História Como não se apaixonar - Capitulo 5

- Shaii... – Ansel mexia a mão em frente dos meus olhos me fazendo acorda dos meus pensamentos

- oi – eu digo me arrumando na cadeira do balcão – desculpa, as vezes eu acabo dormindo acordada

Ele sorri – tudo bem, já que você ta tao animada nesse balcão, não quer ir me ajudar com o jardim?

- jardim?

- sim, eu vou regar as plantas, quer me ajudar? – ainda com o sorriso no rosto

- ta bem – eu levanto e saio detrás do balcão, nós vamos até o canto do jardim e ele abre a torneira e começa a sair agua por todos os regadores giratórios do jardim, ele senta em um banco e mexe a cabeça para mim sentar do seu lado – eu achei que iriamos ter mais trabalho com as plantas – disse sentando

- se você quiser eu pego as mangueiras para gente

- não, acho melhor deixar assim mesmo – sorrio de canto e ele sorri – o que você faz da vida? – corto o silêncio

-  estudo e passo a maior parte do tempo aqui, e você?- ele me olha

- faço filosofia e trabalho aqui – digo olhando para os meus pés balançando enquanto to sentada no banco

- filosofia? Por isso conhece o Theo? – ele não esta mais sorrindo

- é, como conhece ele?

- Tenho um amigo que também era amigo dele e sem fala que ele vive aqui – ele olha em volta – não sei como não ta aqui ainda

- Ele parece não gosta de você – digo sem pensar

Ele ri – é mesmo... e ele parece gostar de você – ele olha para mim e eu coro – vocês dois namoram?

Eu não sei o que responder, mas não namoramos então ... – não, somos amigos

- você namora? – ele continua

Eu penso – não, por enquanto não

- Shai – ele para de falar e depois continua - me da uma chance? – ele se vira para mim

- chance? – eu digo nervosa sem entender

- por favor – ele segura minha mão que estava sobre minha perna – só uma

- Ansel – não sei o que falar – acho que já tenho que voltar para o balcão

- Shai – ele fala meu nome, mas eu levanto rápido derrubando sua mão da minha e volto para o balcão. Já esta quase na hora de eu ir embora, depois da conversa que eu tive com Ansel, ele não voltou mais para frente da biblioteca e eu não estava me sentindo legal por isso. – me desculpa Shai – Ansel aparece atrás do computador com a cabeça abaixada

- ta tudo bem – eu tento sorrir

- eu não quero te forçar em nada – ele olha pra mim – vou deixar que as coisas aconteçam naturalmente, é melhor não é?

- é sim – eu sorrio meio sem graça

Ele sorri – vamos juntos embora hoje?  Já que moramos no mesmo lugar

- ta bem – ele sai para fechar as portas da biblioteca e eu começo a arrumar minhas coisas. Ele volta e nós seguimos para o nosso prédio de a pé, fico pensando se Theo visse a gente assim ele não iria gostar nada e também penso no que ele estaria fazendo agora, e não faço a mínima ideia... Olho para Ansel que não para de ter assunto comigo, enquanto Theo costuma ser sério demais, Ansel quase sempre esta sorrindo, não sei se eu gosto de tanta felicidade assim

- A quanto tempo mora aqui?  - ele pergunta enquanto esperamos o elevador abrir

- a uns 2 anos e você?  

- meio ano, mais ou menos – o elevador abre, nós dois entramos e ele aperta o botão para o meu andar e um clima de silencio rodeia nós, quando o elevador para em meu andar, ele aperta para segurar mais um pouco a porta, se vira para mim e me fecha na parede, coloca sua mão em meu rosto enquanto seus dedos afundam em meu cabelos e ele fica me encarando

- Ansel, não – eu tento afasta-lo

- por favor – ele insiste em me beijar

- não, você mesmo falou que preferia naturalmente, mas está forçando agora – tento empurrar ele enquanto viro minha cabeça para outro lado

