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História Confissões de uma perturbada - Capítulo 7: Descobrindo coisas...


Escrita por: Lamartini

Capítulo 8 - Capítulo 7: Descobrindo coisas...


Fanfic / Fanfiction Confissões de uma perturbada - Capítulo 7: Descobrindo coisas...

Naruto


Já faz pouco mais de um mês que estou dando aula para Hinata e ela ainda continua me surpreendendo.

Ao mesmo tempo que ela parece uma garotinha levada, também pode ser uma mulher séria. Ao mesmo tempo que parece ser bem transparente, ela pode ser cheia de mistérios.

Isso torna as aulas mais divertidas, interessantes e produtivas. 

Confesso que às vezes, Hinata ficava tão séria, que eu tinha até medo de falar com ela. Mas eu fui me acostumando com um tempo.

Quando fui me aproximando da mansão dos Hyuuga foi que eu vi que havia uma van de algum programa de TV e um carro luxuoso parados na frente. Estacionei o meu um pouco mais longe do que de costume e fui andando até a porta da frente, quando cheguei lá, Kurenai abriu a porta antes que eu tocasse a campainha.

- Uau! Você já até decorou meu horário de chegada?- perguntei sorrindo e Kurenai sorriu de um jeito desconfortável.

- Não é isso. Venha comigo que você vai entender.- ela disse me puxando para cozinha junto dela.- Olha isso!- ela apontou para a televisão que havia na cozinha e eu me espantei quando reconheci o jardim da casa nela. E me espantei ainda mais quando reconheci Hinata e seus pais sentados em uma mesa de café da manhã com uma mulher sorridente.

- O que está acontecendo?- perguntei ainda sem entender.

- A senhora Tsunade está dando uma entrevista. Obviamente ela obrigou a pobre da Hinata a participar. Já o patrão ama tanto a mulher que concorda com tudo o que ela faz.- Kurenai disse notoriamente irritada.

- Eles estão ao vivo?- perguntei ela assentiu. Olhei para Hinata e percebi que ela estava desconfortável e sorria vagamente. Dava para notar que ela não queria estar ali. Tsunade falava a maior parte do tempo, o senhor Hizashi fazia alguns comentários e Hinata só sorria ou concordava. Parei de falar e prestei atenção no que a apresentadora estava perguntando a Hinata agora.

"Então Hinata, como foi ficar um tempo afastada de casa? Você sentiu muita falta?" a repórter perguntou.

"Não senti tanta falta assim." ela respondeu e os outros deram risada. Hinata olhou para eles como se não tivesse entendido o motivo da graça. "Estava sendo muito bem tratada e acho que ficar longe por um tempo me ajudou a lhe dar com a morte da Hanabi."

"Sua mãe disse que ajudar a cuidar das pessoas do hospital psiquiátrico te ajudou a manter a cabeça no lugar. Você concorda?" a repórter perguntou e nesta hora eu não sei quem estava mais perplexo. Se era Kurenai, eu, Hinata ou o doutor Hizashi.

- Essa mulher é uma cobra. Das mais venenosas!- disse Kurenai revoltada. Mas eu estava chocado demais para responder, e pelo visto, Hinata também. Quando enfim ela abriu a boca, olhou para mãe com sua cara de deboche e disse:

"Ah... Ela disse isso?"- e repórter concordou com a cabeça e Tsunade pareçeu apreensiva. "Não acho que tenha me ajudado a superar. Mas me ajudou a enxergar a vida de outra perspectiva." - ela respondeu. Pude ver o alívio no rosto de Tsunade ao ouvir a resposta de Hinata.

" E qual seria essa perspectiva?"

" Que a morte não é o fim de nada. E que um dia ainda vou voltar a ver minha irmã." Hinata disse sincera.

"Ah querida!" Tsunade disse e abraçou ela de um jeito tão dramático, que eu não tive estômago para continuar assistindo aquela entrevista, e saí da cozinha,mas antes pedi para tia Kurenai avisar para Hinata me encontrar no meu carro.

