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História Complicações - Um protetor


Escrita por: sininho664

Notas do Autor


Eu consegui postar a tempoo
Eu nunca escrevi tanto na minha vida.
Espero que gostem.

Capítulo 7 - Um protetor


Fanfic / Fanfiction Complicações - Um protetor

Foi uma surpresa saber que a Rio e o Karma são primos, mas até que eles são parecidos no sentido jeito de agir. Ver os dois “brigando” foi divertido, levantou mais meu astral.

Parece que tudo que o ruivo faz me deixa feliz e me afasta dos meus pensamentos sobre a minha mãe. Conversar com ele tem sido muito bom, e a gente conversa bastante, acho que já posso chamar ele de amigo.

Quando o sinal tocou indicando que era hora do recreio eu começo a andar apressado para me encontrar com a Rio. Combinamos de ver o Billy juntos hoje por que nós vemos ele em dias diferentes, como um casal divorciado que tem que visitar o filho.

-Achei que você não viria. - Finalmente me encontrei com a loira que estava me esperando indignada na frente do teatro.

-E porque não viria? Vamos logo. - Digo apresado empurrado ela para dentro do prédio.

-O Karma vive atrás de você, achei que ele estava te seguindo. - Ela fala como se fosse óbvio.

-Que? Não, ele vive atrás de mim nem me segue. - Digo incrédulo.

-Só você não percebe então. O meu primo nunca foi o tipo de pessoa que fica em cima dos outros para se aproximar. - Nunca?- A própria personalidade dele diz isso Nagisa.

-Verdade… Porque ele quer tanto se aproximar de mim? - Pergunto curioso, é realmente estranho alguém querer ser meu amigo por pura vontade.

-Vai saber… - Rio diz desviando o olhar e andando na minha frente. - Vamos logo ver o Billy antes que acabe o recreio. - Ela claramente mudou de assunto mas vou deixar passar.

Chegamos na orta do quartinho e abrimos com pressa, quando descemos as escadas demos de cara com um cachorrinho todo animado em nos ver. Eu pulo o último degrau e vou em passos rápidos abraça-lo.

-Oi garoto! Sentiu minha falta? - Digo fazendo cafúne na sua cabeça e ele late em reposta.

-Ei! Não esquece da sua outra mãe. - Reviro os olhos com sua fala.

Rio as vezes me provoca por conta da minha aparência, no começo eu odiava e claro, mas depois de um tempo eu passei a não me importar ate porque seus comentários nunca foram com a intenção de me ofender, diferente de outras pessoas.

Do nada Billy começa a latir e fica em posição de defesa, ele estava olhando fixamente para as escadas que davam para a porta.

Olho desesperado para a Rio, tem alguém vindo! A loira tenta pegar o cachorro para esconder ele mas Billy começou a latir, ferrou!

-Escondendo um pulguento na escola? - O intruso falou, pera, eu conheço essa foz de deboche. - Isso vai para a lista de coisas que eu não esperava de você Nagisa.

-Filho da puta! - Rio grita colocando a mão no peito.

-Karma você nos assustou! - Digo dando socos no seu peitoral, nossa que forte…

-Vocês que se assustam muito fácil. - Ele fala sorrindo e pega minhas mãos para parar os socos, que estão mais para soquinhos.

-O que está fazendo aqui, cabelo de menstruação? - Rio pergunta emburrada enquanto puxa a bochecha do ruivo.

-Vi vocês dois entrando aqui. Fiquei curioso. - Parece que a loira estava certa, ele vive me seguindo.

-Já matou a curiosidade, vai embora agora. - Enquanto os dois discutem eu dou comida para o Billy.

-E perdeu a chance de ferrar você? Nem a pau. - Eu não acredito nisso.

-Se você fizer isso vai acabar me ferrando também! - Falo ficando na sua frente.

-Que pena que você está envolvido nisso então. - Ele fala com um sorriso diabólico.

-Seu cretino… - Era só o que me faltava!

-O que você quer para não dedurar a gente? - A loira pergunta com raiva, daqui a pouco ela pula no pescoço dele, se isso acontecer vou virar cúmplice de assassinato.

-De você priminha. - Ele coloca a mão no queixo e começa a pensar. - Eu quero o Queen. - Ele lança um sorriso maldoso para a prima.

-Maldito! Pede outra coisa! - Rio grita de raiva, eu só observo.

