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História Como (Não) Viver Com Park Jimin - Aproveite Com Ele


Escrita por: vanelope-stars

Notas do Autor


ESSA LINDA CAPA NOVA FOI FEITA PELA @taiyoongic do @JikookLandsPjct E EU AMEI!!!! apoiem ambos 💌
Olá!! Aqui estou eu com a última att desse ano. Nossa, faz mesmo um tempo que eu tenho essa fanfic KKKK
Espero que gostem!
Já aviso: se você não gosta do fetiche que o Jungkook vai explorar, só pule a cena. Ninguém é obrigado a ler e eu não quero reclamações. A NÃO SER, é claro, que tenha algo errado. Se eu descrevi ou insinuei algo que não devia ME AVISEM, porque eu com certeza não notei.
Dito isso: aproveitem!

Capítulo 23 - Aproveite Com Ele


Estar com Jimin pode ser difícil às vezes. Sempre compensa, sempre. Mas ainda pode ser difícil, então quando você perceber que estão bem, que nada está no seu caminho e que você pode caminhar até ele e fazê-lo feliz, faça. Corra até ele, pegue suas mãos e o faça sorrir.

Esses momentos serão uma prova do paraíso.


Durante toda a viagem fiquei inquieto. A todo momento revendo as fotos do hotel e sugerindo lugares para visitar. Em algum momento acabei falando sozinho, pois Jimin dormiu. Não que isso tenha me desanimado; não. Liguei para Hoseok e conversei com ele até a aeromoça me pedir para parar. Ao que parece, eu estava incomodando os outros passageiros com minhas crises de alegria.

Reuni mais ideias para o meu livro. Pensei sobre a viagem, sobre todo o trabalho que ainda havia e sobre como tinha que me desvencilhar disso. Aqueles eram dias especiais, eram as primeiras férias de Jimin em anos! Era o primeiro tempo que ele tirava só para se divertir e nossa primeira viagem juntos. Tinha que ser especial, tinha que ser ótimo! 

Não conseguia ficar parado! Estava cheio de energia!

Mas aí fiquei cansado e dormi o resto da viagem toda. 

Como mudamos rápido de humor na juventude!

Jimin me acordou cutucando meu rosto com um pedaço de manga. Avisou que era hora de descer. Comi a manga, beijei a mão dele e me levantei.

Ainda estava confuso, pois nem me lembrava de ter dormido. Em um segundo estava animado e pensando em foder muito no hotel e no outro estava sonhando que fodia muito no hotel. Pois é, foi tão de repente!

ㅡ Sério que chegamos? Eu tirei só um cochilo ㅡ murmurei ao andar até o aeroporto. Jimin riu.

ㅡ Uma vez, num domingo, você disse que ia cochilar depois do almoço. Acordou às 22:00 querendo comer, lembra?

ㅡ Jimin, meu amor, não vê onde estamos? Aqui é Tokyo, aqui é o presente! Para que ficar tão preso no passado? ㅡ Toquei o ombro dele. Ele riu e bateu nos meus dedos. ㅡ Ai…

Até esperar na fila para pegar as malas estava sendo excitante para mim. Não sabia explicar, achei que se um mosquito me picasse eu amaria!

Pensei que o taxista me mandaria embora de tanto que eu tagarelei. Jimin conversou com ele em japonês e apontou pra mim; após isso o motorista suspirou. Meu namorado não quis me contar o que falou. Temendo estar incomodando demais o homem, pedi desculpas com meu japonês desajeitado. "Sumimasen", falei repetidas vezes. Meu namorado riu e conversou mais com o motorista.

Me sentindo ignorado naquele carro, liguei para meu irmão. Suas palavras ao celular me fizeram muito bem!

Caralho, mas você já tá enchendo o meu saco? Não seriam dias de paz para todos nós?

Nada se compara ao amor de família.

ㅡ Eu só liguei para avisar que chegamos. Que coisa, Taehyung! Não sabe ser gentil, não?

E onde está sua noção para me ligar essa hora da madrugada?

ㅡ Perdi. Procura no meu cu.

Filho da mãe... ㅡ Riu, escutei o barulho dele se movendo na cama. ㅡ Você realmente é meu irmão. Enfim, chegaram bem? Jimin não decidiu te largar porque achou um made in japan bem melhor que você?

ㅡ Não, graças a Deus. Estamos bem. A viagem foi boa.

Eu sei. Estava na cama com Hoseok quando você ligou pra ele e disse: Hyung, hyung, Jimin dormiu! Estou sozinho!

ㅡ E eu estava.

Enfim, que bom que estão bem. Curtam bastante e nos avisem se precisarem de algo. Agora, se me permite, vou voltar a dormir. Até, Jungkook.

ㅡ Tchau, hyung.

Tirei uma foto. A primeira em solo japonês!!! E mais outras 24 com Jimin, porque ele estava tão lindo. O taxista disse algo em japonês que fez Jimin rir e concordar.

ㅡ Já que estão se divertindo tanto, por que não me jogam na rua? Seu noivo pode ser o taxista agora ㅡ reclamei e cruzei os braços. Bufei. Droga de namorado fluente em japonês que é tão carismático!

ㅡ Ciúme de um idoso, Jungkook? Esse é o seu auge.

ㅡ Aish! Essa é a nossa viaageeem! ㅡ falei manhoso e deitei a cabeça em suas pernas. ㅡ Concentre toda a sua atenção em mim. É seu dever.

ㅡ Ah, claro. ㅡ Aproximou o rosto da minha orelha e sussurrou: ㅡ Te darei toda atenção do mundo quando chegarmos no hotel.

Quem tem tempo para ciúmes, não é? Era uma viagem! Era divertido!

Me sentei reto no banco e fiquei procurando o hotel pela janela.


