História Confused love - Capitulo 28

POV Brian

- O que vamos fazer? – Natasha pergunta.

- Como assim o que vamos fazer? – arqueio a sobrancelha. – Vamos ficar juntos ué.

- Não podemos Brian.

- Por que não?

Como assim não podemos? Eu não disse um não pra Alissa para ficar solteiro. Eu já tinha tudo planejado na minha cabeça, acabaria com a Alissa para poder ficar com a Natasha, que é a pessoa que amo. Ela não pode simplesmente dizer... Não podemos.

- Temos esperar um pouco Bri... Eu tenho que me resolver com a Lis, não posso ficar brigada com ela.

- Tá. Eu sei... Mas isso você resolve amanhã mesmo... Eu não vou esperar pra ficar com você Natasha. Eu não dei esse show todo pra você chegar agora e dizer que não podemos ficar juntos.

Ela suspirou e me abraçou... A apertei contra meu corpo e beijei sua cabeça. Eu não vou deixá-la assim... Eu quero ficar com ela, quero assumir algo com ela. Quero que todos vejam que agora ela é minha, e que nada e nem ninguém vai mudar isso.

- Eu ainda não acredito no que você fez. – ela me empurra e ri tristonha.

- Como assim? – sorri e me sento no sofá.

- O não que você deu a ela foi meio... Exagerado, não acha?

- Exagerado foi a traição dela. Ela nunca teve motivo para me trair.

- E nem você a ela.

Essa mania da Natasha de retrucar tudo que digo... Me irrita ás vezes. E...

- Não vai atender? – ela pergunta quando ouve meu celular tocando pela centésima vez.

- Vou atender para que? É a Kenna. – olho no visor e jogo o celular no outro sofá.

- Ela deve estar preocupada. – Natasha alerta.

- Ela está é curiosa para saber o que vamos fazer.

- Coisa que nem ao menos sabemos ainda. – ela ri.

- Bom, você eu não sei, mas eu já sei o que vou fazer. – sorrio de lado.

- Brian... – ela recua.

- Nat... Natasha. – falo tirando a droga da camisa que estava me irritando já – Estou com saudade de você.

Ela para de recuar e a puxo pela cintura.

- Você sabe que ainda temos muito o que conversar. – ela evitar me encarar.

- Sim eu sei. – reviro os olhos.

- Então não acha melhor conversarmos primeiro?

- Não, o que menos quero agora é conversar.

- Mas Brian...

- Cala a boca Natasha.

Antes que ela pudesse responder eu a beijo. Natasha fala demais, e hoje o que menos precisamos é de conversa. Vamos ter o tempo todo do mundo para conversar.

 

POV 3ª Pessoa

Brian beijava Natasha com volúpia, a saudade que ele sentia de tê-la em seus braços era imensa. Sequer se lembrava da ultima vez que a teve, que a dominou, que a amou... Talvez tivesse sido antes da viagem louca dela. Natasha ao menos teve tempo de se irritar pelo fato do moreno ter interrompido-a novamente. O beijo de Brian a fazia se esquecer das coisas, esquecer até quem ela era na verdade.

A morena sentiu o colchão macio em suas costas e só assim percebeu que Brian já tinha a carregado para o quarto. O moreno separou seus lábios enfim, e a encarou com o sorriso nos lábios. Seu olhar estava escuro, o desejo exalava em seu olhar.  Sem ter palavras certas para dizer e muito menos cabeça para formar frases, Natasha puxa Brian pela nuca, colando novamente seus lábios.

Diante da atitude da garota, Brian percorre suas mãos pela lateral do corpo dela, parando uma de suas mãos no zíper do vestido da garota. Antes de abrir o zíper ele separa os lábios novamente e volta a encarar Natasha. Ele umedece os lábios e abre o zíper do vestido, retirando-o em seguida. O moreno se afasta da garota e passa a encará-la por completo, ele sorri ao vê-la corada.

- Brian... – ela sussurra.

- Estou apenas admirando minha futura mulher. – ele sorri voltando a se deitar por cima dela.

- Sua... O que? – ela ri.

- Esquece. – ele ri e volta a beijá-la.

Natasha nunca pensou que fosse sentir vergonha de Brian, mas sentiu ao vê-lo a observar tão concentrado, memorizando talvez cada parte de seu corpo. E como se a sua “antiga” eu, tivesse chamando sua atenção, Natasha percorre suas mãos pelas costas do moreno, trilhando um caminho até chegar o cós da calça dele. Sem fazer cerimônias, ela abre sua calça e tira a mesma, jogando-a longe.

