História Como Perder um Alfa em 10 Dias - Juntos

Juntos

SeHun

Minhas mãos afundavam na carne macia da cintura de LuHan que ondulava seu corpo sobre o meu num movimento que me deixava entorpecido com seu cheiro.

Não aguentando mais, inverti nossas posições e o deixei abaixo do meu corpo para que eu pudesse distribuir alguns beijos em seu pescoço lisinho e livre de marcas. Meus caninos eram puxados como um imã até aquela pele macia e branquinha.

Mas eu sabia que deveria me segurar.

Estávamos namorando, mas não fazia nem um mês direito, não tínhamos nem conversado sobre a mordida ou coisa do tipo.

Então, em horas como essa eu apenas deixava meus dentes marcarem meu pulso enquanto eu me desfazia em seu interior.

Não havia percebido que LuHan já havia se defeito em meio de nossos corpos, então comecei a distribuir alguns beijos em seu rosto que mostrava algumas expressões sofridas por conta do nó.

-Tudo bem? – Perguntei o vendo pedir um abraço mudo e assim o fiz. Sei que devia ser difícil para ele e depois que descobri que suas duas últimas experiências foram horríveis, eu sempre buscava deixá-lo o mais confortável possível.

-Você foi incrível como sempre. – Ele sussurrou contra meu ouvido me fazendo arrepiar. – Eu fico meio surpreso ainda com tudo que você faz. A maioria das vezes você é o mesmo que eu conheci. – LuHan sorriu quando eu me afastei para retirar minha ereção de seu interior para me deitar ao seu lado após o nó.

-Já eu não posso falar o mesmo de você, né loirinho? – Ri quando ele escondeu seu rosto nas mãos. Aproveitando aquilo, o puxei para um abraço.

-Fui terrível com você, né? – O ômega me olhou quando falei aquilo. – Desculpe, por isso. No dia do coquetel eu procurei Zitao. Disse que não podia fazer aquilo porque tinha te conhecido melhor e que estava confuso com tudo.

-E pela sua carinha ele não foi nada legal. – Arrisquei vendo sua cabeça assentir. – Nós começamos mentindo, Luge. Mas eu espero que daqui para frente a gente confie mais um no outro. Não vamos esconder mais nada, ok? Promete para mim?

Senti um selar em meu peito esquerdo e vi seu sorriso brotando em seus lábios e soube que aquilo era um sim.

-Por isso que eu preciso te contar uma coisa... – LuHan mordeu o próprio lábio me deixando confuso. – Baek Hyun. Você reparou que ele está tratando o Jong In com frieza? Então, Baek quem está responsável pela matéria da capa. Como conquistar um alfa em quinze dias.

Pisquei algumas vezes processando tudo que havia acabado de ouvir.

Eu não sabia se ficava surpreso por Baek Hyun ter escolhido Kai ou só pelo fato de meu amigo estar sendo vítima daquele fato. Porque se na história com LuHan eu também tinha culpa, meu amigo não tinha.

Ele havia comentado comigo que Baek Hyun estava o evitando e que tentou se aproximar para não ficar um clima chato, mas aquilo nem havia me passado pela cabeça.

-Eu preciso falar para o Jong In. – Sentei no colchão da cama de LuHan que se levantou logo depois de mim. – Lu, não posso fazer isso com ele.

-Calma, Hunnie. – Ele me pediu segurando meu braço para que eu não me mexesse. – Eu disse a ele que eu não achava certo. Kai não vai se apaixonar por ele nem com milagre, mas Baek Hyun é cabeça dura. Por favor, se você contar ele pode perder o emprego.

Tudo bem que eu até gostava de Baek Hyun, mas ele não podia fazer aquilo com meu amigo.

Baguncei meus cabelos com certo nervosismo não sabendo o que eu devia fazer.

-Kai não vai se apaixonar por ele. – Afirmei para o ômega que confirmou com a cabeça. – É por isso que está preocupado com seu amigo? Por saber que Jong In não vai cair nos encantos dele?

-Lógico, Hunnie. Zitao está contando com a matéria dele e no fundo eu sei que ele não vai conseguir. Ele errou o alvo dessa vez. – Sua voz parecia meio entristecida por falar aquilo e resolvi que não falaria nada a Kai.

Baek Hyun iria aprender de qualquer jeito.

-Só dessa vez. – Falei para o ômega que me abraçou de um jeito meio manhoso já esfregando seu nariz em meu pescoço.

-Vamos fazer um curativo nessa mordida? – Ele me perguntou e assenti me levantando assim que ele me puxou para fora do colchão.