{...}


Minhas primeiras palavras ao entrar no quarto foram: Meu Deus.

Era muito, muito bonito. Era possível ver o banheiro devido às paredes de vidro. A ideia de Jimin me ver sentado no vaso não me assustava mais. Não depois de tudo o que já passamos. Então não foi problema. Eu até gostei da ideia de poder estar na cama assistindo ele tomar banho. Era tão lindo o modo como ele lavava a bunda!

Deixamos nossas malas ao lado da cama e exploramos o quarto juntos. Enquanto Jimin verificava se tudo estava limpo, eu brincava com a torneira da banheira. A ideia de a encher com água quente e foder com Jimin até esfriar me passou pela cabeça.

Olhamos a vista pela janela e tiramos fotos ali. Gravei um curto vídeo para Hoseok e Taehyung mostrando o quarto, mas não avisei a Jimin e o resultado foi uma cena dele tirando a roupa aparecendo no vídeo.

ㅡ Puta merda! ㅡ exclamei e virei a câmera para o meu rosto. Ri nervoso. ㅡ Finja que não viu, Tae. Hoseok já deve estar acostumado.

ㅡ Não quero seu irmão me vendo sem calça. E a última vez que Hoseok me viu sem roupa foi há anos. Se ele ver o tamanho do meu pau, desmaia ㅡ Jimin falou, tirando a camisa. 

ㅡ Não fala assim! Não é tão pequeno.

Jimin me encarou. Ri nervoso outra vez e encerrei a gravação. Era melhor continuar mais tarde.

ㅡ Poxa, amor… Eu estava brincando ㅡ disse, me aproximando dele com os braços abertos. Ele desviou.

ㅡ Mas você está certo. Não é tão pequeno. Não tanto quanto o seu. 

ㅡ É, até que é verdade. ㅡ Abracei a cintura dele e o puxei para perto. ㅡ Sou uns quatro centímetros mais curto que você. 

ㅡ Cabe perfeitamente na minha boca.

Nos olhamos sem piscar e então rimos. Ele bateu no meu ombro e foi até sua mala, pegou duas toalhas.

ㅡ Mas sério, não quero Taehyung me vendo sem roupa. Não temos esse nível de intimidade.

ㅡ Jimin, eu já vi vocês conversando sobre a cor dos meus mamilos. Como podem ser mais íntimos que isso?

ㅡ Detalhes, detalhes… Gravamos outro vídeo mostrando o apartamento depois. Agora vamos tomar banho, dormir e amanhã sair para passear. 

ㅡ Como você quiser, patrão.

Jimin estava só de cueca e foi para a banheira antes de mim. Me despi logo e entrei com ele. Afundei e o olhei debaixo d'água. Lindo. Ele me puxou para cima, me deitou em suas costas. Segurei as mãos dele e as beijei.

ㅡ Eu te amo muito, Jimin.

ㅡ Eu te amo mais, Jungkook.


{...}


Acho que uma das coisas que mais esperamos da viagem era poder acordar e dormir tarde por vários dias. No entanto, às 08:00 da manhã eu já estava revendo a rota por onde iríamos passear e pedindo comida. Estava tão ansioso que não fechava os olhos.

Deixei Jimin dormindo enquanto isso. Ele estava coberto pelos lençóis brancos, mas me satisfazia muito saber que ele não usava roupa alguma. Assim como eu, que só vesti um roupão antes de me sentar em uma poltrona no canto e começar a ler nomes de lojas e pontos turísticos. Memorizei o endereço de uma Sex Shop que tinha que visitar. Estava comendo quando Jimin acordou.

ㅡ O que está fazendo? ㅡ perguntou, os olhos mal abriam por conta do sono. ㅡ Se vai usar o roupão sem nada por baixo, feche as pernas, Jungkook. Estou vendo seu saco daqui. 

ㅡ Estou revendo nossa rota de passeio. E não tem nada aqui que você já não tenha visto. Se insistir mais, eu fico pelado.

ㅡ Não, por favor, não fique pelado. Eu quero dormir mais e não vou conseguir sabendo que você está nu tão perto de mim… ㅡ Bocejou e puxou mais o cobertor. Fez beicinho.

ㅡ O que foi agora?

ㅡ Me desacostumei a dormir sem você… ㅡ Fez o olhar de cachorrinho triste. ㅡ Terei que levantar…

ㅡ Aish, para com isso. Eu deito aí e continuo vendo tudo pelo celular.

Me deitei ao lado dele, que sorriu grande e me abraçou, puxou para bem perto e colocou a perna direita por cima de mim e me cobriu. Enquanto eu olhava alguns brinquedos que queria comprar, ele acariciava meu cabelo. Até que seus dedos pararam e sua respiração se tornou mais leve. Deixei o celular de lado e me virei. Jimin estava dormindo e me aconcheguei com ele, abraçando seu peito, sentindo seu cheiro. Ele era minha casa.

Não dormi, só fiz carinho no cabelo dele e beijei seu rosto enquanto dormia. O tempo passou rápido até demais e uma hora depois ele abriu os olhos novamente. Bocejou, me encarou, sorriu e subiu em cima de mim.

ㅡ Vamos para o banheiro. Quero dar banho em você antes de sairmos.

Eu, como o bom namorado adestrado que era, concordei com a cabeça e segui com ele para o chuveiro, pois queríamos ser rápidos.

Tá, admito que aconteceu um sexo oral básico, mas nada que demorasse demais! Estávamos com pressa!

Nos vestimos, pegamos nossas coisas e saímos. Jimin havia ganhado uma bota com salto de Hoseok de presente e não parava de me zombar, dizendo: Como é o clima aí embaixo?

Eu era noivo de um monstro.