Com o seu amiguinho já alegre, Brian o pressiona contra a intimidade de Natasha, fazendo-a morder seu lábio. Ele sentiu a dor, mas gostou, era excitante. Brian dedilhou seus dedos até a intimidade da garota, onde a estimulou, fazendo movimentos circulares em seu clitóris. Natasha arranhava o ombro de Brian, talvez até demais, mas ela sequer conseguia pensar em algo, com ele a tocando. Ela queria devolver o prazer, queria lhe proporcionar o mesmo, mas ela mal pensou em como fazer isso, quando sentiu Brian a preenchendo.

Brian não queria mais esperar... Para ele preliminar era o de menos, ele queria tê-la. Queria dominá-la de uma vez... E antes que Natasha invertesse os lugares, ele a penetrou. O gemido da garota o fez se arrepiar, era sempre bom ouvi-la gemendo para ele, gemendo seu nome... Se perdendo por causa dele.

Talvez essa atitude fosse um pouco possessiva e egoísta, mas ele gostava, sempre gostou, desde a primeira vez em que eles se amaram... Brian sempre gostou do modo em que Natasha se entregava á ele. Senti-la tão submissa á ele, era acima de tudo excitante, ela talvez não percebesse, mas a sua submissão á ele, era o que ele mais gostava.

- Brian... – Natasha arfou tentando dizer algo.

- Não fala nada. – Brian ordenou a encarando.

Fazendo movimentos mais rápidos, Brian a beijou, emitindo qualquer gemido que ousasse sair... Suas costas ardiam por causa das unhas de Natasha, mas ele não se importava.

Natasha sentia seu orgasmo chegando, ela queria gritar, gemer, dizer coisas sem sentidos, mas os lábios de Brian não deixavam. Eles a torturam, calando cada som que pensasse em sair... Em compensação, suas unhas castigavam as costas de Brian... E Natasha cravou as unhas nos ombros dele quando sentiu o prazer lhe invadir por completo. Sentiu Brian aumentando os movimentos e em seguida o peso de seu corpo por cima do seu.

- Eu te amo Brian. – ela sussurrou, e o moreno apenas a apertou contra seu corpo.

-x-

- Eu não acredito nisso. – Alissa repetia em seu quarto.

A morena caminhava de um lado para o outro, tentando manter a calma, tentando pensar em algo mais sensato. Mas a fúria não permitiu, lhe atingindo de uma vez só.

Alissa puxou o próprio cabelo, desfazendo o coque, e jogando a presilha longe. Retirou a pulseira, e logo sem seguida os sapatos. Ela percorreu o olhar pelo quarto e seu olhar parou numa foto dela com Brian no espelho. Sem pensar, a morena atira o sapato contra o espelho, fazendo-o se quebrar em mil pedaços.

Como ela teve coragem de fazer isso? Como o Brian fez isso? Eu não vou perdoá-los nunca, e eles não serão felizes.

Alissa sentiu as lágrimas molhando seu rosto, e se amaldiçoou por isso. Ela não queria chorar por eles, eles não mereciam uma lágrima sequer dela. Mas a dor era maior, a dor no momento falava mais alto que a raiva.

- Alissa? – a mãe da morena batia na porta.

Mas a morena ignora o chamado da mãe, e volta a procurar coisas do ex-noivo. Alissa abre as portas de seu guarda-roupa e tira tudo que encontra de Brian. Camisas, bermudas, calças... Tudo. Até o perfume, do até então, amado, ela retira. Ela pega um lençol e joga tudo no meio do mesmo, o amarrando em seguida, fazendo assim, uma “trouxa”.

Alissa retira o vestido que tanto gostou e o joga dentro da trouxa, vestindo em seguida, apenas um short de lycra e uma camisa branca. Ela limpa as lágrimas que insistiam em cair e prende o cabelo.

- Eu to bem. – ela dizia para si mesma enquanto respirava fundo.

- Alissa, abre a porta. – a mãe insiste.

- Eu to bem. – a morena grita.

Ela respira fundo mais uma vez, e abre a porta encontrando a mãe com os olhos vermelhos.

- Você... Eu sinto muito pelo...

- Não. – a morena diz séria. – Eu não quero ouvir.

Alissa entra novamente no quarto e pega a “trouxa”.

- Pra onde você vai com isso? – a mãe pergunta, mas é ignorada pela morena que desce as escadas com a trouxa nas costas.

Alissa joga a trouxa nos fundos de sua casa e volta para dentro da casa, voltando em seguida com álcool e fósforos na mão.

- Alissa você não pode fazer isso. – a mãe tenta alertá-la.

- Eu não me importo. – a garota responde jogando álcool nas coisas do ex, e no próprio vestido.

- Eu amo ele sabe? Eu amo mesmo, e ele me amava... Até quando eu não sei talvez... Mas ele me amava.

Alissa sussurrava as palavras para si própria, sequer notava a presença da mãe ao seu lado... E menos ainda, a presença da loira ao lado de sua mãe. A morena apertou os olhos, e enfim acendeu um fósforo e logo o jogando nas roupas.

