1. Spirit Fanfics >
  2. Conspiração do Universo >
  3. A vi chorar

História Conspiração do Universo - A vi chorar


Escrita por: Ananda143

Capítulo 29 - A vi chorar


  Rodrigo 


  Finalmente conseguir ter a pior semana da minha vida e pela primeira vez, não foi por causa de meu pai, tudo por conta do meu lance com Sidney, tudo por que fiquei as escondidas com ela e por que terminei com Patrícia. Por que tudo sempre tem que girar em torno de mim e de Sidney.

  Fiquei e continuo chateado com Sidney, sei que a tratei como nada, agi como um completo babaca, mais pra mim foi necessário, ela queria distancia e eu dei a ela o que ela queria, de uma forma cruel, mais assim conseguirei mantê-la longe por um tempo. Não queria que tivesse acabado e nem ficar distante dela, mais era o que ele queria e eu daria a ele, não agi como um babaca por que eu queria, por que eu queria agir daquela forma, mais fazendo aquilo, pelo jeito que a conheço, a conseguiria fazer ela ficar longe de mim, ou fazê-la me matar quando me visse. Com ela é sempre assim, sempre tem seus riscos, por isso era divertido.

  Aproveitei essa semana que não nos vimos, pra pensar e esvaziar a cabeça. Depois dessa confusão toda precisava de um tempo pra mim, um tempo pra pensar. Saí da cidade, fui para casa, não visitar meu pai, na verdade ele passaria aquela semana fora, quem estava em casa era a minha mãe e era com ela que eu queria conversar e foi isso que fizemos a semana toda, conversamos sobre tudo, o que aconteceu comigo e Sidney, o lance com meu irmão, meu término com a Patrícia, coisas da vida.... Foi um momento meu e da minha mãe e foi especial e esclarecedor.

  Agora já estou de volta a faculdade, precisava voltar a estudar, ou então não me formaria e um dos meus grandes sonhos é me formar na faculdade e conseguir o que eu quero, iria conversar com meu irmão, somente isso. Minha mãe me aconselhou a conversar com Sidney, mais não quero voltar a vida dela se ela não quer me ver, então pelo menos aceitaria as coisas com meu irmão.

  Também tinha uma festa hoje, prometi que estaria lá pra um amigo, então eu iria, costumo cumprir minhas promessas e pretendo continuar assim. Não sou muito chegado a festas, mais fui convidado e disse que eu ia, então me sentia obrigado a ir.

  Já estava de noite e já era quase a hora da festa. Passei no dormitório pra pegar uma roupa pra ir a festa e graças a Deus Sidney não estava lá, não teria o prazer de vê-la gritar comigo, mais isso era bom já que ela não queria me ver. Não vi ela, nem ninguém, isso era bom também, não queria que ninguém achasse que voltei apenas uma festa, já que realmente não foi isso voltei pra reatar com meu irmão e voltar a estudar, já que eu estava em uma faculdade tinha que estudar, só estava fazendo o meu dever de irmão e de estudante.

  Fui para a festa antes de 9 horas, queria chegar na hora, pra eu poder ir embora cedo, quanto mais cedo eu chego, mais rápido posso ir embora. Não prometi que ficaria até o final, então não era obrigado a ficar, só precisa ficar mais de uma hora lá, só precisava dar umas voltas e depois eu podia ir embora, que não teria descumprido minha promessa.

  Cheguei lá bem na hora que eu queria, fui recebido na porta, por Jeremy, era ele quem era o amigo, ela já beijou Sidney e eu vi, mais estava tudo bem. Nos conhecemos desde que eramos duas crianças, eramos amigos a muito tempo. Está festa que ele deu, era pra comemorar seu namoro finalmente, o lado ruim daquela festa, é que é na casa de fraternidade, a que patrícia ajuda a pagar e tem muita chance de ela estar aqui, não quero encontrar com ela, ainda deve estar chateada por que terminei com ela, talvez esteja brava e não quero causar esse desconforto a ela.

  Entrei na casa e comecei a andar pela casa, andei a casa toda, sem beber quase nada, continuo não gostando de bebida, bebi só uns dois copinhos de tequila e pronto. Nunca bebi pra ficar bêbado, só bebia pra sentir que estava me divertindo, pra ficar relaxado, nunca pra ficar doidão, já faço muita merda estando completamente sóbrio, imagina como seria isso bebendo. Já tinha se passando 2 horas desde que cheguei, dei várias voltas pela casa e já estava pronto para ir embora, mesmo não tendo feito nada a festa toda, já tinha visto muito drama e várias pessoas que eu não queria, já deu e quero muito ir embora.

