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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, desenrolar


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Gente é o seguinte: eu optei por desvendar o mistério desta missão neste único capitulo, primeiro porque realmente estou sem tempo ultimamente e segundo porque não quero me demorar enrolando nesse caso e não chegar logo ao que queremos de fato: saber o que será da relação de nosso lindo casalzinho. Mas o desvendar desse caso vai ser importante futuramente, pois vai influenciar em certas decisões que o conde terá que tomar. Sem mais a declarar, boa leitura a todos, bjs.

Capítulo 8 - Esse mordomo, desenrolar


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, desenrolar

 

Esse mordomo, desenrolar

“E em que posso ser útil?” O aldeão serviu uma xícara de chá.

Ciel estava na casa de Joshua Wilson, o jovem lenhador era marido da primeira vítima assassinada. Ele e os dois irmãos, Peter e Pedro, moram na mesma casa e sobrevivem da profissão herdada do pai. Joshua aparentava ser uma pessoa simples e gentil.

“Soubemos que sua esposa foi a primeira vítima desse assassino, meus pêsames. Sei que não deve ser agradável falar desse assunto, porém conto com a sua colaboração para solucionar esse caso. Necessito que o senhor me informe tudo que aconteceu antes da morte da sua esposa.” Ciel fingia tomar o chá enquanto observava as reações do homem, buscando por qualquer expressão suspeita.

“De fato ainda é doloroso falar de Emily.” O semblante de Joshua esmoreceu, seu indicador contornava a borda da xícara enquanto ele pensava. “Mas se isso ajudará a desvendar a morte dela, eu contarei tudo o que você desejar saber”.

O lenhador fez um breve silêncio e observou por alguns segundos a paisagem através da janela.

“Eu e Emily estávamos casados a dois anos e vivíamos com meus irmãos. Nós somos lenhadores e passamos o dia na floresta cortando lenha, Emily vendia hortaliças na feira. Então houve a noite em que ela desapareceu, simplesmente não voltou para casa. Procuramos em todos os lugares, mas não conseguimos achá-la, até que cinco dias depois do seu sumiço, um aldeão encontrou seu corpo rio a cima. Estava mutilado, praticamente irreconhecível. Isso é tudo que sabemos.” Ele limpou os olhos úmidos.

Nesse momento a porta da casa se abriu e entram dois adolescentes muito parecidos com Joshua, possivelmente os irmãos do qual ele havia falado.

“Joshi... não sabíamos que tínhamos visita.” Peter estava surpreso, terem visitas não era algo comum para eles.

“Julyan, Peter. Esse é o conde Phantomhive. Ele está encarregado de investigar os casos de assassinatos na aldeia. Conde, esses são meus irmãos.” 

Assim como Joshua, os adolescentes foram cooperativos, contando o que sabiam, o mesmo discurso que Joshua havia relatados momentos atrás. Acabado o interrogatório, Sebastian partiu com Ciel em busca de informações sobre os outros homicídios.

A segunda vitima era Alana Watson, amiga de Emily e que também trabalhava na feira. Seu marido era agricultor e pai de uma criança de 4 anos. Alana havia desaparecido depois de sair para ir ao alfaiate e desde então não foi mais vista. As outras vítimas também desapareceram sob circunstâncias parecidas, mulheres jovem que saiam para fazer algo e acabavam desaparecendo.

S&C

Já passavam das quatro horas da tarde quando terminaram de recolher informações. Ao todo foram oito mulheres assassinadas, mas eles não encontraram nada que pudesse dar uma pista concreta do criminoso ou o porquê dos assassinatos. Resolvendo terminar o serviço por hoje, eles retornavam para o chalé.

“SEBAS-CHANNNN...” A voz estridente ecoou de longe.

Conde e mordomo viraram na direção daquela voz irritante, diante deles estava o grande terror de Sebastian, o shinigami de cabelos ruivos e olhos verdes, Grell Stucliff.

“Waaaaaaaa...” Grell pulou no pescoço do demônio. “Estava morrendo de saudades de você, Sebas-chan.” 

“Felizmente não posso dizer o mesmo, mas a parte do ‘morrendo’ me parece bastante interessante...” Sebastian deu um óbvio sorriso falso.

“Ah Sebas-chan, esse seu modo frio de amar me deixa tão excitado.” O ruivo mordeu os lábios.

