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História Conectadas - 60 - Tris Prior



Notas do Autor


Salve pessoas lindas!!
Ultimo capitulo de #Conectadas! Estão preparados? Rs.
Músicas que inspiraram o final desse capitulo: Final Fantasy XIII - The Promise (é eu sei, sou uma pessoa muito estranha para musicas, mas é uma musica realmente bonita) e Another Now by Kate Alexa. Vale a penas conferir as duas musicas^^
É isso boa leitura!

Capítulo 60 - 60 - Tris Prior


Fanfic / Fanfiction Conectadas - 60 - Tris Prior

O cinzento do meu uniforme escolar refletia o que eu estava sentindo por dentro após o acidente dos meus pais, pude ficar duas semanas afastada do colégio, mas eu precisava voltar e terminar. Faltava pouco agora e eu não podia mostrar fraqueza, não podia mostrar para todos como eu me sentia quebrada por dentro.

A verdade é que, para mim, os dias não tinham mais cores, eram todos cinzentos e iguais, eu tentava aparentar a mesma pessoa, não precisava da pena de ninguém, não podia permitir que pensassem “coitadinha dela, perdeu os pais”, me mantinha sólida como uma rocha por fora, mas meu interior não era tão forte assim.

Enquanto eu estava nas aulas, eu me focava na matéria, eu não pensava em nada além disso, eu precisava manter minhas notas, faria isso por eles, era o que eles queriam e ficar de braços cruzados chorando não me levaria a lugar algum.

As provocações não importavam mais, eu não consegui mais me importar com isso, quando eu passava pelos corredores eu não via mais as pessoas, eu não escutava mais suas palavras, eu conseguia me desligar completamente dessa parte, o almoço com Christina geralmente envolvia estudos e comida. Às vezes ela tentava tocar no assunto, mas eu não permitia que ela falasse sobre isso, não queria falar sobre este assunto. Eu precisava ser forte e seguir em frente.

Após o acidente descobri que morar na mesma casa que morei com eles era algo que me deixava muito triste, eu começava a pensar que os jantares nunca mais seriam os mesmos, meu pai não pegaria mais no meu pé por qualquer loucura que eu inventasse fazer e minha mãe não tentaria amenizar as coisas. Eu não escutaria mais a voz do meu pai quando ele reclamava da imprensa e nem a risada maravilhosa da minha mãe, não encontraria meu pai na sala de exercícios fazendo apenas dez minutos de esteira e saindo com a desculpa de que precisava resolver algo, nem minha mãe deixaria lanchinhos para mim quando percebia que eu estava estudando muito e não desceria para jantar.

Então, Caleb começou a infernar a minha vida, Jeanine tornou-se visitante regular da minha casa, sempre que ela estava lá eu ia para o apartamento do Tobias e ficava lá até o dia seguinte, meu irmão continuava tentando me fazer reconsiderar sobre o processo do Peter, todos os dias.

Assim, ao completar dezoito anos (alguns dias depois do meu retorno ao colégio), resolvi que era hora de deixar a casa cheia de lembranças e meu irmão mala. Fui morar com o Tobias, ele concordou em dividir seu apartamento comigo, então levei todas as minhas coisas enquanto o Caleb não estava em casa, com ajuda de Christina, Will e Tobias.

Eu escolhi um horário que meu irmão não estaria, porque ele iria tornar a mudança um inferno. Após a mudança esperei Caleb chegar e comuniquei que estava indo embora, ele ficou horas falando que eu não deveria ir, que estava sob tutela dele e todo aquele discurso. Mas eu não precisava mais de tutor, eu já tinha maioridade legal para algumas coisas e eu não estava indo morar com qualquer adolescente desmiolado, então não haveria problema, porém se fosse necessário, eu conseguiria um documento de emancipação.

Viver no apartamento do Tobias era bem mais simples e eu pensava bem menos a respeito dos meus pais. Apenas me dava ao luxo de sentir tristeza e chorar quando estava sozinha, sempre que qualquer um estava por perto eu tentava parecer normal.

Haviam noites que eu acordava assustada depois de um pesadelo, e Tobias me abraçava, acalmando-me até eu voltar a dormir. Às vezes eu sonhava com o dia do enterro, enterramos apenas os restos mortais deles, não havia sobrado muito para ser enterrado depois da explosão. Foi o pior dia da minha vida.

Todos meus amigos estiveram lá para me apoiar, mas como realmente poderiam me fazer isso? Nem eu sabia do que eu precisava.

Eu só conseguia expressar meus reais sentimentos para as minhas amigas virtuais, que me ajudavam mais do que qualquer pessoa próxima a mim, enviando e-mails com palavras amigas e ótimos conselhos. Bella era muito boa com as palavras, Annabeth, Clary e Rose só tentavam me animar mesmo, apenas a Luna passou por algo semelhante ao perder sua mãe, então, ela mais do que todas, conseguia entender o que eu sentia, me vi trocando mais e-mails com ela no final das contas.

Faltando um mês para o julgamento do Peter, Caleb dispensou os advogados que meu pai havia contratado, ele me enviou um comunicado de que estava muito caro mantê-los e eu deveria me virar.

Meu irmão era muito trouxa, fazia um bom tempo que eu não sentia vontade de bater em alguém, mas se eu ainda morasse na mesma casa que ele eu teria batido muito no Caleb.

Zeke assumiu o caso, ele ajudaria Evelyn na mesa da promotoria, Marcus fez questão de custear os honorários de Zeke contanto que ele não contasse para ninguém.

