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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, falhando


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Oiiiiii,
1º - Gente eu falei que iria postar esse capitulo na quarta, mas eu irei ficar quarta e quinta sem internet, então fiz o possível para terminar antes e conseguir postar hoje, senão eu iria postar só na sexta.

2º - Gostaria de pedir desculpas as primeiras pessoas que visualizam os capitulos quando eu posto, pois eu só consigo perceber alguns erros depois de postado o capitulo, por isso quando eu posto eu automaticamente leio no spirit e vou logo corrigindo, mas mesmo assim alguns ainda pegam os capitulos com erros, e a essas pessoas minhas sinceras desculpas.

3º Para algumas pessoas o spirit nao esta manda atualização de novos capitulos, então a essas pessoas sugiro que va a categoria ou na fic mesmo para ver se ela foi atualizada.

4º Bem, sobre o capitulo de hoje, queria dizer que nessa fic o Ciel e o Alois são grandes amigos, alias o único amigo de verdade que Ciel tem.
Sem mais a falar desejo boa leitura e espero que gostem do capitulo!!!!
Ah leiam uma observação que eu deixei no final.

Capítulo 14 - Esse mordomo, falhando


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, falhando

Ciel sentou devagar na cadeira do escritório, seu quadril e traseiro agora sofriam as consequências do esforço de mais cedo. Um suspiro escapou de seus labios, se toda vez fosse assim, ele achava melhor desistir de fazerem aquilo. O dia apenas começava e ele ja estava exausto e todo dolorido.

“Se recomponha, jovem mestre. Tenho certeza que o senhor não gostaria que começassem a questionar o que houve com seu quadril.” Sebastian escondeu um sorriso. “Mesmo nessas condições é preciso manter as aparências.”

“E de quem é a culpa?” Ciel atirou a primeira coisa que viu pela frente, um tinteiro que teria atingido Sebastian se ele não tivesse desviado. “Parecia até que queria acabar comigo. A minha bunda está uma merda.”

“Que modo de falar é esse, bocchan? Não foi essa a educação que lhe dei.” Sebastian pegou o tinteiro do chão, observando a mancha de tinta no tapete. Isso daria trabalho para tirar. “E não seja tão dramático, não é como se o senhor também não tivesse aproveitado. Veja, a sua pele está ate mais corada.”

“Eu não sei como consigo te aturar, a cada dia que passa você fica mais abusado." Ciel resmungou, era injusto apenas ele se sentir assim. “Não pense que eu serei o único a passar por isso.”

“Agora que me lembrei, Meirin disse que chegou uma correspondência para o senhor, deve ser esse envelope em cima da mesa”. O mordomo mudou de assunto.

“Não adianta fugir do assunto.” Ciel o olhava afiado enquanto pegava o envelope. Era um pacote marrom com apenas o nome dele escrito na frente, não havia nenhuma identificação ou selo de quem o enviou. “Estranho, não há remetente, apenas está escrito ‘Para Ciel Phantomhive’.”

“Abra logo.” Sebastian ficou curioso.

Ciel logo abriu o envelope, seus olhos se arregalaram visivelmente.

“O que foi, jovem mestre?” Sebastian estranhou a reação do jovem, era difícil Ciel se surpreender desse jeito. Ciel nada falou, entregando o envelope a ele.

Havia três páginas dentro do envelope, que continham informações sobre o pai e mãe de Ciel como data no nascimento, do casamento, falecimento e várias outras coisas sobre a vida do casal. O dois ficaram em silêncio por um tempo, cada um com sua teoria sobre aquela correspondência, até que o conde tomou a iniciativa de falar.

“Você acha que isso tem a ver com a pessoa que assassinou minha família? A pessoa que causou toda essa desgraça.” Ciel virou de frente para o jardim da mansão, não queria que o outro percebesse sua comoção.

Sebastian se sentiu estranho pela colocação de tal palavra. Desgraça. Isso o incluía também. Sem o que aconteceu, ele não teria entrado na vida do garoto. “É bem provável.”

