cintura, fomos até o carro e entramos. Dei partida no carro e logo saimos do apartamento indo em direção a delegacia.
Assim que chegamos la eu estacionei o carro e nós descemos do carro indo em direção a delegacia.
-Onde está aquele cão sarmento? O que diabos ele fez dessa vez? - perguntei ao delegado assim que entramos.
-Na sala de interrogatórios, depois te dou mais detalhes e Tomas... O filho dele está aqui.
Eu olhei assustado para o delegado, o que raios o filho dele está fazendo aqui? O delegado apontou para a sala de interrogatório e eu fui até lá.
Spike eu quero te matar!
Pov. Tom Off

Pov. Jerry On
Eu vi Tom entrar na sala onde estava Spike e o delegado foi com ele, suspirei e notei uma porta com uma janela pequena. Me aproximei da janela para ver o que tinha lá dentro, fiquei surpreso ao ver um garotinho que deveria ter no máximo uns seis anos, ele tinha cabelos cinzas claro e olhos em um tom de cinza um pouco mais escuros que o cabelo, ele parecia com medo, eu verifiquei se a porta estava trancada e quando vi que não eu entrei... Simplesmente não poderia deixar aquela criança sozinha e com medo.
-Olá... Eu sou o Jerry, qual o seu nome?
O garoto olhou para mim e se encolheu mais, suspirei e me aproximei do garoto, me ajoelhei na frente dele para que ficássemos da mesma altura.
-Eu não pretendo te fazer mal... - falei e sorri, lembrei dos biscoitos em meu bolso e os tirei dali os oferecendo para o garoto - Pra você.
-Cadê meu pai? Você veio me tirar dele? As pessoas falam que o papai e mal, mas eu sei que ele não e, o papai me ama, eu não quero me separar dele!
-Eu não vou te tirar do seu pai! Eu só quero te ajudar, quero falar com você... Tá com fome?
Eu vi o garoto me olhar desconfiado e depois aceitou o biscoito, o observei comer e me perguntei se alguém dessa delegacia avia lhe dado comida.
-Que horas eu vou ver o meu pai?
-Não sei... Eu estou esperando notícias também. Qual e o seu nome?
-Leonardo mas, pode me chamar de Leo.
-Olha Leo que tal nos sermos amigos?
Eu sorri e Leo me olhou desconfiado, eu tirei uma bala do bolso e entreguei para ele em oferta de amizade.
-Ok, só por favor não deixa eles me levarem para longe do papai.
Eu o abracei confirmando que eu não deixaria ele ficar longe do pai dele. Assim que nos separamos ouvi um barulho na porta e logo vi Tomas entrar na sala.
-Te achei, você quase me matou do coração! - falou Tomas.
Eu suspirei e me aproximei de Tom rapidamente nos afastando de Leo para que ele não ouvisse a conversa.
-Como está a situação do pai dele?
-O juiz que vai liberar a liminar só vai chegar amanhã, então... Ele só vai sair da cadeia amanhã mas, hoje eu já pedi para que ele tivesse uma cela separada só para ele.
Eu olhei para Leo, estava preocupado com o pequeno ele não poderia ficar aqui.
-Ele tem mãe?
-Overdose - murmurou Tom e eu suspirei.
-Posso falar com o Spike?
-Eu não recomendo...
Olhei sério para ele, ele sabia que eu queria falar com o Spike de um jeito ou de outro, me virei e fui até o Leo o pegando no colo e encostando a cabeça dele em meu ombro.
- Vamos logo - falou Tomas e eu sorri.
Segui Tomas com Leo em meu colo, vi a porta da sala de interrogatório eu ia entrando mas, algo que eu vi me fez voltar e tampar os ouvidos do Leo.
-Alguém tire as algemas dele, o filho dele não merece ver o pai assim.
Tomas me encarou e entrou na sala, eu olhei para Leo e sorri enquanto destampava seus ouvidos, Tomas logo voltou e fez um sinal para entrarmos, assim que entramos eu pude ver o brilho nos olhos do Leo ao ver o pai, eu o coloquei no chão e ele foi correndo abraçar o pai. Dava para ver de longe como eles se gostavam, eu sorri e me aproximei da mesa enquanto analisava Spike.
Eu me aproximei e me sentei na frente de Spike.
-Olá meu nome e Jerry e eu sou um amigo de Tom - falei e o observei olhar para Tom que confirmou com a cabeça.
-O que você quer comigo? E... Obrigada por trazer meu filho.
-Por nada, e sobre ele mesmo que eu quero falar. Seu filho tem com quem ficar hoje?
Eu vi Spike olhar para o filho e para mim.
-Para que você quer saber?
-Ele e meu amigo papai - falou Leo sorrindo - Eu estava com fome e queria te ver, aí ele me deu biscoito e me trouxe até aqui!
Eu analisei Spike, afinal eu seria um psicologo especializado em microexpressões em alguns anos.
-Olha pela sua reação eu já sei que não, e se tiver, aposto que a pessoa não e nenhum bom exemplo pro pequeno então... - falei e suspirei - Eu e Tom nos oferecemos para cuidar do pequeno enquanto o senhor estiver preso, assim que for solto Tomas e eu traremos seu filho de volta pra você, mas pelo menos hoje o senhor poderá dormir relaxado sabendo que o Leo está seguro.
Eu vi Spike abaixar a cabeça pensando na proposta, eu apenas lhe lancei um olhar de "confie em mim" e me virei novamente para o Spike.
-Filhote você gosta do seu amiguinho novo? - perguntou Spike ao Leo que sorriu e concordou com a cabeça -Então olha hoje você vai dormir na casa do seu amigo e do amigo do papai, o pai promete que amanhã vai te buscar... O pai te ama muito Leo.
Eu vi Spike beijar a testa do Leo e o abraçar.
-Promete mesmo que amanhã vai me buscar?
Prometo, agora vai lá com o seu amigo novo Ok.
O pequeno olhou para o pai e depois veio sorrindo até mim, eu sorri de volta para ele e depois olhei para o Spike.
-Cuide bem dele ok - falou Spike e riu tristemente - Ele ama doces mas, não pode comer muitos. Para ele dormir eu normalmente lhe dou leite com achocolatado morno e conto alguma história ou canto alguma música que ele goste ok. Até amanhã.
Eu sorri e ouvi mais algumas recomendações, o garoto tinha uma mochila pronta na delegacia com algumas roupas, Tomas ficou em silêncio a todo momento mas parecia não estar gostando da idéia.
-Que diabos de idéia foi essa? - perguntou Tom enquanto Leo ia buscar a bolsa.
-Ele e só uma criança Tom e ainda e filho do seu amigo, ele não podia ficar com qualquer estranho - falei e dei um selinho em Tom e me estiquei chegando perto da orelha dele - Prometo que será recompensado depois.
-Mas eu não tenho a mínima idéia de como cuidar de uma criança!
-Você aprende.
-E o que veremos. Mas vou cobrar caro em minha recompensa mais tarde...
Eu me afastei de Tom e o vi sorrindo de canto e dar uma piscadinha, me virei e vi Leo chegando com a mochila nas costas.
-Vamos logo muleke - falou Tom curto e grosso.
-Tá bom velhote - falou Leo e eu escondi minha risada.
Eu peguei a mão de Leo e nós três saimos da delegacia e fomos em direção ao carro.
Hoje seria no mínimo interessante...