O conde revirou os olhos, aquela falta de decoro era vergonhosa. O demônio soltou um suspiro, foi então que uma ideia passou por sua cabeça. De certa forma foi bom encontrar o Deus da morte ali.

“A que devo sua tão agradável presença aqui nesta aldeia, senhor Grell?” Sebastian odiava ter que fingir simpatia por aquele ser que tanto detestava.

“Além da minha eterna peregrinação nos caminhos tortuosos e obscuros em buscar de seu amor?” O demônio sentiu um embrulho no estômago, mas Grell não notou sua reação. “Vim coletar uma alma que será assassinada está noite”.

“Ora, que interessante, um assassinato. E onde será?” Sebastian sorriu torto, de um jeito que sabia que o ruivo não resistia.

“Será numa casa próximo a florest...” O shinigami parou de falar ao perceber as intenções do outro. “Ah Sebas-chan, se quiser alguma informação tem que fazer por merecer, não acha?”

O mordomo fez cara de nojo, o que só atiçou ainda mais a mente distorcida do ruivo.

“Vejamos...” Grell colocou a mão no queixo de modo pensativo. “Vou ser bonzinho, que tal um beijo? Mas tem que ser de língua e bem demorado. O que acha? Em troca eu direi tudo que você quiser.” Seus olhos já brilhavam de empolgação.

Cansado das loucuras do ceifador, Sebastian resolveu por fim aos seus delírios. “Sinto em informar, mas meus lábios pertencem unicamente ao meu jovem mestre.”

O conde que até então só observava, quase engasgou com as palavras do mordomo. Não acreditava que Sebastian realmente tinha dito aquilo. O ceifador fez um “O” com a boca em surpresa.

“C-como???” O ceifador acha que tinha entendido errado. “Não entendi, Sebas-chan.”

“Não se faça de inocente senhor Grell, até por que a inocência não combina com o tom de seus cabelos. Você entendeu o que eu quis falar, é exatamente isso.” Sebastian sorriu fechado.

O shinigami alternava o olhar entre o conde e o demônio, sem duvida eram um casal bastante estranho, principalmente por conhecer a personalidade orgulhosa do mais novo. Sua mente pervertida não deixou de imaginar como seria o jovem nos momentos íntimos com seu mordomo demoníaco.

Ciel por sua vez estava rubro de raiva e vergonha, queria poder cavar um buraco e se enterrar, ou melhor, queria poder mandar aquele demônio de volta para o inferno de onde saiu.

“Conde... Não imaginava que tínhamos as mesmas preferências.” Grell riu escandalosamente, não perderia por nada a oportunidade de debochar do orgulhoso cão de guarda da rainha.

“Não seja imbecil, não temos absolutamente nada em comum e não entenda as coisas de maneira errada, quanto a você...” Ciel se dirigiu a Sebastian. “Pare de ficar falando asneiras, seu inútil.” Furioso, Ciel deixou os dois para trás. Assim que chegaram no chalé, ele extravasou sua raiva. “O QUE DIABOS DEU EM VOCÊ?”

“Por que está tão irritado, bocchan? Eu falei a verdade, lembra, eu não posso mentir.” Sebastian se mantinha calmo. “Acho que depois disso aquela coisa vai parar de me perseguir”.

“Se livre dos seus problemas sem me meter no meio, seu imbecil. O que as pessoas vão pensar se ouvirem essas suas besteiras?”.

“Eu não me importo com o que as pessoas pensam. Além do mais, enquanto durar esse contrato eu lhe pertenço, assim como você me pertence, não motivos para esconder isso.” Sebastian falava como se tivesse falando sobre o tempo, o assunto era tão natural para ele a ponto de chegar a ser irritante toda sua serenidade.

Uma veia saltou na testa do conde que pegou o demônio pela gravata e o trouxe de maneira brusca para perto de si.

“Preste bem atenção no que eu vou falar.” Ciel olhou bem em seus olhos, sua vontade era esganar Sebastian. “É bom você parar de falar asneiras, eu não estou com um pingo de paciência para aturar suas provocações. Não esqueça quem é o mestre aqui e você está sob meu comando, eu não terei nem um pingo de misericórdia na hora de castigar você, por isso é melhor você para com essas suas atitudes estranhas.”

“Como desejar, milorde.” Sebastian baixou o olhar submissamente. Ele não demonstrou, mas esse lado impetuoso de seu mestre apenas o excitava. O resto do dia passou sem mais provocações.

