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História Constant Bloom - Alguém poltrão


Escrita por: kaxxne

Notas do Autor


Oi, oi!

Primeiramente, somente queria dizer que eu estou muito feliz com os 42 favoritos e muito soft com os comentários que recebi no primeiro capítulo, sério, nem sei explicar!! Só sei que estou toda boba!!

Enfim, tenham uma boa leitura, e me desculpem pelos erros que encontrarem, eu olhei muitas vezes, mas as coisas, às vezes, passam batido por mim!

Capítulo 2 - Alguém poltrão


Fanfic / Fanfiction Constant Bloom - Alguém poltrão

Assim que chegou do hospital com Emi, Shouto foi direto para o banho. Ele demorou cerca de minutos para tirar as roupas, e ficou em frente ao espelho do banheiro por alguns segundos vendo sua face e seus olhos um pouco inchados pelo recente choro.

Os pensamentos condicionados a sua atual situação voltaram com precisão. Se perguntou o que faria? Que decisão tomaria? Aquilo tudo o assustava ao extremo, se sentia perdido e no escuro.

Ele tinha reais dúvidas se conseguiria lidar com tudo isso sozinho, mesmo que Emi tenha dito que estaria com ele seja o que for, ele não poderia ocupar a ômega com aquilo, ela já tinha seus próprios problemas e era ocupada com o trabalho e com sua faculdade.

E aqueles pensamentos ainda continuaram em sua mente até ele iniciar seu banho, ligando o chuveiro e suspirando com a água morna descendo pelo o seu corpo. Suas mãos tremeram um pouco ao passar sabonete, em específico sua barriga, lugar este que ele evitou a todo custo, enquanto sua mente agitada fazia os cantos de seus olhos se encherem de lágrimas.

Ele se sentia culpado por aquele pequeno descuido, como queria voltar no tempo e fazer tudo diferente, mas aquilo não era possível. Quando saiu do banheiro, a primeira coisa que olhou fora a luz vindo do seu próprio celular que estava em cima da enorme cama, se aproximou e o pegou, e quando viu o nome "Bakugou" na tela as batidas do seu coração aumentaram. Ele estava ligando, e não era a primeira vez que a pessoa em questão ligava, e sim a quarta.

Mais uma prova que eles dois somente se conheciam na cama, mas sobre o outro não, era que nem pelo primeiro nome eles se chamavam, mesmo que ambos tendo alguns amigos em comum, e terem, menos em suas próprias camas, transado em muitos lugares juntos e saberem as preferências um do outro nos momentos libidinosos, eles não sabiam nada além de muito óbvio um do outro.

E mesmo que Shouto não se importasse em transar com o loiro em sua própria cama, se Enji sentisse um mísero rastro de cheiro de um alfa desconhecido pela casa, ele estaria morto. O pai desde sempre o tratava diferente dos outros irmãos, principalmente, seus irmãos alfas, Touya e Natsuo, eles poderiam trazer ômegas, até um grupo se quisessem, para dentro da casa, mas ele não. Seu pai sempre dizia que ômega de respeito se guardava, algo que ele não fez e se Enji descobrisse isso nem gostava de sequer imaginar.

Ao contrário dele, sua irmã seguiu com sua pureza e se casou cedo com uma alfa que trabalha como advogada da família. Ela se casou somente para agradar o progenitor deles que havia comentado que Nemuri Kayama, era uma alfa bem sucedida e uma profissional competente, que se Natsuo e ela não fossem da mesma classe alfa, ele gostaria de tê-la como nora. Fuyumi largou o namorado beta de classe baixa, ignorando seus próprios sentimentos para ter os olhos orgulhosos, que somente Natsuo recebia, do pai deles.

Enquanto Shouto queria viver longe de Enji, Fuyumi queria os olhos orgulhosos direcionados para si, ela queria ser um motivo de orgulho do homem que Shouto mais queria distância.

Acabou que a chamada se encerrou sem ser atendida, Shouto soltou um suspiro deixando o celular em cima da cama novamente e se sentou sobre os lençóis macios de seda. Seus olhos heterocromáticos acabaram caindo sobre o enorme espelho à sua frente.

Fitou sua imagem refletida por alguns segundos antes de se levantar e andar até o espelho impecavelmente limpo, suas mãos foram até a amarração do seu roupão, a fim de desamarrar, ao mesmo tempo não, para ver sua barriga ainda lisa. Era algo estranho, novo, e Shouto não conseguia imaginar, em partes nem queria tentar imaginar, aquela barriga crescendo com o passar dos meses ao ponto de suas próprias roupas não lhe servirem.

Desistiu de desamarrar e de entender a sua mente por um momento, saiu da frente do espelho ainda vestido no roupão. Foi até o seu closet, pegou um conjunto de roupas qualquer das cores cinza, e se vestiu de maneira rápida. Seu celular tocou de novo. Uma música irritante preencheu o ambiente. O nome Bakugou, de novo, brilhava na tela, já era a quinta chamada.

Shouto pensou muito antes de pegar o aparelho, e atender aquela ligação, mas pensou menos no que falaria caso atendesse.