Eu sempre acabava deixando uma mordida meio funda que precisava de curativo todas as vezes. Eu gostava quando LuHan o fazia para mim porque admirava seu cuidado e carinho ao limpar e colocar algo para proteger.

Eu realmente tinha dado sorte.

-Que sorte que te escolheram para mim, hum? – Comentei quando LuHan terminou meu curativo. Estava sentado na pia de seu banheiro e o vi me encarar curioso sem saber do que eu estava falando. – Kyung Soo e XiuMin quem escolheram quem eu devia conquistar.

-Claro, eles sabiam que eu ia fazer a matéria. – O ômega deu de ombros e franzi o cenho. – O que? Eles não te contaram né? Na manhã daquele dia que nos encontramos, eles apareceram lá na revista. Nós fomos até apresentados por Zitao. Eu não gostei muito deles, sabia que tinha alguma maldade no olhar daqueles dois. E não me surpreende nada deles terem me escolhido. Sabiam que daria nisso.

-Talvez tinham esperança de ganhar. Sabiam que você não iria se apaixonar por conta da matéria. Só não esperavam que meus dotes te encantariam. – Dei de ombros recebendo um soquinho em meu peito. – Começamos por linhas tortas, mas eu não me arrependo. Estou feliz por ter ido atrás de você e não ter sido rejeitado.

LuHan tinha um brilho no olhar e sabia que estava feliz com minhas palavras.

Não que fosse mentira, mas LuHan realmente me fazia alguém mais feliz. Quem diria que um dia, eu, Oh SeHun cairia de joelhos por um ômega que me usou de matéria, e pior, que eu usei para uma aposta.

Naquela noite, nós quase não dormimos. Ficamos conversando sobre o dia em que nos conhecemos. Fora tudo uma sucessão de acontecimentos que nos levou a um encontro. Desde Baek Hyun, até o pedido do senhor Kim.

Parecia uma brincadeira, mas de fato, fora algo real.

Quando era de manhã, final de semana para ser mais especifico, que pudemos acordar mais tarde, olhei para meu celular que marcavam dez horas e umas dez mensagens na rede social que eu usava.

Jong In: Cara eu preciso de ajuda.

Acho que estou ficando louco. E isso não é bom.

Motivo: Baek Hyun.

Eu caí na besteira de ir conversar com ele por estar sendo tão ignorado.

Cara, eu beijei Baek Hyun essa noite.

O que eu faço?

Não consigo parar de pensar.

Oh SeHun, acorda, cara.

Me ajuda.

Quando acordar, me liga.

Acho que temos um problema. E não é nada bom.

Respirei fundo ainda tentando me acostumar com a claridade que entrava da janela do apartamento de LuHan e tentei me mover, mas claro que eu não consegui porque LuHan é o tímico ômega que parece um gato e vai subindo em cima do seu corpo para se esquentar.

E lá estava ele com um dos braços e as pernas em cima de meu corpo.

Ri com seu resmungo quando o ajeitei para que eu pudesse sair de fininho sem o acordar. Eu nunca me cansaria de vê-lo nu em meio ao lençol e com os cabelos bagunçados.

Aquele beicinho que ele fazia era realmente uma delícia para mim.

Disquei o número de Jong In que não deixou o celular tocar nem duas vezes antes de me atender.

-Cara, achei que tinha morrido. – Sua voz era de quem correu uma maratona.

-Só me diz que merda você fez. – Fui curto e grosso, porque sim, Kim Jong In conseguia ser muito burro quando queria.

-Então, como eu disse... Eu fui procurar Baek Hyun no dia seguinte daquela noite que vocês deram o jantar na sua casa. Para saber se eu tinha feito alguma coisa né? – Meu amigo falou como se fosse a coisa mais óbvia. Mas eu sabia que tinha algo a mais por trás disso. Kai nunca ligava se as pessoas gostavam dele ou não. Porque ele ligar para Baek Hyun? – Marquei com ele de nos encontrarmos, e foi assim durante toda a semana. Ele é uma pessoa legal sabe, SeHun. E ontem eu beijei ele. E não sei o que eu faço porque ele não disse nada!

Conto ou não conto que ele está sendo alvo de uma matéria assim como eu fui?

Olhei para LuHan que ainda dormia e respirei fundo tentando pensar no que era melhor.

-E tem mais cara. – Jong In continuou. – Eu apostei com Chan Yeol que conseguia transar com Baek Hyun antes dele e do Kyung Soo.

Pronto.

Aí está mais uma prova de que Kim Jong In é uma anta.