Assim que chegamos à rua caminhamos até a primeira parada ㅡ que foi citada como indispensável por todos os sites que li: a região de Shibuya. Era lá onde ficava a estátua do cachorro que inspirou o filme "Sempre Ao Seu Lado", e isso era tudo o que eu sabia sobre Shibuya. Eu era tão cheio de cultura. Jimin, mais uma vez me humilhando com seu intelecto, disse que iríamos até o Cafe L'Occitane e admirar a vista panorâmica.

Temia que Jimin se sentisse nervoso com todo aquele movimento, mas ele estava se saindo bem. Descobrimos que se ele se mantivesse focado em algo, sua ansiedade diminuía. Eu não dizia nada, deixava que ele somente pensasse no destino final e me levasse até lá, sabendo que uma distração podia significar uma crise.

No entanto, quem mais estava assustado era eu. Deus, Tokyo era enorme e eu morria de medo de me perder de Jimin e nunca mais achar o caminho de volta até o hotel. Andei pelas ruas segurando a mão dele como uma criança medrosa indo ao mercado.

Após um tempo observando a vista ㅡ que era mesmo muito bonita ㅡ enquanto tomávamos o café da manhã, saímos rumo a Harajuku. Uma área com um lado tradicional, um mais jovem e outro mais refinado. Essa era a atração, pelo que entendi: observar o contraste. 

Juro que comecei a suar quando Jimin soltou minha mão e começou a tirar fotos. Jesus, e se ele sumisse na multidão?

ㅡ O que foi, anjo? ㅡ ele perguntou ao ver meus olhos arregalados como os de um peixe. ㅡ Não foi o café, foi? Eu te avisei que aquilo faria mal para o seu estômago. Me dê um minuto e eu acho um banheiro.

ㅡ Não é isso, Jimin! Quer dizer, isso também, agradeço se achar um banheiro! Mas não é esse o motivo principal. ㅡ Suspirei, me aproximei e segurei sua cintura. A bota realmente o deixava maior que eu. ㅡ Tenho medo de te perder na multidão, amor. Nunca mais acho o hotel se me perder aqui!

Jimin me olhou com a maior cara de tédio que já vi em toda a minha vida. Seus olhos reviraram tanto que pensei que fossem escapar do rosto. Ele bufou e perguntou:

ㅡ Foi esse homem que eu pedi em casamento?

ㅡ Foi! E agora ele está com medo e com vontade de dar uma despachada, então segure a mão dele e o leve até algum banheiro nessa cidade desconhecida.

Jimin guardou o celular no bolso e mais uma vez me olhou com aquela cara de: Caralho, Jungkook. Fomos até um estabelecimento e perguntamos onde era o banheiro. Pensamos que seria estranho só usar o banheiro e sair, então Jimin comprou um suco para não levantar tantas suspeitas. 

ㅡ Vem até a porta comigo? ㅡ pedi, segurando sua mão direita.

ㅡ Jungkook, eu não vou desaparecer na multidão. Vou ficar bem aqui nessa mesa e te esperar. E você tem um celular, pelo amor de Deus! É só me ligar se não me vir mais.

ㅡ Ah… tá…

Em passos lentos e chorosos ㅡ que chamavam a atenção de alguns ㅡ me direcionei à porta. Jimin pegou na minha mão e me puxou até o banheiro. Estava vermelho.

ㅡ Que vergonha, Jungkook, meu Deus. Da próxima vez eu venho sozinho.

Triste pela declaração e feliz por ser acompanhado, entrei no banheiro. Jimin ficou parado do lado de fora, tomando seu suco e vendo algo em seu celular.

Anotei em minha mente que nunca mais sairia de casa antes de fazer cocô. Meu Deus, que complicação!

Saí muito mais leve e sorridente. Jimin riu soprado quando me viu, pegou minha mão e disse:

ㅡ Vamos ao santuário Meiji Jingu. E nada de comer demais, senhor intestino fraco.

Andamos como idiotas até o santuário. Jimin porque estava emocionado, amava Tokyo. E eu porque pensava: Meu pai, se cai em cima de alguém não sobra nada…

Após algumas fotos e comentários chocados, andamos até a Takeshita-Dori ㅡ nossa, como demorei para aprender a pronunciar isso ㅡ, uma rua muito lotada e maluca. Jimin ficou com um pouco de falta de ar ao esbarrar em tantas pessoas, porém segurei forte a mão dele e fui na frente, abrindo o caminho e falando com ele sobre como as lojas eram bonitas. Tentei tirar sua atenção de todo o movimento falando de todos os produtos que desejei comprar. Nossa passada ali não foi longa, mas Jimin a estendeu o máximo que pôde. Apreciou tudo o que conseguiu antes que seu desconforto fosse insuportável.

Ele desejava ir até o Omotesando Hills, um centro comercial, mas eu disse que ainda tínhamos tempo. Jimin ficou um pouco triste por não conseguir andar tanto pela cidade quanto queria, então tentei animá-lo com uma ida até à Sex Shop que havia mencionado. Ele concordou e pegamos um táxi. Eu apontava a todo momento para um prédio bonito ou pessoa bem vestida, tentando deixá-lo mais leve. Foi um alívio o ver voltando ao normal e me dizendo o nome dos locais por onde passamos.

Senti que ter GPS no celular era desnecessário. Se eu ligasse para Jimin e dissesse "Estou perto de uma grande árvore" e fizesse uma descrição, ele me acharia. Ele conhecia Tokyo como alguém que já esteve lá várias vezes e isso me assustou. A memória dele era tão boa assim? Eu nem lembrava a cor da meia que estava usando. Deus, por que ele queria se casar comigo? Eu era um imprestável.

A loja ficava em Akihabara, um local que eu facilmente chamaria de paraíso dos otakus. Jimin disse que podíamos dar uma olhada nas lojas, pois ele estava mais calmo. E assim fomos.