Faltavam poucos dias para o julgamento e eu sentia um frio na barriga, por mais que não existisse qualquer indício de que Jeanine tinha algo a ver com o acidente dos meus pais, eu tinha certeza que ela tinha, prender o Peter não se tratava apenas do que ele fez a mim, tratava-se também de tirar dela algo que ela amava, assim como ela havia tirado de mim.

Quando o dia do julgamento chegou, eu me sentia aflita, queria mais do que tudo que Peter pagasse pelo que fez a mim e Jeanine pagasse pelo que fez aos meus pais, mesmo que indiretamente.

Diferente do julgamento por agressão, esse estava cheio de pessoas, júri, haviam alguns policiais, Jeanine estava sentada logo atrás do local onde, provavelmente, Peter se sentaria ao lado de Marcus. Haviam pessoas da imprensa, algumas das garotas que seguiam o Peter pelo colégio... Me sentei o mais longe possível de todos eles, meus amigos estavam aqui, Shauna sentou-se ao lado do Tobias, Uriah, Lynn, Marlene, Christina e Will sentaram na fileira atrás de nós.

Cada segundo parecia se estender para a eternidade, quando, finalmente, anunciaram a entrada das pessoas importantes, defesa e Peter, promotoria, então a juíza Johanna Reyes entrou e o julgamento finalmente começou.

Tobias segurou a minha mão, eles começaram chamando pessoas que eu nem conhecia para testemunhar, Tobias me explicou que eles queriam mostrar como o Peter era gentil e incapaz das atrocidades pelas quais estava sendo julgado.

- Então senhorita Pohler, o meu cliente é uma pessoa gentil com as pessoas na escola? – perguntou o advogado de defesa de Peter.

- Sim, ele ajudava as pessoas que precisavam nos estudos. É sempre muito atencioso com todos e gentil – falou Danielle parecendo encantada enquanto olhava para ele.

- E como é o comportamento da senhorita Prior? – perguntou o advogado e eu engoli em seco quando ela olhou em minha direção.

- Antissocial, nervosinha e desagradável – falou Danielle olhando-me com indiferença.

- Acho que você precisa melhorar seu convívio social – brincou Tobias sussurrando em meu ouvido.

- Pro inferno eles, eu já estou saindo daquela escola mesmo – dei de ombros enquanto ele segurava uma risadinha.

- Então senhorita Pohler, está dizendo que meu cliente é um garoto gentil e amável enquanto a pessoa que o acusa é uma desajustada? – indagou o advogado.

- Eu protesto meritíssima, ele está tentando induzir a testemunha a concordar com ele – falou Evelyn.

- Protesto aceito, comporte-se sr. Matthews – falou Johanna. O advogado do Peter era um primo de Jeanine pelo que fiquei sabendo, ele era dono de um dos mais famosos escritórios de advocacia da cidade.

- Mas é isso mesmo, eu não acredito que o Peter possa ter feito algo assim, ele é um príncipe encantado – falou Danielle com olhar apaixonado.

- Príncipe? Sério? Ela deve estar acostumada apenas com sapos bois – comentou Christina atrás de mim e eu tive que me segurar para não rir.

- Chris, não me faça morrer de rir aqui por favor – pediu Uriah.

Balancei minha cabeça e voltei minha atenção para o julgamento, o Sr. Matthews se sentou parecendo muito feliz consigo mesmo e Evelyn levantou-se e caminhou até a testemunha, isso se eu podia chamar Danielle de testemunha, o que ela sabia sobre o caso afinal?

- Senhorita Pohler, conforme seu depoimento para a defesa, Peter é realmente uma pessoa incrível. A quanto tempo vocês se conhecem mesmo? – indagou Evelyn docemente.

- Acredito que seis meses, foi depois das férias de inverno que ele começou a frequentar a nossa escola – respondeu Danielle parecendo feliz.

- E vocês tinham algum tipo de relacionamento? – indagou Evelyn.

- Hã? Ah não... Quero dizer, éramos bons amigos – Danielle estava corada.

- E você frequentava a casa do prefeito ou mesmo iam em locais em comum? – perguntou Evelyn.

- Eu protesto meritíssima, a promotoria está fazendo perguntas triviais – gritou o sr. Matthews.

- Protesto negado, quero ver onde isso vai dar – falou Johanna.

- Bem... Não, nós nos víamos no colégio – Danielle parecia desconcertada.

- Você sabia que o Sr. Matthews fazia parte da academia de polícia juniores? – agora eu também estava intrigada com Evelyn, onde ela queria chegar?

- Não – respondeu Danielle.

- Senhores do júri, platéia... – começou Evelyn – Como podemos nos basear em relatos de uma pessoa que mal conhece o senhor Matthews? Como podemos acreditar na bondade dele, quando o relato vem de uma pessoa que tem uma visão superficial?

- Eu protesto meritíssima! A promotoria está induzindo o júri – gritou o sr. Mattthews.

- Protesto aceito, mantenha-se imparcial promotora – falou Johanna com olhar entediado.

- Não tenho mais perguntas a testemunha – anunciou Evelyn parecendo muito feliz consigo mesma.

O julgamento prosseguiu, Peter estava apresentando um álibi de que durante o ataque ele estava em seu quarto, que convenientemente ele dividiu com o Drew. Drew mentiu na cara de pau, mesmo sob juramento, que ele e Peter passaram a noite jogando conversa fora e Peter respondendo mensagens em seu celular.

