História ."Confusion" - NoRenMin - Life: 1.3

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╰─ · ❥ · A vida adulta também é uma confusão. 

Renjun não brincou quando disse que o apartamento estava um lixo, mas veja bem, a culpa não é totalmente minha. 

Faziam três meses que moravamos ali, a última encomenda, que era a tevê da sala, havia chegado a uma semana, e como o suporte não estava montado, a gente teve que montar. Só ai foi uma bagunça de parafusos para lá e para cá, Renjun sentou em cima de um três dias depois da gente montar. Ainda não sabemos de que lugar ele era. 

As caixas de papelão ficavam todas jogadas no canto do suposto escritório, que ainda não era um escritório, já que nós ainda não tomamos vergonha na cara para montar a estante do Jun, Jeno andava muito cansado de esforços físicos, então sempre enventavamos uma desculpa. Mas daquele fim de semana não passava. 

Depois da geral que a gente deu, até que ficou menos bagunçado, mas eu fui dormir com a imagem daquelas caixas jogadas e de algumas outras coisas por fazer. 

Eram sete da manhã quando eu levantei, sai de casa para comprar algo para a gente comer de café da manhã e passei em uma madereira para comprar uma lata de tinta pequena, tínhamos que pintar a grade da varanda, Jeno não tinha gostado da cor igual a da parede, queria um destaque. 

Comprei tudo que faltava e voltei para casa.

 Só de abria a porta, já dei de cara com os dois me olhando, quer dizer, eles estavam mais dormindo do que acordados, então não tinha muita certeza se eles achavam que era eu ou um assaltante. 

─ Amor... ─ Renjun resmungou me abraçando, ok ele estava carente. ─ A gente ficou preocupado, não desliga o celular quando sair. ─ Soltei um suspiro, como eu conseguia ficar boiola com um chinês de cabelos bagunçados e voz rouquinha? Ah sim, estamos falando de Renjun. 

─ Que isso, nenê? ─ Jeno perguntou se aproximando, ele era o mais acordado entre os dois, quer dizer... Era o mais apresentável. 

─ Comprei tinta para a varanda, o suporte do banheiro e aquela chave de fenda que estava faltando, agora da para apertar aquele parafuso que 'tava frouxo no ventilador. E café da manhã.─ Ele concordou, pegando as sacolas das minhas mãos enquanto eu empurrava o Renjun até o banheiro. 

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Depois de tomar café e todos estarem com uma roupa confortável para fazer as coisas, nós começamos a arrumar. 

Como sempre fazíamos, cada um ficou com uma tarefa.

 Renjun estava com um avental que havíamos usado para pintar as paredes, mas dessa vez ele estava sentado no chão da varanda, o olhar concentrado em cada pedacinho me dava arrepios. Sim, Renjun concentrado com um pincel na mão me deixava sensível, sem julgamentos. 

Jeno estava arrumando o suporte do banheiro, aqueles que serviam para colocar toalha, e aquilo também me deixava sensível. Olhe bem, era Lee Jeno com uma furadeira na mão, concentrado, com a língua entre os lábios, quem não ficaria todo arrepiado com uma cena dessas? 

Eu apertava alguns parafusos que estavam mal apertados, já que só tínhamos um tipo de chave de fenda, e precisava do outro. A pessoa que inventou dois tipos tinha que apanhar junto com a que inventou a tomada de três pinos. 

Depois de cada um terminar a sua tarefa ─ Renjun nem tanto, já que teria que passar mais uma mão de tinta depois ─ a gente se uniu em uma guerra contra a estante de livros. 

Foi difícil de montar, já que cada vez que o Jeno ligava a parafusadeira, Renjun largava as madeiras com medo se furar o dedo, mas depois de muito lutar, conseguimos. Depois tivemos que ajudar o Jun a arrumar os livros e arrumar a mini coleção de bonecos dele em um dos guiches. 

Depois de tudo pronto, nós três percebemos que um espaço estava meio vazio, ele era meio grande, caberia uma cama de solteiro ali. 

─ A gente pode colocar, sei lá... Uma estante? ─ Renjun perguntou. 

─ Você poderia colocar as suas coisas de pintar ai. ─ Disse. 

─ O espaço é pequeno. ─ Nós suspiramos ainda olhando para aquele espaço vazio. 

─ A gente pode fazer um mini quarto para filhos. ─ Jeno falou simples. 

─ Quê?! ─ Eu e Renjun perguntamos, praticamente gritando. 

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Ok, talvez Jeno deveria ser preso por um quase assassinato de duas pessoas, mas no fim era só amor. 

Quando ele disse filhos e eu e Renjun quase deixamos os vizinhos surdos, ele estava se referindo a gatos. Isso, gatos. 

Não vou negar que demorou para ele falar nesse assunto, Jeno tinha dois gatos quando morava com os pais, então era de se esperar que em algum momento ele falasse sobre. 

Agora nós estamos sentados nas cadeiras da varanda, enquanto Renjun termina de pintar algumas partes, debatendo sobre o assunto. 

─ Eu estava pensando em três. ─ O Lee disse simples, Renjun o olhou de olhos arregalados. 

─ Três?! 

─ Sim, a gente pode dar nomes inspirados em Harry Potter se você quiser. ─ Um ponto para Jeno, assim ele ganha o coração do Renjun fácil. 

─ Hum, vou pensar sobre. ─ Renjun voltou a pintar, eu apenas olhei para Jeno, ele estava sorrindo como criança quando ganha doce. 

Depois de alguns segundos em silêncio, Renjun se virou para nós. 

─ Pode ser Luna, Sirius e Dobby? ─ Ele perguntou animado, Jeno concordou sem nem pensar direito. 

─ Tenho algo a dizer sobre isso. ─ Eles me olharam. ─ Três pontos para Grifinória! ─ Fiz uma brincadeira referente a casa de Jeno, e eles apenas riram.