Sebastian Michaelis & Ciel Phantomhive

Já era noite e eles estavam de tocaia dentro da floresta, onde segundo o shinigami aconteceria o assassinato. Ciel estava recostado no tronco de uma árvore, a cara costumeiramente azeda, as bochechas infladas indicando seu mal humor. Aquela imagem era atrativa aos olhos do demônio.

“AHHH, PARE.... POR FAVOR.... PARE....” Gritos ecoaram da floresta.

Os dois correram na direção do som, eles até chegariam mais rápido se Sebastian carregasse o menor, mas obviamente que Ciel não permitiria isso, ainda mais por está emburrado, então Sebastian era obrigado a seguir o ritmo dele. Quando finalmente chegaram no local, se depararam com uma pequena e velha casa, Sebastian deu um chute na porta que se desfez em pedaços.

“O quê?” Ciel ficou surpreso ao descobrir quem era o assassino. “Então era você?”

“Oh conde, que prazer revê-lo.” Joshua possuía agora um olhar diferente, não parecendo nem de longe o jovem gentil de mais cedo.

Ele e os dois irmãos portavam foices e facões sujos com o sangue da vítima, uma mulher amarrada numa cadeira no meio da casa. A imagem era chocante, a mulher já estava morta com um profundo corte no pescoço, o rosto estava desfigurado pelos vários cortes e tinha varias perfurações no abdômen. Foram tantas facadas nessa região que as vísceras ameaçavam escapar pelos buracos. Ciel sentiu o estômago embrulhar diante da brutalidade.

“Desculpa por fazê-lo presenciar tal cena, deve ser algo forte para você, uma pessoa tão refinada.” Joshua se comportou como homem gentil dessa manhã, os dois irmãos riam de sua encenação.

“Eu devia ter suspeitado...” Ciel riu consigo mesmo. Ele estava muito distraído ultimamente para não perceber nenhum comportamento estranho naqueles três irmão, o discurso deles foi exatamente o mesmo, como se tivesse ensaiado. Ele deu um olhar mortal para o dono da sua distração. “Então eram vocês por trás dos assassinatos.”

“Confesso que não achei que descobriria tão rápido, acho que o subestimei, jovem conde.” Joshua limpando a lâmina da faça com a língua. “Suponho que agora devo matar você e seu mordomo almofadinha, não é nada pessoal, mas não podemos deixar pistas”.

“Por que vocês estão fazendo isso? Você matou sua própria mulher.” Ciel agiu indiferente, completamente seguro de que ninguém conseguiria lhe fazer mal. Enquanto isso o demônio só olhava em silêncio o desenrolar do caso, ele já sabia a verdade, mas em nenhum momento Ciel o questionou e ele não responderia a uma pergunta que não foi feita. Alem disso, quanto mais rápido resolvessem o caso, mas rápido retornariam a mansão, não era isso que Sebastian queria.

“Já que irão morrer, eu contarei a verdade vocês. Sabe Phantomhive, eu amava aquela mulher, ela era tudo pra mim. Mas... um certo dia, eu terminei meu trabalho mais cedo e resolvi ir ajuda-la na feira. Chegando lá ela não estava, achei isso estranho e perguntei seu paradeiro para uma das outras vendedoras, a senhora me disse que ela tinha ido a casa de Alana, sua amiga. Eu fiquei preocupado que algo tivesse acontecido, então fui até a casa de Alana, quando cheguei lá bati varias vezes na porta, mas ninguém atendeu. Vi que a porta não estava trancada, então eu entrei na casa, de acordo com que ia andando pelos corredores eu comecei a ouvir gemidos, até parei na frente de um quarto e olhei pela fresta da porta. AQUELA VAGABUNDA ESTAVA NA CAMA COM OUTRA MULHER” Joshua gritou cheio de ódio.

O homem tinha nitidamente o orgulho ferido, sua masculinidade estava jogada na lama e tanto o conde quanto o demônio sentiram vontade de rir da humilhação dele, mas se reprimiram.

“Enquanto eu trabalhava arduamente para oferecer o máximo de conforto, aquela infeliz me traia com uma MULHER. Ela acabou com a minha dignidade, eu seria motivo de chacota na aldeia, todos diriam que como homem não fui capaz de satisfazer minha própria mulher. Por isso eu resolvi me vingar dela!” Um sorriso diabólico surgiu em seu rosto. “E você, como cão de guarda da rainha sabe muito bem que o ato das duas é totalmente imperdoável em nossa sociedade, elas iriam morrer de qualquer forma, então nada mais justo que fosse pelas minhas mãos.”