Ciel analisou a situação enquanto observava suas amadas rosas brancas, não havia muito o fazer além de mandar investigar. “É uma ordem, encontre imediatamente quem mandou esse envelope.” O olho que continha o pentagrama do contrato brilhou.

“Sim, meu senhor.” Sebastian saiu do escritório indo atrás de Meirin. “Onde Meirin está?”

“Acho que ela está no quintal estendendo os lençóis.” O cozinheiro informou.

Sebastian foi para os fundos da mansão, quando chegou perto da empregada, ela se assustou e acabou tropeçando nos próprios cadarços, só não caiu no chão porque ele a segurou. “Quantas vezes eu vou ter que dizer para tomar mais cuidado e prestar atenção no que está fazendo”.

“Des-desculpe, Se-sebastian.” Meirin corou intensamente pela proximidade com o mordomo, objeto de seus desejos mais íntimo. Ela podia até mesmo sentir o cheiro agradável de sua colônia.

“Tome mais cuidado da próxima vez.” Sebastian a soltou. “Agora responda, você viu quem trouxe isso?” Mostrou o envelope.

“N-Não. Quando eu fui varrer a entrada da mansão, isso estava jogado no chão do pátio, próximo a porta.”

Sebastian suspirou, isso só aumentaria o seu trabalho. “Voltr ao seu serviço. E amarre esses cadarços.”

“Sim!” Ela rapidamente se abaixou para fazer o que o mordomo mandou.

Sebastian ficou pensativo, como alguém conseguiu se aproximar tanto da mansão sem que ele percebesse? Pegou o envelope e cheirou, não sentia nenhum odor característico. Estranho, seu olfato aguçado deveria ser capaz de identificar algum cheiro ali, mas não havia nada além do cheiro de papel.

‘Interessante!’

Sem nenhuma pista significativa, ele teria que buscar informações fora da mansão. Olhou para os lados, e, vendo que não havia nenhum empregado por perto, ele disparou em uma velocidade sobrenatural. As árvores passavam igual borrões em uma pintura distorcida, o vento batia cortante em sua pele sem ser capaz de causar nenhum arranhão.

Ah, a doce sensação de liberdade. Sebastian sentia falta disso, de poder usar seus poderes livremente, sem ser obrigado pelo contrato a agir como um mordomo ‘comum’.  Não demorou mais que poucos segundos para chegar ao centro de Londres. Ele procurou informações no submundo, entrou às escondidas no cartório civil atrás de alguma assinatura parecida com aquela letra, até chegou a recorrer à alguns contatos, porém não encontrou nada, nenhuma informação que tivesse importância.

Sebastian se viu de mãos atadas, não havia pistas sobre a tal pessoa. Como explicaria para seu mestre? Como dizer que havia falhado em cumprir uma ordem? Isso nunca aconteceu antes, ele era o ‘mordomo e tanto’ que nunca falhava. Sendo um demônio com centenas de anos, era quase impossível alguem ludibriá-lo assim. 

Frustrado e de mãos vazias, ele teve que retornar à mansão,  já havia se passado tempo demais desde sua saída, e logo o conde Trancy estaria na mansão para visitar Ciel. Esse pensamento não o agradou.

S&C 

Já eram 2:25 da tarde. Ciel se mantinha concentrado na paisagem fora do escritório, esperava o mordomo chegar. ‘Porque diabos ele demora tanto?’

Olhava a paisagem, mas não era como se realmente enxergasse alguma coisa. Seu olhar era vago, um sentimento estranho jazia em seu peito. Um mistura de ansiedade e melancolia.

Muitos anos haviam se passado desde o início do contrato, e com os acontecimentos recentes, Ciel já não tinha tanta certeza de querer alcançar sua vingança. Pelo menos não agora, não nesse momento. Ele queria desfrutar mais um pouco dos sentimentos aflorados em seu coração, proveitar um pouco mais a companhia de Sebastian. 

‘Seria isso amor?’ Ele riu se achando um tanto ridículo.