Ele comprou mangás. Eu comprei um chaveiro em forma de pênis para Taehyung. Fiquei feliz demais ao realmente encontrar! 

Não comprei nada pra mim. Tínhamos um fundo para gastar na viagem ㅡ que Hoseok insistiu em contribuir ㅡ mas não era tanto assim. E, querendo ou não, meu presente de viagem era ver Jimin se divertindo. Era nossa viagem, sim, nossa viagem. Mas eu só queria vê-lo feliz e nada daquelas lojas me satisfazia tanto quanto o sorriso dele.

ㅡ Não quer mesmo levar nada? Tem uma camisa lá atrás que completaria seu cosplay de Sakura. ㅡ Jimin apontou. Sorri e o abracei por trás.

ㅡ Quero só comprar algumas coisas na Sex Shop. Compre seus mangás, não se preocupe comigo.

ㅡ É sua viagem também. ㅡ Me olhou por cima do ombro. ㅡ Quero que se divirta.

ㅡ E eu estou me divertindo. Vou estar enquanto você estiver feliz.

ㅡ Aish, Jungkook…

ㅡ Shiu, não insista. Compre suas coisas de otaku e aí vamos.

ㅡ O que eu faço com você, hein?

Jimin puxou meu rosto para perto e beijou meu nariz. Olhei ao redor para ter certeza de que ninguém nos olhava e colei meu quadril à sua bunda. Ele riu.

ㅡ Teremos muita coisa pra fazer depois que passarmos na Sex Shop ㅡ sussurrei.

ㅡ Então vamos sair logo daqui, certo?

Jimin me puxou, rindo, até o caixa para pagarmos as compras e após mais uma série de palavras em japonês que eu não entendi, saímos. Pegamos outro táxi até Akihabara, a todo momento conversando sobre o que comprar.

Eu sabia exatamente o que queria. Mas não contei a Jimin. Era uma surpresa. Isso o fez ficar o caminho todo insistindo, me fazendo cócegas e ameaçando ficar magoado. Quase cedi quando fez aquela expressão de cachorrinho triste. Porém me mantive firme!

Pedi ao meu noivo que não viesse comigo, porque não queria que ele visse a compra. Fomos para lados opostos. Ele tentou me seguir, eu vi e fiz um sinal com a mão. Jimin bufou e me deixou sozinho. 

Procurei atentamente o produto que desejava e quando achei, ah, quase chorei. Corri até o caixa, tirei o dinheiro contado do bolso ㅡ pois já tinha visto o preço milhares de vezes pelo site da loja ㅡ, paguei e enfiei na sacola. Olhei para os lados e assoviei. Jimin surgiu de trás de uma prateleira; o chamei. Ele correu até mim como uma criança e tentou pegar a sacola das minhas mãos, no entanto fui rápido em correr até o lado de fora, onde o carro nos esperava. Me sentei no banco de trás abraçando minha compra como se fosse um bebê. Jimin sentou ao meu lado e fez cara feia.

ㅡ É uma surpresa, Jimin. Você verá quando chegarmos.

ㅡ Blá, blá, blá.


{...}


"Coloque uma roupa formal, use gravata"

Foi tudo o que disse a Jimin.

O fiz prometer não virar para olhar enquanto eu preparava a surpresa. Após uma sessão de negação, meu amorzinho cedeu. Colocou a gravata e ficou sentado na cama, de costas para o banheiro. Tive cuidado para garantir que nenhum móvel fosse me refletir e que Jimin não tinha o celular perto.

Suspirei enquanto preparava tudo. Minha nossa, senti vontade de transar comigo mesmo quando estava pronto. Abandonei o banheiro e me coloquei de joelhos na cama, o abracei por trás e sussurrei em seu ouvido:

ㅡ Pode virar.

Jimin ficou de frente para mim em um movimento ansioso e rápido. Não disse nada quando me viu. Me encarou de cima a baixo e permaneceu em silêncio por segundos. Eu estava quase suando.

ㅡ O que exatamente você pretende, Jungkook? Brincar comigo? Não pode esperar que eu te veja assim e somente admire. ㅡ Sua voz saiu baixa e ele segurou minha cintura. Beijou meu pescoço e suspirou. Estava excitado. ㅡ Tão insolente...

ㅡ Você está certo sobre eu querer brincar, mas errado sobre só poder admirar. ㅡ Me levantei, apontei para a poltrona no canto. ㅡ Sente ali e… me eduque, Jimin. Me ensine a ser menos insolente. Seja meu professor.

Só eu e o demônio sabíamos o quanto eu estava animado, ansioso e quente. O uniforme colegial coube perfeitamente em mim. A camisa de botões branca acompanhada de uma gravata amarela, a saia curtinha e meias cinza até os joelhos e sapatos pretos de salto pequeno… 

Sei, sei que parece muito um fetiche de adolescente e, não nego, era mesmo. Um fetiche que eu alimentava há anos desde que descobri que não era uma vontade alienada, e sim bem comum e que existiam formas de me satisfazer com aquilo.

Meus desejos e peito em chamas não me deixavam pensar no quanto poderia ser ridículo ou até vergonhoso de certo ângulo. Tudo o que eu queria era Jimin me dizendo que eu era um aluno malvado e que ele me puniria por isso.

Deus, eu estava maluco.

Não parava de me imaginar sentado no colo dele enquanto ele apertava a gravata em meu pescoço, me deixando um pouco sem ar… Merda. Mil vezes merda.

Jimin não disse uma palavra. Caminhou até a poltrona e sentou. Brincou com a ponta de sua gravata preta enquanto encarava muito descaradamente minhas pernas. Andei em passos lentos até ele, me sentei em seu colo e gemi só por senti-lo abaixo de mim. Olhei em seus olhos, subitamente ruborizando. O constrangimento se mesclava ao tesão quase selvagem nadando no meu peito, percorrendo minhas veias e se concentrando em um órgão específico de meu corpo que já estava quente e rijo.

