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História Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, desiludido


Escrita por: Milynha_Sh

Notas do Autor


oiiiiiiii, mais um capitulo saindo!!!!!!!!!!
hoje não tenho muito o que falar, quero apenas agradecer aos que favoritaram e principalmente os que comentam, quero que saibam que vibro a cada comentário de vocês, pois é uma forma de saber se eu estou agradando.
Agora chega de conversa e vamos a leitura.

Capítulo 11 - Esse mordomo, desiludido


Fanfic / Fanfiction Confused Feelings of a Demon - Esse mordomo, desiludido

Sebastian passou pela porta da cozinha igual a um animal ferido, estava cegado pela raiva, consumido e sufocado pela vontade de estrangular aquele contratante. Imediatamente, os criados que estavam ocupados em seus afazeres, perceberam que havia algo de errado com ele. Sebastian que sem foi bastante controlado, parecia um assassino em frente a sua vitima. 

“Sebastian...” Bard franziu as grossas sobrancelhas loiras. 

“Saiam daqui.” A voz antes profunda e suave, agora era grossa e gélida. 

Os três rapidamente se apressaram em sair da cozinha, sabiam que a aparente calma de Sebastian era apenas um disfarce para encobrir sua verdadeira personalidade assassina. Todos ali eram assim, esse parecia ser um dos requisitos para se tornar um servo Phantomhive. Quando Finnian passou por ele, Sebastian o segurou pelo braço e o impediu de sair. 

“Prepare a carruagem. Você levará o bocchan à cidade”

“Vo-você não irá conosco, senhor Sebastian?” Se um olhar pudesse matar, nesse momento nem a alma de Finnian estaria viva. Percebendo que sua pergunta foi infeliz, ele saiu correndo na direção do estábulo.

Quando saiu do quarto, Ciel encontrou o jardineiro no início da escada, notando que ele parecia mais pálido que o normal. “Você está se sentindo bem? Está branco que nem papel.”

“E=Eu estou bem, bocchan.” O menino deu um sorriso sem jeito, passando a costa da mão pela testa suada. 

Ciel assentiu lentamente com a cabeça, deixando o assunto de lado. “A carruagem está pronta?”

“Sim!” 

“Ótimo. Então vamos.” Ciel se apressou em sair da mansão, não queria correr o risco de encontrar com o demônio antes de sua saída.

Enquanto seguiam para à cidade, Ciel não parava de pensar na discussão de mais cedo, de como o mordomo pareceu realmente ofendido com sua atitude. Ele se perguntava se demônios realmente conseguiam sentir qualquer tipo de emoção humana, como o ressentimento por exemplo. Mas ele não havia feito nada de errado,  apenas colocou Sebastian em seu devido lugar, não havia porque fazer tanto drama sobre isso.

Chegando à cidade, ele andou pelas ruas movimentadas acompanhado do loiro a tiracolo. Ciel era ciente da força anormal de Finnian, e tinha plena consciência que ele o protegeria em qualquer situação, mas o fato era que sem Sebastian, Ciel sentia-se desprotegido. Havia se acostumado com a presença do demônio, era tão natural tê-lo por perto quanto ser seguido por sua própria sombra.

Seguindo a lista de itens trazida pelo loiro, ele comprou uma coleção nova de porcelana, prataria, talheres, um forno e tudo mais o que os empregados haviam destruído na mansão. Em das lojas um jogo de facas de mesa chamou sua atenção, eram de prata com cabos ornamentados com pequenos desenhos de rosas em ouro, formando um circulo onde no meio estava gravado a letra “S” da marca Sophistiqué

Era um conjunto bonito e fazia jus ao preço nada barato, Ciel não havia realmente gostado do produto, afinal, ele nunca havia se interessado por utensílios domésticos antes, mas aquilo era bem a cara de Sebastian. Caso tivesse vindo junto, com certeza o mordomo o convenceria a comprá-lo. Com o término das compras, Ciel passou na empresa de doces, que agora era dirigida oficialmente por ele e não mais por Tanaka que antes fazia o papel de seu representante.

Ciel havia prosperado significativamente no ramo dos negócios, conseguindo em pouco tempo espalhar seu empreendimento por outros países, rendendo-lhe com isso uma grande fortuna e o posto de um dos homens mais rico da Inglaterra. Porém ele tinha consciência para reconhecer que todo esse progresso se devia grande parte ao demônio, que ao longo desses anos o instruiu nos mais diversos ramos do conhecimento.

Sebastian era perfeccionista ao extremo, dizia que para uma pessoa ser considerada ‘boa’, ela tinha que ser boa em absolutamente tudo. Tanto que apesar de na época o conde achar um absurdo, o mordomo o obrigou a aprender seis línguas diferentes, e Ciel agora entendia o porquê, atualmente isso o ajudava muitos nos negócios, visto que tinha sociedade com empresários estrangeiros. 

Depois de vistoriado a empresa e constatado que tudo estava dentro dos conformes, o conde finalmente estava livre para fazer o que realmente tinha em mente desde que saiu da mansão. Ele iria cumprir a última parte do plano que impôs a si mesmo: se livrar dos sentimentos que vinham lhe roubando a paz. Justamente por isso que não queria que Sebastian viesse junto, precisaria da ajuda de sua noiva para isso. 