Depois de tantos anos de servidão e obediência,  Sebastian deveria estar faminto e louco para obter sua almejada refeição. Além disso, ele não poderia mostrar essa insegurança na frente do demônio, afinal, foi exatamente o contrário disso que o deixou tão atraente aos olhos dele:  a impetuosidade, a confiança, a total falta de arrependimento. Mesmo que por dentro estivesse um caco, Ciel continuava seguindo em frente como se nada fosse capaz de atingi-lo. 

Caso Ciel mostrasse essa relutância em finalizar sua vingança, Sebastian o deixaria? 

As batidas na porta chamaram sua atenção, Ciel jogou para longe esses pensamentos. Não mostraria essa fraqueza justamente para a pessoa que não podia vê-la. “Entre.”

Sebastian entrou sério e se posicionou em frente a mesa, o conde puxou a poltrona e sentou.

“E então?” Ciel perguntou por fim, a ansiedade secretamente o corroendo. 

O rosto de Sebastian parecia mais sombrio do que nunca, ainda não acreditava que havia falhado, justo ele, o mordomo perfeito. Sua estética estava arruinada.  “Não encontrei nenhuma pista, bocchan. Nada que possa indicar quem está por trás desses papéis.”

Surpreso, Ciel não sabia se ficava desapontado ou satisfeito. “Como assim não encontrou? Você está me dizendo que demorou todo esse tempo para nada?”

Sebastian permaneceu calado, eu orgulho ferido. 

“Ora, ora! Quem diria que eu iria viver para presenciar algo assim. Acho que encontramos uma falha no ‘mordomo perfeito’. Como está se sentindo diante de sua incapacidade Sr. Michaelis?” Ciel perguntou com certo prazer. 

Ele já havia padecido  muitas vezes na mão do mordomo, que sempre enfatizava como humanos eram inúteis, incompetentes e tantos outros adjetivos desagradável.  Agora que encontrou uma falha no demônio, ele não perderia a chance de humilhá-lo, não deixaria essa oportunidade escapar, isso valia a pena qualquer briga com ele. 

“Perdoe a minha falha, meu senhor.” Sebastian quase rosnou. “Mas não havia pistas suficientes para chegar ao suspeito.” 

“Você me desapontou, Sebastian. Muito.” Ciel fingiu um suspiro, como se tivesse decepcionado. Ele sabia que a desculpa do mordomo era plausível,  mas pisar no orgulho dele era prazeroso. “Alois chegará daqui a pouco. Você tem dez minutos para preparar algo apresentável para comermos. Acha que pelo menos isso você é capaz de fazer?”

Michaelis se sentiu ultrajado, mas não retrucou.  “Claro, jovem mestre.” 

S&C 

Ciel estava à porta da mansão quando a carruagem Trancy chegou, Claude foi o primeiro a descer, dando caminho para seu mestre passar. 

“Ciiieeeel…” Alois o abraçou. 

“Me solte. Não estou conseguindo respirar.” Ciel era esmagado pelo abraço de urso do loiro, infelizmente o mal de Elizabeth havia passado para ele. 

“Não seja dramático.” Alois passou o braço por cima do ombro dele. “Eu estava com saudade de você.”

“Tcs!” Ciel odiava essa espontaneidade de Alois. O loiro tinha a mania indelicada de ficar tocando na outra pessoa enquanto falava. “Vamos entrar.”

Os dois foram acompanhados de seus respectivos mordomos, Sebastian tinha a cara de pouquíssimos amigos, quanto a Claude... Bem, ele tinha a mesma cara intediante de sempre. 

“Vamos para a sala de jogos. Sebastian, traga algo para comer.” Ciel não notou o mau humor de seu mordomo, estava atrapalhado demais no falatório incessante do loiro para prestar atenção nisso. 

“Entendido.” Michaelis assentiu, sua voz mais fria que o normal. 