— Não sabia que havia se tornado difícil de entrar em contato com você, Todoroki.

Shouto ficou por alguns segundos mudo, de repente embriagado com a voz rouca do loiro de olhos de um vermelho intenso. Sentou-se na cama de maneira nervosa, mordendo o lábio inferior com força, pensando em como conseguiria dizer sobre a gravidez para o dono da voz rouca que ressoou no seu ouvido, se nem mesmo conseguia se manter calmo em uma ligação.

— Desculpa, eu... — Shouto respondeu baixo, encarando a parede e querendo chorar. — É que eu não estava muito bem... Tive um mal-estar e fiquei deitado, dormindo... — disse a primeira desculpa que passou pela a sua mente que no momento se encontrava apreensiva.

— Hum... — era possível ouvir alguma música baixa tocando ao fundo.

— Deve ser porque eu não comi ontem à noite. — justificou melhor a sua mentira. — Por que me ligou?

— Você sabe, preciso te tocar hoje.

Katsuki disse sussurrando, e isso bem perto do ouvido do ômega causou algo, uma miscelânea de sensações diversas, sensações essas que envolviam precisar das mãos do alfa em cada rastro de pele do seu corpo, o deixando ter o seu corpo da maneira mais vulgar possível, o fodendo até ele esquecer até de como respirar de maneira correta, até ele não saber o que pensar.

E era o que Shouto queria no momento, não pensar. Não pensar em absolutamente nada.

— Pode vir aqui?

— Agora?

— É. — a risada rouca do loiro chegou aos ouvidos do ômega. — Ou você quer me encontrar em algum lugar de sua preferência?

Sem pensar muito, o ômega disse que iria ao apartamento do outro. Ele viu como uma chance para dizer o que se passava, ou seja, contar sobre a gravidez para o outro pai. As chances de ele não ter coragem e somente acabar transando com o loiro eram enormes, mas ele sentia que precisava contar, mesmo que tivesse risco de receber uma reação negativa vindo do loiro. Shouto esperava conseguir.

Com a mesma roupa que acabara de vestir, saiu do quarto. A mansão estava vazia, bem silenciosa como sempre fora. Shouto acabou pensando em que ambiente, possivelmente, aquele bebê ainda sendo gerado teria? Um que ele teve ou algum com aspecto aconchegante? Bem, ele não sabia muito bem o que seria exatamente um ambiente aconchegante, talvez seja um lar onde tivesse muitos brinquedos espalhados no tapete da sala de estar, cheiro de bolo sendo feito no forno no ar e uma criança sendo colocada para dormir por um casal que ler histórias todas as noites para a sua cria?

De fato, não sabia, e nem tinha como tirar exemplos de uma infância feliz que ele nunca teve.

Andou pelos cômodos exagerados em tamanho, até chegar na saída da casa. Não viu Emi pelo caminho, concluiu que ela estaria em outro cômodo, e se não falhasse sua memória, ela com certeza estaria no jardim que havia atrás da casa, cuidando do jardim. Passou pelos seguranças e pegou um carro vermelho na garagem.

Enquanto dirigia pelas ruas indo rumo ao apartamento do loiro, se recordou da luta que teve para o progenitor o deixar tirar carteira de motorista, Enji era alguém de mente fechada e que não aceitava que o mundo estava em constante mudança, que a sociedade evoluía de pouco a pouco com o passar dos anos. No seu pensar, não tinha o porquê dos ômegas dirigirem um carro.

Shouto acabou se lembrando enquanto dirigia sobre tudo que tomou à frente e foi contra. O pai não queria que ele aprendesse a dirigir e ele foi lá e insistiu. O pai não queria que ele fizesse faculdade, queria que ele se preocupasse em achar um excelente alfa para se casar, e de novo, ele insistiu e agora cursava Letras. Somente ele sabia o quanto havia reunido coragem o suficiente e o tanto de medo que suprimiu para aparecer no escritório do pai e argumentar sobre tirar carteira de motorista e fazer a faculdade que queria.

Shouto sentiu um pouco de controle sobre a sua própria vida quando conquistou tudo isso, mas ele sabia o quanto que Enji era sórdido, até ao ponto de ver prazer em lhe dar aquela falsa sensação de controle, para depois cortar as suas asas com brutalidade. O ômega não duvidava que essas fossem as verdadeiras intenções por trás.

Não demorou muito e chegou na rua do prédio de luxo onde, sozinho, o loiro morava. Andou em passos apressados e rápidos, ninguém ali deduziria que estaria indo ver o Bakugou, como sempre. Momo, umas das amigas em comum que ele tinha com o alfa, morava ali também e era vizinha do loiro, portanto muitos quando o via indo até o elevador deduziam que ele iria ver a alfa de cabelos longos e escuros.

Ele conhecia Momo Yaoyorozu desde o colegial, em específico quando ela também entrou no clube de pintura do colégio, ela, atualmente, cursa o mesmo curso que ele, mas era dois anos mais velha. Momo era uma alfa que gostava de, de vez em quando, fumar maconha na sala de estar do seu próprio apartamento e de estar em farra com amigos.

