Jeongguk estava sentado no tapete da sala com Jaemin em seu colo, ambos cercados por almofadas fofas e alguns travesseiros. Os brinquedos da criança estavam espalhados por todo o cômodo, mas nenhum dos dois parecia se preocupar em arrumar toda aquela bagunça – levariam uma enorme bronca de Tae quando este chegasse em casa, mas no momento a preguiça era maior. O rapaz moreno brincava com o filho enquanto fazia caretas e vozes engraçadas, provocando enormes crises de risada no bebê. Jaemin berrava daquele jeitinho rouco e esganiçado e batia palminhas animadas, parecendo achar graça nos gestos do pai.
O menino abria um sorriso grande e banguela – ou quase banguela, já que haviam dois dentinhos crescidos na parte de baixo da gengiva – quando sentia as mãos alheias cutucarem sua barriga gorduchinha e apertarem as dobrinhas. Balançava os bracinhos no ar, rindo ainda mais quando conseguia acertar o rosto desprotegido do pai.
Jeongguk deitou-se no tapete e colocou o filho sentado em sua barriga, logo em seguida alcançando um pano macio para limpar a baba que escorria pela boca aberta de Jaemin. Riu pequeno quando a criança tomou o pano de suas mãos e jogou-o para bem longe, como se dissesse que não gostava do pai esfregando aquilo em seu rosto a cada dois minutos.
– Ei, meu amor. – o rapaz de cabelos negros pediu, tentando chamar a atenção do menino. Jaemin era uma criança elétrica e gostava muito de observar tudo à sua volta, portanto, não era tão fácil assim fazê-lo prestar atenção em alguma coisa por mais de alguns segundos. – Olhe para mim e repete comigo, hm. Papai. Pa-pai.
Jaemin, entretanto, parecia não dar a mínima pro esforço do pai. Fazia ruídos estranhos com a boca e balançava o chocalho com animação, adorando o barulhão que aquele brinquedo fazia. Remexeu-se tanto no colo do pai que o homem foi obrigado a colocá-lo no tapete, observando o filho engatinhar até pegar uma bola grande e colorida e apertá-la num sufocante abraço.
– Jaemin, olha pro papai. – Jeongguk chamou-o novamente. – Repete, filho. Pa-pai.
A bola parecia estar ganhando aquele round. A criança sequer se deu o trabalho de olhar para o pai, não quando a bola colorida escapou de suas mãos e rolou para perto do sofá. Pôs-se a engatinhar novamente até alcançar o brinquedo, tentando colocá-lo na boca e parecendo frustrar-se ao perceber que não conseguiria mordê-lo.
– Bola. Bo-la. – o pai falou, apelando por outro caminho. Queria porque queria ajudar o filho com a sua primeira palavra, e não desistiria até conseguir.
Já até podia ver como seria quando Jaemin aprendesse a falar. Seria chamado de papai e com certeza choraria quando este momento chegasse – era um pai super babão, afinal de contas. Faria questão de ensinar um montão de palavras novas ao filho todos os dias, e tinha certeza que o menino seria a criança mais esperta e inteligente do mundo todo. Observou Jaemin brincar com a bola até se cansar da mesma, e então agarrar um urso de pelúcia que estava jogado próximo ao corpinho miúdo.
– Repete comigo, meu amor, repete com o papai. Ur-so!
Suspirou fundo e chegou à conclusão de que aquela não seria uma tarefa tão fácil assim. Jaemin sequer prestava atenção no que o pai dizia; parecia muito entertido com seus brinquedos para escutar o que lhe era dito.
Jeongguk, então, decicindo dar uma pausa naquela aula, ergueu-se do chão e pôs-se a caminhar até a cozinha – pois já era quase hora do almoço e Jaemin precisava se alimentar. Riu pequeno ao ver o filho colocando a orelha do urso de pelúcia na boca, tentando mordê-la com seus dois dentinhos. E por estar com os olhos presos no menino, o rapaz acabou não percebendo que andava em direção à cômoda, e não deu em outra. Bateu o dedo mindinho do pé na quina do móvel, e na mesma hora sentiu aquele arrepio horrível passando por todo o corpo enquanto a dor insuportável o dominava.
– Merda! – exclamou, dando pulinhos em um pé só enquanto sentia o dedo latejando. – Merda! – sentou-se no chão e ficou imóvel por alguns segundos, implorando mentalmente para que aquela dor passasse logo. – Merda.
Jaemin, que observava todo o desenrolar da cena, deu um enorme sorriso e balançou os bracinhos para cima. – Meda!
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