Para ajudar, Molly falou que estava dormindo pesado e não me viu sair, ela se fez de inocente o tempo inteiro, mas eu também não podia dizer se ela viu ou não, para todos os efeitos ela estava dormindo e quando acordou eu não estava no quarto.

O primeiro dia foi um saco, nada de bom, até o momento as coisas não estavam indo a lugar algum, o advogado do Peter chegou a falar que provavelmente eu havia caído e me machucado, então eu estava acusando o cliente dele por algum tipo de amor platônico, no dia seguinte Tobias e eu iríamos depor.

Tobias foi o primeiro, ele foi muito bem, contou a verdade sem se sentir intimidado perante o advogado de defesa. Tobias me encontrou na antessala antes que me chamassem.

- Mantenha a calma – falou Tobias beijando minha testa – Fale a verdade e tente não se abalar. Ele vai tentar te confundir.

- Eu sei – falei com um suspiro e chamaram meu nome.

- Vai dar tudo certo – ele falou e eu apenas assenti.

Evelyn me pediu para repetir os eventos pelo meu ponto de vista, então eu relatei tudo que eu me lembrava daquele dia, de terem me tirado do quarto e tudo mais, por alguma razão eu omiti que sabia que o terceiro atacante era o Al.

O advogado da defesa tentou mesmo me confundir, fez perguntas absurdas e usou sarcasmo comigo, tive que me segurar para não voar nele, acho que era mal de Matthews ser desagradável.

Deixei o lugar das testemunhas, voltando para a sala de espera, me sentia exausta, as perguntas sem sentido daquele homem eram cansativas demais, saí da sala de espera dando a volta até a plateia do tribunal, voltando para junto dos meus amigos e Tobias.

- Tris... – chamou uma voz masculina e eu me virei em sua direção, era o Al, eu não podia acreditar... Como ele era cara de pau! - Posso falar com você? – a voz dele parecia partida, arrependida.

- Você está brincando? – perguntei sentindo a irritação em minha voz.

- Eu nunca quis... Nunca quis machucar você, eu... - Al cobriu o rosto com as duas mãos - Eu só queria dizer que eu sinto muito. Sinto muito mesmo. Eu não... Eu não sei o que tem de errado comigo, eu... por favor, me perdoe, por favor...

Ele esticou seu braço em minha direção como se fosse tocar meu ombro, ou minhas mãos, seu rosto estava molhado de lágrimas.

Em algum lugar dentro de mim existia uma pessoa misericordiosa e capaz de perdoar. Em algum lugar existia uma garota que tentava entender o que as pessoas estão passando, que poderia aceitar que pessoas fazem coisas ruins e que o desespero, às vezes, poderia levá-las para lugares sombrios inimagináveis.

Eu sabia que essa pessoa existia dentro de mim, eu poderia jurar que sim, essa pessoa não havia denunciado ele, porque ela sofria pelo rapaz arrependido que estava parado a minha frente.

Porém, se eu a visse, eu não seria capaz de reconhecê-la, eu não o perdoaria, o que ele me fez não tinha perdão. Ele poderia apenas ficar feliz que eu não o denunciei.

- Fique longe de mim – falei friamente – Sinta-se feliz que eu não o denunciei, vamos dizer que eu não o fiz, em honra aos tempos de amizade que tivemos. Mas agora, nunca mais chegue perto de mim.

Olhei dentro dos olhos dele, aquele par de olhos antes angustiados agora estavam opacos pareciam sem vida.

- Seu covarde – finalizei virando-me e caminhando de volta ao tribunal.

Eu não o perdoaria, nunca o faria. Ele viveria com o peso do que me fez para sempre.

**********

Era o terceiro dia de julgamento, a essa altura as coisas estavam bem equilibradas, hoje seria a decisão, haviam apenas mais duas testemunhas, uma da promotoria e uma da defesa, quem mais a defesa chamaria? O jardineiro da casa para dizer como Peter era gentil?

- Meritíssima, eu gostaria de chamar a testemunha chave do caso. Chamo a este tribunal o senhor Caleb Prior! – falou Sr. Matthews com um sorriso satisfeito no rosto.

Senti um frio na espinha, eu nunca pensei que Caleb poderia fazer algo assim comigo, ele iria depor contra mim? Apertei a mão de Tobias e ele me olhou confuso, ele também não sabia sobre Caleb. Evelyn estava surpresa também, acho que ninguém imaginaria que meu próprio irmão faria algo assim.

Era revoltante, vil, baixo até mesmo para ele. Me senti traída, a única família que me restava estava contra mim.

Caleb sentou-se e fez o juramento, então a defesa começou com suas perguntas.

- Senhor Prior, onde e o quê fazia na noite de vinte e três de janeiro do ano de dois mil e dezesseis? – perguntou o advogado.

- Eu estava na minha casa, trocando várias mensagens com o senhor Matthews, ficamos horas conversando, eu tenho muita amizade com a família Matthews – falou Caleb.

- Meritíssima terá acesso a todas as mensagens trocadas no relatório que acabei de colocar em sua mesa – falou o advogado pomposo, e ela começou a olhar os papéis.

- Não acredito que eles forjaram provas – falei entredentes.

- Incrível como as coisas são fáceis quando se tem influência e dinheiro – lamentou-se Uriah.

- Acredito que não exista ninguém melhor nesse tribunal para falar da senhorita Prior do que o próprio irmão, certo? Senhor Prior, fale um pouco sobre sua irmã.

Eu senti um frio na barriga, será que ele mentiria sobre mim? Ou será que ele não desceria tão baixo assim?

