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História Confessing - Baby, every place I go reminds me of you


Escrita por: xavisball e Heroine505

Notas do Autor


Mais um dia de reencontro desse casal de atletas. Manu, tem como ser menos maravilhoso?

Capítulo 2 - Baby, every place I go reminds me of you


Fanfic / Fanfiction Confessing - Baby, every place I go reminds me of you

Neuer acordou num susto devido ao som estridente de seu despertador. Coçou os olhos e esboçou um sorriso por lembrar que Ana Tereza o veria em campo pela primeira vez. Sentou-se na beirada da cama e pegou seu celular, digitando uma mensagem a ela.

‘’Hoje ainda está de pé, não é? Deixei seu ingresso na portaria 25, é só falar seu nome. E ah, como sei que provavelmente está pensando nisso, não se preocupe, você não estará sozinha. Seu camarote é o separado para família e amigos dos jogadores. Espero que se divirta. E por favor, faça amizades. Te vejo em breve. Manu.’’

Ele tomou banho, vestiu seu uniforme e conferiu as horas, ainda eram 6:30 da manhã. Deveria estar na concentração ás 7h para o desjejum e a preparação para o jogo de mais tarde. Conferiu se tudo que precisaria estava em sua nécessaire, e saiu em busca das chaves de seu carro.

Durante o percurso em direção ao centro de treinamento do clube, Manu foi escutando a playlist feita praquelas próximas semanas, o que animava seu estado de espírito. Quando se deu conta, já estava chegando. Avistou o automóvel de Robben à sua frente, e inúmeros paparazzi em volta deles, no portão de entrada, tentando descobrir algo de novo sobre a partida do dia.

- Bom dia, Neuer. Pronto para agarrar os pênaltis daquele elenco do Borussia?- ele escutou Arjen lhe perguntar, quando ambos saíram de seus carros estacionados lado a lado.

- Sempre pronto, Robben. Passei a noite toda estudando as batidas deles.- aquilo era verdade. Antes de cada jogo, Manuel não abria mão de passar horas a fio analisando vídeos do time adversário. ‘’Só gosto de estar preparado’’, ele vivia dizendo.

Os dois companheiros de time foram juntos até o vestiário. Como era um clássico alemão, Bayern de Munique contra Borussia Dortmund, o técnico do time bávaro resolvera que seus garotos iriam se reunir logo pela manhã para se prepararem, e não diretamente no estádio pouco antes da partida, como de costume nos jogos em casa.

O time chegou no horário certo, e logo já estavam todos tomando o café da manhã especificamente preparado pelo nutricionista de acordo com a posição e atuação de que cada jogador teria na partida. Manu não era muito de seguir certas regras à risca, mas naquele dia ele não queria que nem um detalhe seguisse outro rumo a não ser o que ele planejara.

Enquanto isso, Ana Tereza também já estava de pé. A tenista tinha que seguir muitas das mesmas regras que ele, inclusive naquele momento ela fazia seu desjejum escondendo de sua equipe técnica o deslize na dieta do dia anterior. Última coisa de que ela precisava era um sermão.

Via seu técnico analisar alguns papéis, provavelmente alguma burocracia chata que ela não estava interessada em saber. Se pegou entediada. Só aí se lembrou de checar o celular, por que não pensei nisso antes?

A notificação de sms estava ali, chamando sua atenção. Ana clicou rápido e sorriu involuntariamente ao se deparar com uma mensagem de Manu, de umas horas atrás. Antes que tivesse a chance de responde-lo, Richard, seu técnico, a chamou.

- Hoje vamos trabalhar algumas rebatidas e saques. Não quero te sobrecarregar nas vésperas do campeonato.

- Leu minha mente, Rick.

Richard se levantou, bagunçou os cabelos dela e, antes de ir, a avisou que estava esperando na van. Era hora de ir para seu cantinho favorito: a quadra.

- Vamos Ana, quanto mais rápido fizer, mais rápido estará livre.- ela sussurrou para si mesma, afim de se animar.

Ela resolveu pesquisar mais sobre o jogo de Neuer. Sabia que era clássico, que o estádio estaria cheio e que os nervos de todos os presentes estariam a flor da pele. Mas somente isso. O que ela não esperava, porém, era se deparar com uma matéria envolvendo seu Manu, um jogador do time adversário e uma ex. Aquilo parecia ser interessante. Sentiu seu coração palpitar mais rápido ao clicar no link, e o carregamento da página parecia estar tomando um tempo absurdo.

‘’Como não fiquei sabendo disso antes?’’, a brasileira se perguntou lendo. O texto falava do motivo da recente separação do goleiro, que se tratava de um adultério por parte da ex noiva dele. Nina Weiss. Ela fora flagrada por alguns fotógrafos aos amassos com um jogador, que ela não conhecia, diga-se de passagem, franco-português do Borussia. Raphael Guerreiro. E aquele jogo seria o primeiro confronto entre ambos, depois do acontecido.

Ana Tereza bloqueou a tela de seu telefone e encostou a cabeça no banco, soltando o ar de seus pulmões pela boca. O dia seria longo.

