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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, o baile I


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


Hello pessoal, bem vindos a mais um capitulo, espero que gostem!
Ah sei que as coisas precisam dar uma "animadinha" por isso em breve terá lemon, mas... enquanto isso, boa leitura!!!!
Bjs!!!!

Capítulo 4 - Esse mordomo, o baile I


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, o baile I

O céu estava estrelado, do horizonte a brisa refrescante tornava o início de noite agradável. A carruagem corria em direção a mansão do Barão de BoaVentura, onde a essa hora acontecia o baile de máscaras. Tanaka era o cocheiro, dentro do cabriole iam Ciel e o mordomo.

Ciel usava terno preto, camisa social branca com detalhes de renda no pescoço, uma parte dos cabelos estava para trás, a franja caia sobre o tapa-olho, a máscara na mão direita era preta com pedras azuis. O traje feito sob medida ressaltava as curvas de seu corpo esguio, evidencia ainda mais sua elegância e beleza. Isso não passou despercebido pelo mordomo.

Sebastian estava pensativo, ultimamente o conde vinha o evitando além do normal, principalmente na hora do banho. Ele não conseguia entender o porquê desse comportamento, até onde lembrava não havia feito nada para provocar tal reação. Muito discretamente, ele olhou para o conde outra vez.

Desde que saíram da mansão, Ciel observava de maneira quase devota a escuridão que passava por eles, o jovem nunca antes pareceu tão interessado em um monte de mato. Ciel mantinha a face serena, o vento batia do modo gracioso em seus cabelos, balançando suavemente sua franja. Olhando atentamente essa imagem, os lábios do demônio se curvaram levemente.

'Adorável.'  O rosto de Michaelis escureceu, afastando imediatamente o pensamento. As luzes distantes chamaram sua atenção. “Estamos chegando.”

“O quê?” Por estar aéreo a viagem inteira, Ciel não entendeu o que o mordomo falou.

“Estamos chegando.” Sebastian apontou para as luzes.

Ciel olhou na direção que ele apontava e nada comentou. Ele realmente não queria ter vindo a esse evento, mas era quase impossível lutar contra os argumentos do demônio ao seu lado.

Finalmente a carruagem parou, Sebastian foi o primeiro a descer, oferecendo a mão em seguida para auxiliar Ciel a descer também. Sem aceitar sua ajuda,  o conde passou por ele e caminhou para a grande escadaria de acesso a mansão. Caminhando confiante em direção ao salão principal, Ciel chamava a atenção por onde passava, era impossível não nota-lo. Além de bonito, o famoso Conde Phantomhive era o jovem mais rico de Londres, o que em si dispensava comentários sobre o motivo do burburinho das jovens damas ali.

Porém tanta fama tinha um preço, e esse preço era cobrado do jeito que Ciel mais detestava, socializar. Ciel não teve sossego desde que chegou, ora era por partes dos velhos pançudos querendo fazer acordos, ora era por partes das jovens que insistiam em corteja-lo mesmo sabendo que ele tinha uma noiva, afinal, era de conhecimento geral seu noivado com Elizabeth Middleford.

Sebastian se mantinha afastado, ocupando seu lugar de simples mordomo, mas nunca desviando a atenção de seu mestre. Algumas mulheres mais ousadas e encorajadas pelo vinho se aproximaram dele para conversar, sem opção ele as tratou polidamente, exatamente o esperado de um servo Phantomhive.

“Você é muito elegante para um simples mordomo.” Disse uma jovem de cabelos claros.

“Agradeço o elogio milady, apesar de eu, um humilde servo não o merecer. Como a senhorita mesmo falou, sou apenas um mordomo.” Ele sorriu educado.

“Entendo...” A moça roçou de leve o dedo na manga de seu fraque.  “Eu adoraria ter um servo particular assim, homem bonitos são difíceis de achar hoje em dia. Ou é bonito e pobre, ou é feio e rico.”

Sebastian levantou uma sobrancelha com a corajosa declaração, de fato os melhores partidos de Londres eram homens velhos e pançudos, por isso não era incomum ver mulheres jovens casadas com homens bem mais velhos. Ciel era uma das exceções, certamente Elizabeth era privilegiada. Nesse momento, Sebastian olhou para o jovem que conversava com alguns comerciantes, não podia perdê-lo de vista. Ele então notou que Ciel o olhava de um jeito sombrio, o garoto desviou o olhar assim que seus olhares se cruzaram.

