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História Como (não) se apaixonar por Perseu Jackson? - Amnesia (FLASHBACK)


Escrita por: AutoraDaniela

Notas do Autor


MIL DESCULPAS! Não, eu não parei com a fic. Pensei em parar mas cada vez que via os comentários de vocês, meus babys, eu reconsiderava. Primeiro ano do Ensino Médio, minha vida ficou louca, baixou todas as notas, tive que estudar. Não esqueci de vocês, portanto continuem lendo >< Aqui vem um grandinho pra vocês, chorei escrevendo e decifrei uns mistérios aí! Espero que curtam! É um ep todo de FlashBack ein galerous!

Capítulo 8 - Amnesia (FLASHBACK)


Fanfic / Fanfiction Como (não) se apaixonar por Perseu Jackson? - Amnesia (FLASHBACK)

“I wish that I could wake up with amnesia

Forget about the stupid little things”

(Amnesia - 5SOS)

 

Percy POV

 

Era manhã e eu tinha acabado de acordar. Estava feliz, como toda criança que acorda para brincar até a hora da escola, para depois brincar também na escola e quando voltasse. Mas naquele dia, eu estava mais feliz ainda. Eu ia me declarar para Annabeth! Sim, eu uma criança de 6 anos, ia me declarar para a menina mais linda que eu já tinha visto desde que saíra do útero da minha mãe.

Ia seguir os conselhos da tia Dite. Ia pegar flores no Jardim, levar até Annabeth e dizer que ela era tão bonita quanto qualquer flor. Mas que a diferença era que eu poderia ter aquela florzinha, só que ela não me dava oportunidade para tê-la. Sim, eu uma criança de 6 anos, tinha passado dois dias inteiros gravando aquilo com meu pai, Poseidon.

Eu estava arrumadinho, penteei meu cabelo (o que era raro porque vivia desgrenhado), coloquei uma roupa decente e evitei tomar o picolé que tomava todos os dias, para não sujar a roupa e passar uma má impressão para Annie. Nós éramos amigos. Tipo muito amigos. Eu, ela, a Thalia e o Luke vivíamos no parquinho aprontando, mas Annabeth nunca me dava margem demais para fazer qualquer coisa. Então, naquele dia resolvi ir ao Parque mais cedo. Tia Dite me garantira que ela estaria lá.

E lá estava ela. Cachinhos loiros, olhos enormes cinza, boca delicada vermelhinha e vestidinho da mesma cor. Ela era… linda.

- Oi Annabeth. - engoli em seco e ela virou sorrindo.

- Oi Percy. Que que cê tá fazendo aqui essa hora?

- Eu… hm… Queria te dizer umas coisas.

- Tá. Anda logo, o tio do sorvete vai passar. - ela cruzou os bracinhos e me olhou. Desde aquela época aqueles olhos cinza me intimidavam.

- Olha Annie, eu gosto de você.

- Claro que gosta. Dã! Somos amiguinhos, Percy.

- Nãão! Não desse jeito. Cê é linda. Tipo essa flô aqui. - entreguei a flor enquanto repetia o que eu gravava. - Só que eu posso tê a flô e não posso tê você. Porque você não deixa. Eu-eu queria sabê se você quer me namorar.

A cara dela fechou. Ela largou a florzinha. E no segundo seguinte, ela estava gritando.

- PERCY! MAS A GENTE É SÓ COLEGUINHA! NÃO POSSO NAMORAR VOCÊ!

- Mas não vamos deixar de ser amigos. - meu coração de pobre criança de 6 anos estava sendo partido. Seria pela minha falta de vocabulário?

- Eu gosto do Luke. Não de você. - ela cruzou os braços de novo e revirou os olhinhos. - Você é feio.

E bem, o resto foi eu correndo pra Tia Dite chorando. Ela me consolando. E a enorme merda que eu fiz em seguida: como toda criança, contei para o Luke. O Luke, contou para a Thalia. A Thalia me contou que gostava do Luke e que a Annabeth sabia disso. E a confusão foi formada. Luke continuou amigo de Annabeth, sem querer ela como mais que isso. Thalia se afastou de Annabeth quando crescemos. Annabeth se afastou de mim pela “fofoca”. E eu? Minha vida virou um inferno.