Fui até meu carro e me encostei no capô. Eu sei que não deveria, mas peguei meu maço de cigarros e tirei um. A muito tempo eu não fumava mas, depois de uns estresses que passei com Karin nos últimos dias, eu voltei a fumar. Não tanto quanto antes, mas voltei. 

Estava tão irritado com a falsidade de Tsunade que fumei três cigarros um atrás do outro. Fiquei tentado a invadir a entrevista e tirar Hinata de lá. Ela estava visivelmente incomodada.

Quando estava prestes a acender o quarto cigarro, ouvi Hinata me chamar.

- Naruto me tira dessa casa pelo amor de Deus!- olhei para cima e a vi, vir correndo na minha direção. Hinata me surpreendeu mais uma vez. Ela não estava vestindo suas roupas largas, escuras e surradas de sempre. Não, hoje ela usava um vestido rodado, com um decote bem generoso... (Calma Naruto!) que ficava na metade das suas coxas. Belas coxas, aliás... (Foco Naruto!) O cabelo estava preso em uma trança que lhe caía nas costas. Ela calçava all star de constelações. Estava mais bonita do que o normal. Quando estava a observando pela TV eu não havia notado o quanto ela estava bonita.

Prendi o cigarro entre os lábios, guardei o isqueiro no bolso e entrei no carro. Ela entrou logo depois e fechou a porta. Estava transtornada.- Só me tira daqui! Ela pediu e pude notar um tom de desespero em seu pedido. 

Dei ré e comecei a dirigir. Somente quando saí do condomínio olhei para ela. Ela estava vermelha de raiva. Ela me olhou de volta e pegou o cigarro dos meus lábios.

- Tem isqueiro?- ela perguntou e eu peguei o isqueiro para ela. Hinata acendeu o cigarro e começou a fumar. Esse pequeno gesto me pareçeu tão íntimo, que fiquei um pouco inquieto. O cigarro esteve em meus lábios à alguns segundos atrás, mas ela pareçeu não se importar. Deu pra ver que ela tinha experiência, mas ao tossir pude perceber que ela não fumava à algum tempo.

- Está tudo bem?- perguntei ao me dar conta de que ela queria conversar, mas não sabia como puxar assunto. Ela olhou para mim, recosto no banco do carona, deu uma longa tragada e soltou a fumaça. Foi um gesto normal, mas vindo dela ficou muito sexy.

- Você viu aquilo? Viu todo aquele fingimento?- ela disse, a voz transbordando raiva.

- Vi. Infelizmente.- disse. Ela passou o cigarro para mim de novo e foi a minha vez de fumar.

- Eu... Arg! Estou me sentindo o pior dos lixos por ter participado daquilo.- ela disse passando a mão pela trança, bagunçando-a um pouco.

- Mas o que aconteceu? Por que você fez aquilo então? - perguntei depois de soltar a fumaça.- Pela TV eu notei que você estava desconfortável.

- Aconteceu que alguns repórteres vinham investigando minha vida, e descobriram que eu fiquei um tempo no hospital psiquiátrico. O que para mim, tudo bem, porque eu realmente gostei de lá.- ela pegou de novo o cigarro que já estava quase no fim.- Mas o problema é que minha mãe ficaria com "má fama". Aí ela inventou aquela história toda e marcou aquela merda de entrevista para "esclarecer" as coisas. Obviamente quando ela veio falar comigo, eu não concordei, mas quando meu pai veio me pedir por favor, eu acabei cedendo. Droga! Aquele velho sabe como me dobrar. Mas até então, nem ele, nem eu sabíamos que ela tinha inventado a história de "cuidar dos loucos".- ela deu a última tragada e apagou o cigarro no cinzeiro.- Afinal eu era um dos loucos. Porra! Se não nunca teríamos concordado com isso! Que merda!

- Nossa! - foi tudo o que eu consegui dizer.

- É. Nossa!- ela disse e nós ficamos um tempo calados.- A propósito, onde estamos indo?

- Bem, devido ao seu atual estado de espírito, eu decidi que você precisa ver gente. Gente nova, gente diferente. Então estamos indo estudar na biblioteca da faculdade que eu frequentava.-disse.- Ela fica aberta para o público.

