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História Como Não Se Livrar De Um Olimpiano - Maldito Refrigerante!


Escrita por: Awaresx

Notas do Autor


Admito que me divertir muito fazendo esse capítulo, então espero que vocês gostem tanto quanto eu sz

Capítulo 2 - Maldito Refrigerante!


 

Uma semana depois...

 

Definitivamente, eu não estava pronta para isso!

Já tinha me mudado mais vezes do que posso contar em dedos, mas todas vezes que me lembrava eu tinha menos de 12 anos e minha mãe estava presente.

Então se você nunca se mudou e/ou morou sozinho, aqui te deixo umas (infelizes) informações:

1.A comida não surge magicamente na geladeira;

2.A louça não se lava só;

3.As caixas das mudanças não se arrumam sozinhas;

4.E o dinheiro acaba (acredito que seja a pior parte);

Mas é pelo primeiro motivo que estou agora no velho supermercado “Super Martin´s” que parece mais uma loja de mofo do que realmente um supermercado. Embora isso explicasse os preços baixos, que eram o único motivo de continuar insistindo em comprar aqui, mesmo fazendo meus pulmões chiarem de tanta poeira.

— Somente isso, querida? – diz a senhora Martin com seu costumeiro sorriso acolhedor.

Assinto pegando as sacolas cheias e enfiando duas em cada braço. Saio do estabelecimento exausta. Nos primeiros dois dias, eu e Rebeca fomos a vários cassinos (sem usar a flor de lótus, claro) e apostamos tudo. Só que alguém esqueceu de nos explicar que semideuses nunca tem sorte, o que nos levou a consequência da quarta informação dita antes: ”E o dinheiro acaba”

Nessas horas, ser filha de Zeus era totalmente inútil, do que adiantava saber lutar contra monstros agora?

Rebeca tinha arranjado um emprego numa loja de armas. E eu? fiquei responsável pelas tarefas domésticas, além de ser obrigada a escutar piadinhas da parte dela me chamando de eletricista ha ha ha. Eu nunca levei um soco tão forte de um monstro quanto levei da realidade só nessa semana. Se os filhos de Hermes me vissem agora, estaria morta de vergonha. Quando pensava em liberdade, não imaginava em virar minha própria escrava.

Mas infelizmente sou interrompida por um barulho de algo rasgando...

Ah não... Isso não...

— Caralho – xingo alto suficiente atraindo vários olhares ao ver todos refrigerantes caindo da sacola agora rasgada – refrigerante estúpido! – resmungo chutando o refrigerante

Aquele não era meu dia.

—Ei! – diz uma voz desconhecida tomando dos meus pés o refrigerante jogado – O refrigerante não teve culpa! – abraça-o como se fosse alguma criança

— O que diabos voc-

Mas o som parou simplesmente de sair de meus lábios após levantar o olhar sobre o rapaz. Loiro, olhos amarelos âmbar e por Zeus, que sorriso!

Okay. Pode me chamar de boba, mas aquele cara parecia ter realmente saído daquelas revistas de cueca masculina. Não que eu veja, claro.

Não sei quanto tempo fiquei o encarando, mas foi o suficiente para ele notar e dar um sorriso convencido. -7 pontos.

— Obrigada – pigarreio me recompondo

— Por nada – diz se aproximando – Mas posso te ajudar levar até sua casa

— Não precisa, eu consigo sozinha – disse um pouco grosseira e pegando os dois refrigerantes caídos

Afinal, meu orgulho tinha sido a única coisa intacta até o momento.

Sorrio fraco e continuo meu trágico caminho.

As pessoas pareciam ter ignorado totalmente meu surto anterior com os refrigerantes e se concentraram mais no rapaz. O que era bom se não quisesse atrair monstros.

Embora, por incrível que pareça, eles não tem aparecido desde que nos mudamos para Las Vegas. Bem, talvez eles não gostem de cassinos.