Neuer se encontrava na sala de reuniões, e Carlo Ancelotti em frente de um quadro feito especialmente para demonstrar jogadas. O técnico pregava sobre o estilo do outro time, coisa de que eles já estavam mais do que acostumados. Manuel só estava contando que a presença de Ana o acalmasse e o impedisse de perder o foco. Maldito português. Podia ver, ao ter a presença confirmada na escalação do Borussia, seus companheiros ficarem desconsertados e olharem na direção dele, mesmo que discretamente. Ele já esperava por aquilo. Mentalizou Ana Tereza no camarote do Allienz vestindo a camisa número 1, torcendo exclusivamente para ele e implorou ao tempo para que acelerasse até ao início da tarde, horário da partida.

Depois de seu treino, que graças aos céus não fora muito pesado, a tenista voltou ao hotel e foi separar o que usaria mais tarde. Pegou a recente adquirida camisa do Bayern de Munique, retirando as etiquetas que ainda estavam nela, pois a brasileira ainda não tivera coragem de a usar, mesmo tendo comprado a mesma pouco tempo depois de Nova Iorque. Como o tempo havia fechado de novo, resolveu usar calças jeans skinny e um par de tênis do patrocinador que ela compartilhava com o goleiro, a Adidas. Completou o look com uma blusa de frio que amarraria na cintura, para usar caso a chuva voltasse a cair. Amarrou os cabelos num coque e foi tomar banho, já que recebeu uma mensagem avisando que era hora de almoçar. Podia sentir o estômago dar sinais de ansiedade.

 

Manuel entrava em campo para o pré-jogo. Ouviu a torcida gritar por seu nome, e ele acenou em retribuição. Defendeu alguns chutes de seus companheiros e percebeu alguns olhares estranhos para ele quando o time adversário seguiu para o outro lado para também aquecer. Infelizmente teria que lidar com aquilo durante toda a partida. Maldito português. Chegou a torcer internamente para que a mídia especulasse sobre ele e Ana e aquele história ficasse para trás, estava cansado de ser conhecido como o chifrudo.

Sem querer, seu olhar foi direto para o camarote que ela já se encontrava.

- Pelo visto não sou o único ansioso.- falou para si mesmo, vendo que a morena roía as unhas enquanto esperava mais alguém chegar lá. Praguejava por ter ido muito cedo.

- Então ela veio mesmo?- ouviu Mats pergunta-lo. Percebeu que ficara tempo demais olhando para Ana. Viu também Rafinha se aproximar dos dois. O lateral brasileiro não perderia a fofoca, com toda a certeza.

- Ela veio.

Três jogadores no meio do campo encarando a única pessoa presente no camarote certamente chamou atenção dos fotógrafos ali presentes. Ainda mais depois de perceberem quem era a tal pessoa: a tenista número 1 da atualidade, assim como estampava a camisa que ela vestia. A brasileira só não se tocou do burburinho pois estava entretida no celular.

- Estamos chamando muita atenção.- Hummels foi quem percebeu.- vamos voltar ao aquecimento antes que Carlo reclame.

Agora Manu não tirava mais o sorriso do rosto.

O camarote finalmente estava tendo seu espaço ocupado. Como havia feito seu dever de casa, Ana já sabia quem era a maioria daquelas pessoas, apenas stalkeando alguns amigos no instagram de Neuer. Carolina, a esposa de Rafinha, foi a primeira a cumprimenta-la. Estava empolgada de finalmente ter alguém para poder conversar em português. Ela tinha o mesmo espírito divertido do marido. Ana gostou daquilo.

 

A partida seguia no 0x0. Até o minuto 32 do primeiro tempo, seguia tudo tranquilo. Poucos chutes a gol. Porém, aos 33’, Bartra roubou a bola de Thiago Alcântara e tocou para Raphael, que por sua vez driblou Boateng e deu de cara com Neuer. Literalmente. Guerreiro foi com tudo para cima do goleiro do Bayern, acertando o joelho direito na face do alemão, o derrubando no chão com as narinas sangrando.

A Allienz Arena estava em silêncio. Se via somente comissão técnica preocupada, torcedores chocados e banco de reservas revoltados. Começava ali uma briga entre as equipes, que trouxeram o caso de Nina à tona. Raphael Guerreiro não satisfeito em ouvir de Mats um sonoro ‘’fura olho de merda’’, gritou de volta que Weiss somente procurou nele o que não tinha com Neuer: prazer.

Vendo que Manu desmaiara com a pancada que levou, os companheiros dele partiram para cima de Raphael, que foi defendido pelos colegas dele. E a paz do clássico acabara ali.

Com dois expulsos para cada lado, Mats e Vidal; Raphael e Sahin, o jogo recomeçou com a entrada do goleiro substituto no time de Munique.

Ana Tereza simplesmente não sabia o que fazer. Acabara de ver Manu sendo levado ao vestiário desacordado e sangrando. Carol a sugeriu procurar a enfermaria, que ficava num lugar que ela não conseguiu prestar a atenção, estava atordoada demais. Não ouvia mais nada, apenas correu em direção das escadas, a procura do primeiro funcionário que encontrasse para poder pedir alguma informação.