- Gente Naruto? Eu odeio gente...- ela começou a protestar, mas eu a parei.

- Olha só! Meu carro, minhas regras. Além do mais você não odeia pessoas coisa nenhuma! Você é que nunca conheceu alguém realmente interessante.- ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas eu a interrompi mais uma vez.- Além do mais, eu sou o professor aqui.

- Um professor que além de dividir um cigarro com a aluna, não para de olhar para o decote dela? Belo professor...- ela zombou.

- Ok. Podemos omitir essa parte do cigarro. Não podemos?- perguntei e ela sorriu.

- A do decote não?- perguntou com malícia. E eu olhei para frente constrangido.- Só se nos fizermos mais aulas como essa. Digo... Fora da minha casa chata, com minha mãe chata e a governanta chata.- ela disse e eu sorri.

- Fechado! Aliás, qual é a desse vestido?- perguntei sorrindo e ela olhou para ele e fez uma careta.

- Kurenai escolheu para mim. Era da Hanabi.- ela disse brincando com o colar com uma pedra amarela.- Minha mãe dissenque eu tinha que vestir "algo decente" hoje. Mas eu não gosto muito de vestidos.

- Eu achei que ficou muito bonito.- eu disse e percebi que as bochechas dela coraram. Então Hinata Hyuuga também sentia vergonha?

- Obrigado.


Quando chegamos a faculdade, me espantei ao perceber o tanto de pessoas que Hinata cumprimentou ao descermos do carro. Algumas pessoas nós dois conhecíamos, mas ,a maioria,novos universitários conheciam só Hinata. Ela conhecia até a auxiliar da bibliotecária.

- Então... O que você ia dizendo sobre eu precisar conhecer mais pessoas...?- ela me olhou com cara de deboche.

- Eu disse que você precisava conhecer gente interessante e não...- quando notei que, não importava o argumento que eu desse,Hinata já havia ganhado essa discussão.- Ah esquece! Vamos logo começar essa aula.

O tempo passou muito depressa e logo estava na hora de nós almocarmos. Dirigi até um restaurante mais próximo dali.

- Não é muito luxuoso mas a comida é ótima.- eu disse.

- Por que sempre que eu vou almoçar com uma pessoa diferente elas dizem: "olha não é como você está acostumada,mas a comida é uma delícia"?- ela disse. Fiquei um pouco constrangido.

- Será que é por que você é riquíssima e provavelmente come em restaurantes caríssimos?- perguntei.

- Ué, e daí? Isso não significa que eu nunca tenha frequentado lugares assim. Pra falar a verdade odeio aqueles restaurantes cheios de frescuras. As comidas são nojentas. Quer dizer, quem come lesmas e ovos de peixe? É nojento!- ela disse e mais uma vez me senti constrangido por tê-lá julgado.

- Foi mal, eu não quis te ofender.- eu disse. Ela olhou para mim e depois soltou uma risada.

- Não seja ridículo! Você não me ofendeu. Aliás como você poderia saber? Nós nos conhecemos a pouco tempo.- ela disse olhando o cardápio.- Não tem como você saber tudo sobre mim.- nesta hora o garçom se aproximou e ela sorriu gentilmente para ele, que ficou notoriamente encantado.- O que vocês têm de mais vegetariano aqui?

- Nós temos vários tipos de saladas, e uma pizza de beringela com queijo,molho vermelho e cebolas, que é novidade esta semana.- o garçom respondeu com um sorriso bobo.

- Bem, então eu vou querer essa torta de beringela e um tabule.- ela respondeu. E só então o garçom pareçeu me notar.

- E o senhor?- perguntou simpático, mas não sorria.

- Vou querer talharim com almôndegas.- pedi, e ele anotou.

- Algo para beber?- perguntou o garçom

- Um Savuto Doc por favor!- Hinata pediu antes que eu pudesse responder. O garçom anotou o pedido e nos deixou à sós. Olhei para ela, e ela me lançou um sorriso malicioso.- Não se preocupe professor, eu pago o vinho.

- Não é com o preço do vinho que estou preocupado.

- Então o que lhe preocupa?- ela perguntou.

