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História Confissões de uma Docete em crise! - Hoje é dia de Clube da Luluzinha


Escrita por: Sibylla

Notas do Autor


Gente, socorro! Eu estou frenética aqui tentando avançar na trama e por mais que tente reduzir o texto, a emoção fala mais forte! DESCULPA!
Desta vez, eu jurei que ia segurar a onda e acho que consegui cumprir. Embora o episódio possa ser bem 'marromenos', ele é bem importante para vocês conhecerem um pouco a docete e entender O QUE TA CONTESENU, né! Maaas como sei que vocês são bem espertos e já sabem que essa fic shippa Castnyss, vem comigo e se joga nessa leitura.

Beijinhos <3

Capítulo 23 - Hoje é dia de Clube da Luluzinha


Fanfic / Fanfiction Confissões de uma Docete em crise! - Hoje é dia de Clube da Luluzinha

Assim como havia prometido para a Rosalya, logo que o sinal tocou, fomos juntas para a minha casa. Alexy não gostou de ter que ficar de fora desta, mas eu garanti que na próxima, ficaríamos os três para fofocar por toda a madrugada. Ele ainda me pareceu tristonho quando nos despedimos na escola e isso me fez sentir o mais profundo remorso por não ter pedido autorização dos meus pais, para trazê-lo em casa. Tenho que pensar depois em algum jeito de recompensá-lo.

Ao chegar em casa, minha mãe nos recebeu e fomos almoçar somente nos três, entre mulheres. Conversamos sobre nossa estadia na Califórnia até a nossa mudança, e claro, minha mãe fez questão de contar vários podres do meu passado. Até que chegamos em um assunto perigoso: os rapazes da escola.

Comecei a suar frio quando Rosalya contou sobre Leigh e minha mãe nitidamente se interessou no assunto. Não sei se ela emendaria para incluir o Castiel na conversa, mas com a cabeça de vento que tenho, acabei esquecendo de comentar com Rosalya que ainda não havia contado para minha mãe sobre todos os detalhes da festa.

Mãe: - Uau, você é muito segura, Rosalya! Quem me dera ter toda essa autoconfiança quando tinha a sua idade.

Rosalya: - Imagine! Você conseguiu construir uma bela família! A Kady é uma ótima amiga. Espero ter esse privilégio de ter uma casa, filhos e um marido que me ame.

Mãe: - Hahahaha... que graça.

Minha mãe sempre se deu muito bem com minhas amigas e com Rosa não foi diferente. Eu até me sentia um pouco de fora no assunto. Devo admitir que era como se eu fosse um peixe fora d’água.

Mãe: - Falando em garotos, a Kady me contou sobre um da escola de vocês e quero saber a sua opinião sobre ele.

Puxa, por que eu fui pensar nisso? Parece até que meu pensamento tem força! Sem dúvidas, eu prefiro me sentir como um peixe fora d’água, mas já era tarde. O assunto se voltaria para mim agora. Eu olhei nervosa para Rosalya e ela entendeu o recado.

Rosalya: - O Castiel?

Mãe: - É. Outro dia, a Kady chegou em casa chorando por causa dele.

Rosalya: - O Castiel tem um temperamento difícil, é verdade, mas ele é legal, na maioria das vezes. O que acontece é que eles tem gênios fortes e acabam se desentendendo.

Mãe: - As coisas que ele diz a ela é um pouco mais do que ter gênio forte, não acha?

Rosalya: - Se quer a minha opinião, eu acho que ele descontou a raiva dele que sente do Nathaniel na Kady. E por ciúmes já que o Nath que teve a coragem de convidar a Kady para a festa.

Mãe: - Falando na festa, como que foi?

De repente, vi minha mãe olhar para mim e eu estava tão nervosa que tive que me endireitar na cadeira. Rosalya tomou um gole do seu suco e me olhou, arqueando as sobrancelhas como quem diz: ‘anda, fala’.

Kadnyss: - Ah, foi normal. Eu dancei bastante e me diverti com meus amigos.

Mãe: - Não aconteceu nada de demais?

Kadnyss: - Uh...

Rosalya: - AI, CÉUS, EU NÃO AGUENTO! ELA QUASE BEIJOU O CASTIEL! PRONTO! FALEI! DESCULPA, AMIGA!

