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História Complicated - Dizendo adeus


Escrita por: MrsA7xLp

Notas do Autor


Oieeee! Cheguei com mais um capítulo. ☺️
Olha só, nem demorei. Kkkkk

Enfim, nada a declarar aqui. Espero que vcs aproveitem o capítulo e tenham uma boa leitura.

Capítulo 59 - Dizendo adeus


Duas semanas depois...

Elisa Zackly

Depois que eu voltei pro meu apartamento, passei dias e noites pensando no que eu ia fazer, que atitudes tomar pra não me arrepender posteriormente. Com essa onda de pensamento, acabei me decidindo que Nova York já deu pra mim. Eu estava farta de tudo o que passei aqui e continuar nessa cidade, é algo que não quero mais... Não tive tempo de conversar com o Levi. Mesmo tendo passado o ano novo com ele e o pessoal, não chegamos a tocar no assunto.

Bem, depois do ano novo, eu resolvi ir passar uma semana lá na casa dos meus pais. Conversei com eles a respeito do que eu iria fazer e eles acharam justo. A única coisa que preocupou eles dois foi como o Levi reagiria a isso. Fui sincera e disse que não sabia. Só esperava que ele pudesse entender e ver que eu preciso me reorganizar.

Após voltar da Califórnia, tirei os dias seguintes para resolver algumas coisas. Fui ao meu trabalho e pedi a minha demissão. Porque até então, eu só estava afastada por causa da minha condição. Contei ao meu superior o porquê de eu estar me desligando da clínica, e bem, ele foi tão legal que acabou me demitindo e colocando como se eu tivesse sido demitida e não que eu pedi. 

Após resolver essa questão do meu trabalho, comecei a procurar um comprador pro meu carro antigo. Sim, eu ainda tinha ele. Embora eu tivesse ganho aquele do meu pai do qual me acidentei, resolvi deixar o meu carro antigo quieto. Até porque, nunca se sabe quando a gente pode precisar. A única coisa da qual eu não ia mexer era no meu apartamento. Talvez eu até alugasse, mas vender não.

Resolvida todas as partes burocráticas, marquei um dia com o pessoal pra falar da minha decisão. Só não chamei o Levi. Pois com ele, eu ia falar a sós... O pessoal ficou bem triste, mas entenderam que infelizmente isso era necessário. Mikasa havia me perguntado se eu já tinha falado com o Levi, eu disse que não. Estava com medo da forma que ele poderia reagir. E querendo ou não, eu sentia que ele não ia reagir muito bem. Porém, quero estar enganada quanto a isso.

***

Estava deitada em minha cama, criando coragem para ligar pro Levi. Olhei as horas em meu celular e constatei que era sete e meia da noite. Provavelmente ele já estivesse em casa. Respirei fundo umas duas vezes e depois digitei o número dele e esperei que ele atendesse.

-Elisa? -Levi falou assim que atendeu.

-Oi, Levi. Está ocupado?

-Não. Por quê?

-Já faz um tempo que a gente não se fala e eu estou te devendo uma conversa. Será que eu posso ir aí?

-Claro. Pode vir sim.

-Ok. Daqui a pouco eu chego aí.

-Certo. -ele falou e depois desligamos.

Terminei de falar com ele, me levantei da cama e fui tomar um banho rápido... Após o banho, me enxuguei, coloquei a primeira roupa que vi, calcei meus chinelos e deixei o quarto. Ao chegar na sala, peguei a chave do carro que estava em cima da mesa de centro e por fim deixei meu apartamento.

(...)

Estacionei o carro em frente a casa do Levi, saí do veículo e travei o mesmo. Andei até a porta de entrada e ao chegar na mesma, toquei a campainha. Nem precisou eu tocar uma segunda vez, pois logo o Levi abriu a porta.

-Oi. -falei.

-Oi. -Levi falou e logo veio me abraçar. -Tudo bem?

-Acho que sim. -falei após desfazermos o abraço.

-Entra. -Levi falou me dando passagem e eu entrei. -Você já jantou? -ele fechou a porta atrás de si.

-Não. Mas não precisa se preocupar. Estou sem fome. -sorri.