- Sempre considerei minha irmã um pouco estranha, muito introvertida, não se dava bem com as pessoas, mas então ela veio com essa ideia de academia de polícia e foi a partir desse momento que as coisas começaram a ficar mais estranhas ainda. Ela estava sempre estressada, nervosa, sem paciência para nada, recentemente respondeu um processo por agressão, ela espancou uma colega de turma. Realmente não a reconheço mais – falou Caleb como se tivesse ensaiado a meses seu discurso patético, na verdade era eu que não o reconhecia mais.

- O que aconteceu no dia que ela se machucou? – perguntou o advogado.

- Quem vai saber? Tris às vezes sumia no final de semana e voltava com hematomas no domingo. Geralmente ela falava que esses hematomas não eram importantes.

Quando ele terminou de falar, eu apertei a mão do Tobias, Caleb estava distorcendo todas as coisas, eu realmente já havia chego em casa com hematomas que não eram nada demais, mas eu nunca cheguei com nada quebrado ou marca de mãos em meu pescoço.

- Então ela já havia se machucado sozinha antes? – perguntou o advogado.

- Sim, não apenas durante os finais de semana, mas nos dias que ela frequentava a academia de polícia também.

- Acha que sua irmã possa ter se machucado de propósito apenas para incriminar Peter Matthews?

- Protesto meritíssima, a defesa está tentando induzir a testemunha – falou Evelyn.

- Negado, pode responder – falou Johanna calmamente.

- Sim – respondeu Caleb.

- Você saberia dizer o motivo para isso? – perguntou o advogado e Caleb me olhou sem emoção.

- Beatrice não gosta de Jeanine Matthews, então está incriminando o filho dela para atingir a mãe – falou Caleb e eu finalmente entendi por que ele estava fazendo isso.

Ele estava querendo salvar Jeanine, era simplesmente inconcebível que ele se virasse contra mim, sua única família agora, para ficar ao lado dela que não passava de uma estranha.

- Protesto meritíssima, a testemunha está acusando sem provas – falou Evelyn.

- Aceito – falou Johanna.

O advogado continuou incitando Caleb a contar mentiras, meu irmão continuou falando coisas ridículas e impossíveis. Eu estava sozinha, eu não tinha mais família, para mim Caleb era apenas uma pessoa como qualquer outra, não era meu irmão, não pertencia a minha família.

Chegou, então, a vez de Evelyn perguntar para Caleb, ela fez algumas perguntas a ele, mas nada de relevante, porém ele pareceu nervoso com as respostas. Caleb foi dispensado e chamaram a próxima testemunha.

- Gostaria de chamar a testemunha chave do caso meritíssima, chamo ao banco o senhor Albert Madsen – falou Evelyn parecendo muito satisfeita consigo mesma.

O anúncio do nome de Al fez Peter parecer chocado, Peter e o advogado começaram a cochichar apressadamente, todos no tribunal ficaram inquietos e começaram a falar, Johanna teve que pedir ordem.

Al fez o juramento, notei como Peter estava confiante agora, será que Al seria capaz de se expor?

Dessa vez quem começaria com as perguntas era Evelyn. Ela fez uma breve introdução para o júri, informando que Al era um cadete como eu, e pertencia ao meu grupo social.

- Senhor Madsen, conte-nos onde você estava na noite de vinte e três de janeiro do ano de dois mil e dezesseis? – falou Evelyn com um sorriso doce, Peter pareceu tenso.

- Estava em uma atividade externa com a academia de polícia juniores, mais precisamente em um hotel fazenda. Durante a tarde daquele dia eu e Beatrice havíamos discutido, então eu estava sentado em um sofá do hall de entrada quando Peter e Drew apareceram, eles falaram que gostariam de pregar uma peça na Beatrice. Eu hesitei no começo, mas então tomado por um sentimento de raiva, eu resolvi ir com eles. Eles sabiam que a Beatrice estava dividindo o quarto com a Molly, então fomos direto ao quarto delas – ele faz uma pausa para engolir em seco e prosseguiu - Beatrice estava dormindo quando entramos, vendamos seus olhos e tapamos sua boca para que ela não pudesse gritar...

- Protesto meritíssima, a testemunha está mentindo, temos provas... – começou a falar o advogado de defesa, mas Johanna o cortou.

- Negado, quero escutar o depoimento da testemunha completo – falou Johanna e o advogado sentou-se indignado.

- Quando você diz “tapamos”, seja mais específico – pediu Evelyn.

- Drew segurou Beatrice firmemente enquanto eu providenciei para que ela não gritasse e ajudei a carregá-la, Peter foi na frente, nos guiando. Saímos pelos fundos, Beatrice lutava fervorosamente contra nós, mas éramos dois contra uma, então ela não conseguiu se soltar. Peter nos conduziu até a orla do bosque que rodeava o hotel...

- Ele usou algo para iluminar o caminho? – perguntou Evelyn.

- Não, o luar estava lindo e clareando muito bem o caminho. Peter então parou e começou a mudar completamente o rumo das coisas. Foi quando eu percebi que não era apenas uma brincadeira.

- O que ele fez? – perguntou Evelyn.

- Protesto meritíssima, ela está acusando meu cliente...

- Negado, sente-se – falou Johanna – Pode responder rapaz.

- Ele colocou a mão dentro da blusa da Beatrice e tateou o corpo dela, nesse momento eu não pude acreditar no que ele estava fazendo, ele a tocou e debochou dela, ele falou coisas terríveis, eu pedi para ele parar, ele não deveria fazer isso. Foi quando ela voltou a se debater, eu a soltei e ela caiu no chão, Drew foi tentar segurá-la, ela o mordeu com tanta força que machucou seu braço.

