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História Como tudo começou - Cooperação


Escrita por: FoCsI_LaDy14

Notas do Autor


Olá!

Passando pra deixar mais um capítulo pra vocês!

Boa leitura!

Capítulo 6 - Cooperação


Fanfic / Fanfiction Como tudo começou - Cooperação

Shion estava sentado às margens do pequeno rio que havia próximo dos arredores do santuário, quando viu seu pequeno pupilo surgir ao seu lado. Olhou para ele, notando sua respiração descompassada e afastou algumas mechas que teimavam em grudar em seu rosto.


— Correndo de novo? O que eu lhe disse sobre isso?


Mu que já estava corado devido ao esforço físico, sentiu o rosto esquentar ainda mais e abaixou a cabeça envergonhado.


— Dicupa, mesti.


— Tudo bem. Eu só me preocupo com você. Sabe que tenho que preservá-lo, já que é meu escolhido.


— Pesevá? Qui é isso? — ergueu um dos pontinhos.


Shion assentiu e bateu com a mão sobre o gramado para que o menor se sentasse ao seu lado e pudesse explicar. O mesmo obedeceu e encostou a cabeça no braço do seu mestre, enquanto prestava atenção.


— Bom… eu quis dizer que tenho que proteger você. Ainda é muito pequeno e não quero vê-lo machucado.


— Num sô! Eu sô gandi. — disse e fez bico.


Shion sorriu e encostou a mão sobre a cabeça do menor, afagando.


— Claro que sim, mas ainda não me disse o porquê de estar correndo por aí.


— É… — olhou para o lado disfarçando, o que aumentou a curiosidade do mais velho.


— O que aconteceu? Sabe que não gosto que me esconda as coisas.


Mu suspirou e assentiu com cabeça. Olhou para os próprios dedos, antes de encarar o mais velho e respirou fundo.


— Tinha um galoto massucado…


Shion ouviu o menor, notando a preocupação dele e o trouxe para seu colo.


— É disso que estou falando, pequeno… você se impressiona fácil. Os garotos que moram aqui são treinados para ser os melhores soldados de Atena.


— Num pessiono… é qui eu num conheço aquele galoto. Palecia dodói… — voltou a abaixar a cabeça — Num quelu massucá pá vilá sodado… 


Shion afagou os cabelos dourados e deu um beijo sobre o topo da cabeça dele.


— Eu sei. Se eu pudesse evitar, eu o faria com toda certeza… enfim, você disse que esse garoto estava machucado… como ele se parecia?


— Num lembo.


— Certo. Eu vou averiguar isso mais tarde. Não precisa se preocupar mais. — disse e continuou afagando as madeixas.


— Tá. Eu tossi essa fôzinha tamém, mai ela mussô… — disse com olhar entristecido ao mostrar para o mais velho.


Shion olhou para a flor e sorriu.


— Estando murcha ou não, o que conta é seu gesto e eu apreciei muito. Obrigado.


Mu sorriu e apertou o abraço.


— Di nada, papai.


— 


Shura e Afrodite se olharam confusos, ainda que o olhar e o tom de voz do mais velho indicasse que o mesmo estava furioso, mas não tinham tanta certeza. Diferente do italiano, os outros dois não tiveram tantos traumas a ponto de achar aquele tipo de atitude normal. 


Já o espevitado, olhava para Saga como se o desafiasse e inclusive dizia coisas das quais o grego também não entendia.


— Que droga! Não consigo entender nada!


— Saga, você tem que ser mais paciente. — disse Aiolos e viu o menor mostrando a língua para os dois. — É...pelo menos tentar. — sorriu sem jeito.


— E você acha que eu não tento? — disse e colocou Milo sobre o sofá com cuidado.


— Ah, tá doeno… — choramingou e Saga olhou para ele.


— Eu sei. Vamos cuidar de você, mas precisa ficar quieto. Ninguém sabe que você está aqui. — disse e foi pegar o kit de primeiros socorros.


— Dicupa. — disse e apertou os olhos.


Aiolos colocou o irmão no chão e olhou para o amigo.


— Eu vou pegar uma roupa limpa do Olia, enquanto você limpa os ferimentos.


— Está bem.


Aiolia olhou para o irmão e puxou a calça dele, chamando a atenção pelo olhar altivo.


— Minha lopa? Nau quelu! — disse e fez bico, cruzando os braços.


— Você não vai ficar sem, Olia. Não se preocupe.


— Mai é minha! 


— É sua, mas quem comprou fui eu, então vá se acostumando. — disse e foi até a porta.


— Nau! — bateu os pés e foi atrás do irmão. — Nau quelu. Eli é tossa! 


— Aiolia, não me faça perder a paciência de novo. Agora fique aqui e se comporte. — disse e saiu, batendo a porta.


O menor apertou os punhos e se virou, olhando para os outros que olhavam para ele.


— qui tá oiano?