-De você eu só quero isso. - Ela rosna de raiva começando a puxar seu cabelo e vai embora, me abandonou mesmo. - Que isso seja um sim. - Karma diz satisfeito.

Beleza, não entendi nada, pelo menos ele não vai pedir nada. Vou até o Billy e pego o potinho de comida e me viro para ir embora.

-Não tão rápido senhor-senhora. - Karma me puxa pelo pulso para ficar na sua frente. - Eu não falei o que eu quero de você. - Ele diz chegando perto do meu rosto o que me assusta um pouco.

-O-o que você quer? - Pergunto com receio. - O “Queen” não é o suficiente?

-Não, não é pequeno. - Sinto minhas bochechas corarem. - De você eu quero duas coisas – Ele fala sorrindo.

-O que é…? - Pergunto me afastando um pouco.

-Tire aquele muro idiota. - Ele fala colocando as mãos no bolso. É isso que ele quer?

-Tudo bem, aquele muro foi estupidez mesmo. - Digo concordando, eu ia tirar aquilo de qualquer forma. - Qual seu outro pedido?

-Falando assim aprece até o gênio da lâmpada. - Ele solta uma risada enquanto eu olho para ele sem paciência. - Quero ler o ser caderno, aquele branco. - Arregalo os olhos com o pedido.

-Não! O que escrevo nele é particular, Karma! - Falo tentando fazer ele mudar de ideia. - Por favor, pede outra coisa.

-Por enquanto eu só estou interessado no caderno, baixinho. - Ele diz cruzando os braços. - Se você não deixar eu ler, você já deve ter uma ideia do que vai acontecer e vai querer que sua amiguinha seja castigada também?

O ruivo está me deixando sem saída. Minha mãe não pode descobrir sobre isso se não vu me encrencar ainda mais. Naquele caderno eu escrevo várias coisas como sonhos, pesadelos, poemas… As vezes eu escrevo o que acontece comigo em forma de histórias Muitas coisas “perturbadoras” estão escritas naquelas páginas.

-Você pode ler, mas não ele todo! - Falo depressa. - Pode ler uma história e eu escolho. - Ele coloca a mão no queixo e suspira.

-Ta bom você venceu. - Eu dou um sorriso com a resposta. - A quanto tempo você estava escondendo o pulguento? - Ele se refere ao Billy.

-Ele tem um nome, Billy. Eu achei ele perto de uma árvore, depois do castigo.

-Então ele deu sorte, se outra pessoa achasse ele quem sabe o que poderia acontecer. - Concordo enquanto dou carinho no animal. - Vamos? Não to afim de me atrasar.

-Okay. Tchau Billy! - Falo abraçando ele.

Saímos do quartinho e fomos em passos apressados para a sala de aula, chegamos a tempo.

-Hoje eu vou estar ocupado então vamos tirar o muro amanhã para eu te ajudar. - Ele fala sentando na sua carteira e eu fico em pé continuando a conversa.

-Achei que você queria que eu tirasse sozinho. - Falo confuso.

-Eu não vou deixar você fazer isso sozinho. Vai que você se machuca fazendo isso. - É um pouco estranho ouvir isso vindo dele.

-Preocupado, karma? - Deixo a pergunta escapar e ele desvia o olhar mas eu inclino a cabeça ate dar para ver ele.

-E não deveria? Com esse corpinho frágil, vai acabar se machucando. - Fico surpreso e deixou um sorriso escapar. Achei que ele ia ser sarcástico ou algo do tipo.

-Eu ainda acho estranho o jeito que você age comigo. - Digo soltando uma risadinha. - Eu jurava que você iria infernizar a minha vida junto com os outros. - Falo com sinceridade.

-Não iria fazer isso com você, Nagisa. - Pelo visto ele também está sendo sincero e isso me deixa muito feliz, não vou mentir.

O professor entrou na sala o que me obrigou a ir para o meu lugar, ficando longe do Karma.

No decorrer das aulas eu repassava as páginas do caderno branco, Karma vai querer ler hoje com certeza, então vou achar logo uma história para ele ler, algo tranquilo, sem personagens com traumas pesados ou romances (morreria de vergonha se ele ler isso).

Já sei! Bem no começo do caderno tem uma história perfeita. Ela é meio melancólica mas não tem nada a ver comigo.

