1. Spirit Fanfics >
  2. Como tudo começou - para Vegeta >
  3. Sobre o aniversário da princesa

História Como tudo começou - para Vegeta - Sobre o aniversário da princesa


Escrita por: ksnrs

Notas do Autor


DBZ não me pertence e seus personagens também não.
O intuito dessa fanfic é totalmente interativo e sem fins lucrativos.
Por isso, não me processem, por favor. Não tenho como pagar uma fiança e da cadeia não dá pra postar.


Amores

Já estou seguindo o Super.
Pra quem viu, logo no início, tem o aniversário da Bulminha. Não vou falar muito sobre o que acontece lá, aqui nesse textinho introdutório. O que eu quero informar é, esse aniversário é o plano de fundo dos desenrolares principais do Super até agora.
Então, vai dar a impressão de que um monte de capítulo vai ser sobre essa festa. Não é que eu tô me alongando, não entendam errado. É, simplesmente, porque muuuuuuuuuuita coisa boa acontece nela. Coisa boa e coisa importante.

Enfim... começa aqui. Sempre eu sigo pelo anime. Lá, o Gegê não vai na festa. Aqui, eu dou uma explicação do porquê. Uma explicação linda, fofa e maravilhosa!

Bulma larga mão de ser boba! Fica aí fazendo graça com esse homem que ele vai embora, viu? E se tiver sobrando, manda ele pra galera que a gente quer!

Boa leitura!

Capítulo 88 - Sobre o aniversário da princesa


Bom demais acordar assim. Um monte de beijo e o cheiro da terráquea grudado em tudo, nas roupas, na pele, no ar...

Vegeta abriu os olhos pra ver os dois azuis, animadíssimos, o olhando.

- Hoje eu acordei primeiro! – tava feliz só por isso. Era a mais maluca mesmo. Já abriu o sorrisão tão raro de sayajin, que ela era uma das únicas a ter acesso irrestrito.

- E teve que me acordar? Eu tava tão bem aqui, sonhando... – fez fita pra ela, que nem ligou. Continuou atormentando, beijando, fazendo cócega. Era raro quando Bulma acordava primeiro. Tinha que aproveitar a oportunidade.

- Tava sonhando, é, sayajin? Sonhando comigo? Mas eu tô aqui! Olha eu aqui! – e pulava na cama, como Trunks fazia. E o pior é que era verdade mesmo. Vegeta tava sonhando mesmo com ela. Sempre sonhava com ela. Nem sempre era bom, as vezes eram pesadelos, onde ela morria ou o abandonava. Mas desde que foi morar nessa casa, quase todas as noites, Bulma invadia seu sono. Do mesmo jeito que fez com a sua vida acordado.

Rindo da loucura dela, ele levantou o tronco só pra conseguir pegá-la pelas pernas. Trouxe pro seu lado, quietinha.

- Por que você tá tão animada, logo cedo? – perguntou, já com segundas intenções.

- Por tudo! Porque eu te amo! Porque o nosso filho é lindo e perfeito! Porque nós dois estamos juntos! Porque eu ainda tô viva pra comemorar mais um aniversário! Porque a minha vida é a melhor de todas! – listou os motivos, se jogando no ombro forte que se abriu pra ela deitar nele.

Eram bons motivos pra estar feliz. Eram excelentes motivos pra levantar tão animada. Vegeta entendeu isso. Abraçou-a, com o braço em que ela se apoiou e ficou olhando pro teto. Por fim, falou:

- Tá chegando, não tá? – e viu os olhos confusos de Bulma, de quem não tinha entendido a pergunta. – O seu aniversário? – Ele ainda não entendia essa obsessão por comemorar um dia específico do ano só por ter nascido. Era uma coisa que não precisava de festa. Só o fato de continuar vivo era motivo o bastante para comemorar. Mas era a Bulma. Uma pessoa que fez festa de aniversário pro mundo. Lógico que ela gostava dessas bagunças todas.

- Tá! – respondeu com os olhos brilhantes. – E eu já pensei em tudo. Esse ano eu quero uma coisa diferente. Chega de festão, em salão, ficar trancada em um lugar só... – devaneava, olhando pro teto.

Vegeta até se animou. Odiava essas festas que ela inventava. Quando ouviu essas palavras saindo da boca de Bulma, ficou tão empolgado que quis incentivar ela a desistir mesmo disso.