Milo virou a cabeça em direção a ele e mostrou a língua. 


— Solão!


Saga olhou para Milo seriamente, enquanto limpava os machucados e balançou a cabeça para os lados.


— Vocês são bebês chorões. Os dois.


— Sato! 


— Uhum. E você, Aiolia… limpe a sujeira que esses três fizeram.


Aiolia se sentiu vitorioso por um momento, mas logo murchou.


— Puquê, eu? Nau fiz nada.


— Porque você entende. Agora junte os papéis e jogue no lixo.


— Doga! — disse e começou a juntar, emburrado.


Não demorou muito para Aiolos aparecer e Aiolia parou o que fazia para olhar a roupa que o maior havia trazido para o outro.


— Pronto. — se aproximou e olhou para Milo — Se sente melhor? Está com fome?


Milo ouviu a palavra “fome” e sentiu a barriga roncar forte. Aiolos sorriu e colocou a muda de roupa ao lado dele.


— Vou preparar um sanduíche bem gostoso. Aliás, vou preparar para todos. — disse e deu um passo, mas foi impedido pelo irmão — Que foi, Olia?


O menor não respondeu e estendeu os bracinhos, vendo o irmão lhe pegar no colo.


— Que foi, ciumento? Fala pra mim.


Aiolia olhou para os lados e cochichou no ouvido dele.


— Nau tossi do ussinho, né? — Aiolos soltou um riso e negou com a cabeça.


— Não, meu leãozinho. Não se preocupe. Agora fique aqui. — disse e o colocou no chão — Vou fazer um sanduíche do jeito que você gosta. 


Aiolia sorriu e assentiu com a cabeça. Voltou o olhar para os três que olhavam para Saga cuidando do outro e continuou recolhendo os papéis para não ouvir outra reclamação.



— Idotas… — balbuciou.


Shura notou que o menor recolhia os papéis sozinho e sentiu-se um tanto culpado por aquilo, já que quem havia feito toda a bagunça foram o pequeno grisalho, o louro e ele. Sem pensar, foi até ele e começou a juntar os pedaços espalhados pela tapeçaria rala que havia estendida entre o sofá e a mesa.


Aiolia olhou de rabo de olho e continuou, soltando um suspiro. Tinha vontade de falar com ele, já que foi o que mais se afeiçoou dos três, mas não havia jeito. Ambos não se entendiam. Continuou catando os últimos pedaços, até que teve uma idéia.


— Ei! Sula!


Shura pegava outro pedaço, quando ouviu a voz de Aiolia lhe chamar. Olhou para ele, apontando pra si mesmo e viu o pequeno assentir.


Aiolia estendeu o pedaço de papel e apontou para o mesmo.


— Papel.


Shura ergueu uma sobrancelha e tentou reproduzir, já entendendo a intenção do menor.


— Popel.


— Nau! Papel. É papel.


— Papal… pa… papel. 


— Obaaaa!! — comemorou e viu Saga olhar para ele.


— Shaga, eie falô papel.


— Eu vi, Olia. Muito bem. Continue ensinando.


Olia estufou o peito e foi até os outros dois, confiante.


— Papel. — disse e estendeu para ambos.


— Papal… 


Olia corou ao ver Angel tentando reproduzir o mesmo que ele, mas logo viu o italiano se meter na frente. Ao ter a testa empurrada, caiu de bumbum no chão e olhou para ele, segurando o choro. 


Angel olhou a cena e deu a volta, parando na frente do maior. O encarou seriamente e depois se agachou, ajudando o outro.


— Desculpe. — disse e o abraçou, surpreendendo por ter falado sua primeira palavra grega.


Aiolia sorriu e se encheu de orgulho, vendo seu irmão voltar com uma bandeja repleta de sanduíches e suco.


— Óia, imão. Ela falô bigadu. Eu sô dimai… Sô um zênio. — disse e viu o irmão sorrir.


— Olia… Já disse que ele não é uma menina. — olhou seriamente.


— Dicupa.


— Está bem, gênio. Agora vá lavar suas mãos pra vir comer. — disse e olhou para os outros, gesticulando — lavar… mãos.


Milo olhou para a bandeja e estendeu a mãozinha até a mesma.


— Quelu! 


Saga olhou para ele e o ajeitou no sofá, buscando o lanche. Alcançou o prato para ele e sentou ao lado para certificar que o pequeno conseguiria comer sozinho. 


Milo pegou o sanduíche com as duas mãos e o abocanhou com vontade. Sentiu um sabor do qual nunca havia provado, até então, e tomou um gole do suco, sem prestar atenção em mais nada a sua volta.


Saga o observou e soltou um pequeno sorriso, tendo convicção de que seu amigo havia feito a coisa certa e que ele estava definitivamente a favor da mesma idéia: Milo era parte do grupo.



Notas Finais


Eu amo essas fofuras. Sério.


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