‘Ora, ora...’ Sebastian então se lembrou da garota ao lado, que ainda lutava por sua atenção. “Se procurar bem, com certeza encontrará um servo que seja do seu agrado, senhorita Darcy.” 

“Sério? Eu não acho que seja tão fácil. Eu poderia pagá-lo muito bem, Sebastian, seria um cargo proveitoso pra ti também. O que acha?”

O demônio olhou para Ciel que o olhava de canto de olho, um olhar severo e desdenhoso. ‘...’

“Sinto em recusar, milady. Seria uma honra servir uma dama com tamanhas qualidades, mas eu sou fiel ao meu mestre.” A moça o olhou um tanto irritada. 

“Para me redimir, dê-me o prazer dessa dança.” Ele sorriu de forma falsa.

“Como eu poderia recusar?”. A moça também sorriu e estendeu a mão, sendo guiada até o meio do salão. 

Durante a valsa, Sebastian a conduziu com perfeição, chamando a atenção da maioria dos presentes. Era a imagem perfeita para um quadro, um homem sedutor e uma virgem dama entregue aos seus encantos, bailando como se só houvesse eles no mundo. O que estava longe de ser verdade, Sebastian não era um ‘homem’ e aquela mulher não era virgem. Porém a cena era realmente bela, eles pareciam flutuar sobre o salão e quando finalmente a dança acabou, Sebastian inclinou aquele pequeno corpo em seus braços, como se fosse beijar, o que fez todos suspirarem e aplaudiram.

Depois disso, Sebastian não teve sossego, todas as damas queriam dançar com ele.  Em seu papel de mordomo perfeito, como ele poderia recusar? Porém ele notou que a cada dança a expressão de Ciel ficava cada vez mais e mais sombria. Depois da sexta valsa, ele viu uma veia saltar na testa do jovem, provavelmente Ciel já devia estar impaciente com o discurso enfadonho dos velhos abutres, e para completar, o visconde de Druitt também apareceu. Sebastian resolveu que era hora de socorrê-lo. Ele pegou uma taça de champanhe e caminhou em sua direção.

“Bocchan, trouxe uma bebida.” Ofereceu a taça. “Há alguns sócios da Phantom que desejam vê-lo.” Seu sorriso já dizia tudo, era apenas uma brecha para escaparem dali.

“Agora que você lembra que tem um mestre, demônio?” Ciel o repreendeu quando já estavam sozinhos. 

Sebastian deu um sorriso ensaiado. “Perdão jovem mestre, estava apenas proporcionando um momento de divertimento a essas damas.”

“Seu trabalho aqui é somente me servir, seu inútil." Ciel quase rosnou.

“De fato, jovem mestre, e eu estou cumprindo com meu trabalho. Estou sempre atento para que nada de mal o aconteça, tanto que salvei o um belo pintarroxo das garras do visconde Druitt.” Viu o conde mudou de cor no mesmo instante. “E quanto as damas, estava apenas sendo gentil. Esqueceu-se que eu sou um mordomo e tanto? Isso o incomoda?” 

Ciel não teve tempo de responder, pois nesse instante algo prendeu a atenção de todos e os olhares se voltaram para a entrada.

Uma bela dama caminhava com graciosidade em sua direção, os cabelos loiros estavam presos em um coque, deixando algumas mechas caídas. No topo da cabeça havia um bonito adorno vermelho, cravejado em pedras e uma linda pluma preta. Ela vestia um vestido vermelho com detalhes pretos, o decote valorizava o colo virginal. No pescoço tinha uma tira de renda preta bordada com alguns rubis, usava luvas pretas e máscara negra com rubis que destacam seus lindos olhos esmeralda. Era a mais bela dama do baile, Elizabeth Midford.

 “Elizabeth.” Ciel estranhamente relaxou a expressão, pegou a mão da noiva e beijou. “Você está deslumbrante”.

Ele olhou para o demônio e sorriu discretamente. Sebastian não entendeu a atitude, mas o sorriso que antes estava em seus lábios desapareceu.


Notas Finais


criticas, sugestões e elogios serão sempre bem vindos!!!!
beijos de chocolate e até a próxima!!!


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