Ele me larga – me desculpa – e me olha – desculpa

- vou te desculpar dessa vez – aperto o botão e o elevador abre – boa noite

Acordo, já era tarde, olho no celular e tem algumas mensagens de Ansel de desculpas e perguntando se ele poderia me ver, respondo dizendo que estaria ocupada hoje, mas isso não é uma mentira, porque na realidade hoje Theo vem me buscar para sair. Os pensamentos sobre o Ansel voltam em minha cabeça, mas isso me faz eu me sentir chateada, não sabia que ele teria coragem de tenta força alguma coisa, ainda bem que não continuou forçando... *meu celular toca* - alo

- oi – e logo conheço a voz grave e o que eu estou sentindo já muda – Shai não esqueceu de hoje a noite?  

- claro que não – eu sorrio

- eu passo ai, 18 horas – a gente conversa mais um pouco e desligamos

O dia pareceu passar tão devagar, e é assim quando você esta ansiosa esperando por algo, quando esta próximo das 18h começo a me arrumar...

*ding dong* minha campainha toca e eu vou atender, é Theo lindo como sempre, com uma calça jeans e uma camisa preta, ele parecia preferir mais as cores escuras pelo jeito

- oi – ele sorri e sela meus lábios

- oi – eu sorrio e beijo ele de novo – vamos

- você tem medo que eu entre no seu apartamento?

- não tenho medo do que a gente pode fazer no meu apartamento – eu falo um pouco tímida

- e isso seria ruim? – ele puxa minha cintura, me fazendo colar em seu corpo

- por enquanto sim, não quero ir tão de pressa

- entendo – ele me solta com cuidado, sorri e beija minha testa – então vamos

Entramos no carro, e vamos até um café, não era longe indo de carro, mas caminhando deveria ser demorado, Theo pede chá e eu um cappuccino, sentamos em uma mesinha no canto do café, um de frente para o outro...

- você tem 30 anos? – pergunto meio sem graça

- você tem problemas com idade? – ele fala sorrindo de canto

- não – eu dou um gole no meu cappuccino – não acha ruim namorar uma aluna?

- ruim? Não, por que seria? – ele me encara – não vamos sair das ‘’regras’’ éticas

- ah, eu espera conseguir nota com você – e do uma risadinha

- então se enganou, não do nota sem merecer – ele ri – vai trocar de curso?

- não sei ainda – eu falo pensativa, você sempre quis ser professor de filosofia?  

- não, queria ser músico

- músico?  Não imaginava isso, mesmo achando sua voz bonita

Ele ri – já fiz curso de teatro

- ator?  

- sim, professor só sou quando alguém esta precisando que eu substitua – ele fala bebendo seu chá

- ator parece legal

- sim – ele sorri – vi Ansel quando tava indo para o seu apartamento

- é?  - eu falo lembrando do que ele fez ontem mas tentando desviar o assunto

- ele tava para tocar na sua porta – Theo revira os olhos – por que ele não para de uma vez de te perturbar  

- ele não esta perturbando, é apenas meu amigo, e você o que hoje? – mudo de assunto

- arrumei umas aulas e descansei – ele sorrio e aceitou a troca de assunto

Continuamos conversando e depois ele me levou para casa, quando estacionou o carro na calçada tirou seu cinto de segurança rápido e depois o meu, se aproximou do meu rosto e segurou com uma mão enquanto me beijava de forma lenta e depois se aproximando, sua mão dançava e minha perna, até que ele foi subindo apertando minha coxa direita, e depois indo até meu quadril, meu corpo quase se levantava do banco do carro querendo subir no dele, enquanto só ouvia respiração e cada vez mais meu vestido subindo, meu celular tocou e era minha mãe – vou ter que atender – digo um pouco sem folego enquanto ele beija meu pescoço – Theo, para – digo querendo que ele não parasse na verdade

- não to conseguindo – ele continua me beijando, mas eu o empurro, dou um selinho

- boa noite – dou outro selinho, desço do carro me arrumando enquanto atendo o celular, olho para atrás e ele abaixa o vidro, sorri e da um tchau.