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História Como (não) entrar para um Clã de Mortas-Vivas! -Interativa- - Um novo lugar, as primeiras a chegar!


Escrita por: ElabethWerth

Notas do Autor


Acharam que eu tinha esquecido da fic, né? Mas não, e que eu tive algumas treta ai e tambem acabei enrolando um pouco e pá... mas acho que agora vai.
Favor abrirem e ver o link disponível nas notas finais do cap, que eu quase morri fazendo saporra /:v

Capítulo 2 - Um novo lugar, as primeiras a chegar!


 

 O táxi estacionou diante a casa de três andares, foram segundos, em que não se moveram, para que as passageiras inspecionassem sua futura residência. Era aparentemente grande, organizada e acolhedora, com sua fachada em estilo de condomínio americano e uma pequena trilha de pedras envolvida por uma grama baixinha que levava até a porta da frente. É, era boa.

Depois de pagar o táxi, a de aparência mais velha, Kira, foi a primeira a sair do automóvel. Estava incomodada por estar ao ar livre, mantinha o tapa olho escondendo-o sob a franja, de cor chocolate. Aquilo era desgastante, ter que usar aquele pedaço de pano irritante, mas foi a única forma encontrada com o passar dos anos de ela sair quando necessário. Não via a hora de entrar para onde seria a nova casa, onde ela e suas “companheiras” ficariam.

Lucy, uma jovem ruiva que aparentava seus dezessete anos, foi a segunda a sair. Mas não antes de avaliar o taxista, um homem já na casa dos sessenta e cinco anos, rechonchudo, com um bigode grosso e óculos de gral elevado. O peso, idade, tempo de profissão e quantos anos poderia ainda viver haviam sido o objeto de um bom tempo da sua especulação. No fim, quando saltou do automóvel, não pode deixar de correr para ajudar o homem com as malas, não queria que ele se desgastasse demais.

A terceira e última a abandonar o veículo possuía cabelos azuis e mal olhava em volta enquanto terminava de assinar seu desenho. Emily, como era chamada, quando terminou sua assinatura, guardou a caderneta em sua bolsa e se apressou para pegar sua mala. Sentia que faltava algo, de tal modo que não conseguia parar de olhar em volta tentando achar o motivo da sua aflição.

—Relaxa, ela vai vir com a Felícia, se esqueceu?! ─Riu Lucy notando a preocupação da garota. ─Sabe aquela sua coisa branca e um pouco assustadora às vezes… ─Comentou descendo sua última mala.

—Não a chame assim! ─Resmungou com uma breve careta, logo dando um sorriso rápido. Sabia que no fundo a ruiva apenas estava tentando fazê-la relaxar. Mas não negava estava muito infeliz com o pedido de Felícia para sua cobra branca viajar com ela, mesmo que provavelmente a outra estivesse recolhendo o veneno do seu amado réptil.

Olhando apenas uma vez para trás para saber se a acompanhavam, Kira arrastou apressadamente suas malas até a porta, retirando a chave do bolso do jeans e imediatamente destrancando a fechadura, se apressando a entrar. As outras não se demoraram, sendo Emily a última a passar, fechando a porta com sutileza. Dirigiram-se ao corredor, localizado no lado esquerdo, onde desceram um degrau e encontraram uma grande sala com um sofá branco de couro. A mais velha estava em pé, entre a mesinha de centro de vidro com armação em madeira num tom tabaco, ela parecia enrolada, não conseguindo desfazer o nó de seu tapa olho. Emily se aproximou parando atrás dela e desfazendo-o enquanto Lucy se sentou despojadamente colocando os pés sobre a mesinha de centro.

Ela suspirou uma vez que se viu livre daquilo, jogando-o de qualquer jeito sobre a mesinha de centro e se sentando ficando no meio das outras duas.

—Você parece meio triste ultimamente. ─Comentou Emily apoiando o cotovelo sobre o braço do sofá e virando o seu rosto para Kira. ─É por causa daquele dia, não é? ─Lucy voltou o olhar as duas, em específico a morena. ─Foi um acidente, Mimi!─ Tentou confortá-la. A azulada gostava de chamá-la pelo sobrenome, achava-o fofo.

—Felícia parece não confiar em mim mais. ─Suspirou deixando seu corpo pender para trás e escorregar um pouco sobre o couro macio.

