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História Confidences - Confissão especial: Você me faz bem.


Escrita por: LukaHatsune

Notas do Autor


OLÁ MEUS NEKOS!

Sim, dessa vez eu tomei vergonha na cara e o especial não ficou pra última hora! Estou feliz com isso!

E gente, sério, antes de irmos direto ao ponto eu quero agradecer muito a vocês. Sério, Confidences foi muito bem recebida esse ano, com comentários maravilhosos e favoritos maravilhosos de leitores mais maravilhosos ainda. Eu sou muito, muito grata a vocês por tudo.

E já que eu só volto ano que vem(piadinha tosca), eu trouxe o especial de ano novo! E antes de lerem eu quero dizer que os especiais não influenciam na histórias em si, mas eles se relacionam entre eles, OK?

Então, chega de enrolação, até lá em baixo e um ótimo ano-novo pra vocês meus lindos e lindas!

Capítulo 15 - Confissão especial: Você me faz bem.


Era apenas uma questão de minutos. Às 23h:35min, faltando apenas alguns minutos para a grande virada do ano Adrien olhava pela varanda. O pai não estava presente —o que já nã era mais nenhuma novidade— e naquele momento só queria aproveitar o vento frio de Paris em meio a noite estrelada.

Não sabia ao certo porque estava com aquela roupa branca. Não iria para lugar algum e provavelmente ninguém o veria, mas mesmo assim gostaria de se sentir parte daquilo tudo.

—Por que não vai na festa de ano-novo daquele seu amigo? —Plagg o perguntou ao tentar colocar um pedaço de queijo maior que sua cabeca na boca.

—Acho melhor eu não ir. —Disse mantendo o olhar em alguma estrela qualquer.

Plagg engoliu o queijo e olhou para Adrien. Sentiu uma pontada de tristeza, sabia que ele não estava admitindo, mas ele podia ver que ele ainda tinha uma breve esperança de que o pai aparecesse.

Acabou sentando em sua cabeça e bagunçando os fios loiros. Dali ele pode ver que sua suspeita era verdade quando naquele momento ele soltou um suspiro cansado.

E pensar que anos atrás toda a família estava no centro de Paris fazendo a tão esperada contagem regressiva. Não podia negar que sentia raiva do pai, ele não fazia nem um pouco de questão de manter a memória da mãe tornando aqueles dias especiais e alegres como eram. Ele preferia se afogar em sua própria mágoa.

—Sinto muito. —Plagg o disse em um momento de empatia.

—Não precisa sentir. —O respondeu. —Afinal eu já esperava por isso, vamos só continuar com o plano inicial de esperar os fogos não é? Não ia ser diferente de qualquer jeito.

Olhou novamente para o céu enquanto Plagg pensava em qualquer coisa para dizer. Mas antes que pudesse até mesmo raciocinar as batidas na porta tiraram sua atenção e o pequeno Kwami se escondeu dentro do casado de Adrien.

—Pode entrar.

Quando a porta se abriu vagamente Marinette surgiu tímida. As bochechas mais vermelhas que dois morangos e os olhos azuis correram pela varanda até o encontrarem.

—Oi A-Adrien. —Ela disse com a voz fina e baixa se amaldiçoando por já estar gaguejando antes mesmo de começar uma real conversa.

—Oi Mari. —Falou com um sorriso no rosto ao vê-la se aproximar mansamente.

O vestido branco rendado que usava era lindo ele não podia negar, não duvidaria nem mesmo que um pouco que fora ela mesma quem o fizera. Era praticamente sob medida, e naquele instante ele não sabia em que focar; no vestido, em seus olhos azuis, nas madeixas azuladas que pela primeira vez —ao menos para ele— se encontravam soltas e caiam por seus ombros.

Tudo estava lindo, ela estava linda.

—Deveria estar na festa do Nino, não é? —Adrien a perguntou quando ela finalmente parou à seu lado.

—Bom, e eu estava. —Ela o disse apertando os próprios dedos. —Só que você não aparecia e então a Alya e o Nino meio que me mandaram aqui ver se estava tudo bem.

—Diga a eles que não precisam se preocupar. —Deixou um sorriso breve escapar. —Eu só acho que eu não vou nessa festa.

—Por que não? —Marinette não pode esconder a decepção na voz. —Todos estão lá, até mesmo a Chloé.

Adrien riu. Chloé havia virado um ponto de referência. Se até mesmo ela —que era especialista em achar um defeito e reclamar de tudo — estaria lá, pôr que não ele?

Mas essa era a questão. Nem mesmo ele sabia o porquê de não estar lá, não tinha mais esperanças do pai aparecer, então talvez fosse apenas por medo? Uma inevitável falta de coragem?

—Sinceramente Marinette, eu não sei. —Ele a respondera com a única coisa que veio a mente. —Eu realmente não sei.