***

  Estava agora na varanda, parado lá, estava apenas pesando, parado e pensando. Derrepente quando cheguei na varanda comecei a pensar em minha vida e agora estava lá, com os braços apoiado na varanda e pensando, como eu disse.

  Derrepente senti alguém esbarrar em mim, olhei para atrás para ver quem era. De cara não vi quem era, pois estava com a cabeça baixa e bebendo uma garrafa de uísque percebi apenas que era uma garota, agora quem, não fazia a mínima ideia.

  - Desculpa. - disse ela ainda de cabeça e percebi que estava completamente bêbada, conhecia aquela voz, era muito familiar e conhecida - Eu não tava prestando atenção! - disse e levantou a cabeça, mais familiar do que isso não podia ser.

  É óbvio que ela estaria lá, era amiga de Jeremy, até se beijaram, eu fui burro de pensar que ela não estaria lá. Dava pra ver que eram grandes amigos, na verdade tava mais pra grandes companheiros de festas.

  - Rodrigo! - ela disse surpresa, pelo visto não esperava me ver lá - O que que cê tá fazendo aqui? - ela perguntou bebendo mais um pouco de sua bebida

  - Eu fui convidado. - respondi 

  - Eu devia saber que universo maldito faria isso comigo. - começou, já sabia até onde isso ia acabar, ela não admitia mais ela era muito dramática, sempre faz tempestade em copo d'água, tudo sempre vira uma explosão de sentimentos - Eu venho pra cá no intuito de parar de pensar em você por pelo menos 1 minuto! E aí o que aconteceu? - perguntou retoricamente - Eu encontro você! - disse sendo irônica 

  Ela estava realmente extremamente bêbada, até seus gestos eram mal feitos e mais tardes ela ficaria falando nada com nada, eu estava apenas observando nós e notei que estava meio pálida, não parecia muito bem.

  Pera aí! Ela disse que queria parar de pensar em mim? Então ela ainda não me tirou da cabeça, isso que dizer que ainda tenho alguma coisa rolando. Bem que eu queria saber o que, mais eu não perguntaria, não com ela nesse estado, não com ela brava comigo e não com ela não querendo me ver, não seria nada justo.

  - Você tá bem? - perguntou, segurando seu braço

  - Tô. Relaxa! Tá tudo bem. - ela respondeu, abaixando e levantando a cabeça algumas vezes - Eu só... - começou e depois fez uma cara de dor e levou a outra mão até a cabeça - Eu bati a cabeça. Mais eu tô bem. - ela insistiu em dizer que estava bem, mais dava pra ver em sua cara, estava pálida e muito suada pra estar bem.

  - Você não parece bem. Está pálida. - informei

  - Não. Eu tô bem. - insistiu ele, ainda com a mão na cabeça 

  - Não. Você não tá. - a puxei para o lado, para perto de uma cadeira- Sente aqui. - disse colocando-a na cadeira

  Depois, olhei para deu rosto e coloquei uma das mãos em seu queixo, com a outra mão, tirei a mão dela de seu rosto e fui ver como estava sua cabeça, tirei todo o seu cabelo molhado de suor do sou rosto e depois olhei para sua testa e lá estava ele, um pequeno galo na sua cabeça, mais não estava tão ruim assim. Ela só estava mal assim por que bateu a cabeça bêbada.

  - Está com um galo na testa. - disse a ela, tirando as mãos de seu rosto

  - Eu tô... - ela começou, mais não conseguiu terminar, pois quase desmaiou, sorte que eu estava perto para segurá-la - Você tem braços fortes. - falou e começou a sorrir, era oficial, ela não estava bem mesmo.

  - Pare de insistir. Está evidente que não está bem. - disse ainda segurando ela, dessa vez ela não rebateu

   Por um segundo ficamos todos em silêncio. Mais depois, assim do nada, Sidney empurrou meu braço e se levantou rapidamente.

  Com a cabeça para fora da varanda, estava vomitando, resultado de tanta bebida e uma batida na cabeça. Eu apenas coloquei a mão em sua nuca e fiquei lá parado.

  Depois de alguns minutos, ela se limpou e depois levantou a cabeça e por incrível que pareça, agora ela parecia ainda pior que antes, estava ainda mais pálida.

  - Bom! Eu vou beber mais um pouco. - anunciou ela andando até a entrada 

  - Não. - disse agarrando seu braço- Você não vai beber mais nada. Ouviu?