—É claro que ela confia. Se não, você não teria vindo com a gente como babá! ─Desdenhou Lucy sarcasticamente.

—Eu matei uma pessoa inocente… ─Fitou o teto sentindo um ódio crescente, mas se focou em controlá-lo. Ainda tentava entender como fora perder o controle. ─Vamos… desfazer as malas e dar uma ajeitada nesse lugar. ─Se pós de pé tentando se afastar mental e fisicamente do que aconteceu.

—Sim, senhora, Babá. ─Brincou a ruiva, logo se apressando até sua mala e subindo as escadas que havia logo diante a porta por onde entraram. Kira apenas revirou os olhos diante da brincadeira.

Emily se manteve ali, alheia. Logo caminhou até a janela, enquanto retirava dos shorts jeans uma buchinha de cabelo e amarrava-o para o alto. A castanha observou o início do machucado na nuca dela, se aproximando após soltar um longo suspiro. Parou ao lado da mais nova, olhando o horizonte visível através de uma fina cortina bege claríssima.

—Acho que vou ser se a Lucy quer dar uma volta quando anoitecer. Sabe, nos arredores para conhecermos o lugar… ─ Emily disse se afastando, deixando a morena olhando fixamente para a rua.

Kira soltou apenas um suspiro rápido em resposta, em seguida abraçando o seu corpo frio ainda com o olhar fixo na rua. Ela não sabia dizer por quanto tempo ficou ali, não sabia contabilizar, apenas quando notou a luz extra que se formou na rua, notou que estava anoitecendo. Fechou o olho rapidamente quando um reflexo vindo da rua bateu sobre ele.

Agora havia alguém na rua. A figura caminhava atenta a algo do celular, tinha cabelos escuros, e vestia uma blusa quadriculada azul, blazer e calça preta. Os óculos que ele usava foram o motivo do reflexo. Inclinou-se em direção a janela, afastando a cortina para ver melhor, o acompanhou com curiosidade até dois metros depois de onde era sua casa, quando ele adentrou no Residencial Sunrise.

—Vamos dar uma volta… –A voz melódica vinda de trás de si a assustou brevemente, rapidamente guiou o olhar a elas e acenou brevemente, se movimento da confortável posição que estava e se dirigindo onde suas malas estavam, para logo levá-las pela escadaria a cima.

Em resposta, as duas deram de ombros. Lucy trazia consigo seu skate e se apressou a sair porta fora, subindo sobre ele assim que pode. A Emily, novamente, coube à função de fechar a porta, coisa que fez prontamente, colocando, em seguida, as mãos nos bolsos da frente da blusa que usava de malha fina.

—Às vezes, eu acho que ela tá certa. Desde que ela perdeu o controle da última vez, Felícia parece ter se afastado um pouco, as duas nãos andam mais tão próximas. ─ Comentou Emily. ─ Mas ao mesmo tempo, não acho que seja isso…

—Eu não sei, Andy parece bem mais próxima da Felícia depois do que aconteceu.

—Não sei se você notou, mas as três andaram tendo muitas reuniõezinhas… ─ A ruiva franziu o cenho olhando-a confusa. ─Parece que nosso clã anda com certos problemas financeiros, ou algo assim. Você sabe a Andy entende sobre vários assuntos, inclusive economia. Já peguei alguns trechos delas discutindo o que fazer a respeito...

—Como assim? ─ A expressão da menina era de pura incredulidade ─ Felícia sempre deixou claro todo o orçamento para que não tivesse conversinhas!

—Eu sei, mas o sangue e corações que consumimos custam muito dinheiro, e o mercado negro anda tendo certa elevação no custo, como se fosse um “imposto” ─ Fez aspas revirando os olhos, lembrando-se do trecho que ouvirá. ─E você sabe que, sem ela fornecer para a gente, quando estivermos famintas, podemos perder a noção e sair matando todo mundo.

—É só uma crise mundial. ─Disse séria, não era muito de falar, mas notava que o clima andava estranho e Felícia andava muito preocupada. ─Obviamente vai atingir ate o mercado negro.

—Isso eu não sei… ─Resmungou Emily, instaurando o silêncio que permaneceu por alguns minutos.

Logo mais a frente havia um parque, um ambiente perfeito para contentar as duas mulheres. A garota de cabelos azuis, após uma breve caçada, se estabeleceu tranquilamente em um banco, apenas vislumbrando o movimento. Pronto, ali estava ela praticando um dos seus hobbies: observar as pessoas vivendo suas vidas.