“Finnian?” Chamou o loiro. “Me leve até a casa dos Middleford. Não preciso dizer que conto com sua discrição, ninguém pode saber dessa visita.”

“Sim, senhor.” O servo assentiu. 

Ciel sabia que uma visita sem aviso ia contra as regras de etiquetas, mas a essa altura do campeonato ele pouco se importava com isso. Varias foram as vezes que Elizabeth apareceu em sua mansão sem avisar, o pegando totalmente de surpresa,  então ela não era uma pessoa com moral para cobrar bons modos nesse quesito. Além do mais, conhecendo sua noiva e sabia que ela ficaria feliz com sua presença e não faria nenhuma reclamação. 

S&C

A mansão Middleford era realmente um casarão bonito, havia várias estátuas e obras de arte no salão de entrada, os moveis eram elegantes e as janelas cobertas por cortinas de seda branca. Era bem a cara de Francis, sua tia sempre teve bons olhos para decoração.

“Ciel?” Elizabeth caminhava apressada, como se não acreditasse que o noivo estava realmente ali.

A Marquesa vinha logo atrás, como sempre esbanjando elegância. “A que devo a honra de sua visita, conde? Devo dizer que estou surpresa, você não avisou que viria.” Francis não perdeu a oportunidade de expor seu ato indelicado. 

Elizabeth olhou cética para a mãe. “MÃE!” Repreendeu. “É um prazer tê-lo aqui Ciel, avisando ou não.” 

“Titia está certa, foi falta de educação vim sem avisar. Não estava nos meus planos passar por aqui, mas como estava na cidade resolvendo alguns assuntos da empresa, decidi vim visitá-la”.

Elizabeth se surpreendeu, Ciel quase não vinha em sua casa, e das vezes que veio, foi para tratar de negócios com seu falecido pai.

“Não precisa se desculpar, afinal de contas, vocês são noivos.” A marquesa frisou a ultima palavra. “Bem, já que você veio ver Elizabeth, eu irei me retirar e deixar vocês a sós, mas antes... Trate de arrumar esse cabelo, um homem que se preze não usa uma franja indecente como essa.” Francis ajeitou a franja de Ciel para trás, trocou mais algumas formalidades e logo se retirou. 

“Estou tão feliz com sua visita, eu estava com saudade de você.” Lizzy declarou quando já estavam a sós. 

“Também estava com saudades.” Ciel forçou um sorriso. 

“Você veio passar o dia comigo?” Elizabeth quase não conseguia esconder a euforia. 

“É. Se isso não for incomodá-la.” Ciel tentou mostrar algum ânimo, sua grande vontade era retornar para sua mansão, mas só de lembrar que Sebastian estava lá já era o suficiente para optar pela companhia da prima. 

“Claro que não incomodará, será um prazer passar o dia com você.” A jovem tinha agora um sorriso de orelha a orelha. Lizzy sabia que não devia se mostrar tão enérgica, mas essa era a primeira vez que Ciel fazia algo assim, não havia como ter outra reação.

“Ótimo.” Ciel sorriu.

O dia passou se arrastando, Ciel tentava ao máximo aproveitar o momento e não pensar no demônio, mas estava difícil. Lizzy em contrapartida estava mais radiante do que nunca, parecia uma criança que acabara de ganhar um doce tamanha era a sua felicidade. O relógio finalmente badalou 4 horas da tarde, eles estavam sentados no jardim da mansão e cercados por um canteiro de rosas coloridas.

“Ciel, está acontecendo alguma coisa?” Lizzy teve que perguntar, era estranho demais o noivo, que antes parecia evitá-la, ter vindo visitá-la sem nenhum motivo.

“Por que esta me perguntando isso?” Ciel não conseguiu se impedir de bocejar.

Ela disse sem jeito, brincando com os próprios dedos longos e rosados. “Só notei você meio distante hoje, era como se seu corpo tivesse aqui, mas sua mente não”.

“Impressão sua. Eu estou bem.” Ciel sorriu genuíno, porém perfeitamente falso.

“Fico feliz, eu não gosto de te ver triste.” Lizzy pegou as mãos do noivo e começou a fazer caricias no dorso. “Eu fiquei muito feliz quando o vi aqui, apesar de sermos noivos, nós quase não nos vemos. Eu sinto sua a falta.

O conde viu ali a chance que precisava, aquele olhar de sua prima dizia exatamente o que ela queria. Lizzy era muito transparente. “Eu também sinto sua falta.” Levou a mão ao rosto dela e acariciou.

Ao sentir os dedos longos acariciarem sua bochecha e contornarem seu queixo, Lizzy instantaneamente fechou os olhos, seus lábios carnudos e rosados se entreabriram levemente. Ciel acatou o seu pedido silencioso e a beijou. Agora era mais fácil, já não era inexperiente igual antes. Ciel procurou esvaziar a mente e concentrar apenas nesse momento. Desceu as mãos pelo corpo de sua noiva até chegar a cintura e puxou-a para si. Isso fez a menina suspirar durante o beijo.

