1. Spirit Fanfics >
  2. Conexões Perigosas >
  3. Querida Ruby

História Conexões Perigosas - Querida Ruby


Escrita por: KariNog03

Notas do Autor


Desculpem a demora para publicar esse capítulo, estou em provas na escola, mas vamos lá...
SH

Capítulo 19 - Querida Ruby


  Eu finalmente parei de recusá-lo, ele sempre esteve certo, somos iguais! E esses sentimentos novos? São realmente ótimos, eu deveria ter dito sim a muito tempo, sempre recusei achando que poderia conter esses sentimentos que sempre fizeram parte de mim. Impossível.
 A pouca empatia que me restava foi embora totalmente ontem a noite, quando tive aquele sonho realista que estava num barco. Eu realmente confesso que sempre fui impulsiva, mas isso é completamente diferente, o tal  “calor do momento” agora é responsável por qualquer movimento meu, eu sinto isso. Estou imune a sentimentos afetuosos, e nem ao menos sei se ainda sinto algo por Tourmaline ou Anna, mas que se dane, eu não preciso delas. Está tudo confuso, por ora, mas sei que tudo irá se esclarecer com o decorrer do tempo.
 Essa claramente foi uma mudança radical e necessária, mas me sinto tão bem, livre de uma forma que nunca fui antes. Prefiro morrer afogada nessa movimentada porém, calma maré, do que ser socorrida por alguém. Posso finalmente ser eu, cumprirei a profecia.
 Preparem-se para a nova Ruby Ava Iuglandis!


                                              ******************************
-Anna! -Lin acabara de acordar ofegante e procurava pela mulher enquanto caminhava pela enorme casa, e entrou no quarto onde ela estava e deixou-a preocupada.
-O que houve, Tourmaline? -Ela arregalou os olhos levantando de uma confortável poltrona de cor castanha.
-É sobre a Ruby! Eu tive um sonho estranho, não um comum, mas sim um daqueles significativos. -ela disse organizando as memórias em sua cabeça.
-E o que você viu? -Aflita Anna cruzou os braços enrijecendo os lábios.
-A visão estava turva, era difícil conseguir compreender o que eu via, mas pûde entender que estava numa ilha, e a Ruby num barco em meio a uma terrível tempestade, ela não me via e…
-O que? -Anna não gostou da pausa na fala de Lin.
-Num certo momento o movimento do mar era tão violento que… acabou engolindo-a, ela nem ao menos se debatia para voltar a superfície, preferiu permanecer nas profundezas.
-E o que isso quer dizer? -A viúva Lewis estava preocupada.
-Eu ainda não tenho certeza mas, é melhor irmos até Hogwarts verificar se está tudo bem e avisar Dumbledore deste sonho, estou muito preocupada.
-Você está certa. Eu não vou deixar nada acontecer com a Ruby, nem mesmo por causa daquela maldita profecia. Iremos até Hogwarts ainda nesta manhã!
 Após fazerem a higiene matinal, as simpáticas lufanas desaparataram dali e surgiram em Hogwarts. Entrando no castelo ambas recebiam diversos olhares, principalmente Anna que a certo tempo atrás havia perdido seu marido para Voldemort. Era cedo, ainda o momento do café da manhã e alguns alunos ainda entravam no Salão Principal, sabendo que o diretor também estaria lá, Anna entrou no lugar seguida de Lin atraindo a atenção de alunos, professores e de Dumbledore, que rapidamente saiu de seu lugar e foi em direção a elas. Tourmaline notou que sua irmã comia distraída na mesa da sonserina sem dar a mínima atenção para qualquer fator externo, diferente de Harry, Ron e Hermione que encaravam Lin excessivamente, provavelmente por já terem a visto anteriormente no dia da morte de Sirius e Adam como membro da Ordem da Fênix, e também no 5° ano com Ruby e Marvin na sala precisa, os grifinórios estavam curiosos sobre quem ela era.
 Enquanto Dumbledore caminhava em direção às mulheres, Lin acenou sorrindo e sussurrando um “Oi” para Snape que pareceu não se importar e respondeu apenas com um aceno de cabeça.
-Posso ajudá-las? -Dumbledore perguntou sorrindo.
-Sim, senhor. Tive um sonho significativo sobre Ruby, acredito que seja algo importante e que necessita de extrema atenção, mas preciso de ajuda para decifrá-lo. -Lin falou num tom baixo já que o Salão estava em total silêncio.
-Me acompanhem, pretendo ajudá-las no que for possível.
 Na sala do diretor Lin conversava com ele sobre os possíveis significados do sonho, até ser surpreendida por Marvin que apareceu magicamente no lugar pelo transporte de portal:
-Marvin ouviu Tourmaline falar algo sobre Ruby. O que houve?
-Eu também senti saudades! -Lin cruzou os braços irônica.
-Perdão! Marvin passou muito tempo ausente resolvendo assuntos importantes. Marvin é um elfo mau. -Ele abaixou a cabeça aparentando estar triste.
-Tudo bem, venha cá! -Lin sorriu abraçando e beijando a cabeça do elfo. -Enfim... -ela saiu do abraço o informando: -eu tive um sonho com Ruby, é algo importante e Dumbledore vai me ajudar a decifrá-lo pela pensadeira.
 Após alguns instantes analisando o sonho, Dumbledore permaneceu imóvel pensativo, e ansiosa Anna perguntou:
-O que esse sonho significa, diretor? É realmente algo importante? -Ela disse com a voz atormentada.
-Sim, e certamente muito preocupante. -Dumbledore disse enquanto pensava numa forma de expressar a mensagem do sonho.
-Dá pra ser mais claro? -Tourmaline perguntou o que todos no lugar queriam saber.