Já a menina de cabelos rubros, continuou seu passeio dando algumas voltas de skate pela praça, enquanto ouvia as músicas de seu Idol favorito, o maravilhoso Asakura Fuuto. Havia algo naquele garoto a fazia se sentir um pouco mais viva.

Entre uma manobra e outra, observou o casal que passeava mais a frente: a garota mantinha-se avermelhada assim como o jovem, eles as mãos estavam entrelaçadas e era nítido o calor e suor nas mãos deles. Deu um breve sorriso, um triste por sinal. Aquilo foi a faísca para que sua mente se nublasse de pensamentos, então se permitiu devagar sobre sua vida, a que tinha quando estava viva. Seus pensamentos fluíam enquanto o vento batia em seu rosto, a cada impulso fazia-o bater com mais força contra seu a pele, trazendo a falsa sensação de estar viva.

Após um tempo, que não sabia dizer quanto foi, voltou a si. Seu olhar passou pelo lugar a sua volta, em busca de breves respostas. Era muito tarde e aparentemente Emily já havia ido embora ou talvez estivesse por ai escondida. Não saberia dizer, mas já era de voltar e assim o fez.

********

Emily, de fato, havia retornado para casa e agora estava deitada no quintal dos fundos, observando as constelações. Com o avanço da noite, sentia a paz invadindo-a aos poucos, em parte porque o silêncio da noite era tranquilo o suficiente para que se ela fosse humana ainda, adormecesse. Era uma sensação vivaz, apesar de tudo, como aquela que se tem quando é jovem e anseia pelo que esta por vir, as interrogações lhe instigando. Permaneceu assim, quieta, apenas se permitindo sentir.

Somente quando os primeiros raios de sol saíram, adentrou rumo ao seu novo quarto. Aproveitou para colocar a cortina escura que havia trazido da outra casa, evitando ao máximo olhar através da janela, uma vez que os quartos ficavam no segundo andar e mesmo que parecesse pouco, aquilo já era o suficiente para mexer com o seu emocional.

Sabia que não poderia se deitar o dia inteiro, mas seu corpo precisa se “descansar” por umas horas, afinal, quando mais movimento, mais gastaria suas “energia”. Não podiam se dar ao luxo de gastar descontroladamente, não estavam com fartura de sangue e suprimentos para manter seu corpo e mente concentrados. Com esse breve pensamento, deitou-se na cama de solteiro, os olhos fixos no teto, a mente vagava. Teria que arrumar uma vaga em alguma escola como professora, precisava ajudar Felícia, mesmo que com pouco.

Seus olhos se fecharam momentos depois. Sonhos era um luxo, belo e invejado que não eram mais dignas de ter, não no estado extremo que se mantinham.

Aquilo que faziam, se deitar, não podia ser chamado de adormecer. Apenas poupavam toda sua energia para assentá-la e firmar o sangue, que nem mesmo era delas, em seus tecidos semimortos mantidos apenas pela pedra que cada uma delas trazia dentro delas. A única coisa que “funcionava”, nesses momentos, era sua pedra, que as permitiam “acordar”, em vez de permanecer morta.

Seus corpos não funcionavam mais como os dos demais. Mesmo para a mais nova, Lucy – com na verdade quarenta e oito anos, que traiam sua aparência de dezessete – ainda era difícil tentar entender sua nova fisiologia. Haviam morrido, porém estavam vivas! Comidas normais eram quase como tofu, com a diferença de não sustentá-las em nada. Frio? O que era isso? Dor? Era tão fraca que era chamada apenas de incomodo, ao menos para quase todas elas. Yuno, ainda as sentia vividamente.

Suas existências haviam se tornado verdadeiros mistérios, principalmente para elas mesmas.

*****

—Emily! ─Kira nem mesmo precisou chamá-la muito alto. Ela abriu os olhos e levantou-se, nem mesmo aparentava a fadiga por sono. Abriu a porta e fitou-a. ─Você vai procurar emprego?

—Claro, só vou tomar um banho! ─Deu um breve sorriso.

—Lucy parece interessada em arrumar um emprego, pediu para chamá-la quando estiver de saída. ─Comentou dando de costas e indo em direção as escadas.