Ela é sobre uma menina do século 19 que nunca teve a chance de ser criança, era solitária e órfã, ela nunca deve a chance de sonhar ou usar a imaginação. Foi assim até conhecer um adulto que via o mundo como uma criança, ele é um escritor que tem imaginação para dar e vender!

Fazer essa história foi tão bom, quando você escreve é quase automático se sentir em paz e é exatamente o que eu senti escrevendo esse conto. Tomara que o ruivo goste.

Depois de um tempo o sinal tocou indicando o fim das aulas. Eu vou andando em direção ao refeitório, até porque é hora do almoço. Mas eu estava tão inerte nós meus pensamentos que não percebi os garotos na minha frente, até um deles me empurrar.

-Ora, ora, ora se não é a menina do dormitório.

O garoto que me empurrou diz e ri sendo seguido pelos seus amigos. Eu tento meu levantar mas sou impedido com outro empurrão.

-Onde pensa que vai? Só queremos trocar umas palavrinhas com você garota. - Ele faz uma voz de deboche e começa a rir em seguida.

-Me deixa em paz! - Digo com raiva e levanto de uma vez tentando empurrar um dos garotos mas eles acabam me segurando.

-Que isso menina. Olha, eu e os rapazes aqui fizemos uma aposta. - Ele começa a falar enquanto os dois garotos seguram meus baços. - Ainda duvidamos se você é um menino, tipo a gente não tem nenhuma prova que isso seja verdade sabe? Então… vamos descobrir agora. - Arregalo os olhos não acreditando no que eles pretendiam fazer.

-Me soltem! - Começo a me debater tentando, inutilmente, escapar dos meninos que me seguravam enquanto era puxado para longe.

-Cala a merda da boca – O “líder” tampa a minha boca com sua mão nojenta, mas eu mordo com todas as minhas forças. - Desgraçado! - Ele diz irritado e levanta sua mão e desfere um tapa em minha bochecha me deixando tonto.

Os garotos me arrastam para um lugar mais afastado e me jogam com brutalidade no chão, de novo eu tento fugir mas o grandão socou meu estômago fazendo eu ficar sem fôlego.

-Por fa-favor… não façam isso. - Suplico já com lágrimas nos olhos.

Eles param de se mover e me encaram com um olhar perverso, insano. Não adianta suplicar, implorar, eles vão continuar de qualquer jeito…

Paro de lutar e viro minha cabeça para o lado já desistindo. Os três se abaixaram e começaram a me tocar.

Nojo. É isso que eu sinto.

-Finalmente parou hein. - O grandão diz enquanto passava sua mão nos botões da minha camisa, começo a chorar em silêncio.

-Que gracinha, olha, ele tá chorando. - Um dos garotos fala e passa a mão na minha bochecha e lambi minhas lágrimas.

-Grrh! Não…. - Suspiro as palavras que são quase inaudíveis.

Dois dos garotos começam a desabotoar minhas roupas, isso está mesmo acontecendo? É um pesadelo, não?

O primeiro termina de desabotoar minha camisa com brutalidade e consigo ver a decepção dos meninos.

-Droga, é mesmo um garoto! - O líder diz batendo no meu peitoral o que me faz chorar ainda mais. Mesmo com a fala dele o menino que tinha me lambido começou a desabotoar minhas calças. - Porque você tá continuando? Ele é um garoto.

-E dai? - Esses caras são nojentos, asquerosos, são monstros!

Monstros, são monstros. Por que sempre encontro monstros? Eu não aguento mais isso! Não aguento!

-Socorro!! - Grito com todas as minhas forças e começo a me debater fazendo os três se assustarem.

-Alguém faz ele parar! - Espero um deles em dar mais um tapa mas no lugar disso eu sinto uma movimentação e com bastante medo abro os olhos, nem me lembro de ter fechado.

Alguém escutou meu pedido de socorro… Me afasto um pouco da briga, os três garotos estavam na frente do meu salvador me impossibilitando de vê-lo.

Eu estava tremendo de medo, não consigo nem me mexer direito. Olho de novo para a confusão temendo que o desconhecido possa ser espancado por esses monstros, mas a situação era justamente o contrário. Os garotos não conseguiam nem se defender dos socos do… ruivo. Era ele, era o Karma. Ele está bem ali me protegendo como se fosse seu dever. Começo a chorar mais ainda de alívio por ser ele quem está me protegendo.