ㅡ O que você espera que eu faça? ㅡ ele perguntou contra a pele do meu pescoço.

ㅡ O que você quiser. Tudo o que você quiser, Jimin. ㅡ Segurei seu rosto para encará-lo e disse, o olhando nos olhos: ㅡ É você quem vai brincar comigo, amor. 

ㅡ Você está mesmo empolgado, né?

ㅡ Jesus, meu pau está uma pedra, Jimin.

Ele riu, me puxou pelo pescoço, beijou e então me encarou por longos segundos enquanto mordia o lábio. Eu ㅡ nada puritano e paciente ㅡ estava me esfregando no colo dele enquanto ele pensava. Era tão bom quanto ruim, pois não usava nada por baixo da saia e o zíper da calça dele arranhou minha bunda. Mas quem liga? Eu que não.

ㅡ Acho que sei o que quero fazer. Vamos misturar.

ㅡ Misturar? ㅡ perguntei, rebolando em círculos lentos. Jimin apertou minha cintura.

ㅡ Sim. Vamos fazer um pouco do que você gosta com um pouco do que eu gosto.

ㅡ Então eu vou recitar o dicionário no seu ouvido enquanto você diz que sou um bom menino e me fode?

ㅡ Isso aí.

ㅡ Aceito. Vamos logo.

Meu namorado riu e me beijou outra vez. Sussurrou "Espere um pouco..." no meu ouvido e foi até sua mala. Me sentei com as pernas abertas na poltrona. Jimin me avistou com o canto do olho e xingou. Me encostei um pouco para trás e segurei meu membro pela base. Ele tirou uma régua da mala e achei que fosse me jogar da janela quando me viu.

ㅡ Inferno, Jungkook. Quer que eu goze só de olhar pra você? Tira a mão daí e faça pose de bom moço.

ㅡ Ai, tá bom, tá bom. Certo, eu sou um bom aluno, senhor.

Jimin riu soprado e andou lentamente até mim. Seu olhar tinha mudado e eu sabia que ele tinha encarnado o personagem. Jesus, tremi. Ele bateu a régua na palma da mão.

Quando arrumamos as malas para viajar eu disse a Jimin que a chance de precisarmos de uma régua era mínima, no entanto ele argumentou que talvez quisesse desenhar paisagens e que era importante levar o objeto conosco; cedi. E, minha nossa, ainda bem que cedi.

Park Jimin diante de mim usando roupa formal, cabelo penteado em topete e batendo uma régua na palma da mão. Essa era a visão. 

ㅡ Jeon, hmm, Jeon. ㅡ Apertou a régua. Juntei as pernas, deixei as mãos sobre o colo e perguntei do modo mais submisso que consegui:

ㅡ Sim, senhor?

ㅡ Você acha correto o que está fazendo?

ㅡ Mas o que eu estou fazendo, senhor? Algo errado? 

ㅡ Acha correto desfilar pra lá e pra cá assim? Acha correto… me deixar tão tentado? Sua vestimenta é ilegal. Um atentado.

ㅡ Oh, sendo assim… eu deveria tirá-las, senhor? 

Jimin espremeu os lábios e eu joguei uma meia que achei no chão nele. "Tá bom, tá bom, não vou rir", ele disse, então respirou fundo e prosseguiu ㅡ novamente com sua expressão séria:

ㅡ Não. Não é tão simples. Você será castigado por brincar comigo dessa forma. Só assim aprenderá a não se repetir.

ㅡ Ah… Compreendo. ㅡ Abaixei os olhos até minhas mãos e mordi o lábio. 

ㅡ Olhe nos meus olhos.

Jimin puxou meu queixo com a mão. Virei gelatina quando nossos olhares se encontraram. Ele era tão gostoso, que merda…

ㅡ Eu vou te dar uma chance de se redimir. Irei te fazer algumas perguntas. Se acertar, tira uma peça de roupa. Se errar, fica na mesma ou veste uma peça que já tirou, entendeu? Caso se saia bem, ficará sem essa roupa imprópria e irá receber uma recompensa. Do contrário, a situação vai se estender ou… acabar em um castigo.

ㅡ Qual seria a recompensa e o castigo, senhor?

ㅡ Segredo. Está pronto?

Concordei. Parte de mim tremeu porque sabia que Jimin poderia perfeitamente ser um professor, tamanho era o conhecimento dele. E se ele realmente fizesse perguntas, como num teste escolar, eu erraria tudo. Rezei para que fossem perguntas do tipo: qual das tigelas do nosso armário tem o formato exato da minha nádega direita? Pois eu tinha essa resposta.

ㅡ Qual é a capital do Chile? ㅡ Fiz cara feia. Ele riu. ㅡ Erro meu. Me diga três sinônimos de felicidade.

ㅡ Alegria, deleite e… júbilo.

Pronunciei a última palavra com ênfase. Jimin gostava dela. Sempre que eu a dizia, ele se arrepiava. Não foi diferente naquele momento. Jimin fechou os olhos por um momento e suspirou. Vê-lo ficando excitado só me deixava ainda mais quente e duro. Meu pau quase doía.

ㅡ Muito bem. Tire os sapatos.

ㅡ Mas o sapato não conta.

ㅡ Eu disse, então conta.

ㅡ Mas…

ㅡ Não me questione, Jeon.

Prendi o gemido na garganta ao vê-lo tão autoritário. Retirei os sapatos. Aproveitei para tocar minhas pernas devagar, fazendo caminho até meu colo quando voltei à posição normal. Meu namorado me xingou em sua mente, tive certeza. 