- Acho uma excelente ideia! Vamos ficar só nós dois! O que você acha? A gente pode até ir pra algum lugar... – tava se sentindo meio mal por tê-la deixado sozinha no resort. – Vamos? Só eu e você?

O sorriso dele era matador. Aquele peito descoberto, ali. Bulma o olhou, se arrependendo demais dos planos que já tinha feito. Era a primeira vez que saíam essas palavras da boca de Vegeta. Ele querer sair, ele querer ficar em algum lugar. Comemorar só os dois era, realmente, uma excelente ideia. Bulma fez uma nota mental: precisava, urgente, começar a fazer uso de remédios antiansiolíticos. Porque, infelizmente, quando Vegeta propôs, ela já tava com a festa planejada. Olhou pra ele com a carinha mais triste que tinha:

- Nossa, V... é uma ideia excelente essa sua... mas não dá... – foi interrompida por um Vegeta, ainda animado.

- Tá, eu até sei o que você vai falar. É o moleque, não é? Leva ele junto. Nós três. Só nós três, em algum lugar onde a gente possa ficar junto. – agora foi a vez dele devanear, pensando. – Mas em quartos separados! – riu, olhando pra ela.

O coração de Bulma era do tamanho de uma migalha de pão. Talvez menor. Encarou aqueles olhos negros sorridentes, que só ficaram assim por mais alguns segundos, quando perceberam que os dela não se animaram com a proposta.

- Você já organizou tudo, não é? – Vegeta perguntou, com a voz baixa, mas firme, olhando pra Bulma com o resto do sorriso sumindo aos poucos. Ela nem respondeu, mas o silêncio foi a resposta que ele precisava. Olhou pro teto, pensando em tudo o que tinha dito até agora. – Claro que você já organizou tudo. – terminou sem emoção nenhuma.

Bulma ficou um pouco angustiada. Era a primeira vez que Vegeta se mostrava disposto a fazer alguma coisa. Na verdade, era a primeira vez que ele propunha fazer alguma coisa que não envolvesse luta. Ela não sabia se era culpa por não ter ficado no resort, mas duvidou que fosse isso. Parecia mais genuíno. Parecia que ele realmente estava a fim de passar o aiversário dela, uma data que ele nem achava importante, com a família. Ela e o filho. Geralmente, era um custo tirá-lo da sala de treino. E, dessa vez, ele estava ali, querendo um passeio. Férias. Os três. Já se remexeu na cama, ficando sobre os braços, pra procurar os olhos dele, que fitavam o teto, mas que enxergavam mais longe.

- A gente vai depois, amor. Nós três, como você tá dizendo. Assim que terminar a festa, a gente sai pra algum lugar. O que você acha? – perguntou, tentando parecer animada. Uma proposta de merda. Ela sabia que ele não aceitaria. Orgulhoso como era, nunca aceitaria ser a segunda opção.

Vegeta deu um riso seco. Ali, olhando pro nada, já tinha começado a pensar besteira. Já tinha passado do ponto da cabeça normal, tranquila e tinha chegado naquele estágio onde escuta o que quer e imagina o que quer. Já tava se sentindo o mais idiota dos homens de ter se exposto daquela maneira. De, praticamente, ter implorado, pra ficar com ela e com o filho. Um imbecil, com o orgulho ferido. E as palavras de Bulma, só pioraram essa situação.

- Não precisa. O que você planejou, afinal? – quis saber o que era mais importante do que estar com ele.

Agora, Bulma achou os planos dela uma verdadeira droga. Enquanto esteve no resort, tinha feito todos os arranjos e tinha achado a coisa mais incrível de todas. Nesse momento, só queria ter a chance de cancelar tudo. Nota mental: ansiolíticos já. Tinha até pago pelas coisas.

- Um cruzeiro. – falou, se sentando sobre as pernas e desviando o olhar do dele.

Vegeta ficou confuso. Um cruzeiro? Como aquele do barco que viram, enquanto esteve lá?

- Isso porque você disse que não queria um festão. – falou, sarcástico.

Bulma se sentia cada vez mais mal. Trocaria, sem dúvida, todo o planejamento complexo dela, pelo plano simples dele. Mas não dava. Simplesmente, não dava. Não era só o cruzeiro.

- É. Uma droga de um cruzeiro, com um bingo. Eu já até aluguei o barco e comprei os prêmios que eu vou sortear. Um avião e uma ilha. – falava isso até envergonhada.