- Acha que pode ter ficado uma cicatriz? – perguntou Evelyn olhando na direção onde Drew se encolhia sentado na plateia.

- Provavelmente, o machucado foi feio – falou Al e, com um aceno, os guardas capturaram um Drew amedrontado.

- Protesto meritíssima, isso não pode... – levantou-se o advogado de Peter.

- Negado, quero ver isso – falou Johanna, eles procuraram uma marca nos braços de Drew e encontraram, eu realmente lhe deixei uma cicatriz - Senhor Drew John Mason, está preso por mentir no tribunal – finalizou Johanna e Drew foi levado, Peter agora estava muito branco e Jeanine parecia a ponto de ter um infarto.

- Prossiga Albert – falou Evelyn depois de Johanna pedir silêncio no tribunal umas três vezes.

- Drew gritava enquanto Beatrice não o soltava, então Peter pegou um galho no chão e bateu com força na cabeça da Beatrice, ela ficou desorientada e Drew a afastou com a mão boa, ela caiu tortamente no chão e retirou a venda, então Peter chutou-a com força na lateral e Drew a puxou pelos cabelos e bateu sua cabeça contra um tronco de árvore, ele parecia irado por causa da mão – Al fazia uma expressão de horror ao narrar o que aconteceu aquela noite, isso realmente o fazia mal. Mas eu não conseguia sentir nada por ele.

“Peter caminhou em sua direção e colocou suas mãos ao redor de seu pescoço, a ergueu do chão e começou a apertar, nesse momento me dei conta da presença de Tobias Eaton, Drew partiu para cima dele e ele incapacitou Drew rapidamente, Beatrice estava quase sufocando quando Tobias acertou Peter nas pernas, nesse momento eu corri, fugi antes que ele fizesse algo contra mim. Voltei ao hotel e me escondi em uma sala que não havia visto antes, era a sala de segurança. Vi quando Tobias entrou segurando Beatrice inerte em seus braços e foi pedir ajuda aos seus superiores.”

- Mesmo vendo tudo isso, em momento algum você ajudou? – perguntou Evelyn friamente.

- Eu... me sentia impotente, em choque... Simplesmente não conseguia me mover – falou Al.

- Sabe que será indiciado por cúmplice, não sabe? – perguntou Evelyn e Al olhou em minha direção.

- Eu sei, estou disposto a pagar por meus crimes, é a coisa certa a se fazer, apenas assim poderei me redimir pelo que fiz – falou Al com sinceridade.

- Protesto meritíssima, temos provas de que meu cliente nunca saiu de dentro de seu quarto – falou o advogado entregando um dvd para a Johanna.

- O que tem a dizer sobre isso rapaz? – perguntou Johanna para Al.

- O tempo que eu fiquei dentro da sala de controles eu fiz um upload das imagens de segurança e me mandei por e-mail de forma fragmentada, eu sou aluno da escola de gênios e sou expert em sistemas – explicou Al – Guardei isso comigo porque eu sabia que eles iriam mudar as evidências, tenho como provar a veracidade das minhas palavras de acordo com horários e datas que utilizei o sistema.

O advogado ficou tenso e a Johanna o olhou severamente.

- Faremos uma pausa para deliberação de dez dias, todas as provas da defesa serão seriamente analisadas, uma vez que há provas e depoimentos mentirosos. É realmente uma vergonha. O resultado da análise das provas serão todos enviados ao júri e o veredicto será dito no próximo encontro – falou Johanna séria.

- Mas não pude interrogar a testemunha da promotoria – falou o advogado.

- Você tem sorte que eu não vou retirar sua licença para advogar, como ousa entrar nesse tribunal com mentiras desse calibre? Até o julgamento o acusado deverá permanecer detido e sem direito a fiança. O senhor Caleb Prior também ficará detido por mentir, mesmo sob juramento, e aguardará decisão judicial, se todas as provas da defesa se provarem falsas, será decidida sua pena – falou Johanna na hora que Caleb foi cercado por guardas.

O tribunal estava tumultuado, levaram Caleb que se debatia e dizia que “não era justo”, escutei ele gritar meu nome, mas eu nem olhei em sua direção, Jeanine levantou e deixou o tribunal parecendo muito atormentada.

Al ficou sob custódia, o veredito de todos eles, seria dito daqui dez dias, ele me lançou um último olhar triste antes de se deixar levar. Será que eu poderia perdoá-lo depois de tudo isso?

Os dez dias se passaram rapidamente, eu estava em época de prova, eram as provas finais e trabalhos, semana que vem seria o baile de formatura e a colação de grau. Tive que pedir uma dispensa especial na escola e agendei uma prova substitutiva, pois o dia do veredicto coincidiu com um dos testes. Devido as circunstâncias, eles me permitiram fazer essa avaliação outro dia.

Já no tribunal eu me sentia nervosa.

- Será rápido hoje – anunciou Tobias apenas para mim.

Jeanine parecia que tinha engolido algo amargo, o prefeito não estava presente nem meus amigos, estavam todos provavelmente fazendo as provas finais. Peter entrou parecendo mais magro e mais pálido, Johanna foi a última a entrar com um olhar de poucos amigos.

Alguém no júri entregou um papel para ela, ela leu em silêncio, então mandou ficarmos de pé.

- Primeiramente, as provas apresentadas tanto pela defesa quanto as apresentadas pela acusação foram revistas e minuciosamente investigadas por especialistas, os depoimentos foram revistos, o senhor Drew John Mason, preso por agressão, falso testemunho sob juramento e cumplicie, está condenado seis anos de prisão com direito a redução por bom comportamento.