Quando me dei conta todos já estavam no chão se contorcendo de dor enquanto Karma chutava eles para saírem de perto de mim.

-Karma… - Chamo por ele com a voz chorosa e assim que me vê ele vem correndo preocupado ate mim.

-Nagisa! Desculpe não ter chegado a tempo.

Ele agacha e começa a tirar seu blazer para cobrir meu tronco. Eu não aguento mais e abraço com todas as minhas forças o ruivo, que não se incomoda nem um pouco com o abraço. Se ele não tivesse aparecido…

O ruivo senta do meu lado e começa a fazer carinho na minha cabeça.

-Ei pequeno, está tudo bem agora, eu estou aqui. - As palavras de me deixam mais calmo, e seu abraço ajuda ainda mais nisso. - Não precisa mais chorar, tá? - Ele levantou meu rosto e com o polegar limpou minhas lágrimas que as poucos paravam de cair.

Fico calado enquanto recebo um carinho que não recebia a bastante tempo. Eu só quero apagar da minha memória o que aconteceu 5 minutos atrás, só quero esquecer.

-Melhor? - Ele desfaz o abraço deixando eu ver sua feição preocupada, eu encosto minha cabeça de novo no seu peitoral, não quero me separar dele agora.

-Um pouco… Obrigado Karma, se você não tivesse aparecido… - Ele me corta.

-Não pense nisso, okay? - Ele diz passando a mão na minha bochecha. - Que tal a gente ir comer pra esquecer?

Concordo e me afasto sem vontade nenhuma dele, eu me viro e começo a abotoar minhas roupas, só essa ação já me deixa com nojo.

Nós fomos juntos para o refeitório e enquanto andamos pude ver que os meninos do basquete ficaram encarando o Karma para que ele sente com seu time. Tentei convencer o ruivo que eu já estava bem melhor e que ele não precisava sentar comigo mas ele insistiu, então agora estamos sentados com as meninas.

-Oi Nagisa. - Kayano me cumprimenta com um sorriso enorme mas eu apenas aceno com a cabeça, ainda não estou no meu normal.

-O que está fazendo, cabelo de menstruação? - Rio pergunta com raiva.

-Comendo, ficou cega sapata? - Karma rebate sorrindo enquanto a loira faz careta. - Cadê o Queen?

-Queen…? - Ritsu perguntou tão confusa quanto as outras, mas eu também estou, até agora eu não sei o que é isso.

-Tá aqui. Se você quebrar ou arranhar eu te mato! - Ela dá uma caixa para ele que pega com todo cuidado do mundo.

-Não diga merda. Você sabe que eu vou deixar isso acontecer.

-Karma, o que é isso? - Digo chegando perto dele para tentar pegar, mas ele afasta a caixa de mim.

-Amanhã eu te mostro. - Ele diz colocando a caixa em cima de uma cadeira e eu faço a minha carinha de cachorro pidão. - E para de fazer essa cara que eu não vou te mostrar.

-Droga. - Fazer cara fofa é a minha arma secreta.

-Que intimidade toda é essa? - Kayano diz estranhando.

-Você não odiava ele? - Fuwa pergunta.

-Eu julguei ele mal. - Hoje só provou como eu estava errado.

-Que feio, Nagisa. - Karma fala parecendo ofendido.

O resto do almoço foi tranquilo e cheio de conversas. Rio contou um monte de histórias engraçadas dela e do ruivo, eles aprontaram muito!

-Nagisa, eu tenho que ir agora. Meu treino vai começar. - Ele se levanta e pega a caixa. - Tchau senhor-senhora.

-Tchau ruivo! - Digo acenando. Eu não queria me despedir dele assim e sim com um abraço, ele merece todo meu carinho por ter me salvado.

-De inimigo vai para amigo… Vai ter mais evoluções, senhor-senhora? - Fuwa fala me provocando.

-Para Fuwa! Não tem nada a ver isso. E eu sou um menino. - Falo irritado cruzando os braços.

-Fofo, deixa eu te contar uma coisa. - Ritsu fala. - Homens também tem buraco. - Escondo meu rosto de vergonha enquanto as meninas riam de mim.

-Meu Deus garota! - Kayano exclama, mas é ignorada.

-Nagisa. - Rio me chama. - O Karma é bi. Só vai!