 

—-//—-

 

Estava no fim da tarde, já tinha se passado algumas horas desde que saí do supermercado, e com o orgulho agora muito ferido, cheguei à conclusão de que estou perdida.

Mas óbvio que eu não planejava pedir ajuda. Não estava tão desesperada.

Meus passos estavam ficando mais lentos pelo cansaço, talvez eu devesse ter aceitado a ajuda do loiro, seria menos humilhante que rodar aquelas ruas umas mil vezes com 3 sacolas no braço e dois refrigerantes (Agora quentes e batidos por causa da queda) no braço.

Já tinha pensando em voar para olhar bem envolta, mas acho que as pessoas não reagiriam muito bem a isso. Além de que se uma das sacolas rasgassem enquanto estivesse no céu...

Meus pensamentos são interrompidos com um breve som de passos. Sim, eu estava na cidade mais populosa no estado americano de Nevada, mas já fazia um tempo desde que esse som me seguia. E só tinha duas conclusões com que eu consegui chegar: Ou o cara estava tão perdido quanto eu (difícil) ou era um monstro me seguindo.

 Prefiro a segunda opção. Pelo jeito monstros não odeiam tanto cassinos como pensei.

Certo. Já tinha feito isso antes.

A noite estava com nuvens escuras e carregadas, isso seria aliviante.

Aperto o passo saindo do meio da multidão e como previsto, o monstro perseguidor acelera.

Sorrio mais ainda ao ver os fios elétricos que nos cercavam. Finalmente ia poder descontar a raiva em alguém.

Só tinha que me livrar antes das sacolas e das bebidas que eu segurava, senão não conseguiria tirar meu anel.

Droga! Certo...

Paro bruscamente quando vejo que o local estava escuro e distante o suficiente.

Sem esperar, me viro abrindo a garrafa de Coca-Cola batida e espirrando tanto líquido nele que me senti a própria filha de Poseidon. Rio e puxo o anel (deixando as sacolas no chão com muita delicadeza porque as coisas foram caras, óbvio) que se transforma numa espada eletrizada.

— Agora voc- Que?!

Acho que minha boca estava batendo no chão quando eu vi para quem eu apontava a espada.

— Toda vez que me vê fica sem fala? – diz o loiro todo melado pelo refrigerante e eu coro totalmente envergonhada pela situação – Tudo bem, eu causo essa reação nas garotas

Como por Hades ele conseguia ser convencido com uma espada cheia de raios apontada para ele e todo melado de refrigerante?!

— Você! O modelo de cuecas! – acuso ainda apontando a arma em sua direção

— Eu! – tosse – Modelo de cuecas? Isso é um bom título

— Você por acaso é algum tipo de estuprador? – estreito os olhos

Apesar de estar todo melado de refrigerante sua aparência continuava estranhamente impecável.

— Eu não sou um estuprador! Você que me atacou! – acusa de volta

— Não teria atacado se não tivesse me seguido

Aproximo mais a lâmina de seu pescoço. Não é porque ele é um loiro extremamente gostoso agora com a roupa colada no corpo que iria se livrar dos meus questionamentos.

— Não estava te seguindo – protesta recebendo um olhar mortal meu – Okay, talvez eu estivesse te seguindo

— Por que estava me seguindo?

Ele não responde e ameaço mais a lâmina, mas isso não pareceu afetá-lo.

— Já vou dizer, mas para de apontar essa arma para mim e... – direciona seu olhar em meu rosto meio desconfortável – e também para de me olhar assim! É assustador

Ah, uma das vantagens de ser filha de Zeus. Uma das únicas coisas que gostava de compartilhar com meu pai, “o olhar” como Rebeca dizia. Funcionava quando queria ameaçar alguém, menos se essa pessoa for minha mãe, que briga até com Zeus se ele bagunçar a casa. (Acredite, já presenciei isso) (isso sim foi assustador).

— Certo – resmungo transformando a espada novamente em um anel de raio – Agora me responda. Por que estava me seguindo?