- Alissa... – a mãe murmura, aclamando por uma atenção da filha, que parecia estar... Em outro mundo.

A mãe não sabia o que pensar. Nunca lhe passou pela cabeça algo assim acontecendo com sua família. A mulher estava num fogo cruzado, pois sabia que não poderia deixar nenhuma de suas filhas de lado. As duas precisam ser ouvidas, e amadas... Claro que existe a raiva da filha mais velha, mas não poderia lhe julgar, não se o seu coração escolheu o próprio cunhado.

-x-

- Você não precisa fazer isso agora. – Brian dizia calmamente para Natasha que estava deitada em seu peito.

- Eu sei Bri... Mas quanto antes resolvermos isso melhor.

- Acho melhor esperarmos um pouco Natasha... A Lis deve estar sentindo muita raiva agora. Não seria saudável conversar com ela agora.

- Mas eu não quero esperar. – a morena o encara – Eu não quero perder a minha irmã Brian. E sei que corro um grande risco de isso acontecer, porque eu acho que se fosse comigo eu não perdoaria nunca.

- Não fala isso. – ele a repreende. – Estou apenas te aconselhando... Espera alguns dias pelo menos.

- Eu não sei...

- Você quer dar uma volta?

- Não. E-eu...

Natasha parou de falar quando o celular de Brian voltou a tocar.

- É melhor você atender Brian.

Brian não discutiu, se levantou vestindo a cueca que estava jogada no chão e foi pegar o celular na sala.

- É a Kenna. De novo. – ele diz entrando no quarto.

- Atende a coitada. – Natasha ri.

Brian balança a cabeça rindo. McKenna não parou de ligar, mesmo sendo ignorada pelos dois.

- Fala. – Brian disse colocando no viva-voz.

- Fala? – McKenna praticamente grita, fazendo Brian ri baixo. – Estou te ligando o dia todo, e quando você atende é FALA?

- Fala McKenna... – ele repete.

- Aonde vocês estão?

- No meu apartamento. – ele responde se encostando na cabeceira da cama.

- Isso eu sei. – ela bufa. – Seria muito pedir o endereço?

- Sim, seria.

- Brian, você sabe que não pode ficar fugindo.

Brian podia imaginar a irmã totalmente louca, querendo informações.

- Faz o seguinte, vai para a casa do Matt... Reúne todos lá... Eu e a Natasha vamos pra lá.

- Tá. – ela faz uma pausa. – Mas não demora.

- McKenna... Tchau.

Brian desliga o celular e volta a encarar Natasha que estava pensativa.

- Vamos tomar banho? – ele sugere. – Vamos no Matt... Precisamos realmente conversar com alguém, e nada melhor do que nossos amigos.

-x-

- Ele pediu para todos irem pra sua casa. – McKenna diz encarando Matt.

- Tudo bem. – ele responde.

O grupo de amigos, ainda se encontrava em frente á igreja, onde tudo ocorreu.

- Eu ainda não acredito nessa história toda... Pensei que fosse mentira da Kelly. – Valary comenta.

- Olha querida irmã, se for pra você ir e condenar a Nat é melhor você nem ir.

- Não vou condenar Michelle... Mas é complicada essa história, pensa em como a Lis está se sentindo?

- E a Nat? Você acha que ela está ótima? – a loira revida.

- Ótima ela não está, mas digamos que ela esteja melhor, afinal, não foi ela que foi humilhada na frente de todos.

- Mas...

- Olha só sinto muito acabar com a discussão familiar de vocês. – Matt intervém. – Mas é melhor vocês se decidirem, e Valary... – ele encara a loira. – A Michelle tem razão. A ultima coisa que queremos no momento é condenar alguém.

- Tudo bem então... Acho melhor eu ir ver a Lis então... – a loira dá de ombros. – Mas eu ligo pra algum de vocês depois, quero falar com a Nat também.

- Não precisa ligar, Matt mora na mesma rua. – a gêmea mais velha volta a falar. – O número é o 661.

A irmã mais nova assente e se despede do grupo, pegando um táxi e partindo para a casa da prima. O grupo se dividiu em seus carros, Michelle claro, foi com Matt.

A loira estava nervosa pelo o que houve no casamento. Claro que ela estava feliz por um lado, afinal, sua prima preferida, enfim vai se resolver com seu amado, porém a outra ficará marcada pelo resto de sua vida, pela... Tragédia.

- Sabe... – Matt começa e a loira se põe a encará-lo. – Eu não sabia que você tinha gravado o número da minha casa.

Michelle morde o lábio impedindo o sorriso de se formar, e sente o rosto queimando. Claro que ele não iria deixar isso passar.

- Apenas... Dirija. – ela volta a encarar as ruas.

