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História Como se fosse verdade - O mundo é pequeno afinal


Escrita por: ViihLucia

Notas do Autor


Volteiiiiiii!!!
Depois de Telefone Removido anos, brincadeira
Estou aqui com mais um capitulo escrito com todo meu amor!

Espero que aproveitem e gostem ;)

Beijos beijos :*

Capítulo 6 - O mundo é pequeno afinal


Fanfic / Fanfiction Como se fosse verdade - O mundo é pequeno afinal

Anos atrás...

 

ROAN: - Bom dia doutora Griffin! Vejo que está se adaptando bem ao hospital... (ele disse ao ver uma pilha de livros acompanhados por uma bandeja vazia).

CLARKE: - Oh! Me desculpe, eu não sabia que...

ROAN: - Não, não você entendeu errado. Fico feliz em saber que está sentindo-se a vontade aqui. Significa que você decidiu ficar?

CLARKE: - Ainda não.

A loira baixou a cabeça envergonhada,

ROAN: - Se eu te convidar para me auxiliar em um transplante de coração?

CLARKE: - Jura? Ei você é neurocirurgião!

ROAN: - É verdade, mas gostaria muito que você fosse a cardiologista daqui.

CLARKE: - Estou pensando com carinho, mas quem lhe disse que eu quero ser da cardio? Eu ainda não sei em que me especializar.

ROAN: - Vai ser cardio.

CLARKE: - Pensei que fosse médico e não mediun doutor Azgeda.

ROAN: - Até mais doutora!

***

RAVEN: - Então ela decidiu ficar? (disse eufórica)

OCTAVIA: - Sim ela vai ficar. Dá para acreditar nisso? Ela vai assinar o contrato com o corretor hoje à noite! (sorriu para a amiga que estava sentada ao seu lado).

RAVEN: - Não dá. Parece que finalmente as coisas estão indo bem...

OCTAVIA: - Hum... essas coisas? Ou melhor, Murphy e você?

RAVEN: - Vamos ter um encontro essa noite, na minha casa.

OCTAVIA: - O QUE? (Engasgou-se com o café).

RAVEN; - Fala baixo garota!

OCTAVIA: - É namoro então? Eu não posso acreditar, depois de tantos anos... O que exatamente você ofereceu em troca desse enorme sacrifício?

RAVEN: - Cala a boca!

As duas riram quando perceberam que o casal da mesa ao lado havia ouvido uma pequena parte da conversa, e era o suficiente é claro para especulações.

***

A emergência do hospital estava relativamente tranquila. Não havia muitas chegadas e destas nenhuma ainda parecia ser caso de cirurgia. Clarke estava em pé ao balcão revisando alguns prontuários quando ouviu o som da ambulância se aproximar. Colocou luvas e saiu em direção a entrada, uma moça inconsciente com um corte profundo na testa.

PARAMÉDICO: - Caiu no supermercado, parece que pisou em uma lata e acertou a cabeça no freezer.

CLARKE: - Sala de trauma, por favor. Preciso do Doutor Azgeda aqui Elena.

***

Roan encarava o exame a sua frente com tristeza no olhar quando Clarke entrou em sua sala fazendo com que sua atenção fosse desviada para a criança que ela segura nos braços.

ROAN: - Não acredito que optou por pediatria! (Disse sorrindo)

CLARKE: - Não, mas qual é chefe eu poderia. (Brincou com os cachos da garotinha que trazia nos braços)

ROAN: - Poderia fazer qualquer coisa senhorita Griffin.

CLARKE: - É filha da moça que deu entrada na emergência, e por falar nisso como ela está? Acho que essa princesa quer ver a mãe, devo confessar que estou apaixonada, ela é tão meiga.

Roan encarou novamente as folhas de papel em sua mesa, e suspirou antes de levantar e acompanhar Clarke até o corredor.

ROAN: - Acho que essa princesa pode ficar com a Ana na creche do hospital enquanto conversamos sobre isso.

Clarke ao perceber o tom na voz de Roan logo entendeu que as notícias não seriam das melhores. Foi até a sala de Ana e deixou a criança sob seus cuidados.