ㅡ Como chamamos aquilo que é passageiro, rápido demais?

ㅡ Algo transitório?

ㅡ Sim… Você sabe mais uma palavra para isso, não?

ㅡ Efêmero, senhor?

Jimin mordeu o lábio e apertou a régua com força. Eu podia ver o volume em sua calça crescendo a cada palavra, literalmente. Tive vontade de repetir até ele não se conter mais. Efêmero, efêmero, efêmero, efêmero….

ㅡ Tire as meias.

ㅡ Sim, senhor. Estou me saindo bem, não é?

ㅡ Por enquanto, sim. Vamos à próxima pergunta: como nomeamos aquilo que não faz parte do clero, que não pertence a uma intuição religiosa?

ㅡ Seria… laico, senhor?

ㅡ Tire a camisa e a gravata.

Abri os botões vagarosamente ㅡ que desafio foi… ㅡ somente para observar Jimin ansioso. O modo como ele mordia o lábio conforme minha pele nua aparecia, sua ansiedade enquanto meus dedos desfaziam o nó da gravata… Seu olhar predador quando cheguei no último botão. Assim que ele me permitisse eu sentaria nele com tanta força e vontade que talvez quebrasse sua perna outra vez.

ㅡ Oh, senhor, falta apenas a saia! ㅡ exclamei, feliz, fingindo inocência.

ㅡ De fato. Estamos quase lá. Se levante um minuto.

Obedeci. Jimin se sentou no meu lugar, fez um sinal para que eu me aproximasse. Parei na frente dele.

ㅡ Você não irá mais me tentar, Jeon?

Uma golpe com aquela maldita ㅡ ou bendita, não tinha certeza ㅡ régua de madeira acertou minha coxa esquerda. Um grito fino e surpreso me escapou. Pego de surpresa, meu coração acelerou e perdi as palavras.

E, que grande merda, senti vontade de ajoelhar e implorar para que Jimin metesse seu pau na minha boca. Eu era infinitamente submisso a ele e não sabia como lidar com isso.

ㅡ Não irei, senhor… ㅡ falei após alguns segundos recuperando as forças, sentindo a ardência na pele sumir.

ㅡ Nunca mais? ㅡ Ergueu a frente da minha saia com a régua. Espiou meu pênis antes de me encarar novamente.

ㅡ Nunca mais.

ㅡ Certo. Sente no meu colo.

Foi com prazer que me sentei sobre ele. Senti o tecido raspando. Seu zíper novamente me arranhando. Eu devia abri-lo.

ㅡ Farei somente mais uma pergunta. Se você acertar, terá uma recompensa. Caso contrário vestirá a camisa novamente…

ㅡ Não, não. Irei acertar, senhor, juro. Pergunte.

ㅡ É uma questão de matemática.

Como eu odiei Jimin naquele momento. Nunca antes senti tanta raiva dele. Acho que foi impossível esconder meu descontentamento, já que ele prendeu o riso. Rindo da minha cara, não é, Jimin? Infeliz.

ㅡ Se somarmos 34 com 35, quanto fica?

Fiz a conta de cabeça ㅡ também contei nos dedos, não posso negar ㅡ e respondi sem dar muita atenção, apenas torcendo para acertar:

ㅡ Sessenta e nove?

Jimin sorriu e concordou com a cabeça. Acariciou meu rosto. Me olhou sério por 3 segundos; gargalhou. Mas qual era a graça?

ㅡ O que é tão engraçado, senhor? Juro que não entendi.

ㅡ Você não entendeu, Jeon? Repita o resultado da soma até entender.

ㅡ Certo. Sessenta e nove, sessenta e nove, sessenta e nove… ㅡ Repeti sete vezes, até que assimilei. ㅡ Sessenta e… Ah… 

ㅡ Compreendeu?

ㅡ S-sim, senhor. Compreendi.

ㅡ Você acertou. Pode tirar a saia e receber sua recompensa.

Sorri grande e segurei o pescoço de Jimin, o beijei com volúpia enquanto suas mãos passeavam pelo meu tronco, pelo meu peito, apertavam meus mamilos e minha cintura. Meu toque abandonou sua pele e foi à minha, fez trilha pela minha barriga até chegar na saia. Puxei o tecido, me ergui no colo de Jimin e retirei a peça, a joguei longe e fui até o chão. Me ajoelhei, separei as pernas do meu noivo e lhe abri o zíper da calça, puxei com força. Retirei os sapatos e meias dele e o deixei somente de cueca. Encarei seu falo duro, provavelmente queimando tanto quanto o meu, coberto por aquele tecido preto infeliz. Com certa raiva tirei de seu corpo a indesejada cueca que impedia minha visão de encontrar aquele membro de seu corpo que tanto amava.

Assim que meus olhos bateram naquele pau, ah, Deus, meu movimento foi rápido e certeiro. Mirei na cabeça, no entanto Jimin me parou. Segurou meu queixo, negou e levantou. Deixou os óculos na mesa de cabeceira e me puxou para a cama.

ㅡ Eu fico embaixo.

Foi tudo o que ele disse antes de se deitar e tudo o que precisei ouvir. Me coloquei sobre ele. Nossos abdômens se bateram. Segurei seu pau, mas ele foi mais rápido em me abocanhar. Por alguns momentos só o senti me chupando enquanto o retribuía com uma lenta punheta; porém só por alguns momentos mesmo.

Assim que recuperei o ar dos meus pulmões o abriguei na boca com carinho e luxúria ao mesmo tempo. Ainda o segurando pela base, desci e subi. O bati na garganta, raspei os dentes de leve, pois isso o fazia tremer. Suas pernas abaixo de mim eram tão lindas. Estavam tensas.