Aquilo lhe pegou de surpresa, mirou para o último quarto no corredor no sentido oposto por onde Kira havia ido. Lucy não gostava de se aproximar de ninguém vivo, nem mesmo por trabalho. Assim como a surpresa veio ligeira, ela foi. Não gostava de se meter na vida das outras.

Retornou ao quarto abrindo sua mala e começando a caçar algo para vestir, toalha e seus produtos de higiene. Logo, se dirigiu ao banheiro que era em frente. Aquele sinceramente havia sido o motivo da escolha daquele quarto em particular.

Em alguns minutos, a água já escorria por seu corpo enquanto enxaguava os longos fios azuis, seus dedos se perdiam entre eles, em uma espécie de carícia. O movimento parou quando tocou a ferida em seu couro cabeludo, abrindo os olhos com violência, as orbes antes rosa, agora estavam num roxo vivo e brilhante. Sua mente e pensamentos nublaram, as lembranças vindo em um violeta cadeia. As sensações, os toques forçados… mesmo com a água do chuveiro, sentiu suas próprias lágrimas. O equilíbrio falhou, e não teve saída a não ser sentar no chão frio, as imagens repassando em sua mente incansavelmente. Aqueles eram os seus últimos minutos de vida! Não esperava que suas memórias viessem tão cedo, só haviam se passado 41 anos desde a sua morte.

Kira, na sala de estar, e Lucy, em seu quarto sentiram uma agonia crescente em si, sendo seguida pelo brilho de suas pedras, aquilo só podia significar que alguém do clã não estava bem. A castanha subiu até o segundo andar, encontrando-se com uma Lucy apressada, saindo do seu quarto, a expressão confusa e curiosa. A mais velha olhou para a porta do quarto aberto de Emily em seguida para a do banheiro fechado.

—Emily? ─Deu duas batidas fortes. Concentrou-se esperando pela resposta, ouvindo apenas um choro baixo vindo do lado de dentro. Girou a maçaneta, notando que não estava trancada. Colocou a cabeça para dentro, encontrando a azulada sentada ao chão em posição fetal, chorando abertamente.

Abriu a porta por completo em um solavanco, apressando-se a fechar o chuveiro. Lucy, que viu a cena, entrou, também, pegando a toalha, e a entregando a Kira assim que essa lhe estendeu a mão, para que pudesse embrulhar a outra.

—Vem… ─Chamou Kira, ajudando-a a se levantar e levando-a para o seu quarto, sentando-a sutilmente na cama. ─O que aconteceu?

—E-eu… eu fui estuprada… e depois que ele acabou ele bateu com a minha nuca na quina da mesa, f-foi assim que eu morri… ─ Choramingou um tanto paralisada. Soluços acompanhavam as lágrimas que ainda teimavam em cair livremente.

—Está tudo bem, isso já passou. ─Murmurou Kira abraçando-a e acariciando os fios molhados, logo sentindo o ferimento dela.

—Ele já esta ate morto agora. ─Completou Lucy se sentando do outro lado, deixando Emily no meio delas. ─Você está aqui, nada do que aconteceu importa mais. ─Tentou reconfortá-la. A jovem ficou em silêncio, Kira mantinha-a em seu braços acariciando seus cabelos.

Apesar de não demonstrar, Lucy não pode conter a agonia que lhe tomou, tão pouco os pensamentos que lhe atingiram. Ainda não se lembrava de como é que havia morrido, e sabendo como a companheira havia, tinha medo do que um dia sua memória poderia trazer. Aquilo lhe gerou uma sensação estranha, azeda. Olhou em volta, não haviam percebido, precisava estabilizar suas emoções novamente.

—Vou dar uma volta. ─Apenas disse, sem esperar respostas.

Saiu com a roupa que estava mesmo, um short jeans e um moletom com bolsos na frente, um quanto desleixada e despreocupada. Nem mesmo fez questão de calçar algum sapato, apenas pegou o skate e saiu.

Era estranho voltar à vida, mais estranho ainda era não ser capaz de lembrar-se imediatamente de como foi que havia morrido. Segundo o que as mais velhas do clã diziam demorava certo tempo para você conseguir se lembrar das circunstâncias da sua morte. Talvez fosse devido ao fato do turbilhão de coisas novas que vinham quando você “despertava”, ou algo do tipo.