-Aceita pelo menos um suco?

-Aceito. -falei e Levi sorriu.

-Tá bom. Fica a vontade, vou lá pegar o suco. -Levi falou e depois saiu em direção a cozinha. Já eu, me sentei no sofá e esperei ele voltar... Não demorou muito e ele já estava de volta. Levi me entregou o suco e sentou-se ao meu lado, no sofá. 

-Obrigada. -falei e ele sorriu.

-E então, quais são as novidades? 

-São muitas, eu acho. -falei e nós dois rimos.

-Tá com um tempo que a gente não se fala pessoalmente. A última vez foi no ano novo.

-Pois é. -falei e bebi um gole do suco.

-Seus pais estão bem? Lembro que você me disse pelo whatsapp que ia passar uma semana lá.

-Eles estão bem. Inclusive, mandaram um abraço pra você.

-Mande outro pra eles.

-Pode deixar que eu mando sim. -sorri. -E você, como está?

-Estou bem. Passei um tempo preocupado com você depois que foi embora daqui, mas a Mikasa me garantiu que você estava bem. Então fiquei mais aliviado. De resto, é só saudade mesmo. É chato não ter ninguém pra assistir filme e comer algumas besteiras. -Levi falou olhando pra mim e depois sorriu.

Confesso que senti um aperto no peito quando ele falou essa última frase. Nessa hora eu desejei sumir.

-Sinto muito por ter ido embora daquele jeito.

-Tudo bem. -Levi falou.

Terminado meu suco, coloquei o copo em cima da mesa de centro e me ajeitei mais no sofá. Tentei procurar as palavras certas pra começar o assunto, mas nada vinha a mente.

-Aconteceu alguma coisa? -Levi perguntou vendo que eu me calei por alguns instantes.

-Eu não sei como dizer o que eu tenho pra te falar.

-Apenas diga. Sem rodeios nem nada, como você sempre fez.

-Tá bom... Primeiramente, eu espero que você não me entenda mal. Mas, essa conversa que nós vamos ter, eu já tive com o pessoal. Quando eu digo pessoal, me refiro a Mikasa, Eren, Sasha, Jean e o Reiner. E eu pedi a Mikasa que ela não te contasse. Pois não seria justo você saber por outra pessoa que não fosse eu.

-Ok.

-Enfim, quando eu saí daqui pra voltar pro meu apartamento, passei vários dias pensando no que eu ia fazer da minha vida. Pensei em absolutamente tudo o que aconteceu e vi que minha vida deu um giro de 360 da noite pro dia. Talvez, essa minha atitude não faça um pingo de sentido pra você, mas terá que ser assim. Depois de muito pensar, decidi que vou voltar pra Califórnia, pra casa dos meus pais. -falei e Levi me olhava de forma séria.

-Sei. E você pretende passar quanto tempo lá? -ele perguntou e eu suspirei.

-Esse é o problema, Levi. Eu não vou passar uma temporada, eu quis dizer que eu vou embora.

-O quê?! Como assim, embora? -Levi falou parecendo não acreditar.

-Depois de tudo o que aconteceu, eu realmente não consigo mais ficar aqui.

-Eu não entendo. -Levi falou e se levantou do sofá, começando a andar de um lado para o outro. -Como você não consegue ficar aqui? E todo esse tempo que a gente passou junto? Não foi o suficiente pra te ajudar a esquecer as merdas que aconteceram?

-Levi, não é bem assim. A gente teve momentos maravilhosos. Mas deixa eu te dar um exemplo... Sabe quando você está trabalhando e recebe vários elogios no dia, aí de repente vem uma única pessoa e te critica, fazendo você se sentir mal? Pois bem, não importa quanto elogios você tenha recebido, mas aquela única crítica, te deixa péssimo e você não consegue se sentir bem... Então, é assim que eu me sinto, ficando aqui em Nova York. Não importa quantos momentos bons eu tive, sempre vou lembrar da merda que o seu irmão fez. Por isso eu tenho que ir, eu quero poder me desintoxicar pra não deixar isso me atrapalhar futuramente. -falei e Levi ficou me encarando.