-O sonho simplifica a mente de Ruby. -ele fez uma pequena pausa. -Vi que ela estava isolada nas movimentadas marés que representavam seus confusos sentimentos, a ilha que parecia estar distante significavam seus amigos e familiares, e as profundezas do mar… aquele que não deve ser nomeado.
-Então seria a profecia se cumprindo? O senhor sabe se isso já aconteceu, ou é um futuro próximo como geralmente acontece em minhas visões? -Lin perguntou.
-Ainda não é possível saber se ainda vai ocorrer ou se ela já se tornou realmente a “menina da profecia”. -Dumbledore respondeu.
-Pode explicar melhor o que houve na mente da minha filha? -Anna ainda estava confusa.
-Ruby sempre se sentiu sozinha e isolada, e consequentemente, de certa forma distante de seus amigos e familiares, assim não podendo ser ajudada. No sonho, a escuridão dos céus eram seus pensamentos involuntários, as marés dos seus sentimentos selvagens se movimentavam tão violentamente que, num momento de fraqueza, ela cedeu à irracionalidade e caiu nas profundezas dos mares, ficando assim, ao lado de vocês-sabe-que. Apenas o pequeno barco a distanciava do cumprimento da profecia, ela sempre esteve próxima do mal. -ele entristecido disse: -Ela gostou tanto da escuridão, que nem ao menos tentou voltar a superfície, permaneceu imóvel como se estivesse esperando morrer afogada.
 Com essas palavras os olhos de Anna se encheram de lágrimas, estava temerosa pelo o que aconteceria com sua amada e inocente filha. Saiu com Tourmaline da sala de Dumbledore a fim de ver Ruby, que provavelmente estaria na primeira aula do ensolarado dia, de Defesa contra as artes das trevas com o professor Severo Snape.
 As mulheres interromperam a aula do professor de vestes negras e constrangida Lin pensou: “Snape deve achar que eu estou seguindo-o, meu Deus”. Rapidamente Severo pausou a sua aula e fora em direção à porta, dizendo da típica forma ríspida:
-Pois não?
-Dumbledore permitiu que tivéssemos uma importante e urgente conversa com Ruby, viemos chamá-la. -Anna respondeu encarando-o.
-Senhorita Iuglandis, venha até aqui. -Ele chamou a menina que estava distraída em seus pensamentos e que ao levantar fora acompanhada por olhares dos alunos presentes, que eram das casas Sonserina e Lufa-lufa. Inclusive o preocupado e distante olhar de Malfoy a seguia insistentemente.
 Tourmaline e Anna levaram Ruby para um corredor bem iluminado com a luz solar, mas vazio, ideal para uma conversa sem interrupções.
-O que houve? -A menina perguntou para a irmã e mãe, já que nunca vieram publicamente a Hogwarts dessa forma. Provavelmente seria algo sério.
-Como você está? -Anna perguntou filha.
-Bem… na verdade, ótima. -respondeu sendo esmagada sem reclamar pelos braços de sua mãe, e não havia mentiras em suas palavras, ela se sentia bem, mas de uma forma peculiar. A menina franziu o cenho e perguntou: -Vocês vieram até aqui só para me perguntar isso?
-Não… err, viemos saber como você está, porque… tive um sonho. -Lin respondeu aparentando nervosismo.
-Um daqueles que têm significado? Assuntos de videntes? -Ruby riu.
-Sim… e envolvia você. Por acaso sabe algo sobre barcos e tempestades?
 Ruby tremeu por dentro achando que Tourmaline havia descoberto a sua recente “mudança”, mas por fora permaneceu calma, imóvel e com uma rápida resposta em sua boca:
-Não, porque? -Ela franziu o cenho dando ênfase à mentira.
-Bom… se você não sabe, acho que não deveríamos preocupá-la, mas não é nada importante, acredite. -Anna acariciou o rosto da filha.
-Eu quero saber, vieram até aqui só para me deixar curiosa? -Ela cruzou os braços arqueando uma das sobrancelhas. -Me contem o que vocês sabem. - “ou serei obrigada a fazê-las falar” ela pensou. Ruby precisava saber se já era conhecida a sua nova personalidade.
 Após lhe ser explicado o sonho e seu significado, Ruby fingiu raiva e revirando os olhos disse:
-Tem sempre a ver com essa profecia, não é? -Notou que a sua atuação estava indo bem ao perceber a culpa no rosto de Tourmaline por tê-la contado tudo aquilo. -Eu não vou ser o fantoche de Voldemort! -Ela falava a verdade, sua autonomia não havia ido embora, tudo o que faria desse dia em diante seria por vontade própria, ainda assim estava mudada.
-Calma Ruby. Acreditamos nisso, a sua força de vontade é extraordinária, você não será a tal “menina da profecia”. -Anna disse tentando acalmar a filha.
-Sim, Anna está certa, olhe… esqueça o que te contei, não fique chateada, irmã. Certo? -Lin sorriu levantando o queixo de Ruby e não sabendo que ela estava se divertindo com a sua bela atuação ali.
-Tudo bem, irmã. -Ruby respondeu.
 Após Ruby se despedir das mulheres, voltou às aulas do cansativo dia. Ao anoitecer, na sala comunal a menina lia as cartas que havia recebido naquele dia, dos seguintes remetentes: Anna Lewis, Fred Weasley e Sapphirus Iuglandis.
-O que? -Ela ficou em choque ao ler o nome da mãe biológica ali. -Só pode ser uma brincadeira de mau gosto, minha mãe está morta. Se for alguém me fazendo de idiota… tenho ódio o suficiente para lançar um Avada Kedrava! -Ela cuspia fogo pela boca e ainda assim encarava a bonita caligrafia e pensava nas possibilidades de ser realmente a letra de Sapphirus Ansiosa abriu a carta como se pudesse perdê-la a qualquer momento, e leu:
 