Eu tinha 10 anos. Era dia de trabalho em dupla. Eu tinha conseguido que minha dupla fosse uma menina bonitinha: a Calipso. Estávamos conversando sobre coisas aleatórias, enquanto a professora não chegava. Então, Annabeth veio falar com a Calipso, ela riu baixinho e saiu com a Annabeth. Sem me falar absolutamente nada. Achei que fosse a mania que ela tinha, de sumir com toda menina que eu me interessava. Mas nesse dia foi pior: eu espirrei.

- AI MEU DEUS! O PERCY TEM UMA DOENÇA CONTAGIOSA! SAIAM TODOS DA SALAAAAA! VAI PEGAR EM VOCÊS!!!! - a maldita loira gritou junto com Calipso e todos saíram correndo pela sala. Exceto Thalia e Rachel.

Saí chorando pela escola e fui pra direção. Infelizmente eles verificaram se eu tinha mesmo uma doença contagiosa. Mas tudo que eu tinha mesmo, era uma picada de mosquito e alergia a poeira. Eu gostaria de dizer, que terminou pro aí. Mas não terminou. Cada vez ficava pior. Eu só tinha a Thalia, a Rachel e alguns dos meninos. Annabeth ganhava uma legião de fãs e amigos.

- Gente.  Vocês acham mesmo que o Percy vai beijar alguém nesse Verdade ou Consequência? - ela debochou. Era a festa de Thalia, de 14 anos. - Ele é esse nerdzinho. Deve estar se guardando pra uma menininha ridícula qualquer. É BV com certeza.

- O que você tem a ver com isso Annabeth? - Thalia falou. - Ninguém reclama dessa vadia que você virou.

E uma discussão iniciou. Mas eu não me dava o trabalho de responder. As zoações sobre minha inteligência, virgindade, até meu pênis entrou no jogo dela. Eu entrava na escola, quando vi uma montagem minha colada nos armários.  Horrenda. E resultou numa pancada minha com o Jason. Achei que tinha sido ele, depois dele rir. Fui para a coordenação: uma advertência.

Eu tinha milhares de motivos para odiar Annabeth. Ela pisava no meu coração e na minha dignidade a cada dia. Não nego que tive oportunidades de ferrar com ela. No entanto, quando a tive, fraquejei.

Estava lutando no ginásio, como sempre após as aulas. No ano passado. Até que ouvi um barulho vindo do banheiro. Imaginei ser alguém limpando, porque não era hora de ter alguém além de mim ali. Entrei no banheiro feminino e lá estava ela. Os cachos loiros emaranhados, a pele mais branca que nunca, os olhos cinza abatidos, o corpo fraco jogado no chão. Meu coração congelou.

Ela vomitava praticamente a alma no vaso, soluçando ao mesmo tempo. As lágrimas caíam. Ia me aproximar quando vi o que tinha em mãos. Uma lâmina. Sangue escorria dos seus pulsos. A brincadeira de criança tinha acabado.

- Annabeth. Larga isso. - falei e corri em sua direção. Ela me olhou alarmada, toda suja de vômito e sangue e choro e suor.

- Sai… Daqui. Nerd babaca. - ela murmurou e mexeu o braço. A segurei pelo braço, para levantá-la, mas a esperta pegou a lâmina e cortou a minha perna. O sangue fino escorreu e apertei seu pulso, fazendo-a largar mas também gritar de dor pelos cortes. - Eu mandei… sair. - até sua fala estava fraca.

- Cala a boca.

Ela ficou calada. Correu para o vaso e continuou vomitando, mas dessa vez eu segurava seus cachos e seu corpo frágil.

- Ninguém…  guém, p-p-p-pode me v-v-ver assim. Ouviu, Perseu?

- Conte o que aconteceu. Vou te ajudar.

Respirei fundo e pensei no que eu podia fazer. Mas ela só chorava mais. O cheiro de álcool emanava do seu corpo misturado ao de sangue. Tirei minha blusa e amarrei no pulso que não parava de sangrar. Se os Deuses quisessem, daria certo. Deixei-a sentada no banco do banheiro e peguei papel para limpá-la. Mas quando virei-me, Annabeth estava de calcinha e sutiã, deitada em posição fetal.

- Annab…

- Ela não me ama. - ela fungou. - Nem ela nem ninguém.

- Isso… Isso não é verdade.

Ela gargalhou bizarramente e se sentou. Sua aparência estava morta.