Eu sentia suas veias contra minha língua, o gosto salgado, molhado… Quando a cabeça escapava de minha boca era como retirar a rolha da garrafa de champanhe; o estalo era gostoso de ouvir e me deixava fraco. Os ruídos de sucção ㅡ tanto os dele quanto os meus, misturados ㅡ me enfraqueciam ㅡ só não mais que a sensação da língua quente de Jimin me lambendo como um doce premiado.

Ele sugou minha glande com força; gemi e contrai o quadril de modo involuntário. 

Desenhei pequenos círculos com minha língua, engoli, suguei, soltei, peguei ar, repeti. E assim foi. 

Meu namorado tinha sua própria técnica: ele me masturbava rápido enquanto respirava, sua palma escorregava, porém não falhava, ainda firme me segurava com precisão. Quando me apertava era o paraíso. Ele deixava sua respiração quente bater contra mim, um calor gostoso que fazia até minhas mãos tremerem, depois movia a mão mais devagar. Somente quando eu me contorcia, de tão lento, de tão gostoso, ele voltava a me colocar na boca. 

Jimin gostava de engolir. Jimin gostava de engasgar. Gostava quando eu gozava bem no fundo de sua garganta, porque assim engolia mais fácil. Por isso eu me esforçava; me esforçava para não ficar tão entorpecido pela arte de sua boca e me forçava. Me forçava para dentro dele até ouvi-lo engasgar, até ouvi-lo engolindo, sentir a pressão contra o meu pau.

Sempre que eu o fazia engasgar com frequência ele me fodia mais de três vezes seguidas. Sempre. Era um lindo, lindo costume dele que eu esperava ser repetido naquele dia.

Xinguei ao sentir seu polegar deslizar por minha glande. Sua mão esquerda pousou em minhas costas, seus dedos, como se prontos para me purificar, desceram até meu cóccix e então sua palma me empurrou para baixo. Direto para sua boca.

Perdi novamente as forças quando ele me engoliu inteiro. Apreciei suas passadas lentas de língua enquanto o masturbava, de olhos fechados, quase sem noção de nada, tamanho o meu prazer.

Avistei a porta trancada do quarto, nossas roupas espalhadas pelo chão, os lençóis brancos e colchão tão macio... Eu não podia gozar tão fácil quando estávamos fazendo um 69, num hotel em Tokyo, sozinhos e sem medo de fazer barulho.

O engoli. Da cabeça até a base, ele todo. E segurei. Deslizei a língua para os lados, mas não o soltei. Senti quando ele gemeu; foi como vibração no meu pênis. Suguei. Jimin me soltou, voltou a bater punheta enquanto gemia meu nome. Parecia um pedido de socorro e um agradecimento ao mesmo tempo. Tomei aquilo como incentivo. O tirei da boca, peguei ar e o abriguei completamente outra vez. Suguei, de cima a baixo, de novo e de novo. Até que ele apertou minhas nádegas com força, seus dedos deixando uma ardência gostosa, e gozou. Eu estava lambendo sua glande no momento. Sua porra jorrou no meu rosto. Sentir seu esperma escorrendo pelas minhas bochechas quentes foi o que me fez chegar ao orgasmo também.

Gozei. Agarrei as coxas dele, sem forças, e gemi arrastado enquanto me derramava sobre ele.

O tempo pareceu não passar. Não soube dizer se foram segundos ou minutos que permaneci parado apenas normalizando a respiração. Soube que tudo acabou quando Jimin me puxou pela cintura. Eu estava nadando nos efeitos do orgasmo, sentia cada mínima parte do meu corpo ainda tremelicando, como se tomada por uma corrente elétrica. 

E então aconteceu: Jimin me puxou, encaixou minhas nádegas em seu rosto, agarrou minha cintura e me penetrou com a língua.

ㅡ Ah, Jimin… Amor, que merda… Eu… Eu acabei de gozar… hmm… ㅡ murmurei, minha voz manhosa parecendo sonolenta. ㅡ Porra, se você chupar forte assim, não vou aguentar…

Posicionei as mãos nas pernas dele, me apoiando. Era dali que eu tirava o sustento para não cair enquanto chamava por Jimin entre gemidos. Minhas mãos estavam suadas, então eu ainda temia não aguentar meu próprio peso; porém se eu chegasse mesmo a escorregar Jimin me pegaria. Não havia perigo com ele por perto.

Sua língua fez voltas e voltas, círculos, entrou e saiu rápido, devagar… e era tão quente. Sua língua era tão quente. Quando eu sentia sua saliva escorrendo para dentro de mim achava que gozaria de imediato. Mas também pensava isso quando ele girava a língua dentro de mim. Tudo naquele beijo me deixava prestes a entrar em erupção.

Eu murmurava coisas desconexas e rebolava sem intenção, empinava. Sentia espasmos quando ele sugava, apertava a carne de suas pernas. Me apoiei em uma só mão para poder segurar o pau dele. Molhado, recém curado de um orgasmo, recém saído da minha boca. 

Movi minha palma conforme seu beijo grego mandava. Se ele era intenso, eu era. Se ele era rápido, eu era. Seguimos nessa sincronia. Eu, a todo momento me sentindo próximo do segundo orgasmo, confessava meu amor, meu tesão e o quanto amava quando ele me chupava gostoso assim. 

ㅡ Hmm… Você está quase gozando, amor… Vai vir antes de mim.

Percebendo que Jimin estava queimando tanto quanto eu, tratei de me controlar o máximo que podia e o masturbei com rapidez. O som da minha mão contra o membro dele era minha sinfonia favorita. Não, corrijo: a orquestra formada por todos os sons ㅡ desde os mais baixos até os mais altos ㅡ que emitíamos fodendo eram meus favoritos, minha morte, meu renascimento, meu tudo. 