Quando chegou a sala de recuperação Roan já estava a esperando sentado.

CLARKE: - Ainda não acordou? (Olhou para a moça deitada na cama)

ROAN: - Não deve se preocupar com isso, ela vai acordar logo. O Problema é o que eu encontrei nos exames. (Entregou para Clarke os resultados)

Após descobrir do que se tratava Clarke olhou para Roan com pesar.

CLARKE: - Ela nem deve ter 21 anos...

ROAN: - Essa é a boa notícia, apesar de crescer mais rápido se ela começar com os tratamentos imediatamente pode viver por muito tempo.

***

Durante o almoço Octavia decidiu ligar para Clarke, já que ela estava finalmente com um dia de folga de todo o estresse da faculdade queria aproveita com um passeio divertido durante aquela tarde de verão.

CLARKE: - Alo, oi Octavia aconteceu algo?

OCTAVIA: - Boa tarde pra você também! Sim aconteceu, você não estava livre esta tarde?

CLARKE: - Correto, estava. Mas não estou mais.

OCTAVIA: - Posso ao menos saber o que aconteceu? Algum caso grande no hospital que precise exclusivamente de seu cérebro brilhante?

CLARKE: - Engraçadinha. Sim surgiu um caso, mas Não para mim. Doutor Azgeda já está cuidando de tudo.

OCTAVIA: - Ah sim... o doutor gatão.

CLARKE: - Para com isso O!

OCTAVIA: - Ah Clarke vai dizer que nunca pensou isso?

CLARKE: - Ele é meu chefe!

OCTAVIA: - Isso só ajuda a melhorar a situação.

CLARKE: - Sua pervertida, eu vou desligar, preciso trabalhar.

Após desligar Clarke decidiu visitar novamente a jovem paciente, quem sabe ela já estivesse acordada.

***

CLARKE: - Olá, boa tarde. Como está se sentindo? (Perguntou entrando na sala com seu melhor sorriso)

PACIENTE: - Estou bem eu acho, só muita dor de cabeça. Gostaria de ver minha filha, a enfermeira disse que iria busca-la, estou esperando.

CLARKE: - Bom isto é normal, e quanto a sua filha acho que deve estar almoçando por isso a demora.

PACIENTE: - Puxa, isso é estranho, eu estava no supermercado fazendo compras e acordo em um leito de hospital. (Sorriu com esforço)

CLARKE: - Sim deve ser estranho. (Retribuiu com outro sorriso)

Apesar de saber muito bem sobre como deveria ser a conduta de uma futura cirurgiã com um paciente, Clarke resolveu burlar só esta vez uma regra. Havia pensado a manhã toda em como ficaria a vida da moça, ou o que restava dela.

CLARKE: - O doutor Azgeda já lhe visitou?

PACIENTE: - Ainda não, foi ele que fez a cirurgia? Eu não faço a menor ideia de como pagar por isso.

CLARKE: - Não deve se preocupar com isto agora.

PACIENTE: - Acredite, seria a menor das minhas preocupações.

CLARKE: - Posso lhe garantir que sua filha está bem, eu mesma a deixei sob os cuidados da enfermeira da creche, e ela é ótima com crianças.

PACIENTE: - Não é isso... eu estava comprando tudo que ainda podia com o que sobrou do meu salário, estou prestes a ser despejada da vila onde moro, minha mãe não atende mais minhas ligações e o pai da minha filha simplesmente sumiu do mapa.

Clarke tentou de todas as formas se mostrar imparcial as situações colocadas pela paciente. E acabou conseguindo.

PACIENTE: - O que eu estou fazendo? Injetaram algum tipo de soro da verdade em mim? (Limpou as lágrimas que caíam em seu rosto)

CLARKE: - Não querida...me desculpe. (Bom, parece que Clarke já estava longe dos limites das relações entre Médico e Paciente)

Se aproximou um pouco mais da cama e quando iria segurar nas mãos da moça Roan chegou.