Deitado ali, Vegeta pensava como eles podiam ser tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo. Bulma e ele tinham a mesma mania de grandeza, a mesma arrogância, o mesmo pensamento superior. Mas ela agia assim com coisas e ele com pessoas. Por isso que, sozinhos, se davam tão bem. Quando entrava mais gente na equação, a coisa desandava.

- Vai ser uma festa interessante. Aqueles vermes vão se estapear pelas coisas que você vai dar. – ele disse, com um sorriso amargo, fazendo Bulma encará-lo com um pingo de esperança de que tudo se resolvesse.

- Vão, não vão? – perguntou, agitada. – E eu tava pensando, o que você acha de eu reunir as Esferas do Dragão e dar como primeiro prêmio? – Bulma perguntou, com os olhos brilhando. Em outro momento, pediria à ele que reunisse as esferas pra ela. Mas agora, achou melhor se virar sozinha.

O sorriso de Vegeta era amargo. Não era sincero. Não tava feliz com aquilo. Achou um absurdo tudo, absolutamente, tudo. Mas não falou nada. Falaria na hora certa. Na hora que mais doesse. E essa hora tava chegando.

- Acho que aí sim vai dar briga. Melhor você manter em segredo. É o tipo de coisa que não se coloca em prêmio de bingo, mulher. – deu um sorrisinho falso.

Bulma ficou preocupada com a fala dele.

- Como assim? Você acha uma ideia ruim? – perguntou, sincera, querendo uma opinião.

Ele achou tudo, até agora, uma má ideia. Foi se levantando da cama pra se trocar. Mas respondeu, tranquilo, como fez até então.

- Não. Só não divulga qual vai ser o prêmio. Todos eles vão gostar de fazer um pedido pro dragão. Só que se você falar que o prêmio é esse, pode ser que alguém venha te encher o saco. Falar que as esferas não servem pra isso e não sei mais o quê. – terminou ironizando. Pensava no Piccolo, especificamente, com o código de ética e conduta impoluta dos namekuseijins. Nem o Dendê era tão rígido quanto o verdão.

Bulma ouvia as palavras dele, prestando uma atenção rara. Dificilmente, ela se importava tanto assim. Mas, dessa vez, ele tava mais do que certo.

- Você tem toda razão, amor! – concluiu, animada. Então, continuou com uma voz mais maliciosa. – Se você quiser, posso mexer meus pauzinhos pra você ganhar o primeiro prêmio...

- Não precisa. – Vegeta disse, sem olhá-la, se vestindo. Mas Bulma viu o sorrisinho no canto da boca.

- Por quê? Você não quer pedir nada pro Shen Long? – ela se animou toda. Achou que ele não queria, porque já tinha tudo o que desejava.

Era a hora de machucar.

- Porque eu não vou na festa. – e fechou a porta do armário com um baque seco. Olhou pra Bulma com os olhos mais dissimulados de todos, esperando a reação dela.

A mulher ficou olhando aquilo. Repetiu as palavras na cabeça duas vezes. Por fim, não quis acreditar. Achou melhor fazer de conta que era mentira. Impossível ele não ir. Era a princesa dele, claro que iria. Deu um sorrisão. Sayajin mentiroso!

- Então tá! – levantou da cama com um pulo e deu um beijinho rápido no marido.

Vegeta não entendeu bulhufas. Ela não ficou brava? Não gritou? Não fez escândalo? Era melhor garantir.

- Então tá! – falou duro, reforçando as palavras de que não iria, encarando-a com cara de bravo.

Bulma ainda tava no esquema de fazer de conta que ele tava brincando. Ele não se atreveria a fazer uma palhaçada dessas. Aumentou ainda mais o sorriso. Tava até doendo o rosto já, pelo sorriso enorme e forçado.

- Então tá! – poderia ficar nessa de “Então tá!” até amanhã, se ele quisesse.

Mas ele não quis.

- Humpft! – virou as costas e saiu pisando duro.

Sozinha, Bulma se preocupou. Não... ele não seria capaz disso. Iria, ficaria com cara de bosta. Encheria o saco o tempo inteiro. Faria chantagem emocional o resto do ano, até o próximo aniversário. Mas iria. Era sempre difícil convencê-lo a ir, mas ele sempre ia. Nos termos dele, com combinado de saída, arrumando encrenca com os convidados, mas, no fim, sempre tava lá, ao lado dela. Esse ano não seria diferente. Terminou de se arrumar tentando se convencer disso. Afastou 90% de dúvida. Mas ficou com 10% de preocupação.