“Querida Ruby, acredito que ao ler esta carta, provavelmente estarei morta pelo mesmo motivo que agora estou viva, o meu amor por você e Tourmaline. São dias difíceis e Harlow, seu pai, deve pensar isso tanto quanto eu, já que está em cativeiro com os comensais da morte e você-sabe-quem. Mas sempre há esperanças para dias futuros melhores.
 Darei a minha vida para que viva a sua normalmente, e para não viver a mercê de uma profecia. Você pode fazer o que quiser, sempre que quiser. Seja livre. Ninguém poderá te controlar! A minha amada filha é independente!
 Estou escrevendo estas sinceras palavras numa simples casa no mundo trouxa, enquanto observo você dormir abraçada por sua irmã que odeia ter uma cama só para si. Minha criança de um ano está confortavelmente coberta por um lençol verde pinho da Sonserina da minha época como estudante em Hogwarts, e Tourmaline por algum motivo prefere o amarelo.
 Fiz um voto perpétuo com uma pessoa próxima e de confiança, a fim de que lhe entregasse essa carta no seu 6° ano em Hogwarts. Quando eu estava no 6° ano presenciei a morte de minha mãe, que me deixou de herança através de uma carta, um lindo esconderijo que  mais parece  uma mansão do lado inferior, é o número 0714 do beco diagonal, uma falsa loja abandonada e a senha para entrar é: Libertatem. Agora ele é seu já que por gerações é herdado pela filha mais nova do casal. O voto que fiz diz que meu amigo entregará essa carta para você e outra diferente para Tourmaline, caso estejam vivas, e com plena certeza estarão. São sobreviventes, e nunca se esqueça… eu te amo!

Sapphirus Erin Iuglandis                                       25/10/1981 às 10:45 p.m.” 
       



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...