Sinal de Deus, ou não, um fã dela que trabalhava no estádio que a parara, a própria nem tinha o visto parado naquele canto. Ele pediu uma foto mas a única coisa que ela conseguiu pronunciar foi ‘’onde está Manu?’’

Sem saber nem como chegara lá, Ana Tereza percebera que ela se encontrava na enfermaria, rodeada de médicos, enfermeiros e alguns integrantes da equipe técnica.

- Estou bem, Ana.- ela escutou a voz que a fez acordar do transe.

Caminhou entre algumas pessoas que estavam a sua frente e o viu. Manu tinha alguns chumaços de gaze no nariz, mas somente isso. Ela se viu correndo para o abraçar, involuntariamente.

- Fiquei preocupada.

- Não foi nada demais, acontece. Relaxa.- Neuer tentou tranquiliza-la, sugerindo que ela se sentasse ao lado dele.- Só vou fazer um raio x para desencargo de consciência dos médicos e vou estar liberado. Vamos poder continuar o roteiro.

Ana Tereza não podia acreditar naquilo. O bendito roteiro. Ele lembrara.

- Eu mal estava conseguindo pensar em como eu me chamava há alguns minutos atrás e você já está pensando no bendito roteiro? Manuel Neuer, você não pode ser real.- ela disse negando com a cabeça.

Enfeitiçada pelos olhos dele, Ana se pegou o beijando. O beijo deles não transmitia nada além de carinho. Ouviram um pigarro e se separaram. Era o radiologista que viera acompanhar Manuel até a sala de raio x.

 

Depois de ser devidamente examinado e liberado pelo departamento médico do clube, Neuer foi em direção de Ana com a programação em mãos. Ela riu, tomando o papel dele. Ali dizia que o próximo ponto de destino deles seria Marienplatz.

- É basicamente uma praça, onde fica a prefeitura da cidade. Lá perto tem várias lojas, bares e restaurantes, então teremos o que fazer pelo resto do dia. É lindo, então achei que estaria matando dois coelhos com uma cajadada só.- já no carro dele, Manu tentou explicar para Ana como era a atração turística.

Contudo, nenhuma explicação chegou perto do que realmente era aquele lugar. Ana Tereza se apaixonou instantaneamente pelas obras arquitetônicas e já mal aguentava para ver como ficaria de noite sob as luzes. Assim, os dois passaram o resto da tarde aproveitando para fazer algumas compras; ela tinha prometido levar alguns presentes quando voltasse para casa.

 

Ao anoitecer, Manuel e Ana Tereza já se encontravam exaustos. Manu ainda sentia um pouco de dor de cabeça por causa da pancada e Ana sentia suas pernas pedirem um descanso.

- Vamos comer, tomar uma cerveja e ver o que temos programado para amanhã?- ele a perguntou. Ela concordou imediatamente e eles se sentaram no bar mais próximo. Na realidade, parecia mais um pub no início de seu funcionamento naquela noite.

Estar com Manuel era se sentir normal. Era poder, incrivelmente, sair e curtir com alguém sem receber um milhão de flashes na cara a cada movimento que fizesse, pelo simples fato dele sempre se preocupar em leva-la em lugares estratégicos. Agradeceu mentalmente por ele ter sido o anfitrião em vez dela porque, primeiramente, ela nem teria pensado antes aonde ir com ele, muito menos preparar um roteiro tão divertido e tranquilo para eles seguirem. Com direito a uma playlist totalmente pensada nos gostos e nas atividades que eles fariam. Neuer era simplesmente incrível.

- Que sede, hein?- ele disse rindo ao ver que ela quase tomou sua caneca toda num gole só.

- Não sei o que está maior, se é a sede, a fome ou o cansaço.

- Estamos no mesmo barco.

Dessa vez, apesar de terem tomado a famosa cerveja, os dois se contiveram e ficaram na salada. Ambos não estavam em condições de continuar a burlar suas dietas.

Depois de pagarem a conta, Manu e Ana se arrastaram até o carro do alemão, um gargalhando da situação degradável do outro.

- E eu ainda tenho treino amanhã cedo. Bem que Rick podia esquecer de programar o despertador.

- Amanhã vou treinar separado do time, pela tarde. Ancelotti quer fazer um pouco de drama sobre minha pancada para ver se a UEFA dá uma punição maior ao maldito português.- ele disse rindo.

- Então voltamos à programação pela noite?- ela o perguntou.

- Sim, senhora.

 

Neuer a deixou de volta no hotel, já sentindo falta da presença dela antes mesmo de Ana sair do carro.

- Não vai me contar qual o roteiro de amanhã?

- Hum... vou preferir o suspense. É mais emocionante.- Manuel a respondeu. Ele se aproximou dela e a beijou com mais intensidade que mais cedo, se separando apenas quando já faltava ar em seus pulmões.

- Te vejo amanhã, alemão.

- Esteja preparada.

 



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