ROAN: - Boa tarde, doutora Griffin, senhorita?

PACIENTE: - Luna. Luna Barkley.

ROAN: - Ok. Luna posso conversar um pouco com você?

CLARKE: - Com licença. (Ela ia em direção a porta quando Roan a chamou)

ROAN: - Fique doutora Griffin.  

E Clarke ficou. Sabia que algo havia incomodado Roan.

ROAN: - Você teve uma leve lesão, foi uma cirurgia simples, apenas retiramos alguns coágulos de sangue. Não tivemos nenhum tipo de complicação, fizemos em menos de uma hora, não precisamos nem mesmo de cortes, foi tudo feito por veio nasal. Você consegue entender isso?

LUNA: - Acho que sim, mais ou menos talvez. Mas acho que isso não é tudo...

ROAN: - Infelizmente encontramos alguns tumores em seu cérebro. Precisamos de uma cirurgia bem maior e antes disso ainda temos que tratar dos pequenos nódulos que estão surgindo em torno deles.

Luna congelou cada vez mais enquanto cada palavra saia da boca de Roan. Suas mãos agora estavam geladas, ela baixou a cabeça e em seguida levantou e olhou para Clarke, as lágrimas começaram a cair como uma torneira aberta.

E quando os soluços começavam a dominar Luna a enfermeira chegou trazendo sua filha. Clarke ao perceber que a paciente não tinha condições nem mesmo de segurar a filha pegou a menina no colo e saiu da sala.

***

Depois de passear com a menina pela recepção e jardins do hospital ela decidiu retornar ao quarto de Luna o mais breve possível. Naquele momento ela soube que sua carreira estaria por um fio, mas também sabia que ela podia e devia ajudar.

***

No final da tarde Clarke foi até a administração do hospital e em seguida foi para casa.

Já era noite quando ela estacionou na frente da casa antes de colocar os pés na varanda Octavia a recebeu com gritos de animação.

CLARKE: - Shiiiu. Fica quieta garota, o que deu em você? (Deixou sua mochila cair ao chão)

OCTAVIA: - Ah vai se anima, você acabou de comprar sua primeira casa! (Ela estava eufórica)

CLARKE: - Sua mãe e você se importariam se eu aproveitasse um pouco mais da estadia?

Octavia fitou o rosto de Clarke e ficou confusa com a pergunta, não entendia direito o que a pergunta realmente significava. Clarke havia economizado tudo o que podia para poder dar entrada na casa que ela tanto queria, o que poderia ter acontecido para que ela desistisse assim depois de tanto esforço?

***

Dias atuais...

Clarke se permitiu libertar cada lágrima que estava presa em seus olhos. Os últimos minutos haviam sido devastadores para ela.

Aos poucos foi se acalmando e quando os soluços finalmente pararam ela tirou as mãos do rosto e viu que alguém a observava de longe e estava se aproximando.

Roan abaixou-se e abraçou Clarke passando as mãos nas costas da loira tentando acalma-la.

ROAN: - Estou aqui, pode chorar...

***

A casa de Clarke pareceu bem menor quando todos os amigos e alguns vizinhos se reuniram para esperar pela loira. Todos estavam abatidos e apesar do calmo som da noite em uma pequena cidade sabiam que logo mais a tempestade chegaria.

Quando o carro de Clarke estacionou frente à casa Octavia foi a primeira a se aproximar e logo percebeu que tratava-se de Alice dirigindo enquanto Abby Griffin estava no banco carona.

OCTAVIA: - Onde ela está?

ABBY: - Está vindo com Roan, precisamos organizar logo algumas coisas. Onde está a garota?

OCTAVIA: - Dormindo na casa da senhora Greice.

Elas entraram na casa em silencio, e assim permaneceram. Aos poucos algumas pessoas chegavam perguntavam por Clarke e logo saiam, a vizinhança imediatamente se solidarizou com a perda e queriam de alguma forma ajudar.

Depois de quase duas horas finalmente Roan chegou trazendo Clarke. Ela estava pálida, com olhos vermelhos e o rosto inchado, foi direto para seu quarto, precisava trocar de roupa e também de um tempo sozinha.

