História Confident - She is not what you think

Não importava quantas vezes eu era nocauteada
Mas você sabia que um dia eu ficaria de pé
Apenas olhe pra nós agora

      No dia seguinte, eu e Justin tratamos de resolver minha saída daquele hospital infernal. Se um hospital dos Estados Unidos era péssimo imagine um que as pessoas falam uma língua totalmente desconhecida.
   - Você quer voltar pra casa? - Justin perguntou assim que saímos do hospital e entramos no táxi de Richard.
   - Não. Ainda quero aproveitar Vienna... - falei o abraçando. Ele retribuiu o abraço e beijou minha mão. Justin estava realmente um cavalheiro, e isso me impressionava muito.
   - Vocês vão voltar pro hotel agora? - perguntou Richard pela primeira vez naquele dia. Assenti calma e ele virou na esquina sem dizer algo. Ele ainda estava muito mal pela neta, imagino que se meu pai se importasse comigo, provavelmente também ficaria arrasado se acontecesse algo como aquilo comigo. 
 
      Justin percebeu minha preocupação e me trouxe para mais perto dele. Ele abaixou a cabeça e beijou minha barriga levemente sorrindo. Eu sou a mais sortuda de todas por ter ele pra mim, Justin é o melhor, ele sempre foi.
   

Justin POV

       Chegamos ao hotel e eu logo abri a porta do carro saindo antes de todos. Callie veio desengonçada atrás de mim com uma careta por eu não ter a ajudado a descer do carro. Revirei os olhos e fui pegar a chave do quarto na recepção. Assim que a peguei, apertei o botão do elevador e o parei com o pé esperando Callie chegar. 
   - Quanto tempo você ta ai com esse pé impedindo o elevador de fechar? - Callie riu apertando os botões. A abracei por trás e tirei os cabelos de seu ombro depositando um beijo ali, ouvi Callie arfar.
   - O tempo que você passou pra chegar aqui! - ri bagunçando seu cabelo e ela me empurrou com raiva. Um dos problemas das grávidas era esse, mudança repentina de humor e hormônios a flor da pele.
      Chegamos no meu andar e Callie saiu em disparada até o nosso quarto, bufei andando mais devagar ainda. Uma coisa que era extraordinária de fazer era deixar Callie com raiva desnecessariamente. Ela ficava fofa assim.
   - Abre logo essa porta! - ela esbravejou balançando a fechadura com raiva. Ri baixo e passei o cartão pelo leitor. 
   - E o meu beijo? 
   - Você ta muito chato, não merece beijo nenhum! - ela disse tirando seu vestido. Na minha frente. De novo não, pensei.

[...] 

       Acordei irritado com a campainha do quarto quase gritando no meu ouvido. Me sentei na cama sentindo a ausência de Callie ao meu lado. A porta do banheiro estava aberta então ela havia saído. Sozinha. Não totalmente sozinha, mas com Richard. Mesmo assim era perigoso. Bufei levantando, um bilhete estava em cima da mesinha ao lado da cama.

    Meu amor, fui em um mercado comprar algumas coisas. Richard está comigo, fique tranquila, não vou ser sequestrada! E o que eu vou fazer lá é uma surpresa. Beijo. Eu te amo.                    

- Mrs. Bieber 

Ri sozinho e caminhei ate a porta porque a campainha continuava tocando freneticamente. Bufei ao perceber que eu ainda estava apenas de cueca, grande merda. Abri a porta rápido me deparando com Natalie. Não a Natalie do hospital. Uma Natalie totalmente diferente, acho que por estar apoiada na porta de lado e apenas de calcinha e sutiã.
   - O que faz aqui? E desse jeito...? - perguntei rolando meus olhos por todo seu corpo. Que ridícula! 
   - Vim perguntar se Callie tem um short pra me emprestar... - ela disse com os olhos fixos no meu abdômen. Seu sorriso era diabólico. Short? Não tinha desculpa mais aceitável não? 
   - Ela saiu. Não sei quando volta, aviso que você esteve aqui. Tchau - falei fechando a porta, mas Natalie colocou um pé antes que eu de fechasse.
   - Por que a pressa? Você não sabe quando ela volta - ela disse passando sua mão pelo meu abdômen. Respirei fundo me controlando. Essa Natalie é uma filha da mãe sem ofensas.
   - Pensei que você ainda estivesse mal pelo seu filho, mas vejo que não... - falei irônico tirando sua mão de mim. Ela riu escandalosa e colocou a mesma mão no elástico da minha cueca.
   - Aquele pirralho? Tenho certeza que foi pra um lugar mais bonitinho! - ela disse rindo. Ela poderia estar chapada por dizer uma coisa dessas do filho. Mas, conheço muito bem uma pessoa chapada, e ela estava bem longe disso. O nome do problema dela era mentira.
   - Então por que é que você não volta pro seu quarto? - perguntei a repreendendo com o olhar. Nada adiantou.
   - Já Bieber? E que garota idiota. E aquela barriga... - ela disse ainda rindo. Meu sangue ferveu e minha vontade era dar um tapa na cara dela mas prometi a mim mesmo que nunca mais bateria em mulher alguma.