- Logo quem me diz isso. A pessoa que eu me esforço tanto para me odiar.

- Não sei porquê faz isso. Nem comigo. Nem consigo mesma. Você tem muitos amigos que te amam. Deixa de ser mimada.

- Você que pensa. Atena acaba de me dizer que eu sou uma coisa indesejada. Ela nunca quis uma filha. E ainda mais uma sem cérebro como eu. E fria assim.

Revirei os olhos e me movi contra minha vontade. Peguei Annabeth no colo e coloquei debaixo do chuveiro. Ela não relutou, apenas continuou chorando.

- Você não é sem cérebro, senão não estaria conversando comigo agora. Nem estaria viva de acordo com a ciên…

- Sem papo nerd. Já não basta ter que olhar na sua cara.

- E você não é fria. - liguei o chuveiro no frio e ela soltou um grito. - Senão não teria ficado bêbada, não teria se cortado e não estaria chorando.

- Não tô bêbada. Nem me cortei. Nem to chorando. Isso é água caindo em mim tá. - resmungou.

Meu coração estava apertado. A água caía no corpo de Annabeth e eu a limpava, contra a minha vontade. Eu queria chorar naquele momento. Porque eu finalmente entendia Annabeth Chase, mas não podia dizê-la isso. Ainda não estava pronto para perdoá-la e deixar tudo bem entre nós. Ou estava?

- Não entendi porque ela fez isso. Ela só me pegou quase transando com o… Qual é o nome dele mesmo? Ele era legal. Ele me dava um remédio para tirar essas gorduras toscas que eu tenho.

Fiquei surpreso e ela mostrou as gorduras invisíveis apertando-se. Passei a mão pelos seus cachos, indo ao banheiro procurar um pente no armário, aproveitando e pegando uma toalha.

- Não foi nada demais.

Do nada ela soluçou mais. Voltei correndo e comecei a pentear aquele cabelo desgrenhado. Meus Deuses, como era difícil.

- Você acha que foi Percy? Acha que foi motivo suficiente para ela falar isso tudo? Quer dizer, ela me culpa pela separação dela com o meu pai. Também tem esse fator.

Annabeth tagarelava enquanto chorava. Eu a deixava limpa, apesar das roupas íntimas encharcadas.

- Não, não foi, Annabeth. Você não pode se cortar.

- Você não entende. Minhas amigas me machucam. Elas falam muito mal de mim também, pegam pessoas que eu gosto. E também tem aquele babaca do Percy. - ela começou a delirar.- O Luke nunca mais foi o mesmo comigo depois que descobriu que eu queria pegar ele. A Thalia se afastou e ficou com ele. Ele roubou as pessoas que eu amo. Ele também se afastou de mim. E eu amo o Perseu. Mas se eu não pude ter nem o Luke, nem a Thalia e nem ele. Ele não pode ter outras garotas. Ele tem que ser só meu. Por isso preciso envergonhá-lo. Você me entende né?

Fechei o chuveiro e a encarei. Ela realmente não parecia notar que era eu.

- Annabeth. Sou eu. O Percy.

- Af, Jason. Sem palhaçada.

Respirei fundo e engoli em seco. Um nó se formou em minha garganta. Sequei Annabeth, fiz curativos nos braços dela e depois a deixei trocando a roupa. Esperando do lado de fora, nas arquibancadas. Ela apareceu meio fraca, sonolenta.

- Que dor de cabeça. - gemeu e quase caiu, mas a segurei a tempo. O braço estava sangrando novamente.

- Você se cortou de novo, Annie? - perguntei com a voz trêmula. Ela assentiu.

- Você não imagina. Como dói.

- Os cortes?

- Não. Aqui dentro. - ela voltou a chorar. A apoiei na arquibancada.

- Por quê?

- Porque eu quero saber como não se apaixonar por Perseu Jackson. Quero saber como ser a pessoa que todos querem que eu seja. Quero saber como não ser tão fria por dentro.

A abracei forte por um tempo. Até que parou de soluçar. E dormiu. Annabeth dormiu em meus braços. Notei algo molhando a minha mão. Uma lágrima caiu. Ela sabia como pisotear  meu coração. Mas eu?  Não fazia ideia de que pisoteava no dela.


Notas Finais


CURTIRAM? E aí? Comentem que no próximo capítulo vamos ver onde essas memórias do Percy nos levarão!!!


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