- O que seus pais vão dizer quando souberem que em um dia só eu deixei você fumar e beber junto comigo?- eu disse. Neste exato momento o garçom nos serviu duas taças de vinho. A qual Hinata provou, enquanto me olhava. Cada gesto que ela fazia me parecia muito sensual.

- Ora professor! Já sou maior de idade. Meus pais não vão se importar. Minha mãe com certeza não vai.- ela disse se recostando na cadeira.- Agora beba e relaxe.

- Estou dirigindo, esqueceu?- perguntei. Hinata revirou os olhos, senti que ela queria me bater.

- Eu chamo um taxi! Depois peço meu motorista para levar o seu carro até sua casa.- eu ia protestar mas ela me cortou.- Agora relaxe e dê um pouco de orgulho ao deus Dioniso.

- Vinho... A bebida que nos deixa alegres...- disse e bebi. Com certeza era de uma ótima safra. A sensação de ter a bebida descendo pela minha garganta foi muito boa.- Então... O que mais eu devo saber sobre você? 

- O que quer dizer?- ela perguntou confusa.

- Bom, acabo de descobrir que você é vegetariana.- expliquei.- O que mais eu devo saber?

- Ah sim. Bom, eu ajudo uma ONG para animais abandonados, participo de protestos pra salvar os animais, já fui presa quando um desses protestos se transformou em "bagunça", sou taurina... E eu tinha uma irmã gêmea. Por enquanto você só precisa saber disso.- ela disse, bebeu mais um gole do vinho. Acho que descobri porque ela era tão sensual, era do signo de touro. Dizem que as pessoas desse signo são portadores de uma certa sensualidade. Não que eu acredite nessas coisas... Mas faz sentido.

- Ah, então vocês eram gêmeas?- eu perguntei surpreso.- Por isso vocês estavam iguais naquela foto,no seu quarto.- disse me lembrando da foto das duas garotinhas, uma rindo e a outra enburrada. Olhei para Hinata e vi que ela estava com o olhar distante.- Você é a emburrada, não é?

- Não quero mais falar de mim.- ela se voltou para mim. Não respondeu minha pergunta.- Me fale de você. Como vão as coisas com Karen?

- É Karin.- eu a corrigi.

- Que seja! Vocês estão se entendendo ultimamente?- ela perguntou. Pode ser o vinho, ou o jeito que ela tem de convencer as pessoas. Mas senti como se pudesse contar minha vida pessoal para minha aluna.

- Bom... Não vamos nada bem. Temos brigado mais que o normal. Ela se estressa com tudo que eu falo ou faço. É difícil de entender!- disse. Parei quando vi que o garçom trazia nossos pratos.

- Mas, por quê exatamente ela se estressa?- Hinata perguntou.

- Eu não sei. Tento ser o mais cuidadoso possível para não fazer nada de errado, mas ela acaba encontrando um motivo para discutir. Nós demos um tempo...- deixei a frase morrer. Provei meu macarrão. Ficamos calados por um tempo, até que Hinata falou.

- Vocês tem feito sexo?- ela perguntou simplesmente, mas eu quase cuspi meu vinho. E mais uma vez Hinata me surpreendente. Não que sexo fosse um tabu ou um assunto delicado para mim. Mas é que falar disso com uma aluna era totalmente diferente.

- O que quer dizer?- perguntei bebendo mais vinho.

- Perguntei se vocês tem feito sexo, transado, fodendo, fazendo amor... Como preferir chamar. É difícil entender isso?- ela disse, soando arrogante. Depois deu um sorriso malicioso.- Ou será que o professor ainda é virgem?

- É claro que não. É que eu ficou meio incomodado em falar disso com uma aluna.- disse. Só quando soltei a frase, foi que percebi o quão ridículo eu estava sendo. Afinal eu sou um adulto e ela também. Hinata revirou os olhos.- Mas respondendo a sua pergunta, não. Nós não temos transado, ultimamente...

- Isso explica tudo.- Hinata disse antes que eu pudesse terminar a frase.

- Espera, sexo não é a solução para tudo...