-Que?! Mentira!! - Falo incrédulo. - Mesmo que ele seja bi ou gay eu não vou ficar com ele! Somos só amigos. - Digo tentando dar um ponto final na história.

-Parem de empurrar ele para o primo da Nakamura, afinal o Nagisa não é gay… Ou é? - A Kayano me tirou do buraco para jogar em outro!

-Eu não sou gay. - Digo já sem paciência e consigo escutar a menor dar um suspiro de alívio?

-Que pena. - As outras falam juntas.

-Eu vou para o meu quarto! - Falo irritado me levantando da cadeira e escuto d longe as meninas reclamarem.

Essas conversas me deixam muito nervoso, não gosto de falar da minha orientação sexual quando nem eu seu o que eu sou. Hétero, gay, bi, pan, assexual. São muitos termos! Eu realmente não sei, minha cabeça fica uma confusão quando penso isso, então desisto de pensar antes de chegar em uma conclusão.

As vezes eu penso que se eu fosse gay seria por conta da minha mãe e sua criação maluca e traumática. Eu já pareço uma menina, se eu fosse gay já era.

Chego no meu quarto e a primeira coisa que eu faço é soltar o cabelo, fico olhando para o quarto sem saber o que fazer. Vai demorar para o Karma chegar e eu não posso tirar a muralha de Berlim.

Eu tenho que me distrair com alguma coisa se não vou começar a pensar no que aconteceu..

Já sei! Vou assistir alguma coisa, eu ate podeira estudar, mas falta vontade.

-Friends lá vou eu! - Eu amo essa série.

Fiquei tanto tempo assistindo essa série maravilhosa que eu nem vi o tempo passar, só percebi quando a porta do quarto foi aberta.

-Cheguei baixinho. - O ruivo avisa, que pro sinal estava todo suado.

-Oi. - Falo sem tirar meus olhos da tela do meu notebook.

-Oh My Good! - A personagem que eu menos esperava aparece me deixando de boca aberta.

-Conheço essa voz em qualquer lugar. - Karma fala sentando do meu lado. - Sabia! Janice. - Pausei o episódio.

-Saí, você tá todo suado! - Falo empurrando ele, que nem se move do lugar.

-Deixa de ser chato, eu quero ver. - Ele dá play.

-Então toma um banho antes! - Tento empurrar ele mais uma vez e consigo fazer ele sair da cama.

-Tá bom eu vou. - Ele tirou a camisa permitindo eu ver seu tanquinho definido, wow que coisa mais gost… Para Nagisa! - Deixa pausado.

-E-então não demora. - Falo escondendo meu rosto com as mãos.

Enquanto espero pelo ruivo eu começo a brincar com meu cabelo e acabou fazer duas tranças, me olho no espelho que fica na minha mesa e arrumo um pouco minha franja. Eu não vou mentir, é legal fazer esse tipo de coisa.

-Uou, Anna o que faz aqui? - Karma apareceu já vestido me dando um pequeno susto.

-Decide fugir do meu reino para me casar. - Digo entrando na brincadeira e acabou fazendo o outro rir. - Até que você foi rápido. - Falo dando escapo para ele se sentar na cama.

-Você que pediu.

Karma senta do meu lado e começamos a ver o episódio. Na maior parte do tempo a gente ria dos personagens. Estamos vendo a 8° temporada.

-Nagisa, eu quero ler seu caderno agora. - Não disse que ele ia pedir pra ler hoje?

-Tá bom, mas eu não vou parar e nem voltar o episódio. - Aviso e ele concorda, pego meu caderno de dentro da mochila e procuro a história que eu escolhi. - Toma, se você ler outra coisa eu te mato! - Falo cutucando seu peitoral.

-Pelo visto as pessoas tiraram o dia para me ameaçar. Eu prometo que eu não vou ler. - Ele fala erguendo a mão em sinal de promessa e começa a ler.

Continuo vendo a série, mas de vez em quando eu olhava o ruivo lendo, ele é a primeira pessoa que lê uma história minha, então eu fico um pouco nervoso para saber no que ele está pensando. Foi assim até ele acabar a leitura e eu pegar com brutalidade o caderno.

-O que achou? - Perguntei colocando o caderno na frente da minha boca.

-Eu adorei! Você escreve muito bem, deveria postar isso na internet. - Ele fala sorrindo me deixando surpreso.