— Eu só... – hesita – achei que você era nova na cidade, aí te reconheci dando mil voltas na rua e então pensei que estava perdida e...

— Eu não estava perdida!

Okay, eu estava perdida, mas admitir isso para mim mesmo e para outra pessoa é bem diferente.

— Continuando – diz tirando o cabelo molhado de Coca do rosto – Aí fui te ajudar, quando você me atacou

— Não espera que eu me desculpe, certo? – cruzo os braços

Ele ri se arrumando

— Está bem, minha casa é por aqui – resmungo o olhando de canto – Se quiser se limpar antes de voltar para sua casa, me siga – pego as compras e saio caminhando sem o esperar

Talvez não fosse a coisa certa a se fazer, convidar um possível estuprador para casa, mas eu sei me defender muito bem e eu não acreditava no que ele tinha dito. Precisava saber o que ele fazia me seguindo. Como aquele ditado dizia: mantenha os amigos perto e os possíveis perseguidores mais perto ainda. Ou algo assim.

— Me espera – diz acelerando para ficar do meu lado – Você não sabe onde é rua, certo? Lembra o nome?

Passo um tempo explicando como era o local, nunca fui boa em decorar nome de ruas. Ele concordava como se prestasse atenção seriamente. Ganhou alguns pontos.

— Se for para me acompanhar – jogo a sacola dos pães para ele que segura rapidamente – segure as compras também

— Você é sempre assim? – sorri como uma criança me olhando de canto

— Assim como?

— Orgulhosa e mandona?

Paro bruscamente o fazendo parar também e o olho irritada.

— Retire o que disse – aponto com uma das mãos livres

— É disso que estou falando – diz gargalhando e passando na minha frente

— Só o que me faltava – resmungo chutando uma pedrinha no chão – Não sou mandona

— Na verdade, você é muito parecida com ele

— Ele?

Agora raciocinando melhor, estou pensando seriamente na probabilidade deixá-lo aqui mesmo e procurar minha casa sozinha.

— Zeus, sabe? – dizia na cara – Líder, mandão, agressivo e... – Mas foi interrompido por uma rajada de raio forte que caiu bem próximo – Opa, calma aí, papai

Okay, Zeus, dessa vez concordei com o raio.

— Você também é filho de Zeus? – entro na sua frente o impedindo de continuar andando

Ficamos nos encarando por alguns minutos, algo em sua expressão me dizia que ele não devia me contar.

— Sim – diz lentamente – Sou sim

— Isso explica muita coisa – murmuro

— Como?

— Como por exemplo, quando você viu a espada e não surtou, pelo menos.

Ele dá de ombros

— Nunca te vi no acampamento – acrescento

— Eu geralmente não passo muito lá – sua voz tentava evitar tocar no assunto, era óbvio – A cria de Ares deve estar esperando, vamos logo, estamos perto – diz apressando o passo indo exatamente para porta de onde eu morava

— Espera! – me apresso para o acompanhar – Como sabe da Rebeca? E como sabia que eu era filha de Zeus?

Agora a conversa estava ficando interessante.

— Pelo Sol, quantas perguntas – diz abrindo a porta sem ao menos hesitar

A cena a seguir não foi a coisa mais digna de se ver. Rebeca tinha chegado em casa, como previsto, mas pelo visto suas roupas não.

A porta aberta exibia a filha de Ares quase nua se agarrando com... Aquele não era o Félix do acampamento!? O que raios ele fazia ali? E na sala principal?!

— A-Alicia! – Diz paralisada sobre o colo do garoto

Não sei ao certo quanto tempo passamos tentando assimilar aquela cena divina, mas o silencio foi interrompido pelo garoto do chalé 7.

— Pai?!

Olho ao redor para procurar com quem ele falava. Até que...

E foi aí que tudo se encaixou.

“Pelo Sol” “Filho de Zeus” “Pai?!”

— Apolo?! – Acuso igualmente para o loiro coberto de refrigerante

— Oi – me olha com um sorriso inocente

Que Zeus me ajude.



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