- Ah dá um tempo Naruto! Um casal sem vida sexual ativa vive em crise. Isto são estatísticas!- ela disse. Olhou para mim e deu um sorrisinho safado.- Se você quiser posso dar um jeito nisso...

- Do que está falando?- perguntei. Meu coração disparado.

- Ora professor... Você...eu...

- Eu ainda estou com Karin e...

- A gente chama ela também. Já ouviu dizer que é sempre bom ter novas experiências?- fiquei totalmente em pânico, na verdade chocado. O que Hinata estava propondo era absurdo. Mas talvez no fundo, bem no fundo, fiquei tentado a aceitar. Ela deve ter notado minha expressão pois começou a ter uma crise de riso.- Olha só para você! Ficou totalmente estático. É brincadeira Professor...- tomou ar e parou de rir.- Como você é puritano... Odeio puritanos!- ela disse revirando os olhos.

- Não sou puritano é que... Ah esquece. Não quero mais falar da minha vida sexual. Vamos falar da sua, já que você é tão liberal...

- Tá o que quer saber?- ela perguntou sem fazer nenhum protesto.

- Você é virgem?- perguntei esperando receber uma risadinha irônica como resposta. Mas ela simplesmente disse:

- Sim.

- SIM?- perguntei um pouco estupefato demais.

- Por que o assombro professor?- ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

- É que você acabou de falar tão abertamente sobre sexo, que eu pensei que você já tinha feito alguma vez... Quer dizer... Você me pareceu muito experiente.

- Ora, Professor. Falar sobre sexo é bem diferente de fazer.- ela disse me olhando nos olhos. Fiquei meio constrangido e desviei o olhar.

- E o puritano sou eu...- disse ironicamente.

-Não é isso. É que sempre que estou quase lá, o cara solta alguma frase idiota e machista. Ou às vezes eu acabo dormindo por estar chapada, ou bêbada...- ela disse e respirou fundo.- Ou na maioria das vezes só não estou afim... Mas eu tenho coisas mais importantes com o que me preocupar.

- Tipo...?- perguntei. Estávamos tendo uma conversa bem pessoal. Pessoal até demais. Íntima, eu diria. Mas eu estava gostando. Hinata estava se soltando e era uma forma melhor de conhecê-la.

- Tipo a faculdade, os problemas em casa, minha sanidade, minha vingança...- ela disse deixando a frase no ar, enquanto comia um pedaço da sua torta.

- Bom, quanto a sua sanidade... Eu não acho que você seja... Como eu posso dizer? Psicologicamente instável? - disse e ela olhou para mim.- Um pouco maluquinha, talvez,- disse e ela sorriu. Um sorriso tímido, totalmente atípico dela.- mas não desequilibrada.

- Acho que o professor tem muito a saber sobre mim.- ela disse em tom de mistério.- Nem sempre é o que parece.

- Bom... E quanto a essa vingança? É algum ex-namorado que te traiu?- perguntei e ela riu.

- Não. Nunca tive um namorado. Só ficava com as pessoas. Nada sério.- ela disse.- Não gosto muito de me prender às pessoas. E muitos caras falavam como se eu fosse posse deles. Aí eu saía fora.

- Sei... Você falando assim, é mais um motivo para eu não entender porque Karin pediu um tempo. Eu nunca a tratei como posse ou objeto. Mas parece que ela nunca notou isso!- disse e Hinata me encarou.

- Essa Karin parece ser uma chata! Por que você não termina logo? Já até deram um tempo. Consequentemente virá o término. Ela só está esperando alguém melhor do que você aparecer.- ela disse. O modo como falou me deixou irritado, o que ela sabia sobre relacionamentos? Ela mesma acabou de dizer que nunca levou ninguém à sério.

- Falou a voz da experiência!- disse deixando minha irritação aparecer.- Como pode ter tanta certeza? Acabou de dizer que nunca esteve em um relacionamento sério.

- Exatamente. Mas sou uma observadora. Das boas.- ela falou, erguendo as sobrancelhas.- Já vi muuuitos casos como o seu. Sinceramente, não consigo entender, porque as pessoas pedem um tempo e depois terminam.- ela disse meio revoltada. Parecia que já havia passado por aquilo.- É melhor terminar de uma vez!