“Claude, ajude Sebastian. Quem sabe você aprende a fazer aqueles biscoitos maravilhosos que ele faz.” Havia um brilho diabólico no olhar de Alois,  ele sabia que Claude não simpatizava com o outro demônio. 

Na sala de jogos, Ciel optou pela sinuca já que Alois achava xadrez entediante. Colocando os assuntos em dia, eles conversaram um pouco de tudo, ou melhor, Alois falava. O loiro mais parecia uma matraca ambulante, Ciel apenas ouvia e às vezes concordava ou discordava com alguma coisa. 

Apesar de não se darem bem quando se conheceram, isso mudou com os anos de convivência forçada. Alois era a aranha da rainha, e devido a isso ele teve que participar de algumas missões com Ciel, então uma afinidade acabou se criando daí. 

Era uma amizade estranha. Os dois não possuiam nada em comum além da beleza e fortuna. Enquanto Ciel era arrogante, orgulhoso, antissocial e retraído, Alois era divertido, alegre, ousado, carinhoso e intenso. Aliás, intenso era a palavra que melhor definiria Alois Trancy. 

Agora com 18 anos, Alois era um homem exuberante em aparência, seus cabelos loiros e olhos cristalinos lhe dava um ar angelical, porém suas atitudes eram de um demônio, seu mordomo sabia bem disso. Assim como sabia que esse jeito encapetado era um disfarce para esconder seu interior vazio. 

Alois era um humano carente de carinho, que só queria poder amar e ser amado, pois em sua vida nunca soube o que foi receber esse sentimento de outra pessoa que não fosse de seu falecido meio irmão Luka. Porém, seus erro era tentar preencher essa lacuna nos braços de um demônio.  

“Sua vez.” Alois disse após mais uma tacada fracassada.

Ciel se colocou ao lado dele e posicionou o taco sobre a mesa. As bolas 8 e 2 foram para o buraco.

“Você fica tão sexy quando está concentrado, Shieru.” Alois se pendurou no pescoço dele. A porta da sala de jogos foi aberta exatamente nesse momento.

“Com licença, bo… cchan…” Sebastian arqueou uma sobrancelha, um sorriso complicado surgiu nos cantos de seus lábios.

“Até que enfim.” Ciel notou a mudando na expressão do demônio, mas fingiu perceber. “Sirva-nos e se retire.”

“O que está esperando, Claude? Mexa-se para alguma coisa e ajude Sebastian.” Alois ordenou seu mordomo, que só observava o comportamento do outro demônio.

Servido o lanche, os mordomos se retiraram.

S&C

O relógio agora marcava 5:45 da tarde, Alois e Ciel desistiram da sinuca depois da derrota vergonhosa do loiro.

“Você é um caso sem solução." Ciel balançou a cabeça em negação. "Quando você vai criar juízo e deixar essa vida, já está na hora de encontrar uma noiva.”

Alois era libertino e adorava festas, um garanhão nato. Muitas mulheres caiam aos seus pés, e até mesmo alguns homens. Ele levava uma vida de farra e luxuria, tudo isso somente para dar mais trabalho ao seu mordomo.

“Não conte com meu casamento tão cedo. Se um dia eu me casar será com alguém que eu realmente ame. O que é impossível, depois de todos esses anos eu não consigo tirar aquele demônio inútil da cabeça.”

“Tenha mais cuidado com o que você fala, alguém pode ouvir e você sabe o que as pessoas pensam sobre isso.” Ciel o repreendeu. Alois não tinha pregas na língua e muitas vezes falava o que não devia em momentos inoportunos.

“Ahh Shieru, pare de ser tão puritano. Nós vivemos numa sociedade em que se pode de tudo, desde que ninguém saiba.” Alois piscou. “Vai me dizer que nunca pintou um clima entre você e Sebastian? Na hora do banho, uma mão boba talvez? Ele é bem gostoso e eu percebi o modo que ele olhou para você quando eu te abracei.”

“Pa-pare de dizer essas coisas absurdas!” Ciel ficou vermelho igual uma pimenta. Infelizmente ele havia gaguejado, e, isso só acontecia quando escondia algo.