  - Você não manda em mim! - ela disse tentando puxar seu braço de volta, pena que ela não conseguiria

  - Pare. - disse puxando ela para frente, isso fez com que ela parasse de tentar se soltar e assim ficamos nos olhando - Olha. - ela desviou os olhos - Olha pra mim! - agora ela voltou a me olhar - Já chega tá? Você já está bêbada o suficiente. Bateu a cabeça e quase vomitou seu pulmão. Está na hora de ir para casa ok?

  Ela ficou olhando para os lados antes de me responder.

  - Tá. - respondeu, mais deu para perceber em seus olhos, que ela queria ficar lá e beber mais um pouco - Mais não pense que é por sua causa.

  - Tá. - eu disse

  E depois começamos a andar para fora da casa e a começar a andar até o dormitório. No caminho não falamos nada, ainda estávamos meio longe, mais nada foi dito. Percebi que ela estava tremendo muito, devia estar com frio, quer dizer está frio, afinal geralmente a noite é fria, não é a toa que ela estava tremendo.

  - Tá frio. - ela disse 

  - Toma. - disse tirando meu casaco e dando a ela.

  Ela vestiu rapidamente e continuamos a andar.

***

Andamos lado a lado até o dormitório, mal nos olhamos, mais achei até justo, já que a última coisa que ela queria era me ver, eu respeitava seu espaço pessoal, já estava ao lado dela e ela já não queria isso, não precisava ficar tagarelando se ela não queria nem que eu estivesse lá. Sorte que depois que dei meu casaco a ela não estava tão longe assim, se não seria uma caminhada longa e desagradável.

  Passamos pelos corredores da faculdade, lentamente, ela já parecia mais aquecida, dentro da faculdade, a noite era agradável, não ficava muito fria.

  Logo entramos no dormitório, levei ela até seu quarto. Procurei alguma roupa simples dela e uma toalha. Acho que não faria mal se ela tomasse uma ducha, só não podia deixá-la dormir, afinal ela bateu a cabeça, a última coisa que ela poderia fazer era dormir.

  A levei para o banheiro depois de pegar um moletom azul e short jeans. Ela não disse nada até chegar no banheiro, pelo visto ela está a realmente me evitando e como sempre, fiz exatamente o oposto do que ela queria.

  - O que a gente vai fazer aqui? - perguntou ela, parece que ainda não tinha entendido nada

  - A gente não vai fazer nada. Você vai. Vai tomar um banho. - informei a ela

  - Não a água tá fria. - disse ela tentando sair de lá, mais é claro que eu não deixaria

  - Pare. - disse segurando-a novamente - Por que tem que ser sempre tão teimosa? - depois dessa pergunta, nenhum de nós disse nada, apenas ficamos nos olhando novamente, sempre fizemos isso naturalmente - Vai ser rápido. - informei e lentamente tirei o casaco dele e coloquei em cima da pia

  Depois ela estava apenas de roupa íntima, pronta para entrar no chuveiro e era ali que eu saia de cena. Sei que não deveria deixá-la sozinha, mas não queria ficar e dúvido que ela queira o prazer da minha companhia.

  - Estarei lá fora. Qualquer coisa é só chamar. - informei saindo de lá

  Sai do quarto e logo a ouvi ligar o chuveiro e antes que entrasse debaixo do chuveiro a ouvi dizer: Está muito fria Rodrigo!. Não disse nada, apenas a deixei tomando o seu banho. Alguns minutos se passaram e eu só ouvia o chuveiro ligado e nenhum sinal de vida dela, já estava começando a ficar preocupado. Até que a ouvi desligar o chuveiro e me chamar.

  Fui lá e entrei rapidamente, ela já estava vestida, estava apenas secando seu cabelo com a toalha. Olhei para ela e pelo o que eu vi parecia melhor, já tinha recuperado um pouco de sua cor e aparentemente estava com uma cara melhor do que aquela que estava na festa.

  - Se sente melhor? - perguntei, não sabia nem o que falar, nem o que fazer, mais queria muito saber se ela se sentia melhor

  - Sim. - ela respondeu andando até a porta - Agora eu vou dormir. - disse colocando sua toalha e suas roupas em meus braço e andando até a cama

  Não podia deixá-la ir dormir, qual é? Até ela deve saber que ela não pode dormir. Sério! Por que ela é tão teimosa? Joguei as coisas em cima da pia novamente e fui atrás dele.

  Quando cheguei ela já estava deitada na cama pronta pra cair em sono profundo, então corri até ela, não sabia que ela ficava bêbada a esse ponto, agora eu entendo por que ela só vai a festas acompanhada.

  - Não. Não pode dormir. - disse levantando-a da cama - Bateu a cabeça. Não pode dormir. - expliquei 

  - Não. Eu posso sim. - ela começou e voltou a tentar se deitar novamente, mais eu insisti em não deixá-la se deitar - Eu tô bem e com sono, então se não se importa... - disse agora conseguindo se deitar novamente - Eu vou dormir.