- Eu realmente não entendi também, Hinata. Quando ela pediu um tempo. Perguntei se ela não queria terminar, mas ela disse que não. Que isso era só uma fase ruim, e que logo passaria.- eu disse. A verdade é que eu também não entendia Karin.

- Então porque você não terminou? Olha só Naruto, você paderia estar conhecendo pessoas novas, lugares novos, tendo novas experiências, novas paixões... Poderia estar fazendo um sexo casual com alguém.- ela soava meio inconformada. 

- Eu gosto da Karin. Mesmo.- foi só o que eu consegui dizer. Na verdade nem eu estava convencido disso. Mas era certo que ainda sentia algo por Karin...

Depois do almoço, estudamos por mais duas horas. Não senti necessidade de irmos de táxi, pois eu só havia tomado meia taça de vinho, e me sentia normal.

Quando levei Hinata embora, a mãe dela estava saindo para algum lugar. Ela nos olhou de maneira acusadora e caminhou até meu carro. Hinata passou direito por ela, ainda enfurecida pelo o que ocorrera na véspera. E meu estômago se revirou quando ela se abaixou para falar comigo.

- Olá professor!- seu tom era acusador e malicioso.

- Senhora Tsunade! - disse evitando olhá-la nos olhos.

- Senhora? Ora, faça-me o favor de me chamar de Tsunade, apenas. - ela disse fingindo uma falsa irritação.- Parece que estiveram bem ocupados hoje.- o jeito como falou fez com que parecesse que Hinata e eu estávamos fazendo qualquer coisa, menos estudar.

- Estávamos. Levei Hinata para estudar na biblioteca da faculdade que eu estudei. Ela estava pouco à vontade aqui.- disse não deixando a voz vacilar. Não podia dar esse gosto à ela.

- Não pode sair satisfazendo todos os desejos dela professor. Ou pode se arrepender.-ela disse. Não entendi exatamente o que ela quis dizer, mais achei por bem retrucar. 

- Não se precupe senhora Tsunade. Não estava fazendo nada demais. Só a levei para estudar em outro lugar, já que na sua própria casa ela não tem paz.- disse e dei partida no carro, fazendo-a se afastar .- Além do mais, a aula foi bem produtiva. Tem sorte de ter uma filha inteligente e esforçada como Hinata.- saí antes que ela pudesse responder. Acho que estava começando a entender Hinata. E com isso decidi que Tsunade não era uma pessoa de confiança.




Meu telefone toca. Acordo num sobressalto. Olho no relógio e vejo que está marcando 4:30 da manhã. Olho o visor, mas não reconheço o número. O telefone não para de tocar e eu decido atender.

- Alô?- pergunto. A voz rouca de sono.

- Naruto!- essa voz... A conhecia muito bem. E fez todo meu corpo arrepiar.- Está acordado?

- Agora eu estou! Aconteceu alguma coisa Hinata?- perguntei preocupado.

- É só que... Aquela megera organizou uma festa de "sei lá o que". E eu estou sendo convocada! Não tem como fugir. E eu não sei o que fazer!

- O que seu pai, pensa disso?

- Foi ele quem veio me convocar! Eu não sei dizer não para aquele velhote!

- E você me ligou por que...?

- Eu quero que você me acompanhe nesta festa!

- Não sei não...

- Vamos Naruto! Só vai ter gente chata, metida e esnobe!

- Mais um motivo para eu não ir.

- Por favorzinho! Se você não for, não vou ter ninguém com quem conversar ou me distrair. Aí vou ter que ficar isolada até a festa terminar.

- Isso significa que você me acha interessante?- perguntei tentando de alguma forma atingi-la.

- Qualquer pessoa que não seja falsa e esnobe é interessante. Você vai certo? Certo. Estarei te esperando do sábado às 20:00 horas. Não se atrase!

E desligou. Sem nem mesmo esperar uma resposta minha... Às vezes Hinata Hyuuga me deixava furioso. Mas na maior parte do tempo, ela me deixava só... Louco.




Notas Finais


Mais um capítulo da titia para vocês. Espero que gostem.
Devo continuar?


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