—Não sabe?

—É, eu realmente não sei. Não sei se é por medo, por uma falta de convivência com as pessoas ou uma falta de esperança. Eu definitivamente não sei.

As palavras se embolaram quando saíram de sua boca, mas passaram lentamente na cabeça de Marinette. Pode ouvir claramente cada palavra, mas foi aquela "falta de esperança" que ecoara mais forte.

—Falta de esperança?—Repetira novamente em uma pergunta. —Como assim falta de esperança?

—É que... Eu tinha esperança de que as coisas pudessem mudar, me entende? —Sua voz soara vaga. —Mas parece que eu estava errado. Quer dizer, aconteceram coisas ótimas comigo, coisas que eu mal acreditava ser possíveis e eu sou grato por isso. Só que parece que falta algo, ou alguém que realmente faça mudar. E eu sinceramente não acho que isso seja possível. Acho que perdi as esperanças de que algo mude.

Quando percebeu, as mãos de Marinette seguravam as suas. O rosto parecia mais vermelho que tudo, mas os olhos brilhavam ao o encarar.

—Olha, eu também tinha esse tipo de pensamento. —Ela disse.—E sempre que eu acabava me frustando. E eu demorei muito para poder entender que eu não dependia de ninguém para mudar, para fazer diferente. Só depende de você, tem que fazer o que é melhor. Estar com quem lhe quer bem, com quem te faz feliz. Com quem te faça mudar. Você tem amigos e pode ter a certeza de que eles vão te dar um empurrão e falar: "Você vai fazer diferente esse ano!" Tem que estar com quem só quer o melhor para você, me entende? Com quem te faz bem!

Pelos céus como adorava aquela garota!

Em poucas palavras ele sentira o quanto ela estava sendo sincera naquilo, era uma maneira indireta dela dizer que ela se preocupava e que estaria sempre ali. Conseguia ver aquilo nos olhos de Marinette, não conseguia ignorar aquilo, eles eram tão expressivos, tão brilhantes...

E droga, ele não conseguia tirar a atenção dela.

Sorriu para ela e pegou firme sua mão, Marinette tinha a sensação de que iria desmaiar ao ver aquele olhar alegre e leve com aquele sorriso direcionado unicamente a ela.

—Hey Mari. —Adrien disse. —Acha que ainda conseguimos chegar a tempo na festa?

Marinette sorriu abertamente. O puxou pela mão e desceram as pressas as escadas, despediram-se brevemente de Nathalie e correram rua a fora.

Em nenhum momento os dois pensaram em chamar o motorista, mas também algo dizia a eles para não fazerem isso. Não queriam trocar aquele momento por nada, mesmo que estivessem completamente atrasados com os minutos passando mais rápido do que eles queriam, não trocariam aquilo por nada.

E por um momento, por um ínfimo momento, Adrien sentiu que já vivera aquilo. Correr assim por Paris com ela lembrava-o de quando fez a mesma coisa com Ladybug. E Marinette tinha o mesmo sorriso de quem estava adorando, a mesma expressão de serenidade.

Os mesmos olhos brilhantes.

—Marinette...

Antes que pudesse dizer qualquer coisa eles viram a casa de Nino e pararam na porta, ofegantes e cansados. Não tiveram nem mesmo tempo para recuperarem o fôlego, pois a porta foi aberta e uma Alya completamente esbaforida os viu e os puxou para dentro.

—Chegaram bem a tempo! —Foi o que ela disse.

Ambos chegaram ao enorme quintal de Nino onde todos da sala estavam reunidos olhando para o céu fazendo a contagem regressiva.

10!

Marinette e Adrien nem mesmo perceberam que suas mãos continuavam seguras firmes uma nas outras.

9!

Apertaram mesmo que inconscientemente uma a outra mais forte.

8!

Quando se deram por conta os olhares se cruzaram, verde no azul.

7!

Os rostos corados.

6!

As respirações ainda arfantes.

5!

As pernas trêmulas.

4!

O espaço entre eles que se tornava cada vez menor.

3!

As respirações se encontrando.

2!

Os narizes se tocando.

1!

Os fogos subiram aos céus em cores maravilhosas. Os abraços distribuídos, os sorrisos sinceros, a amizade sincera no ar.

Mas para Adrien e Marinette só haviam os lábios de um e outro. Apenas os dois, selando que estariam ali juntos mais um longo ano.

Quando se afastaram Marinette estava mais vermelha que um tomate, e seu rubor não sumira quando ele se aproximou dela e sussurrou mansamente em seu ouvido.

—Você me faz bem.

E depois disso, restaram apenas as mãos juntas.


Notas Finais


Beijos meus amores! Uma ótima virada de ano pra vocês é que tenham um maravilhoso 2017!

Beijos de novo e não se esqueçam de comentar, tá?

Beijos outra vez e até mais!


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