  - Eu me importo. - indaguei - Estou falando sério. Não pode dormir. - insisti em lembrá-la disso, mais como conheço sua teimosia, sabia que não me escutaria e tentaria dormir de qualquer forma .

  - Então terá que me manter acordada. - ela disse e depois ficou batendo na cama, sinalizando pra eu sentar e eu o fiz - Me conte algumas coisa interessante. Qualquer coisa.

  - Não tenho o que dizer a você Sidney. - comecei, realmente não tinha, nada que merecesse sua atenção - Eu a deixei aqui sozinha, com um monte de problemas pra resolver, agi feito um completo babaca e sumi. - lembrei ela disse, ela me observava meio sonolenta, mais ainda bêbada - Não tenho nada o que contar a você.

  - Tem sim. - insistiu - Vamos conte algo. Tipo por que você foi embora?

  Meus olhos encontraram os dela rapidamente e depois ficamos nos olhando. Me surpreendi um pouco, não esperava que ela quisesse saber o que eu estava fazendo na semana que eu passei fora, ou saber o motivo da minha partida e agora não consegui tirar os olhos dela. Mais contaria a ela o motivo, sei que não será convincente, mais vou contar a ela, é a verdade, mesmo que não seja seja que ela quer ouvir, contarei da mesma forma.

  - Sidney fui embora por que senti que precisava ficar sozinho, precisava de um tempo sozinho, precisava entender tudo o que estava acontecendo na minha vida, o que aconteceu com você. - comecei, essa era uma das partes mais importantes de eu ir embora e começar por ela, na minha cabeça fazia todo o sentido - Precisava saber o que fazer pra recuperar meu irmão, isso é o mais importante pra mim agora, não sabia o que fazer e voltei por isso. - agora falaria sobre ela, o por que não falai mais com ela, desde que fui embora - Já sobre você, sobre não ter falado com você. Foi por que você queria distância, queria que eu não ficasse por perto e eu decidi respeitar isso. Não tínhamos o que falar, ainda não temos! Pelo menos eu acho que não temos e apenas respeitei seu espaço.

  Ela não disse nada, pelo menos não quando eu terminei de falar, ela apenas ficou me olhando sem dizer nada, seus olhos brilhavam. Parece que acabei dizendo algo que ela queria ouvir e que a deixou um pouco feliz, até eu conseguir ficar um pouco feliz. Pensei que depois que contasse isso a ela, ela ficaria ainda mais brava comigo, mais parece que fui bastante convincente.

  - Então fez tudo isso pensando no seu irmão? - perguntou, mais eu sabia que não era pra eu responder, a vi fazer um sorriso sem os dentes e começar a segurar minha mão - Você é um bom irmão. Eu espero de verdade que você e seu irmão se resolvam e admiro ter tirando um tempo pra você, pra entender toda essa situação, pra se entender melhor, no meio de toda confusão. - agora comecei a olhar seus olhos novamente e ela começou a acariciar minha mãos, nossa como ela é compreensiva, sempre consegue entender absolutamente tudo e ainda parece feliz pelo que eu fiz - E admiro mais ainda ter me dado o espaço que eu queria, ter aceitado minha decisão, você realmente é um homem bom.

  - Valeu. Você também é uma boa pessoa. - admiti, achava isso dela e queria que ela soubesse disso

  - Valeu também. Sabe Rodrigo? você é o cara mais legal que eu conheço. - a ouvi dizer isso e nesse momento queria ir embora, sabia o que ela diria e não queria ouvir, muito menos fazê-la acreditar que quero - Sinto sua falta. Sinto muito a sua falta, quero voltar a tê-lo por perto.

  - Tenho que ir. - disse me levantando e fazendo ela soltar minha mão e comecei a andar até a porta.

  - Pra onde? - perguntou ainda deitada, pelo visto não tinha mais forças pra se levantar

  - Embora. - disse agora abrindo a porta

  - Não! Não vá por favor. Eu preciso de você. - ela disse e agora eu abri a porta e estava prestes a sair - Rodrigo. - gritou ela - Por favor fiquei.

  Ela disse, mais não o fiz, fui embora, não na hora que eu saí, fui apenas depois. Fiquei apenas encostado na porta, ouvindo ela me chamar e dizer que precisava de mim, chegou um ponto que há ouvi começar a chorar e nessa hora fui embora. Não precisava ficar lá ouvindo-a chorar, então fui embora e conclui essa noite infeliz como quase sempre.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...