- E-eu não sei… Já pensei nisso mas nunca tive coragem.

-É sério posta, as pessoas vão gostar. - Concordo com vergonha e ele ri. - Você é muito fofo! - Ele começa a apertar minhas bochechas e eu fico vermelho como um tomate.

-Para Karma!

-Tá bom, parei. Ei, vamos jogar videogame com o Sugino e os outros? - Fico sem entender do porque ele me convidar. - Ele já fez alguma coisa contra você?! - Ele pergunta alterado, quem ele pensa que é? Meu guarda-costas?

-Que? Não, só o Terasaka e seus amigos fazem isso, Sugino é legal.

-Ótimo então vamos. - Ele fecha o notebook e me puxa para sair do quarto.

-Espera Karma! Meu cabelo ainda tá solto. - Falo tentando me soltar.

-Então amarra. - Ele pede e eu desfaço as tranças para amarrar meu cabelo em um coque bagunçado. - Vamos.

Ele volta a me puxar, ate parece que ele tá com medo que eu fuga dele. Nós andamos até ficar na frente de uma porta, deve ser o quarto do Sugino, ate que não é longe do nosso.

-Sério, eu não tô entendendo. - Ele bate na porta e eu fico agoniado desejando nunca ter saído do quarto. - Porque karma?!

-Você não quer ter amigos? Essa é a chance.

-Eu nunca disse isso! - Exclamo.

-E nem precisava. – Eu ia começar a brigar com ele mas a porta foi aberta e por instinto me escondi atrás do Karma.

-Ah, você veio! - Sugino exclama surpreso.

-É eu vim, trouxe um amigo. - Ele vai pro lado e me segura para não fugir, que drogaaa.

-Oi, Nagisa! Entrem, Maehara e Isogai também estão aqui. - Ele avisa, odeio ser tímido nessas horas! Fico parecendo ainda mais com uma garota.

Entramos no quarto e vimos os outros dois jogando um jogo de luta que eu não lembro o nome. Eles param de jogar assim que nos vê e de novo eu me escondo atrás do ruivo.

-Oi gente! Não sabia que o Nagisa viria. - Maehara diz sorrindo, ele estava praticamente jogado em cima do Isogai.

-D-digamos que eu fui puxado pra cá… - Dou uma risada forçada e encarando o ruivo.

-É mesmo vocês são colegas de quarto. - Isogai lembra desse detalhe.

-Já jogou Nagisa? - Karma pergunta me puxando para se sentar perto dele na cama, que mania de ficar me puxando.

-Um pouco. - Eu quero tanto ir embora!

-Vocês chegaram bem a tempo. - Sugino fala oferecendo comida. - Vamos fazer uma competição.

-Então eu vou massacrar vocês. - Karma fala com um sorriso convencido.

-É o que veremos! - Maehara diz mais convencido ainda.

A pequena competição começou e o primeiro a perder foi Isogai para Maehara, Depois Karma jogou contra Sugino e venceu, dizendo ele que foi fácil. O desespero dos meninos quando perderam foi hilário! E finalmente foi a minha vez de jogar com o Meahara, que ganhou facilmente. Já na rodada final quem ficaram para competir foi o Karma e o Maehara. Os meninos torciam para o amigo enquanto eu ficava provocando o ruivo falando que ele não ia ganhar, mas não final o desgraçado ganhou mesmo e que o tempo todo ficava se gabando disso. Ficamos mais um tempo conversando até irmos embora. Já eram 7 da tarde.

-Se arrependeu? - Karma perguntou sorrindo.

-Você sabe que não. Foi divertido. - Digo lembrando dos momentos engraçados.

-De nada. - Ele vai até a minha cama e abre o notebook. Que folgado.

-Obrigado, convencido. - Falo me deitando na cama.

-Agora vamos ver Friends até cansar. - Eu dou uma risada.

-Então a gente vai madrugar. - Aviso ele.

-Por mim tudo bem. - Ele diz sorrindo.


Notas Finais


Mano eu me odeio por fazer o Nagi sofrer tanto kkkkkk
Então foi isso gente. Viram? se eu não tivesse dividido em duas partes seria enormee
qualquer duvida que vcs tiverem ja sabem que podem me perguntar.
Proximo domingo tem mais (vou tentar postar todos os domingos)


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