História Confie em Mim - Capítulo 24

Luan Narrando 

Bruna entrou na sala onde eu estava e Thiago saiu dali.

-Pi?-fazia um tempinho que Bruna não me chamava assim. -Vai mesmo ficar? Vai pra casa, toma um banho, come, fica com Nicole e depois volta!

-Se ela morrer e a Nicole?-abaixei minha cabeça ali e fiquei olhando para Sofia ali na cama da UTI parada, com seus olhos fechados, sem um sorriso ou um bico de zanga naquela boca. 

-Ela não vai morrer Luan! Tenha fé em Deus!-Bruna pôs a mão em meu ombro. 

-Eu tenho mas tá ficando difícil! Eu vou lá, mas se acontecer qualquer coisa, qualquer coisa mesmo me liga por favor! -sai dali e somente a mãe de Sofia ainda estava lá fora. -A senhora ainda está aqui?

-Acabei de chegar e ela?

-Está lá dentro! Pode entrar so está a Bruna lá! -depois disso Lili parou mais de encher o saco, ela vinha aqui no hospital, me distraía com Breno e ia embora. Cheguei em casa e Geovana estava na sala com Nicole eram seis da tarde, tomei um banho e troquei de roupa, desci e elas ainda estavam ali. -Deixa eu ficar com ela?-Geovana me deu Nicole, pelo menos ainda tenho contato com esta parte viva de Sofia. Peguei Nicole em meus braços e subi para meu quarto, pus ela em minha cama e a dei um brinquedo qualquer. -Ooo minha princesa, sua mamãe pode nos deixar a qualquer momento sabia? Eu queria ser você nesse exato momento, pra não me preocupar com nada e somente brincar! -passava a mão em sua cabeça. -Se ela nos deixar eu juro que vou cuidar de você pra sempre minha pequena!-depositei um beijo na Cabeça de Nicole e fiquei deitado com ela, refletindo com meus pensamentos quando ela começa a chorar. -Eiei xiu! Calminha! Calma! Ai meu Deus o que que eu faço? -sinceramente não sei fazer um bebê calar a boca, principalmente Nicole a qual eu quase não tenho contato por ficar mais com Breno. -Senhor Amado o que é que eu faço?- peguei Nicole nos braços e a balancei , isso so piorou a situação. Ela chorou mais ainda, se expremia toda e isso estava me deixando agoniado e com medo. 

-Precisa de ajuda? -Geovana apareceu na porta do meu quarto. A entreguei Nicole, depois de uns segundos ela calou a boca.

-Nossa que baguiu você fez? -fiquei intrigado com aquilo. 

-Você é um estranho so isso!

-Como assim eu sou um estranho? Ela me conhece faz quase seis meses!

-Você conhece ela, mas ela não te conhece! Não conhece teu cheiro, teu calor... ela estava com seu brinquedo quando ele perdeu a graça ela olhou ao redor e não viu um rosto conhecido então começou a chorar! Luan.. não fica assim! Mas é que desde que Nicole chegou nesta casa você quase não fica com ela, somente eu e Sofia!-Geovana saiu dali e eu fiquei com aquilo na mente. Por isso Sofia reclamava tanto que eu so ficava com Breno, era verdade e eu nem me ligava, hoje Bruna fechou a agência mais cedo, se amanhã ela não quiser ir vai ficar fechada, porque eu não vou. A bebê que eu disse que ia ser minha filha não me reconhece, porque eu não deixei ela me conhecer. Chorei um pouco ali no quarto, já eram nove da noite, ninguém do hospital me ligou mas eu resolvi voltar lá, lavei o rosto e peguei as chaves do carro. Estavam todos na sala de espera. 

-O que foi? -cheguei agoniado.

-Nada! So nos mandaram sair da sala faz mais hora, então ficamos aqui! -minha mãe disse e se sentou ao lado da mãe de Sofia. 

-Mas eu quero ver ela!

-Se você convencer o médico!- Bruna disse avistei o médico e fui até ele.

-Preciso ver ela!

-Visitas por hoje não! So amanhã agora!

-Amanhã ela pode estar morta! Quero ver ela agora! Eu preciso doutor!  Você não tem esposa, namorada? -ele assentiu. -Não faria de tudo para ficar ao seu lado? Deixa por favor!

-Está bem, mas somente dois vão poder passar a noite na sala com ela! Se decidam e entram, daqui a pouco mando a enfermeira conferir!-abri um sorriso enorme e agradeci, pedi para a mãe de Sofia me acompanhar, nada mais justo do que a própria mãe dela entrar ali. Estava um silêncio, abri a porta e avistei Sofia em sua cama, ainda imóvel, somente com aqueles aparelhos a controlando. Me sentei ao seu lado, a mãe dela ficou mais distante, ao lado de uma janela sentada em uma poltrona. 

-Meu amor...-beijei sua testa. -Fui tão burro com você! Não entra totalmente em coma por favor, eu vou morrer! Preciso que você abra o olhos para eu te pedir perdão pelas burradas que já fiz com você e com Nicole. - eu sabia que ela não me ouvia, mas conversar com Sofia me fazia bem, não era uma conversa total, mas ela estava ali e isso bastava. A mãe de Sofia havia inclinado a poltrona e dormido ali. Me apoiei em meus braços e dormi ali, acordei com a alteração do som dos aparelhos, o coração de Sofia estava parando vi isso em filmes.-UM MÉDICO POR FAVOR! UM MÉDICO AQUI!-sai gritando na porta e logo enfermeiros e o médico invadiram a sala. Ficaram todos em volta de Sofia me fazendo afastar e ficar perto da mãe dela. Eles faziam a massagem no peito mas nada mudava, aplicavam medicamentos na veia e ela não reagia, eu estava perdendo ela eu estava perdendo Sofia. A saída foram os choques elétricos, o médico pegou o desfibrilador. 

-Carrega em 200! AFASTA! -ele gritava e colocava no peito de Sofia eu observava aflito aquela situação, a mãe de Sofia apagou eu não sei, mas ela ainda estava dormindo com isso tudo acontecendo. -Em 300! AFASTA! -meu Deus, ela vai morrer e a culpa é minha. Vou perder o amor da minha vida aqui nesta hospital, e a última lembrança que vou ter dela é a nossa briga com ela dizendo que me odeia. Isso não pode acontecer, não pode, se Sofia se for, eu vou junto com ela, não sei como, mas eu vou com o meu amor. Lágrimas invadiam meu rosto e o desespero apertava meu coração, ver Sofia sendo apertada, impulsada por aqueles aparelhos que forçava o coração dela a bater e voltar a vida, me partia a alma, me abaixei ali no chão, preferi não olhar mais, abaixei minha cabeça entre as pernas e o jeito era orar a Deus para que tudo ficasse bem.

Continua? ...