Drew foi levado, ele também parecia diferente, assustado talvez.

- O senhor Caleb Prior, está preso por falso testemunho sob juramento, condenado a um ano de prisão e um ano de serviço comunitário – anunciou Johanna.

Caleb olhou em minha direção, assustado, e eu desviei o olhar. Ele morreu para mim no dia que sentou para depor contra minha pessoa. Eu sabia que todos os seus sonhos estavam indo junto com ele para a prisão, ele nunca mais poderia exercer uma carreira política com a ficha suja.

- O senhor Albert Madsen está preso por cumplicidade, condenado a dois anos de prisão e um de serviço comunitário – anunciou ela e Al novamente olhou em minha direção. Eu acenei para ele de forma positiva, no final das contas ele pagaria pelo que me fez. Eu nunca o perdoaria, ele nunca mais seria meu amigo novamente, mas eu podia sentir que a justiça estava sendo feita, ele poderia sentir isso.

- O caso do senhor Peter Matthews, foi julgado por esse júri, todas as provas a seu favor se provaram falsas e todos os testemunhos a seu favor se não eram falsos, são inconclusivos, sem fundamentação. Um inquérito será aberto para chegar a fonte de todas essas provas e sua fonte pagará devidamente. Por agora, o senhor David Matthews está sob investigação e a sua licença de advogar será revogada temporariamente. O senhor Peter Matthews foi considerado culpado por tentativa de estupro, tentativa de homicídio, agressão, falso testemunho, evidências fraudulentas e rapto. Condenado a doze anos de prisão sem direito a fiança, uma ordem de restrição que o impede de chegar menos de vinte metros de distância da senhorita Prior será emita quando tiver cumprido sua pena. Esse tribunal está encerrado – Johanna bateu com o martelo.

Peter foi levado, enquanto Jeanine o olhava partir, eu sabia que ela estava com medo do inquérito das provas, também sabia que ela estava envolvida com isso, a justiça foi feita e isso me deixava muito feliz.

Tobias me abraçou e sussurrou em meu ouvido “acabou”, sim agora tinha acabado.

Aquela noite celebramos, finalmente havia terminado e a justiça foi feita. Eu me sentia estranha em sorrir devido aos meus pais, mas eu pensei que era uma vitória para eles também, pois me ajudaram muito.

Com a prisão do meu irmão, tive que cuidar da venda e divisão dos bens que eram dos meus pais, as coisas se resolveriam dentro de alguns meses, mas eu não tinha pressa, eu estava bem, tinha Tobias ao meu lado e todos meus amigos.

Fiz a última prova na manhã do baile de formatura, cheguei em casa me sentindo cansada, estava realmente considerando não ir ao baile de formatura, me joguei na cama e fiquei deslumbrando o teto. Quanto tempo fiquei apenas olhando para o teto? Não sei dizer, estava perdida em pensamentos. Agora que acabou o que eu iria fazer?

Antes meu destino estava certo, eu sabia o que eu queria fazer, mas agora... Que caminho seguir, que rumo eu deveria tomar?

- Pensei que já estaria pronta – a voz de Tobias me tirou de meus pensamentos, olhei em sua direção ele havia acabado de entrar em casa.

- Não sei se eu quero ir – falei voltando a fitar o teto.

- Você precisa ir, precisa mostrar a todas aquelas pessoas que nada disso abalou você – falou ele sentando-se ao meu lado.

- Não estou no clima para festividades como essa...

- Ei – ele falou tocando meu rosto e me forçando olhar para ele – Seus pais iriam querer que você fosse, eles não estão mais aqui, mas eles não querem que você perca as coisas boas que a vida irá lhe proporcionar. Se você está viva, então apenas faça isso, viva!

Eu sei que Tobias tinha razão, mas era tão difícil...

- Quanto a sua viagem, você vai, não é? – ele perguntou e eu me levantei e abracei meus joelhos.

- Eu não sei, quero muito passar alguns dias das férias de verão com as minhas amigas, mas... – eu não sabia o que dizer, as meninas estavam muito animadas com nossa viajem, mas eu não sabia se era certo me dar ao luxo disso... Mesmo diante das doces palavras da Luna, quando ela disse que eles iriam querem que eu fosse em frente.

- Não tem nada de “mas”, você vai sim. Será bom para você dar um tempo de tudo isso – ele falou beijando minha cabeça.

- E quanto a você? – perguntei erguendo meus olhos em sua direção.

- Estarei aqui quando você voltar – ele falou sorrindo.

Eu o abracei, não sei dizer se eu realmente merecia alguém como ele ao meu lado, mas eu me sentia muito feliz de tê-lo. Ele estava certo, meus pais iriam querer que eu fosse feliz, como a Luna havia me dito, porque é isso que os pais querem, o melhor para os seus filhos.

- Ah, e eu quase me esqueci – ele falou afastando-se gentilmente, levantou-se e caminhou até o armário, quando ele saiu de lá, estava com suas mãos nas costas, ele caminhou com olhar travesso em minha direção.

- O que foi? O que você aprontou? – perguntei sem conter um sorriso, ele voltou a se sentar ao meu lado e me entregou uma caixinha revestida de veludo preto, meu coração disparou.

Quando eu abri eu arfei, era um anel espetacular, fiquei sem palavras.

- Já que você vai passar uns dias com a suas amigas, então eu preciso garantir... Sabe como é? – ele brincou e eu o abracei – Quer se casar comigo?