O bom é que, mesmo depois de todos os problemas que a falta de comunicação já causou pro casal, eles ainda não aprenderam. Bulma nem tentou ir conversar com Vegeta sobre essa história de não ir na festa. Assumiu que era mentira e viveu em uma feliz ilusão o tempo que faltava. Ele, em contrapartida, ao ver que ela não recuava na ideia de fazer a tal da festa, se tornava cada vez mais irredutível. Não iria e ponto final. Bulma nem pensou na hipótese de cancelar e ele não pensou na possibilidade de ir no cruzeiro e viajar com ela depois. Pior: ela comentava sobre os preparativos e ele, se mordendo de raiva, dava altos pitacos, falando sobre o que achava e tudo mais. E no fim, repetia que não ia. E ela, continuava não acreditando. Não aprendem nunca. O casal mais alinhado do mundo.

Agitadíssima, na manhã do aniversário dela, Bulma acordou sozinha na cama. Vegeta de pé, ao seu lado.

- Bom dia, princesa! – a voz doce, os olhos meio malucos. Vestido com roupa de treino.

Bulma julgou que ele ia treinar pra irritá-la até a hora de saírem. Não quis cair na pilha.

- Bom dia, sayajin! – respondeu, se sentando na cama, pra ganhar um beijinho. Ganhou.

- Feliz aniversário, linda! – a cara de maldito ali, louquinho pra rir. Queria ir na festa só pra ver a cara de tacho de Bulma quando visse que ele não ia na festa. (?!)

Ela deu um sorrisão gostoso. Já abriu os braços pra ganhar um abraço quente de sayajin. Ganhou.

- Onde você tá indo? – perguntou, ainda dentro do abraço de Vegeta.

- Pra sala de gravidade, ué? – respondeu, como se fosse óbvio. Era mesmo.

Bulma decidiu que ia entrar na onda.

- Ah, é. Você não vai na minha festa né? Eu tinha esquecido. – falou, rindo pra ele. Linda, meio amassada, ainda quentinha da cama.

Vendo ela ali, com os olhos azuis inchados do sono, o cabelo bagunçado, o cheiro morno de dormir, Vegeta quase fraquejou. Quase. Mas ele era terrível!

- Não. – e se abaixou pra roubar mais um beijinho. – Te vejo quando voltar. Depois, me fala se teve briga pelos prêmios do bingo. – e foi saindo do quarto, rindo alto. Não se conteve.

Sentada entre lençóis e edredons, Bulma olhava aquele homem gostoso saindo do quarto, rindo como um doido. Era um esquisito, mesmo. Até parece que ela ia acreditar nisso... Se levantou, rapidamente. Tinha um monte de coisas pra arranjar e tinha que estar no píer até as 10 h pra poder zarpar com o navio até ao meio dia, no máximo.

Se arrumou bem linda, um vestido azul marinho acinturado, não muito apertado, afinal, o tema era marítimo. Um lenço no pescoço porque agora ela tava com essa moda. Os lencinhos estavam fazendo sua cabeça. Dois brincos pequenos, sandálias leves. Um look mais simples. Era uma festa diferente das que estava acostumada a propor. E, ao se olhar no espelho, se sentiu linda assim. Deixou, como sempre, a roupa de Vegeta sobre a cama. Quando ele fosse se arrumar, já estaria tudo ali. Porque, é claro, ele esperaria ela sair pra ir se aprontar. Ia deixa-la esperando até o último minuto. Riu sozinha. Sayajin maluco... Foi encontrar o mini-sayajin, tão maluco quanto o outro. Esse, era dos dela. Tava pronto, agitadão! A camisa florida que tinham comprado no resort, o óculos de sol na cabeça. Prontinho pra arrasar nesse cruzeiro.

- Vamos, Trunks? A gente tem que ir mais cedo, esperar os convidados. – Bulma perguntou, chamando o filho que esperava com o pai na sala de gravidade.

O menino olhou pra um, depois pra outro. Depois pra um de novo.

- Ué, meu pai não vai? – perguntou, vendo que o pai ainda tava com uniforme de treino e não fez menção de sair dali.

- Não. Seu pai não vai na minha festa de aniversário. – Bulma respondeu rindo, olhando Vegeta rir também.

Trunks não entendeu nada. Não entendeu o pai não ir. Não entendeu a mãe rir disso. E, principalmente, não entendeu como eles ainda não tinham declarado guerra um ao outro. Balançou a cabecinha confusa, abrindo mão de compreender o que se passava entre aqueles dois. Foi pro lado da mãe.