Eu poderia trepar com ele pela eternidade. Sentir os anos passando e o mundo se tornando cinzas enquanto eu nadava em seus beijos e afundava no nosso orgasmo. Sentindo o gosto do beijo, do pau e da porra dele. Sentindo ele me foder até não poder andar, sentando nele até ele gritar. Depois dizer que o amava e me confessar outra vez enquanto sua boca impura e lasciva beijava meu pescoço e me prometia que logo iríamos repetir. De novo e de novo. Para todo o sempre.

Jimin murmurou alguma palavra ininteligível contra minha bunda, contraiu os joelhos e me sujou com sua porra outra vez. Relaxei ao vê-lo satisfeito.

Me masturbei enquanto ele me chupava e gozei quando sua língua entrou fundo em mim. Manchei sua pele de branco.

Jimin me lambeu mais algumas vezes, prolongou o meu prazer. Tratei de respirar fundo, pensando que aquela fosse a pausa. Ledo engano.

Ele me empurrou para longe de seu rosto, me sentou em seu peito e enfiou dois dedos em mim. Xinguei, xinguei várias vezes. Seus dedos me abriam. Estavam quentes, aliás, todo seu corpo estava. Nós éramos fogo contra fogo e até o oxigênio parecia estar em chamas. Sua carne macia me adentrava com cuidado, eu me contraía sem querer, o prendia dentro de mim para jamais soltar. A sensação de seus dedos deslizando para o meu interior ansioso e muito molhado por seu beijo recente era enlouquecedora. Quando ele fazia movimentos de tesoura eu gemia, quando esfregava minha parede interna eu quase chorava e quando acertava minha próstata com golpes certeiros eu agarrava os lençóis.

Insaciável. Park Jimin era insaciável. Amava isso, amava indefinidamente, porém padecia ao perceber que não era dotado de tal energia para recompensá-lo devidamente. Estava tão cansado, estava tão bêbado de êxtase que mal me mexia. Jimin, após gozar duas vezes, me fodia como se não houvesse amanhã, como se fosse nossa primeira vez, como se fosse nossa última vez. 

Caralho. Como eu podia amar tanto um homem?

Ele me puxou até seu rosto de súbito, me chupou e lambuzou de saliva novamente antes que seus dedos me invadissem mais uma vez.

ㅡ Amor, eu… eu juro que vou sentar em você até desmaiar se você me deixar respirar… ㅡ prometi, ofegante e com o peito descontrolado.

ㅡ Se você gozar, eu não pedirei mais nada. É te ver gozando que me traz o orgasmo, Jungkook… ㅡ respondeu; suas baforadas de ar arrepiando minha pele sensível e suada.

Ele socou, com força, com amor, com tesão; eu nem sabia mais. Acertou minha próstata repetidas vezes enquanto repetia: Você vai gozar, meu amor? Você vai? Hm? Vai gozar pra mim? 

E eu respondia, quase no automático, desmoronando um pouco a cada sílaba: Vou, eu vou sim… Eu vou…

Assim foi. Em seu abdômen, derreti pela terceira vez. Tremendo, com espasmos infinitos e sincronizados, gemi o nome dele como se fossem as únicas palavras que eu soubesse pronunciar. Meu esperma correndo pela pele dele foi minha visão antes de fechar os olhos e gemer "Jimin…" arrastado, manhoso, cansado e repleto de júbilo e paixão.

Como um brinquedo, como um bebê fui puxado até o seu lado, aconchegado no seu peito. "Deus, gozei no seu rosto… Me perdoe", ele pediu, limpando minhas bochechas com as mãos. "Não foi problema, eu gostei", respondi. Jimin assentiu, acariciou meu queixo. Deitado ao lado de seu coração, ouvi um dos sons que mais adorava: aquele que me lembrava de que ele estava vivo, de que sua carne era real e palpável e o bater de seu coração o enchia de força. O abracei e fui retribuído com carinho no cabelo.

ㅡ Está muito cansado? Machuquei você? ㅡ Sua voz doce e baixa soou, me fazendo despertar e apaixonar.

ㅡ Não, não… Foi tudo ótimo. Quando… Quando me recuperar vou chupar você. Depois vou sentar ou ficar de quatro, como você preferir. Eu juro. Só… me deixe respirar e vamos foder de novo.

Ele riu, beijou minha testa e disse:

ㅡ Meu amor. Meu anjo insaciável.

ㅡ Sério? Sou eu o insaciável?

ㅡ Somos os dois. Que bom que combinamos.

Sorri, me sentei na cama; minhas pernas tremeram. Tirei o suor da testa e coloquei o cabelo para trás; sentado em seu colo, avisei:

ㅡ Me leve até a banheira. Vamos foder na água quentinha e depois tomar banho.

ㅡ Hmmm, parece tão gostoso…

ㅡ E é! ㅡ Deitei sobre ele e abracei seu tronco. ㅡ Me leve. Sou fraco. Ajude-me.

Aos risos, meu namorado me carregou até o banheiro, até a banheira, após resgatar um lubrificante da mala. Na água quente e relaxante eu o beijei, segurando seu pescoço. Mordi seus ombros e chupei seus lábios enquanto ele metia seus dedos lubrificados em mim. Enquanto me abria novamente, percebi o que de fato era aquela viagem.

Aquela era nossa lua de mel. Casados, já éramos há semanas. Aquele era nosso tempo e fôssemos nós o gastar transando, passeando ou abraçados na cama, eu adoraria.

Eu adoraria tudo enquanto ele estivesse comigo.


Notas Finais


[ Capítulo revisado em 09/12/2021 ]

ai esses jikook...
penso no próximo capítulo e fico sensível 😭😭
usem a #aiminhatetinha pra falar da fanfic!!!
até!! 🏡


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