- Claro que eu quero – falei sem soltá-lo, ficamos abraçados alguns minutos e então quando nós nos soltamos ele colocou o anel em meu dedo.

- Gostou do anel? – ele perguntou sorrindo.

- É lindo.

- Era da minha mãe, ela pediu para eu lhe avisar que ela espera que esse anel te traga mais sorte do que trouxe para ela – ele acariciou meu rosto levemente.

- Dará, porque nós não somos eles – falei sorrindo.

- Sim... Gosto de ver você sorrir – ele passou seu dedo no contorno dos meus lábios.

- Enquanto eu estiver ao seu lado, não há motivos para deixar de sorrir, certo? – eu me lembraria dos meus pais, mas a lembrança teria de vir com carinho e dos melhores momentos, eu não precisava me sentir triste. A saudade sempre estará ao meu lado, mas não seria motivo para parar, eu seguiria meu caminho de cabeça erguida.

Tobias acabou me convencendo a ir ao meu baile de formatura, usei um vestido longo branco com gola redonda, manga curta rendada, cabelo preso e tudo o mais simples que era possível, afinal nada foi planejado.

Quando entrei ao lado de Tobias no baile, Christina correu para nos receber, quase morreu ao saber que eu estava noiva, não que fosse algo realmente grande, eu já tinha uma vida de casada com ele nos últimos dias.

Várias pessoas ficaram nos olhando durante todo o baile, mas não importava, eu estava com as pessoas que eu amava, então o resto era apenas isso, o resto.

No dia seguinte, a primeira coisa que fiz ao acordar foi escrever um e-mail contanto as minhas amigas sobre o noivado, alguns minutos depois a minha caixa de entrada estava pipocando com mensagens a princípio chocadas, devido à eu ser muito jovem, a reação da Bella foi ótima, ela foi criada para abominar casamentos prematuros, parece que sua mãe casou-se muito cedo e não deu certo, consequentemente criou sua filha para considerar esse tipo de coisa algo terrível, enquanto a Clary estava completamente a favor, ela não via problemas não era um contrato eterno, se não desse certo poderíamos nos separar, Luna ficou muito feliz por mim, pois assim eu não me sentiria mais sozinha ainda mais que até meu irmão não estava mais comigo, Annabeth (como sempre) começou a surtar, falou que eu era muito jovem para um compromisso desses, quanto a Rose, para ela estava tudo ótimo, era tudo motivo para festejo, ela até fez questão que eu tirasse uma foto do anel para mostrar a elas (mesmo sobre meus protestos de que elas o veriam em alguns dias). O que eu não faço por minhas amigas queridas? Enviei a foto!

Claro que nós nos acertamos, Bella relutante resolveu que era melhor apenas me parabenizar e Annabeth falou que estaria feliz se eu me sentisse assim. Eu sabia que no final elas estariam ao meu lado e felizes por mim, porque isso era o mais importante, que eu me sentisse feliz. Passei o dia inteiro apenas me divertindo com suas mensagens, quando Tobias chegou em casa aquela noite, mostrei para ele as reações delas e ele riu e disse que as entendia. Eu realmente me sentia feliz ao seu lado, eu podia compartilhar com ele qualquer coisa.

E então dois dias após meu noivado lá estava sentada eu, sentada ao lado de Christina, no meio de vários outros formandos, todos usando beca preta e ansiosos, não prestei atenção no discurso do orador, mas me senti muito feliz quando entregaram em minhas mãos o meu diploma do ensino médio.

Festejamos aquela noite, não apenas por conta do meu noivado, mas por causa da minha formatura e todo resto. Eu havia sido aceita em várias universidades, minha mãe fez eu me inscrever nelas bem antes do acidente.

Aquela noite, nos braços de Tobias, eu percebi o que eu queria, o caminho que eu queria seguir estava bem diante de mim e agora eu podia vê-lo.

- Ei – eu o cutuquei, ele estava dormindo então apenas resmungou algo incoerente – Está acordado?

- Graças a você, agora eu estou – ele falou mal-humorado.

- Decidi o que quero fazer, qual curso irei cursar – comuniquei.

- E não podia esperar até amanhã para falar? – perguntou sonolento.

- Verdade, me desculpe...

- Agora que me acordou fala – ele riu.

- Vou começar com “direito”, mas meu objetivo é chegar a juíza. Quero ser como a Johanna, poder fazer justiça do jeito certo, colocar os culpados atrás das grades – falei com determinação.

- Aposto que você, melhor do que qualquer um, conseguirá – ele falou beijando minha testa.

- Vou fazer na universidade que você fazia, porque assim você pode voltar a estudar e estaremos juntos – falei feliz.

- Você pensou realmente em tudo – ele me abraçou – Eu não pretendia voltar, mas se estaremos juntos, então faremos isso.

- Seremos como a Shauna e o Zeke – comentei rindo.

- Não mesmo, capaz de eu me casar com você antes dos dois se desenrolarem – riu ele.

- Podemos marcar um casamento duplo, assim a Shauna poderá ter uma festa grandiosa como ela queria – sugeri.

- Você quem sabe, a escolha é sua, se você quiser podemos nos casar de forma simples, não faz diferença, contanto que seja com você – ele beijou minha testa.

- Contanto que você esteja ao meu lado, nada mais é importante – falei e ele me apertou em seus braços, me sentia feliz.

Eu teria tempo para decidir como iria querer meu casamento, o mais importante era que estávamos juntos.

