História Confident - Love sucks

Callie POV

Acordei sentindo a falta de Justin ao meu lado, me apoiei na cama me sentando na mesma e vi Justin agachado de frente a uma janela tentando cortar uma corda. Eu não me recordava de ter visto uma janela nos dias que eu estava aqui. Por ela podia ser visto a avenida de trás da casa. Meu coração de relance acelerou. Era nossa oportunidade e Justin pareceu pensar o mesmo quando pensou em cortar aquelas cordas. Saí da cama passando reto por Justin que sorriu pra mim, ignorei e me tranquei no banheiro. Me observei no espelho por longos segundos e eu estava um caco. Cabelo ressecado, pele sem cor... um desastre. Ouvi Justin resmungar algumas coisas mas ignorei também, não era tpm, mas algo dentro da minha consciência me avisava que era errado. Estava saindo tudo ao avesso. Era um erro que foi cometido inicialmente por mim, Justin sabia que eu era vulnerável a ele e se aproveitou disso. Me traiu, me usou e se aproveitou da minha inocência, e eu simplesmente deixei o vento levar, sem nem ouvir o seu lado diante disso. Lavei meu rosto e continuei a me observar mergulhada em meus pensamentos.
        
          Saí do banheiro batendo a porta com força, Justin olhou para mim surpreso e soltou a faca no chão, vindo até mim. 

– O que aconteceu pra você estar com tanta raiva? – perguntou se aproximando, sentando na cama e me apoiando seus braços na perna, esperando minha resposta.

– Não finge que não sabe o que aconteceu porque você sabe o que foi, e sabe muito bem o porquê de eu estar assim – falei e vi sua expressão mudar, para pior com certeza.

– Callie, nem vem você também, estava tudo bem entre nós até noite passada e agora do nada você acorda assim toda chata – revirei os olhos batendo meus pés no chão de madeira.

– Não estou toda chata, é apenas a verdade Justin, o que você pensou que eu ia fazer quando soubesse que você me traiu com a Katherine? Pensou que eu te deixaria não é mesmo? Mas não, aqui estou eu com você. Agora, está vendo como eu sou idiota? Eu não te mereço.

– E por que você não fez nada? Por que ficou calada?  Por que não quis explicação? E por que você acha que eu não falei nada sobre você dançar em uma boate? Porque você me ama Callie. E não importa o que eu faça, você vai continuar me amando, porque o amor, ah, o amor, nunca é como a gente quer. Ele é como uma droga, você quer por perto mas sabe que é errado; você vicia nele mas sabe que não vai conseguir sair do vicio; você quer esquecer, mas o amor sempre vai te fazer lembrar. E o pior, o amor te faz cometer coisas idiotas. – falou indo até a beira da janela e sentando lá novamente na mesma posição de antes.

– O amor serve apenas para iludir quem não é correspondido – falei com lagrimas nos olhos.

– Você esta se mostrando mais fraca e vulnerável a mim – disse ele voltando a cortar a mesma corda. 

– Por que me traiu com a Katherine? Por que me fez de idiota todo esse tempo? Por que finge se importar comigo? 

Porque eu... eu.. não sei. Não sei porque fiz aquilo, Callie, eu só queria ficar com você no começo, queria mostrar pra todos que você foi minha, mas você não imagina o quanto eu fiquei mal quando você disse que confiava em mim e eu ainda assim me aproveitei de você. Eu não me sinto mais eu mesmo depois que você foi para Miami. Minha vida se resumiu em te seguir e te bajular o tempo inteiro e eu consegui o que eu sempre quis nesses 6 meses que você me negava. Mas, depois que consegui isso, e que te trai com a Katherine, eu percebi que eu não sabia mais o que fazer agora que já tinha conseguido o que eu queria. Eu... percebi que eu não consigo viver sem você ao meu lado, eu só não consigo admitir isso... Nem mesmo pra mim. Me toquei que o que eu sempre quis desde aquele tempo que nos conhecemos, era você, eu precisava de você, e você de mim. Eu.. – ele foi interrompido pelo toque do seu celular vindo do banheiro. Ele levantou e passou a mão no rosto afastando algumas lágrimas que desceram enquanto ele se declarava. Ele se declarou pra mim. O quão difícil seria para meu cérebro absorver essa informação? Justin Bieber se declarou. Para mim.

Eu sentia borboletas no estômago e ele já se embrulhava de nervosismo. Ele foi tão sincero ao que disse, conheço Justin a muito tempo pra saber quando ele mente e quando ele está sendo sincero. Desta vez, eu não tinha duvidas, ele falava a verdade. Só seria difícil de entender o porquê. Não era tão fácil ser traída e logo escutar uma declaração dessas. Uma parte de mim queria que eu nunca mais me envolvesse com Justin, e a outra me alertava que tudo aquilo que ele falou era verdade. Como ele mesmo disse, não importa o que ele faça, eu vou continuar o amando mesmo que eu me ferre no final, como sempre. Justin pegou o telefone e veio até a cama sentando e ainda me observando com o mesmo olhar de quando ele disse aquilo tudo pra mim.

– Sim, estamos bem, olha Jace, meu celular vai acabar a bateria, você precisa arrumar um jeito de nos buscar. Tem uma janela presa por cordas no quarto. Vou tentar cortar todas elas e quebrar o vidro. Mas o alarme de fora da casa vai ser acionado. Você precisa desligar e quando o Monroe não estiver em casa – meu coração de um pulo ao ouvir o nome de Jace. Eu sentia falta do melhor amigo do mundo, apesar de que depois daquilo entre nós, tudo mudou. 

– Põe no viva voz – sussurrei e Justin apertou o botão segurando o celular longe de si.

– Vou fazer meu máximo... Como a Callie está? Ela melhorou? – perguntou e eu sorri involuntariamente.
Callie está bem. E Annie? 

– Annie está melhor apesar de que tomou muito remédio sedativo enquanto estava trancada ai, por isso não sentiu dor alguma. Isso de alguma forma piorou seu estado, segundo o medico, mas fala para Callie ficar tranquila porque estou pagando os melhores tratamentos e ela ja está bem melhor - falou me fazendo repetir mentalmente que a Annie estava em boas mãos. – Está sabendo da novidade? 

– Que novidade? – perguntou Justin franzindo a testa

– Eu estava na sua casa ontem porque seus pais estão bastante preocupados e eu fui tranquiliza-los e sua mãe estava super feliz.

– Por que?

– Katherine estava lá também... – bufei baixinho.

– E..? – Justin incentivou sorrindo ao perceber meu ciúme.

– E sua mãe estava feliz porque... vai ser vovó.