Rosalya deu um pulo na cadeira, quase explodindo em tanta empolgação, e riu divertida ao me ver completamente desconsertada na frente da minha mãe.

Mãe: - O que? Eu não acredito!

Minha mãe me olhou com um sorriso incrédulo e eu cobri meu rosto com as mãos, desejando não existir e desaparecer dali agora mesmo.

Mãe: - Isso é verdade, querida?

Eu assenti com a cabeça e me debrucei sobre a mesa, quase morrendo de tanta vergonha. Meu rosto pegava fogo e Rosa batia freneticamente na mesa, sem aguentar-se quieta no lugar.

Rosalya: - Esses dois tem uma coisa que não dá para explicar, Lucy! Eles se olham e dá para perceber que rola uma química intensa entre eles, em uma simples troca de olhar. Ele sorri para ela e eu vejo os olhos dele brilharem, sabe? E ela? Hah! A Kady fica toda derretida!

Kadnyss: - Eu não fico não!

Eu descobri meu rosto e encarei Rosa com severidade, e ela franziu o cenho instantaneamente.

Rosalya: - Fica sim!

Mãe: - Então... é algo sério.

Ela disse em tom baixo e me olhou com uma expressão séria, mas logo sorriu. Parece que ela tinha falado para ela mesma, como se antes não tivesse levado fé sobre o drama que havia passado. Talvez achou que foi só uma fase, ou um dia ruim, ou uma crise de uma adolescente. Bem, para ser sincera, nem eu levei a sério o que estava acontecendo. Pelo menos, até então.

Rosalya: - Olha, mas não tem com o que se preocupar. O Castiel é um bom rapaz, sabe? Se ele não fosse, eu seria a primeira a pedir ajuda e tentar convencer a Kady a esquecê-lo. Mas por mais que essa teimosa negue, ela sente algo por ele. E ele sente algo por ela. Disso eu tenho certeza.

Mãe: - Como sabe que ele gosta da Kady? Como tem tanta certeza?

Kadnyss: - É! Como tem tanta certeza? Você viu que ele foi embora todo cheio de charmezinho para cima da Priya ontem!

Mãe: - Espera aí, quem é Priya?

Rosalya: - É uma aluna nova que entrou na nossa escola e foi embora com Castiel ontem. E a Kady está montando um cavalo de batalha!

Kadnyss: - Eu vi os dois, droga!

Mãe: - Querida, mas o que tem de demais em dois colegas irem embora juntos?

Rosalya: - Na verdade, a pergunta certa é: por que você ainda não falou com ele sobre o que sente? Assim não fica surtando em vê-lo com outra garota!

Mãe: - Você ainda não contou?

Kadnyss: - Ei! Calma aí, vocês duas! O que é isso? Um tribunal?!

Rosalya: - Kady, acorda, estamos falando isso para o seu bem. Se não contar ao Castiel como se sente, ele nunca vai saber. Daí, ele pode conhecer outra garota e ela ter coragem de revelar os sentimentos dela. Ele resolve dar uma chance a ela e aí? Como você fica nessa história?

Mãe: - Eu concordo. A Rosalya tem toda razão.

Kadnyss: - Nem eu sei o que sinto por ele. É difícil de explicar. Eu não sei mesmo se é... bem, eu sei que é mais do que amizade, mas não ao ponto de estar apaixonada. Talvez, eu só goste dele.

Rosalya: - Amiga, sua louca! Você estava agorinha surtando de ciúmes! Se isso não é estar apaixonada, é o que?

Kadnyss: - Não é bem assim. Mesmo que eu esteja, como digo ao Castiel tudo isso? E se ele não gosta de mim e ficar com a cara no chão?

Mãe: - O ‘não’ você já tem mesmo sem falar com ele, querida. Se ele disser que só quer a sua amizade, ao menos terá a tranquilidade que tentou.

Rosalya: - Mas isso não vai acontecer. Ele gosta dela.

Kadnyss: - Tá aí! Até agora você não disse como tem tanta certeza.

Rosalya: - Sabe quando te levei no terraço?

Kadnyss: - O que tem a ver?