Matt sorriu com o nervosismo da garota. Era incrível a maneira como ela se fazia de difícil, mesmo que estivesse afim dele.

- Como você está se sentindo? – ele opina por mudar de assunto.

- Como assim?

- Elas são suas primas... Você deve estar sentindo algo em relação.

Michelle encara suas próprias mãos antes de encarar Matt.

- E-eu... Eu fico triste porque sei que a relação delas nunca mais vai ser a mesma. Sabe... A minha relação com a Val, nunca foi perfeita, sempre tivemos algumas birras e outras coisas... Já a Nat e a Lissa não. A relação delas era perfeita. E é uma pena saber que nunca mais vai ser a relação que sempre vimos.

- Mas você acha que a Lissa não vai perdoar?

- Matt... A irmã dela ficou com o namorado dela. Eu não perdoaria.

- Mas você não é a Lis, certo?

- Sim... Mas ainda assim, acho que a Lis não vai perdoar.

Matt abandona o assunto e estaciona o carro em frente á sua casa. Brian e os outros já estavam o esperando. Natasha quando viu a prima, correu até a mesma a abraçando.

- Calma... Vai ficar tudo bem, ok? – a loira tenta tranquilizá-la. – A Val foi conversar com a Lis primeiro... Daqui a pouco ela chega aqui.

Natasha balança a cabeça e logo entra na casa de Matt.

- E então? – Johnny começa quando todos se acomodam na sala de Matt.

- Comecem. – Jimmy incentiva.

Natasha e Brian se olham e a morena abaixa a vista. Talvez hoje fosse o dia de sentir vergonha, Natasha pensa.

- Não queremos que vocês se sintam mal ou algo do tipo. – Zacky tenta amenizar a tensão.

- Apenas queremos que vocês desabafem. – Michelle conclui.

Brian passa a mão pelo cabelo, bagunçando-o.

- Não temos o que falar. – ele dá de ombros.

- Tudo bem então... Matt. – Michelle o chama. – Tem bebida?

- Você está falando sério? – McKenna a encara.

- Por quê? Não vamos reagir como se alguém tivesse morrido.

- Michelle, eu não vou festejar, sendo que a minha irmã está... Mal.

- Nat, não estou pedindo para festejar, apenas...

- Michelle, hoje não. – Matt a interrompe.

- O que? – ela bufa revirando os olhos e indo em direção á cozinha.

Matt balança a cabeça e vai atrás.

- Eu sei que você não está feliz com isso tudo. Você mesma disse que está triste, então pare de agir como se estivesse feliz.

- Eu não disse que estava feliz, apenas...

- Você não quer pensar sobre isso para não sofrer. Michelle, não somos todos iguais.

- Dá pra parar de me dar sermão?

- Dá pra parar de ser infantil? – ele retruca. – Fingir alegria vai ser pior. Propor bebida foi desnecessário.

- Acho que vocês estão fazendo muito alarde por pouca coisa.

- Pouca coisa? Até um tempo atrás você estava melancólica com esse assunto.

Michelle ficou calada, e seus olhos logo arderam. Ela não queria realmente ter que pensar no assunto. Matt a abraçou e ela se pôs a chorar.

- E-eu não quero que tenha uma desavença na minha família Matt... Eu não quero que minhas primas virem inimigas.

- Isso não vai acontecer, relaxa. – Matt beija a cabeça dela.

-x-

- Alissa? – Valary chama a prima.

- Entra Val.

Valary abre a porta do quarto de Alissa e por incrível que pareça, não se surpreende quando vê o local todo revirado. A loira se senta na cama ao lado da morena que estava deitada. Fica calada.

- Não vai dizer nada? – Alissa ri baixo.

- Não. Você já deve ter ouvido muita ladainha.

- É verdade. – a morena se senta na cama.

- Mas se quiser posso te ouvir.

Alissa desvia o olhar, mas logo volta a encarar a prima.

- Eu estou com raiva dela sabe? Dos dois, aliás. Mas eu... Eu talvez... Talvez eu não devesse julgar sabe? Talvez eles não tenham escolhido isso. Nós... – ela aperta os olhos. – Nós não mandamos no coração.

- Então, você vai perdoá-los?

- Eu não sei Val. – uma lágrima escorre pelo rosto dela. – Eu não queria, entende? Mas eu estive pensando... Eu não posso negar um perdão, muito menos para a minha irmã. Apesar de tudo que ela fez, eu sei que não foi por mal.

- Claro que não. – Valary sorri de lado. – Acho que vocês deveriam conversar. Claro, vocês vão ter que conversar.

- Sim, mas acho que esperarei alguns dias. Eu tenho medo das minhas atitudes.

- Mas você sabe que é uma ótima pessoa Lissa... Você não guarda rancor nem nada que seja negativo para si.

- Talvez esse seja o meu erro.