- Cuida de tudo lá, moleque! – Vegeta ainda deu o aviso, antes deles saírem.

Aí, só aí, Bulma se preocupou de verdade. Todas as vezes em que Vegeta havia dito a Trunks que tomasse conta dela era porque ele não estaria presente. Em oito anos, todas as vezes que falou aquilo, que deu a entender que a responsabilidade de cuidar da princesa era do filho, era porque ele mesmo não estaria por perto. Em outras ocasiões, isso se dava pelas lutas, pelas batalhas. Dessa vez, era pela vontade dele. Bulma o olhou com os olhos arregalados. Será possível que era verdade? Será possível que ele não estava brincando? Na porta da sala de gravidade, ela vacilou. Ficou parada, encarando o sayajin que tinha o rosto mais diabólico de todos. Vegeta percebeu que ela tinha entendido. Então, sorriu, vitorioso.

Viu ela ser puxada pelo filho, ainda sem acreditar no que tinha constatado. Não perguntou nada à ele e ele mesmo não viu necessidade de confirmar. Ouviu o som da porta se fechando. Pensou, uma vez ou duas, se era o certo a fazer. Decidiu que era a mais errada de todas as decisões, mas não iria. O que ele queria, apenas dessa vez, era que Bulma tivesse recuado. Tivesse se rendido à estar apenas com ele. Ela mesma tinha admitido o erro no passeio do resort e estava fazendo a mesma coisa de novo. Não, dessa vez, ele não ia se render. Nem aos olhos azuis arregalados, ameaçando chorar que ele viu quando a porta da sala se fechou. Tava cansado de ficar rodeado de insetos quando podia estar só com ela, só com a sua princesa. E faria ela perceber, da pior maneira, que tinha feito a escolha errada, ao continuar com essa ideia absurda de cruzeiro, ao invés de uma viagem só os dois. Fechou os olhos com força, respirou fundo, tentando se livrar da sensação ruim de desagrá-la. Sabia que estava fazendo sua Bulma triste. Mas ele estava triste também. Por mais que parecesse estar satisfeito de ter vencido, o que mais queria, era estar com ela nesse momento. Mas não o faria. Com raiva dela, com raiva de si mesmo, com raiva da situação que os dois se impuseram, ligou as máquinas. Hoje, ia ser um daqueles malditos dias em que ia treinar até sentir o corpo moer sob o cansaço e a exaustão do esforço.

Bulma chegou até onde estava o navio, ainda preocupada.

- Seu pai falou alguma coisa sobre a festa, Trunks? – perguntou ao filho, querendo colher alguma informação que pudesse acalmá-la.

O menino deu de ombros. Tinha abandonado a loucura dos dois há tempos.

- Não. Nem falou nada disso. Só falou sobre a festa quando você chegou lá, me chamando. Mas, pelo jeito, ele não vem mesmo. – respondeu, tranquilo, como se não fosse nada demais.

Ela começou a se descontrolar. Todo o tempo de planejamento, Bulma fez de conta que a possibilidade de Vegeta não vir era irreal. Agora, estava lidando com a quase certeza de que ele não viria. Andava de um lado pro outro, vendo tudo o que tinha planejado especificamente pra ele. As barraquinhas de comida, com as coisas que ele mais gostava de comer. As bebidas, que eram, em sua maioria, os drinks que ele bebia escondido. Até o bingo, caramba, ela tinha dado um jeito de burlar pra que ele ganhasse o prêmio principal! E ele não ia vir... Ia fazer essa desfeita, desse tamanho.

Bulma começou a olhar com ódio pra tudo aquilo. Maldita hora que encontrou o capitão do navio no resort! Se não tivesse visto esse homem, teria chegado em casa apenas com a ideia, não com o plano em execução. Teria ouvido a proposta incrível de Vegeta de ficarem só os dois e teria aceitado na mesma hora! Mas não! Tinha que ter arrumado uma festa desse tamanho em dois dias. Dois dias! Quem organiza um cruzeiro com prêmios insanos desses em dois dias? Só Bulma Briefs mesmo. E agora estava ali, sem poder compartilhar essa “felicidade” com quem mais queria que estivesse ao seu lado. Só que era tarde demais. Os convidados começavam a chegar, animados como sempre. Afinal, o aniversário da Bulma era um evento que não podiam perder! Todos pensavam isso. Menos quem ela mais queria.


Notas Finais


Vou colocando uns CONTINUA... por aqui.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...