Rosalya: - Quando você viu o Castiel com aquela garota, o Alexy veio correndo me contar tudo e eu fiquei insana de raiva. Eu saí procurando pelo Castiel e quando o encontrei, fui tirar satisfação com ele. Ele explicou que a garota era a irmã de um amigo dele e só estava dançando com ela, numa boa, e porque o amigo dele tinha pedido e nada mais. Eu e ele conversamos enquanto você dançava com Armin e ele não tirava os olhos de você, Kady. Ele disse que estava tentando falar com você, mas que você estava com um olhar assassino para cima dele e por isso, ele não via chance de se explicar. Então, eu disse a ele que você era do jeito que era, mas que se vocês conversassem com calma, tudo iria se resolver. Daí eu comentei sobre o terraço.

Parecia a história mais absurda que escutava e minha mãe sorria boba, apoiando o queixo sobre as costas de sua mão, ouvindo cada palavra de Rosalya, como se soubesse o final. Eu olhei de uma para outra, e Rosa pegou na minha mão e abriu um grande sorriso.

Rosalya: - Kady... o Castiel que me pediu para te levar até o terraço.

Meu queixo caiu ao passo que meus olhos se arregalaram levemente. Rosalya arreganhou ainda mais o sorriso e podia ver seus olhos marejarem em poucas lágrimas.

Rosalya: - Amiga, é sério, ele gosta mesmo de você. Para de ser boba.

Eu olhei incrédula para ela e depois olhei para minha mãe, e esta pegou na minha outra mão, assim como Rosa fazia. Minha mãe fez um aceno com a cabeça e sorriu, um pouco emocionada. Suponho que deve ser coisa de mãe emotiva que se derrete quando percebe que seus filhos estão crescendo.

Kadnyss: - Mas... isso pode ser que... bem, e se ele...?

Rosalya: - Kady, nenhum cara iria pedir para levar uma amiga a um terraço com todo aquele clima romântico. Se fosse só amizade, ele teria me pedido para te levar até a rua ou até a mesa de bebidas, não acha? E se vocês quase se beijaram é porque ele também sente algo por você.

Kadnyss: - E por que ele não diz nada?

Rosalya/Mãe: - Porque você é uma boba!

As duas falaram em coro e eu até me recostei na cadeira, um pouco intimidada com a dupla investigativa contra mim.

Mãe: - Querida, não percebe? Você mesma coloca vários obstáculos na frente dele e aí, ele não vê chances e sente a mesma insegurança que você.

Rosalya: - No caso dele, é porque é marrento demais para falar abertamente, sabe? Eu não duvido nada que a história deles vai começar com algum beijo roubado.

Mãe: - Eu também acho. Comigo foi igual.

Rosalya: - Ai que romântico! Me conte...

As duas se envolveram na lembrança perdida da adolescência da minha mãe quando conheceu meu pai, e eu me vi caindo em outro abismo, mas dessa vez não me sentia sufocada. Eu estava entorpecida. De um modo prazeroso e único. Por mais que Rosa e minha mãe mostraram argumentos fortes de que posso ser correspondida, ainda existe algo dentro de mim que me puxa para essa triste realidade em que tenho o mau pressentimento que vou me decepcionar. E me vejo dividida a quem devo acreditar.

 

Nós três passamos a tarde comendo algumas besteiras e conversando mais um pouco, até que meu pai finalmente chegou em casa. Ainda bem que o assunto garotos se encerrou e então, como meu pai iria fazer o jantar, Rosalya e eu subimos para o meu quarto.

Rosalya: - Não sei por que você fica escondendo tantas coisas da sua mãe! Ela é tão tranquila e moderna.

Kadnyss: - Não é que eu esconda. Só não contei a ela os detalhes da festa. Não tive o momento... sei lá.

Rosa deu de ombros e começou a vistoriar meu guarda roupa, mas dessa vez havia um sorriso em seus lábios. Ela pegou algumas roupas que havia comprado junto com a minha mãe e assentiu com a cabeça, aprovando meus modelitos.

Rosalya: - É, estou vendo que te ensinei bem.

Kadnyss: - Devo tudo a você. Eu me livrei das roupas velhas e pouco a pouco, estou mudando meu guarda roupa.

Rosalya: - Isso é ótimo. O dia da viagem do acampamento está chegando e você tem que ter todos os looks necessários. Bem, como a viagem já é na próxima semana, é melhor irmos ao shopping no sábado. O que acha?

Kadnyss: - Ah, por mim tudo bem.

Rosalya: - Super. Vou falar com seus pais na hora de jantar. Tenho certeza que sua mãe vai deixar.