-Sabe, Elisa. Na noite em que nós estávamos lá no Rockefeller Center, eu ia te pedir em namoro. Não queria correr o risco de errar duas vezes. Mas aí você se lembrou de tudo e eu não consegui falar... Agora só me diz uma coisa, você teria aceitado se eu tivesse pedido?

-Olha, na noite em que estávamos na casa da sua mãe, e que depois de cantarmos os parabéns pra você eu fui lá pra fora, acabei pensando na gente e no que a gente tinha. Foi estranho porque eu não consegui explicar pra mim mesma. Daí, eu fiquei na dúvida se gostava de você ou se gostava do que a gente tinha. Então, acho que se você tivesse me pedido, provavelmente não saberia o que responder. -falei e vi os olhos do Levi ficarem marejados.

-O engraçado disso tudo, é que quando eu me dispus a cuidar de você, vi isso como uma segunda chance de me redimir da merda que eu te fiz. Eu não esperava nada em troca, não esperava que você me agradecesse nem nada. A única coisa que eu queria, era fazer você gostar de mim, naturalmente. E pelo visto, vejo que não consegui. -ele falou e passou a mão rapidamente nos olhos.

-Ei... -falei me levantando do sofá e indo até ele. -Não fala assim. -segurei o rosto dele com as minhas mãos. -Não é verdade. Você conseguiu quebrar a imagem ruim que eu tinha de você. Embora eu esteja uma bagunça com relação aos meus sentimentos, quero que saiba que você significa muito na minha vida.

-Se eu significo tanto na sua vida, então porque você não fica? -Levi falou ao fechar os olhos, deixando algumas lágrimas escaparem. -Eu posso te ajudar a passar por tudo isso, você não tem que ir.

-Eu sei que você pode me ajudar, Levi. Mas eu tenho que fazer isso sozinha. Não posso fazer de você o meu depósito de desespero e lamúrias. Eu preciso ir. Se não fosse necessário, eu não estaria fazendo isso. -falei enxugando o rosto dele com os meus dedos.

-E quando você vai?

-Daqui há dois dias. Já estou com a passagem comprada, só falta arrumar as malas.

-Mas já?!

-Uhum. -falei e Levi se afastou de mim, indo em direção ao sofá. -Você vai ao aeroporto? -perguntei temendo pela resposta.

-Não. Não vou. -Levi falou e sentou no sofá. -Me desculpa, mas eu não consigo fazer isso. Não suporto te ver partindo pela terceira vez. A primeira, foi quando você saiu da minha vida. A segunda, foi quando os seus pais te levaram pra Califórnia e agora, você indo pra lá mais uma vez, e pra sempre.

-Tudo bem. É justo você pensar assim. Até porque, você nunca gostou de despedidas. -falei e me aproximei dele. -Posso pelo menos te dar um abraço, já que não nos veremos? -perguntei e Levi me encarou.

-Claro que pode. -ele falou e depois se levantou. Em seguida, me abraçou.

Ficamos um tempo ali, abraçados, sem dizer nada. Apenas sentindo a respiração um do outro. Não podia negar que eu estava me sentindo horrível. Me sentia uma pessoa ingrata e egoísta fazendo isso. Provavelmente eu vá me arrepender no futuro, mas agora, isso é necessário.

-Eu sinto muito por isso. -falei enquanto ainda estávamos abraçados.

-Não sinta. Espero que você fique bem.

-Eu também espero... Obrigada por tudo, Levi. Quero um dia poder te recompensar pelas coisas que fez por mim.

-Eu fiz porque te amo e faria quantas vezes fosse necessário. Você não precisa me recompensar. -ele falou e logo desfizemos o abraço.

-Mas... 

-Sem mas. -Levi me interrompeu. -Faça uma boa viagem.

-Obrigada... Bem, eu vou indo então. Eu já falei tudo o que tinha pra falar. -falei me afastando um pouco dele.

-Ok. Eu te acompanho até a porta. -ele falou e eu assenti.