O conde sentiu um frio correr por sua espinha ao ouvir isso, afinal, ele e o Sebastian não estavam longe de cometerem o mesmo crime. Ciel sabia que mesmo sendo o cão de Victoria, ele não seria perdoado.

“Então saí de lá sem que me vissem, acabaria com elas, mas sem correr o risco de ser preso por causa disso, por isso eu e meus irmãos planejamos tudo para que as mortes não tivessem nenhum ligamento com a gente.” Joshua fala com orgulho.

“Se vocês queriam se vingar apenas das duas, por que continuaram fazendo vitimas?” O conde mesmo já tendo a resposta.

“Como posso dizer... acabamos pegando gosto pela coisa.” Joshua sorriu. “Agora que vocês já sabem de tudo, chegou a hora de dizer ‘adeus’.” Ele e seus irmãos se aproximaram com armas em mãos. “Foi um grande prazer conhecê-lo, conde Phantomhive.”

“O prazer foi meu, Senhores Wilson.” O conde sorriu.

“Devia está implorando por sua vida.” O lenhador sugeriu.

“Meu caro Joshua, sabe por que eu sou o temido Cão de guarda da rainha?” Ciel agora tinha o olhar diabólico. Ele não deu tempo do outro responder. “Porque eu elimino toda e qualquer preocupação que possa afligir o coração de vossa majestade. E sabe por que ninguém sabe dos métodos que uso para isso? Porque simplesmente não sobram testemunhas para contar historia.” 

“Está bastante confiante garoto, mas eu vou te colocar no seu devido lugar...” Joshua avançou.

“SEBASTIAN...” Ciel nem sequer piscou. Sua voz era fria, seu olhar cortante.

O demônio que até então apenas assistia, ao ouvir o chamado avançou em cima do homem, imobilizando-o sem qualquer esforço. “Quais as ordens, milordy?”

“Mate-os.” Ciel sorriu de um jeito prazeroso. “Faça isso lentamente, da forma mais cruel possível”.

“Yes, my lorde.” Sebastian assistiu o conde sair de dentro da casinha, assim que estava a sós, ele cumpriu a ordem.

A quilômetros floresta adentro podia-se ouvir gritos horrorizados, dilacerados pela dor de uma morte brutal. A pequena casa foi testemunha de atrocidades dignas de um mordomo infernal.

“Tudo feito, jovem mestre.” O demônio disse ao sair da casa, em sua roupa havia vários respingos de sangue.

“Que bom que esse caso foi solucionado bem mais rápido do que eu esperava.” Ciel levantou de cima do tronco de onde estava sentado. “Partiremos amanha cedo. Sebast.... ahhh!” Ciel sentiu uma dor aguda em seu tornozelo.

“O que foi, bocchan?”

“Algo me picou...”

O demônio olhou em volta e viu entre as folhas no chão uma cobra, que reconheceu ser altamente venenosa. Ela estava em posição defensiva, provavelmente porque o conde tinha pisado nela. Ele a pegou e arrancou sua cabeça.

“É uma víbora, Bocchan... Deixe-me vê seu tornozelo.”  Sebastian rapidamente sentou Ciel no chão, seu rosto tomou uma expressão complexa. Ele arrancou uma das mangas de sua camisa e subiu a perna da calça do conde até o joelho, amarrou o tecido ali e rapidamente colocou a boca em cima dos dois orifícios sugando fortemente.

A dor que Ciel sentiu foi alucinante.

“AHHH SEU MALDITO, TA QUERENDO SUGAR A MINHA ALMA POR ESSES BURACOS???” Ciel gritou.

“Aguente, bocchan! Tenho que sugar todo o veneno” Sebastian grunhiu e continuou a sugar o veneno ignorando a dor do menino.

Ciel começou a se sentir letárgico, por mais que Sebastian sugasse avidamente o veneno, a toxina era muito forte e se espalhou rapidamente na corrente sanguínea. A última coisa que Ciel viu foi a imagem do demônio sugando desesperadamente seu tornozelo, depois disso tudo escureceu.


Notas Finais


Criticas, elogios e comentários serão sempre bem vindos. Beijos de coração e ate o próximo.


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