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História Connection - O que queres?


Escrita por: barbaraIbiebs

Capítulo 7 - O que queres?


Fanfic / Fanfiction Connection - O que queres?

 

Deitada no sofá, enrolada num lençol fresco, esperava pela notícia sobre o acontecimento da noite anterior.

Uma festa universitária, terminar numa briga, onde um dos culpados está internando no hospital, ainda sem sentidos.

Era um rapaz de vinte e seis anos, este quase morto nas mãos de um outro.

As notícias baseavam-se nos testemunhos dos adolescentes, visto que pouco depois de ter abandonado o local, as autoridades e os jornalistas tomaram conta do mesmo.

Perguntava-me porque raio entrevistaram adolescentes perdidos no álcool.

Uns ainda tinha noção do que estavam a dizer, outros já envolviam tiroteios por causa de uma rapariga, coisas que provavelmente não eram reais.

Olhar para aquela televisão, onde imagens da noite anterior passavam, fez-me desliga-la.

Não queria voltar a repetir as imagens, nem pensar sequer.

Minutos antes, conversávamos animadamente, mesmo numa bolha de sarcasmo, depois, segurava uma arma, prestes a tirar a vida de alguém.

Problemas de personalidade? Dupla personalidade?

- Boa tarde. - Barbara murmurou, bocejando de seguida. - Interessante, o que estás a ver.

Encolhi as pernas para que se sentasse também. Afundou a mão no pêlo de Gold, que parecia menos dorido.

- Estavam a comentar sobre o que aconteceu ontem. - Voltei a ligar a televisão.

- E então?

- O rapaz está em coma, com graves hematomas e não há conhecimento do responsável.

- Provavelmente um adolescente bêbedo sem qualquer educação ou sanidade mental. - Comentou meio rude, repugnada com a atitude.

Tanto eu como Barbara não éramos amantes de violência. Nem mesmo assistíamos a filmes de ação por vontade própria. Era algo que não fazia parte da nossa personalidade.

Decidi ficar calada.

Eu concordava com Barbara, o acto foi de facto repugnante.

Desejava não me cruzar com ele novamente, pois não sabia como iria reagir. Relembro estar congelada a olhar para ele, assustada com aquilo que era capaz de fazer.

E não era eu diante daquela arma. Não era por mim que nutria tanto ódio. Só de pensar, sentia um nó na garganta.

A rapariga murmurou que ia comer alguma coisa e voltar a dormir.

Para além de cansada, a ressacar.

Informei que iria levar Gold ao veterinário, pois queria certificar-me que não estava nada de errado, que os ossos estavam intactos, inclusive os músculos também.

Antes de sair de casa, avisei Marie e Elliot, que em breve estaria na clínica.

Vesti-me rapidamente, perdendo o cabelo numa tranca larga e desajeitada, dando-lhe um ar relaxado.

Apliquei alguma maquilhagem, visto que mal tinha dormido, calcei-me e desci as escadas, colocando uma maçã entre os dentes.

Gold conseguia andar bem, algumas vezes descaia um pouco numa da patas traseiras, mas também o acontecimento estava fresco e a dor podia não estar completamente atenuada, visto que não lhe havia medicado mais.

Durante o caminho até à clínica, Gold estava constantemente com a boca aberta a "comer o ar".

Após exames sanguíneos e um raio x ás patas traseiras, Elliot deu-me uma boa notícia. Não havia qualquer fractura, ele estava apenas dorido. Deu-me três comprimidos, explicando que tomava um depois do jantar, amanhã depois do almoço e também depois de jantar.

Medicou-lhe no momento também, visto que consistia em quatro comprimidos. Depois, deu-lhe alta e um biscoito.

Como não pretendia voltar para casa, decidi conduzir até à praia de Venice.

Estávamos numa zona pouco movimentada, onde a presença de animais era permitida. Soltei Gold, que não demorou a rebolar pela areia.

Sentei-me na mesma, encarando-o ainda a esfregar-se na areia. Não deixei de tirar algumas fotos, rindo-me delas.

- Gold! - Gritei, quando decidiu abanar-se, enchendo-me de areia. 

As horas passavam, continuava na praia a brincar com Gold. Já estava totalmente salpicada com água, visto que ele não deixou de fazer das suas.

Entretanto, o meu telemóvel começou a tocar, estragando parte da diversão.

Deduzi que fosse Barbara, mas não.

Era um número privado, que já me havia ligado duas vezes. Não atendi a chamada. Típicas brincadeiras de pessoas sem vida.

Reparei que eram cinco da tarde, o que me levou a chamar Gold.

Antes de o deixar entrar no carro, sacudi ao máximo o seu pêlo, e o excesso de água na sua causa, pois era o local mais molhado. Abri a porta e logo se acomodou no banco, o que me agradou, pois a pata não era entrave.

Assim que estacionei o carro, o número privado voltou a ligar-me.

Decidi atender.

- Zoe Adams?

- Sim. Com quem estou a falar?

- Preciso de falar contigo. - Nesse momento, apercebi-me que era o Justin. - Eu sei o que estás a pensar de mim...

- Nada que não seja verdade. É aquilo que és.

- Dei-te algum motivo para pensares isso?