**********

Era o dia da viagem, minha caixa de e-mails estava agitada com mensagens das meninas, eu estava um pouco triste que a Bella havia informado que não poderia comparecer, eu me prontifiquei a pagar por ela, mas ela recusou, isso era tão Bella!

Clary já estava lá nos esperando, eu sentia um frio na barriga, apenas de pensar que dentro de algumas horas eu poderia abraçá-las.

 

Tobias me levou ao aeroporto e lá eu me despedi dele. Foi com certeza a coisa mais difícil que tive de fazer em dias, durante os últimos meses acostumei-me a sua presença e não tê-lo ao meu lado era algo incomodo, mas não era como se fossemos ficar longe um do outro por muito tempo... E foi com esse pensamento que consegui ir em frente, ele desejou que eu me divertisse, desencasasse minha mente e retornasse para ele cheia de saudades. Isso era bem fácil de fazer.

Após um longo abraço, caminhei para a área de embarque sozinha, sem olhar para trás, eu tinha medo de vacilar em algum momento. Eu teria tudo o tempo do mundo ao seu lado, eu voltaria para seus braços protetores em breve, pensei com um sorriso em meus lábios.

Enquanto o avião estava parado eu estava olhando para meu celular e rindo com os últimos e-mails delas, digitei rapidamente a última mensagem que enviaria antes de nós nos encontrarmos.

“#NoAvião, a caminho das melhores férias de verão de todas! Meu noivo pediu para cuidarem de mim, então espero que cumpram seu pedido, rs! Até já meninas.”

Apertei o botão de enviar e guardei o celular com um sorriso no rosto.

Tive um ano cheio de provações, escolhas, tristezas e alegrias, mas vida é assim um ciclo constante, sempre que algo termina, outra coisa se inicia. Eu estava iniciando-se uma nova etapa em minha vida, cheia de incertezas, onde eu só poderia afirmar duas coisas: Tobias estaria ao meu lado em todos os momentos e poderia contar com Annabeth, Bella, Rose, Luna e Clary para “o que der e vier”. Elas sempre estariam ao meu lado me apoiando e dando suporte.

Porque isso era o que gostávamos de chamar de “Amizade Verdadeira”.


Notas Finais


Primeiro eu quero fazer as considerações sobre o capitulo, eu não gosto do Caleb (NÃO! Sério autora? "Nem tinha percebido" kkkkk), acho que no livro ele mais atrapalhou do que ajudou, de qualquer forma na minha versão ele teve um papel de "irmão puxa-saco fdp", com o final que mereceu.
Agora vamos a parte mais difícil, as considerações finais.
Eu gostaria de agradecer primeiramente a todos os leitores, graças a motivação que vocês nos deram chegamos até esse momento. Então muito obrigada a todos que leram, comentaram e agradeço aos fantasminhas tb, vocês nunca comentaram, mas estavam aí favoritando e ajudando de certa forma a história a crescer. Todos os leitores são muito importantes e eu espero que possamos nos ver novamente nas histórias por aí. Um grande beijo no coração de todos vocês =*
Agora eu gostaria de agradecer a Ludmila Rocha, que gentilmente corrigiu a maior parte dos meus capítulos, porque eu sou uma pessoa cegueta e quando eu mesma quem corrige passa muita coisa. Muito Obrigada Lud, sua linda!
Por ultimo, mas não menos importante eu gostaria de agradecer a todas as autoras que estiveram ao meu lado nesse projeto, obrigada a vocês meninas por me aturarem, eu sei que fiquei cobrando todo mundo, que ficava ansiosa nos dias de post falando de hora em hora "hoje é dia de post X, não esquece", cobrei capas, cobrei comprometimento, cobrei, cobrei e cobrei, é eu tenho esse lado tirano também kkkkk Eu sou muito sistemática com prazos, não foi fácil me aturar eu sei, mas eu tb sei que nós nos divertimos muito, e no final esse projeto não apenas conectou 6 grandes histórias, mas 5 grandes pessoas! Espero que outros projetos possam ser desenvolvidos com esse grupo.
Bruna, Liih e Winnye, vocês começaram como minhas leitoras, tornaram-se minhas amigas e então seguiram seus caminhos como escritoras, eu espero que o caminho de vocês seja repleto de coisas incríveis, porque talento vocês provaram para todos que lerem e que ainda irão ler, que isso vocês tem de sobra.
Nath, você não era minha leitora, nós nos conhecemos nesse projeto, mas me apeguei a você (mascotinha S2), e posso dizer que considero você mais do que uma escritora talentosa, considero você uma amiga também, você tem um futuro brilhante pela sua frente.
Obrigada por terem aceitado participar desse projeto que parecia bem estranho no começo, mas fizemos dar certo.
Obrigada por tudo meninas, vocês são ótimas.
É isso, obrigada a todos que leram e todos que estiveram ao meu lado nesse projeto.
Espero que tenham gostada de tudo, peço desculpas por ter feito uma história tão clichê da Annabeth e uma história paralela ao livro com a Tris (a verdade é que eu acabei fazendo algo as pressas para a Tris), mas eu acho que apesar dos pesares eu fiz um bom trabalho, gostei de ambas e isso me deixa feliz, não fiquei com sentimento de "que merda q eu fiz ali?", pelo contrario eu estou fechando as duas histórias com sentimento de, trabalho bem feito.
Nos vemos por aí o/
O epilogo ainda virá, será postado no dia 15/04/2016 e oficialmente iremos fechar a história. #ConectadasAcabou #FinaisÉpicos

Ass: Kailandra


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