***

Gina fingiu não estar se sentindo bem, e pediu para que Bellamy logo a levasse para casa.

BELLAMY: - Sim, claro. A conta por favor. – chamou o garçom e logo que pagou, levantaram-se da mesa e saíram do restaurante.

Eles entraram no carro e durante todo o percurso não trocaram nenhuma palavra. Gina percebeu que ele havia ficado abalado com a saída do grupo de amigos e sabia que algo estava o incomodando.

Ao chegar na casa de Gina ele tirou o cinto de estava prestes a descer do carro para abrir a porta para ela, mas antes disto Gina segurou o braço de Bellamy o impedindo.

GINA: - Não precisa, já estou melhor posso descer sozinha xerife.

BELLAMY: - Que divertida você é.

GINA: - Só quis melhorar seu humor.

BELLAMY: - Eu sei...obrigada.

Ainda assim o olhar de Bellamy parecia distante e ele não conseguia disfarçar.

GINA: - Acho que eles foram para a casa da doutora Griffin.

BELLAMY: - Eles?

GINA: - Sua irmã e os amigos. Ouvi que Luna morreu, ela é bem próxima da doutora Griffin, era... trabalhou na farmácia até um pouco antes de mim.

Bellamy continuou a encarou a rua, levou alguns segundos até falar novamente.

BELLAMY: - Onde é a casa?

Gina explicou com detalhes o local e em todos esses momentos a única coisa que pairava sob seus pensamentos era se sua irmã o deixaria se aproximar dela e de Clarke.

BELLAMY: - Eu te devo mil desculpas por essa noite e eu prometo que vou te compensar.

GINA: - Eu sei que vai. – ela depositou um rápido beijo nos lábios do moreno e logo foi correspondida.

***

Abby quis respirar um pouco do ar fresco que corria na varanda da casa de Clarke. Ela sabia que a filha estava se esforçando para não parecer tão abalada, mas sabia que no fundo ela fazia isto apenas para não preocupar ainda mais os amigos.

Bellamy notou rapidamente qual seria a casa de Clarke. Saiu do carro e caminhou pela calçada com o coração palpitando, iria ver sua irmã novamente, desta vez sabia o que esperar já que nem para o enterro de sua mãe ele veio. Contudo sentia um enorme aperto no peito em pensar que deixou sua irmã passar por aquilo sozinha, mas também lembrou-se de que provavelmente os amigos estavam com ela, e por isso sentiu que era seu dever retribuir o que eles fizeram por ela, e ele começaria com Clarke.

Ao se aproximar da varanda da casa viu que havia uma mulher com o celular na mão, e quando ela levantou a cabeça para vê-lo foi como se o sangue em suas veias se transformasse em gelo.

ABBY: - Olá, é amigo de Clarke?

O moreno não conseguia dizer nada, e nem mesmo pôde tentar pois antes de pensar em algo para falar sua irmã sai de dentro da casa e o fitou com ódio no olhar.

OCTAVIA: - O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? ESTÁ NOS SEGUINDO? VÁ EMBORA DAQUI SEU IDIOTA, SABE QUE NÃO É BEM-VINDO, VOLTA PRO LUGAR DE ONDE VOCÊ SAIU.

ABBY: - Octavia não grite! Vai atrair a atenção de toda a rua! Eu pensei que ele fosse amigo de vocês.

OCTAVIA: - Ele é qualquer coisa longe das características de um amigo.

ABBY: - Entra Octavia, entra agora e se acalme por favor. E você, por gentileza vá embora.

E Bellamy foi, suas pernas pareciam gelatina e ele desejou profundamente que o carro estivesse mais próximo, quando o alcançou se jogou no banco e virou a chave, mas antes de sair do lugar perguntou-se porque em um mundo tão grande justamente naquela pequena cidade ele teve que encontrar a esposa do homem cuja a morte foi culpa sua.


Notas Finais


Obrigada por acompanhar a estória!
sinta-se a vontade para comentar,
Até breve :*


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