-Eu vou te matar, Jong In. – Falei entre os dentes. – Você viu no que deu quando eu fiz aquela aposta! Olha a merda que você foi fazer! Você é um idiota.

-Mas é que o Chan Yeol ficou lá cantando de gostoso para o meu lado. – Sua voz era meio de criança culpada, mas não tinha explicação. Tanto um quanto o outro era um imbecil. – Foi no impulso.

-Você é muito burro, cara. – Falei nervoso. – É só isso que digo. Eu já não posso fazer mais nada.

Só talvez porque Kai acabara de perder qualquer razão naquela história.

Eu estava tendo um deja vú e não era um dos bons.

-Eu não sei o que fazer, SeHun. Ele não disse nada quando eu o beijei. Apenas... Entrou no prédio dele e fim. Agora ele não responde minhas mensagens. – Ele parecia uma criança desesperada. – O que eu faço?

-Senta e espera. Você não é assim, Jong In. Vai, desembucha logo. – Falei o vendo respirar fundo do outro lado da linha.

-Eu não sei. – Sua voz parecia agora cansada. – Quando você e LuHan nos apresentaram eu até que o achei bonitinho e tals. E pensei comigo mesmo que poderia me aproveitar e dar uns beijinhos. Até aquela noite que ele me ignorou completamente. Foi aí que aconteceu tudo.

Eu como eu estava pensando: ele já estava apaixonado por Baek Hyun.

Eu conhecia meu amigo o suficiente para saber que ele não era daquela forma. Que não se importava com nada além de seu amiguinho dos países baixos.

Baek Hyun conseguiu se tornar alguém um pouco mais importante que o pênis de Kim Jong In.

-E por que eu só estou sabendo disso agora? – Perguntei ouvindo alguns resmungos de LuHan e ri com a careta que ele fez quando tentou me encontrar na cama.

-Sei lá cara, eu sempre disse que não queria me envolver. Meu orgulho falou mais alto.

-A única coisa que eu posso desejar a você é sorte, espero que tenha o mesmo final que eu tive com LuHan. – Fui sincero. Porque aquela história era muito parecida. Quase igual na verdade.

-Não entendi, Oh SeHun me explic-

-Depois a gente se fala, Jong In. LuHan está acordando. – O interrompi porque não queria ter de explicar o que eu sabia, mas não podia interferir.

Voltei para a cama me colocando debaixo do lenço junto com LuHan que pela primeira vez naquela manhã abriu os olhos. Suas pupilas contraíram por conta da luz e caíram sobre mim.

Logo depois veio ele, aquele sorriso sapeca de quem estava aliviado por não estar sonhando.

-Bom dia, loirinho. – Puxei seu corpo para mais perto e senti seu calor sobre mim. – Dormiu bem?

-Com certeza, estava contigo. – Sua voz ainda grossa por conta do sono me fez rir. – Mas escutei sua voz. O que aconteceu?

-Jong In beijou com Baek Hyun. Está doido atrás do seu amigo. – Contei sem rodeios para o ômega que me olhou preocupado. – Nem precisa fazer essa cara. Jong In também pisou na bola. Fez uma aposta com Chan Yeol sobre transar com Baek Hyun.

Sua expressão de preocupação logo se tornou de raiva e sabia que Kai estaria ferrado.

-Como ele pôde! – LuHan realmente estava enfurecido. Não era para menos. – Eu estava pensando em contar para Kai sobre a matéria e ele faz isso! Baek Hyun não tem emocional para isso! Sabe o que vai acontecer se ele souber? Se ele souber que eu sabia?

E lá iríamos nós...

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Mesmo com todas as situações que rodeavam SeHun e LuHan ambos haviam aprendido algo juntos:

Nunca faça uma aposta.

Nunca minta por um trabalho.

Porque se algo não pode ser previsto era que um amor pode surgir de uma mentira e depois que ela é dita, jamais poderá voltar atrás.

E as consequências serão diversas.

LuHan e SeHun sabiam muito bem o que era cair na própria mentira.

Baek Hyun e Kai também iriam saber.

E o que todos na vida acabam aprendendo um dia é:

Qualquer que seja seu intuito, fale a verdade seja ela ruim ou não.

Porque afinal de contas... Você nunca sabe quando vai se apaixonar no meio dessa mentira.

As palavras que eu disse eram uma mentira, quando

eu mandei você sair era mentira (uma mentira, uma mentira)

As palavras que eu disse eram uma mentira

Por favor, não vá, é tudo uma mentira (são mentiras)

-B1A4

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