Alois se surpreendeu com a reação. Ciel raramente corava ou guaguejava. Havia algo estranho ali. “Ciel, o que você está escondendo?”

"Não escondo nada, você é que não deveria ficar falando coisas inconvenientes." Ciel virou o rosto corado. Seu sangue esfriou. Ele sabia que se Alois desconfiasse de algo mandaria Claude investigar. 

“Não sei o porquê, mas acho que você está escondendo algo sim.” Alois cerrou os olhos. “Vai me dizer que você e o Sebastian já… Fizeram aquilo.”

O conde quase engasgou, ele queria falar alguma coisa, dar uma resposta negativa, inventar qualquer mentira, mas sua garganta secou e nada passou por ela. Ciel começou a suar, seu coração estava na goela, por mais que tentasse não conseguia mentir para Alois, o que era irônico, pois conseguia ludibriar um demônio, mas não conseguia ludibriar o homem a sua frente. Era isso, Alois era pior que um demônio.

Alois arregalou os olhos e abriu a boca em um 'O' mudo, depois fechou e tornou a abrir novamente em completa surpresa. Não era preciso que Ciel falasse alguma coisa, sua expressão já o denunciava.

“EU NÃO ACREDITO!!!” Alois quase gritou. “Logo você que sempre foi tão... 'másculo'.” Caiu na gargalhada.

“VAI A MERDA!” Ciel esbravejou. Era disso que ele tinha medo, de ser julgado. Não era porque dormia com um homem que havia perdido sua masculinidade.

“MEU DEUS, QUE INVEJA! COMO EU QUERIA QUE CLAUDE ME PEGASSE DE JEITO TAMBÉM.” O loiro passou as mãos pelos cabelos, puxando-os para trás enquanto caminhava eufórico de um lado para o outro na sala.

“JÁ DISSE PARA PARAR COM ISSO!” Ciel começava a se irritar, sua expressão dizia que ele não queria conversar sobre esse assunto. “Por favor, não conte nada para ninguém.”

“Claro que eu não irei contar.” Alois ficou atrás do amigo para fazer uma massagem em seus ombros. “Se isso te faz feliz aconselho a aproveitar o momento. Gostaria que Claude gostasse ao menos um pouco de mim ou me olhasse com desejo, mas ele só me olha com desprezo, como se quisesse me ver morto.”

“Sinto muito por você.” Ciel foi sincero.

“Tudo bem, o importante é que pelo menos para você as coisas estão bem. Eu realmente fico muito feliz por isso.” Alois tentou dar um sorriso, mas no fundo sentia uma pontada de inveja do outro.

“Entre.” Ciel falou ao ouvir as batidas na porta.

“Com licença, bocchan. Trouxe chá para vocês.” O rosto do mordomo escureceu ao ver o loiro fazendo massagem em seu mestre, o pior era que Ciel estava deixando.

“Pode nos servir.” Ciel deu ombros, ignorando o olhar assassino do mordomo.

Sebastian serviu as xícaras, deu uma a seu mestre e a outra ao loiro. “Seu chá, conde Trancy.” 

Ele olhou com os olhos róseos para Alois enquanto entregava o chá, baixou o olhar para as mãos dele no ombro do conde e depois subiu novamente para seu rosto, arqueando uma sobrancelha numa pergunta muda se ele havia entendido o recado.

Prezando por sua vida, Alois tratou de recolher as mãos dos ombros do outro. Apesar de gostar de provocar as pessoas, ele sabia não ser prudente provocar um demônio enciumado.

"Espero que o chá esteja do seu agrado." Sebastian deixou os dois sozinhos novamente.

Ao chegar no andar debaixo, Claude o esperava no início da escada. "Não pense que eu não sei o que você fez, Michaelis".

“E você se importa?" Sebastian abriu sorriu.

"Nem um pouco." Claude se mostrou indiferente.

"Já imaginava isso vindo de você." Michaelis passou por ele e se dirigiu para a cozinha, sendo interrompido no caminho.

