História Condenados - Captain Swan - Prólogo

Meados do século IV, Nova Roma

Um grupo de pesquisadores, a comando do Imperador, foi enviado para as minas para trazer ouro ao Império de Nova Roma, que sofria pela pobreza e pela falta de grãos para os habitantes. 

Escavavam dia após dia, noite após noite, até encontrar ouro suficiente para suprir as necessidades do Império. Em uma dessas escavações, alguns quilos de minério foram retirados, entretanto, um ruído entre as rochas ecoou, fazendo todos entrarem em alerta. 

— O que há de errado? — indagou um dos homens, encolhendo-se pelo barulho. 

— Creio que isto vá se corromper em breve. Devemos pegar este ouro solicitado, e irmos embora, antes que fiquemos compressados no meio destas rochas — disse a mulher mais velha, juntando alguns pedaços e os colocando na mochila improvisada. 

Todos fizeram consoante o pedido, e, quando se preparavam para ir embora, um deles, o mais jovem, fascinado pelo lugar e suas riquezas, desviou o olhar para algo brilhante; fortemente brilhante. Aproximou-se sem que os outros percebessem, e viu, no meio de duas rochas, uma pequena pedra sintilante de cor azulada. 

A curiosidade do jovem rapaz, fez com que ele colocasse as mãos sobre a pedra que jamais havia visto antes, e que jamais tivera algum conhecimento. Sua superfície era macia, lisa — contudo, quando apertada, compacta. Ele pegou o objeto pelas mãos, enquanto repousava os olhos escuros na extraordinária pedrinha misteriosa. 

— O que você está fazendo? — perguntou o líder, aproximando-se do mais novo. — Temos que ir, depressa! O lugar vai se desmoronar, e... — Então percebeu o que o garoto segurava em suas mãos. Pregou os olhos no objeto, que também era desconhecido por si. — O que é isto? Jamais ouvi falar sobre. 

— Não faço a menor ideia — disse o rapaz, ainda vidrado na mística pedra. 

— Levaremos-na. Talvez seu valor possa ser alto, e talvez, ela possa salvar o Império. 

— E se não pudermos tirá-la daqui? — O mais novo perguntou, voltando seu olhar ao líder. — Talvez ela tenha que ficar neste lugar.

— Meu jovem, você ainda é novo para entender. Mas na situação que estamos, não há um lugar para nada. Há necessidades que precisam ser supridas. Leve-na! 

O mais novo obedeceu, colocando a pedra junto com o ouro. 

Após dias e dias de caminhada, finalmente chegaram no castelo do Imperador. Deixaram o ouro em uma sala reservada, mas o líder do pequeno grupo decidiu fazer uma visita pessoalmente ao Imperador, para apresentar-lhe a pedra de total desconhecimento por sua parte.

Ao levá-la para o soberano, o líder fez total questão de explicar sobre sua descoberta. O Imperador olhava atentamente para o objeto, com um sorriso um tanto ambicioso para a pedra, enquanto ouvia atentamente as palavras do outro. 

— Desculpe-me por não ter conhecimento sobre isto. Jamais havia ouvido falar, e... — O líder tentou continuar, mas o soberano o interrompeu. 

— Isto vêm de uma profecia. Uma antiga profecia. Esta, diz que um objeto místico traria a verdade. — O Imperador virou o olhar para o líder, que não estava compreendendo absolutamente nada. — Faremos com que este objeto seja capaz de provar a verdadeira realeza, posto que prove a verdadeira identidade de um rei, uma rainha, um príncipe ou uma princesa. 

E foi o que se tornara. A pedra era mais que um simples objeto, mais que uma simples rocha, era algo de valor, mas não aquele valor a ser pago, senão um valor importante para assumir o trono real. 

Enfentiçada, a pedra seria capaz de provar, assim como o Imperador proferiu, a verdadeira identidade de um monarca. 

Na cerimônia para a consagração da pedra, o Imperador tirou a mesma de um caldeirão. A mesma estava presa em um barbante, formando um colar, e a pedra, era o pingente do mesmo. 

Quando colocada em um pescoço cujo seria de uma pessoa com sangue real, a mesma liberava um brilho intenso, como um flash de luz azul, o qual significava que a pessoa era realmente alguém da linhagem real, capaz de poder assumir o trono. Caso a pedra não liberasse este flash de luz, significava que a pessoa era uma impostora, e não era pertencente ao trono real. 

— Esta será capaz de manter a ordem da linhagem real. Conheçam a chamada, Pedra Azul! — Disse o Imperador, erguendo a mesma diante do povo, para que todos pudessem ver, e temerem, para que nunca tentassem roubar o lugar no trono, pois jamais seriam aceitos. 

A Pedra Azul é única. Jamais encontrada por ninguém, em nenhum lugar do mundo. É com certeza, o bem mais valioso de toda Itália, e por assim, continuará sendo até o fim dos tempos. O bem capaz de provar se você é merecedor ou não, para assumir o trono real, e começar o seu Reinado.