 

Minha mãe tem razão. Rosalya inspira confiança em cada palavra que diz. Sempre muito segura de si. Ela andou pelo meu quarto e então se largou na minha cama, ao meu lado.

Rosalya: - E então? Decidiu?

Kadnyss: - Sobre o que?

Rosalya: - O Castiel!

Kadnyss: - Ah... bem, é que...

Rosa revirou os olhos como se fosse morrer ali mesmo, e tirou seu celular da bolsa. Ela se distanciou de mim e eu me ergui rápido. Não, ela não ia. Ela estava ligando para...?

Rosalya: - Alô? Castiel? Oi, é a Rosalya! Espera aí... a Kady quer falar com você!

Kadnyss: - Eu vou matar você, Rosa!

Sibilei entre os dentes e fazia sinal de não com as mãos, mas ela me estendia o seu celular, contestando meu sinal, fazendo sinal com a cabeça. Completamente vencida, eu peguei o celular das suas mãos e um grande sorriso cheio de dentes tomou conta de seu rosto.

Kadnyss: - Oi...

Castiel: - Oi.

Nossa, ele estava falando de um jeito tão frio. Eu respirei fundo e fechei meus olhos, tentando procurar as palavras certas para dizer, mas minha mente estava confusa.

Kadnyss: - É... sabe, o que você vai fazer amanhã?

Rosalya deu um tapa na sua própria testa e sacodiu a cabeça, começando a se chacoalhar na cama como se estivesse sendo eletrocutada. Ela pegou meu caderno e rabiscou, mostrando para mim o que deveria dizer.

Kadnyss: - Digo, amanhã depois da aula. Você está livre?

Castiel: - Acho que sim, por que?

Kadnyss: - Eu estava pensando se... você...

Eu aguardei Rosalya escrever e me mostrar o caderno. Quando ela o fez, eu apertei meu olhos para entender seu garrancho e sem querer, fui lendo em voz alta involuntariamente.

Kadnyss: - Um passeio ou pique... o que?

Castiel: - Ahn?

Kadnyss: - Ah, não, desculpa, é que me distrai. Eu estava pensando se você não gostaria de dar uma volta no parque e almoçarmos juntos. Um piquenique, talvez.

Eu disse tão rápido que me embolei em tantas palavras e tive que me desviar da bola de papel que Rosalya arremessou contra mim.

Castiel: - Amanhã eu tenho que passear com Dragon no parque. O piquenique fica para sábado.

Rosalya ficou pensativa e eu encolhi os ombros sem saber o que dizer. O que ele queria dizer com aquilo? Era um não?

Kadnyss: - Eu não vejo problemas em passear junto com você e com o Dragon.

Rosalya deu outro tapa na sua testa e passou a atirar bolas de papel em mim, e até a caneta. Droga, mas o que eu fiz de errado?

Castiel: - Tá. Eu te encontro no parque depois da aula.

Kadnyss: - Certo.

Castiel: - E por que teve que me ligar? Não vai amanhã na aula?

Kadnyss: - Ah, não, eu vou sim, é que... bom, eu...

Não sabia o que dizer e olhei aflita para Rosalya, mas ela me chacoalhou pelo ombro para que eu me apressasse em inventar alguma coisa. Eu acho.

Castiel: - Antes não conseguia ficar longe de mim e agora fica me ligando para ouvir minha voz?

Mesmo sem poder ver seu rosto, eu podia até imaginar seu sorriso zombeteiro com a sua piada. Eu gostaria de dizer que isso não me fez rir, mas antes que pudesse me conter, um sorriso brotou em meus lábios automaticamente.

Kadnyss: - Bobo... nada a ver.

Eu ouvi uma risada leve do outro lado da ligação e sei que ele se divertiu com o tom nervoso na minha voz.

Castiel: - Te vejo amanhã.

Kadnyss: - Ok. Tchau.

Eu desliguei o telefone e me larguei na cama, ao passo que Rosalya deu um grito histérico e deu vários pulinhos no lugar. Eu ria como uma idiota. Não sei bem dizer se foi porque Rosalya ficava tão engraçada com sua afobação, ou se porque eu tinha acabado de ser tomada pelo meu turbilhão de adrenalina. Esse que chegou na minha vida na primeira vez que recebi detenção.



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