"Você fede a humanos." Faustus farejou o ar, suas presas apareceram entre seus labios. "Mas pensando bem, o cheiro do conde é realmente tentador."

"Ah Claude, Claude... Você não iria querer me vê enfurecido." Os olhos de Sebastian tomaram um tom demoníaco, seu tom era ameaçador. Uma intenção assassina quase palpável pairou entre os dois. "Cuide do que é seu e deixe o que é meu em paz, e faça o favor de deixar isso claro para aquele cabeça de sabugo de milho que você chama de mestre, ou será que Alois é assim por que você não é bom o suficiente para apagar o fogo dele."

"Não me compare a você." Claude ajeitou os óculos. “Não sou um imundo que se deita com o primeiro contratante que abre as pernas, isso se fosse só com os contratantes. Você me dá nojo.” Ele também se referia as pessoas que Sebastian havia seduzido para conseguir informações durante as missões do conde.

“Ah é mesmo, eu havia me esquecido que, ao contrário de mim, você é um santo.” Sebastian ironizou. As vezes que ele se deitou com uma contratante foi por ser ordenado a isso, não apenas por gosto. “Todo esse recato só me faz pensar que você deve ser muito ruim de cama.”

Claude iria rebater a ofensa, mas nesse momento os condes apareceram.

“Você tem certeza que está bem?” Ciel parecia preocupado. 

“Sim, só estou me sentindo um pouco indisposto, acho melhor ir para casa.” Alois estava pálido igual um fantasma.

“Se você prefere assim. Outro dia irei retribuir essa visita.” Ciel sabia que era uma promessa em vão, ele nunca saia se não fosse necessário.

Toda essa preocupação com o conde Trancy irritou ainda mais Michaelis, que já não estava com o humor dos melhores devido a falha de mais cedo. Foi um alívio ver o maldito loiro ir embora.

S&C

Ciel se preparava para dormir, ele notou que desde que Alois foi embora, Sebastian estava amuado, quase nem lhe dirigindo a palavra pelo resto do dia.

“O que você tem?” Perguntou assim que o demônio saiu do banheiro.

Sebastian usava um pijama azul que Ciel havia comprado, pois este se sentia incomodado em vê-lo dormir de uniforme. “Nada.” 

“Tem certeza? Você está estranho desde que Alois saiu.” Ciel sorriu. “Por acaso estava com ciúmes?”

Sebastian não respondeu, apenas sentou na cama e passou a secar os cabelos.

“Eu não acredito. Você está sendo infantil.” Ciel engatinhou para perto dele, enlaçando os braços em seu pescoço. “Você sabe que não precisa sentir ciúmes de Alois.”

“Eu vi o modo gentil que você o trata, comigo é totalmente o contrário.” Sebastian parecia realmente ressentido.

“Eu não sabia que você era tão sentimental, tem certeza que você é mesmo um demônio?” Ciel riu, não acreditava que era mesmo o seu mordomo ali, ele não imaginava um dia conhecer esse lado de Sebastian. “Por falar em Alois, você não achou estranho aquele mal estar repentino?”

“Talvez eu tenha deixado cair um pouco de laxante no chá dele.” Michaelis deu de ombros.

“SEBASTIAN! Por que você fez isso?” Ciel o repreendeu com um tapa no ombro, mas não aguentou e acabou rindo.

“Eu não gosto que toquem no que é meu.” O mordomo deitou e virou de costa. “Boa noite, bocchan.”

Digamos que nessa noite, Ciel teve que se esforçar para desfazer a cara emburrada de seu mordomo ciumento.


Notas Finais


E é isso ai, chegamos ao fim de mais um capitulo.
OBSERVAÇÃO:
Gente estava pensado em fazer um especial Claude x Alois, o que vocês acham???
Deixem sua opinião nos comentarios, caso muitos gostem da ideia AÍ SIM eu farei!!!
Bjinhos de chocolate e ate sexta ou sabado.


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