Então, fomos em direção a porta, Levi abriu e eu saí. Mas antes de ir embora, olhei pra trás e falei:

-Faça as pazes com o seu irmão. Não vale a pena vocês dois deixarem de se falar por causa de uma mulher. -terminei de falar e Levi não falou nada. -Até algum dia, Levi.

-Até algum dia, Elisa. -ele falou e eu sorri.

Caminhei até o meu carro, destravei o mesmo, entrei e depois me mandei dali, indo pro meu apartamento.

Dois dias depois...

Nesses dois dias que se passaram, aproveitei para finalizar algumas pendências. Como por exemplo, falar com o Erwin e depois com a Annie. Eu não poderia ir embora sem desatar esses nós do passado. Até porque, se eu ia recomeçar, teria que perdoar. E acredite, nunca pensei que eu fosse perdoar aqueles dois (risos).

Enfim, ontem a tarde, marquei de conversar com o Erwin. Ele estava de folga, então fui até a casa dele... A nossa conversa foi de boas. Ele disse que se arrepende de tudo o que ele fez, e se não fosse por todas as merdas que aconteceram, o nosso namoro até teria dado certo. De fato, poderia ter dado certo. Mas, quando não é pra ser, não tem quem faça... Por fim, estávamos bem. Erwin me desejou tudo de bom e eu fiz o mesmo. E a última coisa que eu pedi antes de deixar a casa dele, foi que ele se acertasse com o irmão dele. Eles são sangue do mesmo sangue e isso não é legal. Bem, Erwin disse que ia pensar sobre.

Depois que saí da casa dele, voltei pro meu apartamento e marquei de ir na casa da Annie a noite. Quando a noite chegou, fui bater lá... Annie e eu conversamos sobre tudo o que tinha acontecido e eu realmente fiquei com pena dela. Quando eu falei que perdoava ela pelo o que aconteceu, ela chorou horrores e disse que se sentia aliviada. Annie me contou que desde o dia em que eu peguei ela e o Erwin na cama, ela não conseguia dormir direito. Se culpava dia e noite pelo o que havia acontecido comigo. Porém, eu disse à ela que não precisava se culpar mais. Isso tudo agora fazia parte do passado.

Por fim, assim como o Erwin, ela me desejou tudo de bom e me agradeceu pela conversa... Só sei que depois que eu me resolvi com esses dois, foi como se eu tivesse tirado um peso das minhas costas, e finalmente, eu poderia seguir em frente.

Ao cair da noite...

Enfim a noite chegou e com ela minha despedida. Estavam no aeroporto, Mikasa, Eren, Jean, Sasha e Reiner. Meu voo já havia sido anunciado, então só faltava me despedir deles.

-Você vai vir pro meu casamento, né? -Mikasa perguntou abraçada a mim.

-Claro que vou. -falei acariciando os cabelos dela.

-É pra vir mesmo. Se não, vou fazer questão de ir até a Califórnia e te trazer arrastada pelos cabelos. -ela falou e todos nós rimos.

-Depois dessa declaração, eu que não vou me atrever a pensar em não comparecer. -falei rindo.

Eu e Mikasa desfizemos o abraço e então me despedi dos demais... A última chamada do meu voo foi anunciada e então, era hora de partir.

-Gente, obrigada por tudo o que vocês fizeram por mim. E não pensem que é porque estou indo embora que nunca mais iremos nos ver. -falei vendo Mikasa, Sasha e Eren se desmancharem em lágrimas. Os mais durões ali, eram o Reiner e o Jean. -Eu amo muito vocês e espero recebê-los lá na Califórnia algum dia. -sorri. -É isso. Hora de ir.

Sendo assim, todos eles me acompanharam até o portão de embarque. Chegando no mesmo, todos nós nos abraçamos mais uma vez e por fim, dei meus documentos a moça para que ela conferisse. Feito isso, ela liberou minha passagem e eu fui na direção do corredor que ia dar no avião. Mas antes que eu cruzasse a porta do corredor, olhei pra trás e acenei pra eles. Eles retribuíram o gesto e logo em seguida, segui meu rumo. Rumo esse que eu esperava que desse muito certo.


Notas Finais


Logo eu trago o próximo capítulo.
Beijos. 😘


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