Lucy sempre fora mais despreocupada com essa questão a respeito de si, afinal tinha uma verdade forte que sua havia melhorado drasticamente com o que acontecera. Aparentemente teve que morrer para tomar as rédeas de sua própria vida. Mas agora, essa certeza parecia balançada, sentia receio do que podia encontrar.

Aquilo lhe causa raiva e desgosto ao mesmo tempo, de tal modo que nem mesmo viu o tempo passar, já estava para anoitecer em breve. Apenas notou, por sentir que seu corpo estava enfraquecendo. A verdade é não havia se alimentado hoje e no dia anterior também não havia feito nenhum banquete.

Olhou em volta, procurando um alvo e encontrou o que parecia ser um morador de rua. Talvez devesse esperar ele ir para um canto afastado. Ninguém saberia. Sabia que era mentira, elas saberiam. Era horrível ter que dividir boa parte de seus sentimentos com outros. Mas Felícia não poderia culpá-la, estava fraca naquele momento, isso sem contar que se o que Emily havia dito for verdade o clã precisaria economizar um pouco mais. Voltou a mirá-lo atentamente, seu instinto debatendo com sua razão.

Por fim, a razão ganhou. Se o fizesse, quando chegasse a casa teria um longo sermão a receber de Kira, um por telefone de Felícia e quando esta chegasse teria outro. Não havia mais o que fazer ali, então voltou para casa, aproveitando o caminho para apenas curtir o vento em seu rosto.

Quando virou a esquina de sua rua, de relance notou a movimentação de dois garotos no condomínio vizinho. Apenas desviou o olhar de maneira tediosa, para segundos depois retornar com incredulidade, como se tivesse um ímã neles. Parou imediatamente o skate, e olhou mais atentamente quando notou algo “conhecido” na imagem de um deles. Era seu ídolo favorito: Fuuto Asakura! Não pensou duas vezes em se aproximar.

—O-olá… ─Engoliu em seco, trêmula por estar frente a frente com ele. O idol e o ruivo que discutia com ele se voltaram a ela, Fuuto a olhou de cima em baixo e voltou seu olhar no fim aos pés descalços dela. ─Desculpa por interrompê-lo, mas… nossa… ─Sorriu um pouco nervosa. ─E-eu sempre assisto a seus shows pela TV e tenho todas as suas músicas no meu celular!

—Só o que me faltava uma moradora de rua, skatista e minha fã! ─Riu com doses irônicas. Algo no tom de voz e expressão dele, naquele momento, a deixou com um sentimento estranho e não muito agradável. ─ Okay, vamos lá. O que vai querer, foto, autógrafo ou veio aqui apenas dizer isso? ─“Ok, talvez ele esteja de mau humor!” pensou ela com a crescente sensação de desagrado pelo tom de voz usado.

—Os dois se possível! ─Deu um sorriso sem graça.

—Está bem, cadê o papel e caneta e seu celular ou máquina? ─Murmurou ajeitando os cabelos. O ruivo ali apenas cruzou os braços e virou a face emburrada, resmungando algo baixinho e inaudível.

—Er… ─Ofegou notando que nem mesmo o celular ela havia levado quando saiu. ─E-eu não to com nada, mas eu moro logo ali… ─Apontou para a casa. ─Se esperar um segundinho eu consigo…

—Me pede um autógrafo e foto, mas nem mesmo trouxe as coisas e ainda quer me fazer esperar enquanto vai buscar? Francamente, que idiota… ─Resmungou se distanciando e entrando no condomínio.

Ela o olhou incrédula. “Como e que é?!” ─Ela não podia acreditar na forma como ele estava tratando uma fã. Na TV ele era tão amigável e gentil…

—Decepcionante, não? ─Comentou o ruivo. ─Ele é assim. ─Resmungou logo entrando atrás do idol.

A ruiva olhou para onde Fuuto havia entrado e o outro garoto também. Ele havia dito mesmo aquelas coisas? Apressou-se a entrar para casa sentindo ainda mais fome e agora certa irritação, sabia que se quisesse podia arrebentar aquele condomínio e dar uma lição a aquele idol. Ele era um babaca mimado, isso era claro. Um babaca mimado absolutamente gostoso, e isso ela também não poderia negar.  


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=H9ixLUOz8cs
O que acharam da intro e do primeiro cap "oficialmente"??
Uma perguntinha, no caso mais direcionada as donas das personagens, vcs vão querer hentai? (lembre-se elas estão mortas... totalmente geladas, tanto por fora quanto por dentro)


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