- Tirando a invasão do apartamento e de teres sido agressivo... Ias matar uma pessoa! - Ouvi-o suspirar do outro lado da linha, o que me silenciou. - Não tens que me dar justificações da tua vida. Nem tens que voltar a falar comigo, afinal és só um criminoso a precisar de garantias sobre a possível denúncia. E descansa, não vou fazê-lo.

Quando os segundos de súbita coragem terminaram, desliguei a chamada e respirei fundo, saindo por fim do carro.

Necessitava de tomar um banho de banheira e eventualmente de dar banho ao Gold, então decidi fazer tudo junto, primeiro banhar o Gold, depois trocar água e banhar-me com ele.

- Zoe? Finalmente! - Barbara desceu as escadas, franzindo a sobrancelha com a nossa figura. - Devo perguntar?

Balancei a cabeça e ela riu-se.

Minutos e minutos, estava deitada na banheira enquanto Gold as rebolava pelas toalhas caídas no chão, para não o molhar de uma forma exagerada. 

Dar banho a um cão, não era tarefa fácil.

A Barbara invadiu a casa de banho, com uma expressão chocada. Olhei para ela, meio confusa com o que se passava.

- Está um rapaz a perguntar por ti.

- Onde?

- Hum... No sofá da sala?

- O quê? - Guinchei, saindo da banheira a correr. - Quem é?

- Isso pergunto eu! Não faz o teu estilo, tem tatuagens...

- Ó, não...

Enrolei-me a um dos robes pendurados na porta, escolhendo o mais comprido e o menos fino, pois não me agradava aparecer à frente dele assim.

Tirei o excesso de água do cabelo, enrolando-o depois, no cimo da cabeça.

Pedi a Barbara que secasse o pêlo de Gold, saindo da casa de banho. Desci as escadas lentamente, receosa de o ver.

Não sabia o que lhe dizer, porém não tencionava ter uma conversa com ele.

Apenas expulsa-lo do apartamento.

- Pelo menos desta vez bateste à porta.

Deixei escapar, captando a atenção dele. O típico curvar de lábios, a típica expressão tranquila e divertida no rosto. O típico olhar penetrante.

Decidi romper o silêncio novamente, sendo um pouco bruta.

- O que queres?

- Autch, não sabia que conseguias ser tão agressiva. - Revirei os olhos, e a sua expressão deixou de estar tão divertida e tranquila. - Sobre ontem...

- Acho que não queres alimentar aquilo que tenho contra ti. - Novamente, um tom rude. - Justin, não quero ter nada relacionado contigo. Apenas, vai-te embora.

- Onde é que arranjaste toda essa atitude? - Riu-se, embora uma risada sarcástica e impaciente. - Não brinques com fogo, princess.

- Está a ameaçar-me?

- E se tiver? - Caminhou na minha direção, fazendo-me chocar contra a parede. - Costumas julgar todas as pessoas?

- Não. - Admiti nervosa com a aproximação. - Mas tu não és todas as pessoas.

- Tudo aquilo que pensas sobre mim, são meras ilusões da tua cabeça.

- Não preciso de tirar um curso para saber que não és uma pessoa de confiança e todas as pessoas associadas a ti, acabam com a mesma reputação.

- Nem todas, algumas acabam mesmo sem vida.

Estremeci, perante o seu tom.

Perante a sua voz bastante perto de mim, assim como ele mesmos. Mantive a cabeça baixa, pois por um lado sentia que estava a ser injusta com ele, por outro lado não pretendia cair no seu jogo.

Justin, era manipulador. Tinha um ar manipulador e não podia deixar-me manipular por ele.

No entanto, não me sentia assustada com a sua presença, apenas nervosa.

- Olha para mim, Zoe. - Murmurou baixo, levando a mão ao meu queixo.

Conforme senti o seu toque, dei uma cabeçada na parede ao afastar-me. Não foi tão forte, pois já estava praticamente encostada à mesma.

Ele voltou a insistir e eu acabei por olhar para ele.

- Não tens qualquer razão para me apontar o dedo, então porque o fazes?

- Porque insistes em falar comigo? Eu fiz a denúncia.

- Tenho que me certificar que não me fodes quando te chamarem para identificar fotos.

- Como sabes que o vão fazer?

Ele encolheu os ombros.

Os nossos olhares cruzaram-se durante alguns segundos, até Gold invadir a sala a ladrar.

O Justin afastou-se de mim, embora ainda com olhar no meu.

Tentei abstrair-me daquele estado transe. Olhei para Gold, acariciando a sua cabeça, onde o pêlo já estava totalmente seco.

- O que aconteceu ontem? - A curiosidade tomou conta de mim.

- Janta comigo amanhã e eu conto.

Arqueei a sobrancelha e ele mostrou o tão conhecido sorriso.

Beijou a minha bochecha e abandonou a sala. Pouco depois, o apartamento. A minha primeira reação foi suspirar, encostando-me totalmente à parede novamente.

- Alguma coisa que deva saber?

Dei um pequeno pulo ao ouvir a voz de Barbara.

A rapariga gargalhou, comentando a figura masculina que havia procurado mim. Algo nunca antes vistos, apenas quando Kyle e Jack chegavam.

Dei-lhe um leve empurrão.

(...)


Notas Finais


será que a zoe vai ao jantar?

Gostam da nova capa??

leiam também a AMYAH: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-barbara-palvin-a-m-y-a-h-5050445


Até segunda :P


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