Ciel intensificou o beijo, movendo de forma lasciva sua língua, parecia até um ato obsceno demais para alguém que deveria ser virgem. Mas Elizabeth não se atentou a isso, não podia, não conseguia pensar com aquela boca se separando da sua para acariciar a pele macia de seu colo. Lizzy ofegou e segurou fracamente os cabelos de Ciel o incentivando a continuar.

“Ahhhh” Ela acabou gemendo. Essa era a primeira vez que Lizzy recebia esse tipo de toque em seu corpo. Apesar de constrangida com suas reações virginais, ela não tinha intenção de pará-lo, era Ciel ali, o homem que tanto amava.

Enquanto Lizzy se desmanchava naquelas emoções que Ciel já conhecia bem, ele por sua vez tentou de todas as formas sentir as mesmas sensações avassaladoras que sentiu com seu mordomo, mas não conseguiu. Elizabeth era uma mulher bonita, e nutria um amor puro por ele, ele também a amava, ela era a única família que lhe restou, mas infelizmente era apenas assim que conseguia vê-la: alguém familiar. Chegar a essa conclusão o fez por fim a esse plano ridículo.

“Acho que está na hora de partir.” Ele passou a mão pelo cabelo, estava frustrado.

“Já? Ainda é cedo, fique mais um pouco.” Lizzy parecia confusa com a mudança repentina de comportamento.

“Infelizmente não posso, mas prometo que virei visita-la novamente.” A quem Ciel queria enganar? Ele não retornaria tão cedo.

“Está bem, mas antes...” Para a surpresa do conde, Lizzy roubou outro beijo seu, meio tímido e desajeitado, ainda assim ele correspondeu para não deixá-la triste. O que os dois não imaginavam é que estavam sendo observados.

S&C

Na mansão Phantomhive, Sebastian desfrutava da companhia da única criatura que conseguiria acalmá-lo: Estela. Ele usou esse tempo de aparente calmaria para refletir sobre o rumo que sua existência estava tomando. Sebastian sentia saudade de quando vivia apenas para comer igual uma besta desenfreada, ou de quando espalhava o terror pelo mundo como aconteceu no tempo da peste negra. Ele era, ou foi, o pior pesadelo dos shinigamis, até mesmo de outros demônios. Bons tempos aqueles.

Agora aqui estava ele, em uma situação ridiculamente complicada. Sebastian odiava se sentir assim por algo tão pequeno. Era repugnante, baixo e vergonhoso está caído por um humano. Fora a alma saborosa do contratante, nada mais valia a pena nesse contrato, estava sendo tolo agindo assim. Ele que sempre foi frio, insensível e calculista, então porque agia tão contraditoriamente agora? Não fazia sentido. Ciel era o humano nessa historia, não ele. Quem deveria está sofrendo era Ciel, não o contrario.

“Precisamos trabalhar nisso, Milady.” Sebastian deixou a gata na cama e levantou. “Isso não é adequado para a estética de um bom mordomo. Não devemos misturar o profissional com pessoal, certo?” Sebastian sorriu, suas presas ultrapassando os lábios.

Já passava das sete da noite quando o conde chegou a mansão. Assim que Ciel entrou, Sebastian sentiu no mesmo instante o odor característico de perfume feminino. Ele sorriu sombriamente, agora sabia porque Ciel dispensou sua companhia. “Seja bem vindo, bocchan.”

O conde sem responder, entregou a cartola e o sobretudo.

“Daqui a meia hora serviremos o jantar, recomendo que nesse tempo aproveite para tomar um banho, seu cheiro está horrível. Com licença.” Sebastian foi para a cozinha sem esperar por uma resposta.

O jantar e o resto da noite seguiu na mais absoluta frieza, Ciel falava apenas o necessário, Sebastian também não puxava qualquer assunto, apenas respondendo as ordens que eram dadas. Apesar de agirem como se esse afastamento fosse normal, Ciel podia sentir claramente o desprezo do outro, estava sendo tratado como uma peste ou algo sujo, e isso de certa forma era constrangedor, ele parecia até uma pessoa leprosa.

“Se o senhor não precisa mais dos meus serviços por hoje, eu irei me retirar. Tenha uma boa noite.” Sebastian fez um reverencia e saiu do quarto.

Ciel esperou ele sair para respirar fundo, o clima chegou ao auge do que poderia ser considerado insuportável. Ele se virou na cama e fechou os olhos. “Idiota.”

Quando olhou novamente para o relógio já passava das duas da madrugada. Ciel rolava de um lado para o outro na cama sem conseguir dormir, sua mente estava a mil por hora. Depois de ter pensado tanto, e ponderado todos os pontos, ele não acreditada que tinha chegado a tal decisão. “Sebastian, venha até aqui.”


Notas Finais


E agora, o que será que ira fazer?????
criticas, sugestões e elogios serão sempre bem vindo!
Ah façam uma autora feliz: comentem!!!
Bjs e ate quinta!!!!


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