No começo, Enji era contra a amizade deles por Momo ser alfa e ela o assegurou que preferia betas, e ele acabou aceitando ao descobrir que era filha do homem que tinha seu nome mais mencionado quando se falava de moda. Talvez, ele passaria mais tarde no apartamento dela, dependendo da situação que estaria ao sair do apartamento do loiro no final daquela tarde.

A porta do apartamento do loiro estava, como habitualmente, entreaberta, Shouto notou quando parou em frente, mas não ficou surpreso. Ele entrou sentindo suas pernas começarem a ficarem bambas a cada passo que dava. Suas írises bicolores percorreram cada canto do apartamento ao entrar com calma.

Uma música tocava de maneira quase inaudível pelos cômodos. Havia uma pequena zona, tinha uma blusa preta jogada na mesinha de centro, junto de chaves, duas cervejas e um cinzeiro com algumas bitucas. Mas o que mais chamou sua atenção fora a peça de renda de tom azul cobalto em cima do encosto do sofá, um sutiã de renda.

Aquilo não era surpresa. Eles não eram namorados, então podiam beijar e transar com outras pessoas, ao contrário de Katsuki, ele não ficava com outras pessoas, não tinha esse costume e também não esperava e nunca esperou que o alfa fizesse isso quando eles começaram com aquela relação carnal de sexo sem compromisso. Era comum Shouto se deparar com roupas tanto masculinas, quanto femininas que, aparentemente, não eram do loiro, assim como, às vezes, outros cheiros.

Shouto chegou até a caixinha de som vermelha que estava em cima da mesa. Ficou olhando para ela de maneira tão distraída que nem estava atento. Se encostou com o braço no balcão feito de granito, e ficou de costas para as entradas dos cômodos que haviam ali e cruzou os braços cobertos com um moletom cinza.

No mesmo momento que apertou com os seus braços ao redor de seu próprio corpo, meio que se próprio abraçando, duas mãos conseguiram passagem para debaixo de seu moletom. Um arrepio intenso atravessou o seu corpo com os anéis gélidos prateados ali e com um nariz na curva de seu pescoço, a respiração pesada lhe causou mais arrepios e ele se sentiu sensível somente com aquele contato.

Fechou os olhos lentamente, como se estivesse sonolento. O agarre na sua cintura era firme, tão obstinado que quase o fez gemer. Um selinho fora dado em sua bochecha esquerda acompanhado de uma respiração vindo da boca que selou um lado seu rosto. O cheiro notavelmente parecido com aqueles vinhos de Cabernet Sauvignon preencheu suas narinas.

As mãos grandes foram de sua cintura para a frente de sua barriga, com isso ele rapidamente virou o próprio corpo e desgrudou um pouco do alfa atrás de si. Katsuki havia tocado em um lugar que ele não chegava perto desde umas sete horas, desde que fez o primeiro teste. E as mãos quentes do loiro ali lhe trouxe um monte de sensações estranhas, o contato pareceu tão certo e ao mesmo tempo lhe deixou na defensiva por alguns segundos.

Encarar aqueles olhos lhe deixou, de alguma forma, sem jeito, aqueles eram os efeitos que se tinha tendo a atenção daquelas írises carmesins. Ele até tinha esquecido de como se respirava. A cara de safado e de cobiça dele era tão visível que Shouto desviou algumas vezes os olhos para alguns cômodos do lugar, fugindo dos olhos carminados que desciam e subiam pelo o seu corpo sem pudor algum.

— Não sabia que havia se tornado difícil de entrar em contato com você, Todoroki. — repetiu a mesma coisa que disse na ligação que tiveram minutos atrás. A voz grave chegou aos ouvidos do ômega.

— E não se tornou, eu só... Fiquei dormindo pra passar o mal-estar.

— Não pule as refeições ao ponto de ter que ficar de cama. — o loiro aproximou-se e puxou o corpo do ômega novamente ao seu encontro.

Shouto teve que ter firmeza nos próprios pés com o puxão do alfa e segurar de maneira firme nos ombros desnudos, as pontas de seus dedos se fixaram na pele quente, e umas pontas dos dedos de uma outra mão desceram até a mistura de tatuagens que preenchiam quase que por completo o braço um pouco musculoso. Shouto gostava da forma que ele chegava até segurar a respiração com o jeito bruto que o outro o pegava.

Com o corpo mais perto e à mercê dos toques do alfa, Shouto sentiu a respiração ficar ainda mais descompassada. Katsuki puxou seu cheiro de chuva com veemência pelo o seu pescoço completamente exposto, suas pernas ficaram ainda mais sem força com tamanho fervor que cada parte do seu corpo era tocada e com as sensações prazerosas se infestaram aos poucos. Aquele loiro sabia exatamente onde lhe tocar para o deixar necessitado dele.

O Bakugou desceu com o nariz até o meio de seu peito e ao mesmo tempo que agarrou suas coxas, apertou a carne em modo de um aviso mudo que iria às subir naquele momento. Shouto rapidamente deu um pequeno impulso e logo circulou as pernas ao redor da cintura descoberta, firmando-as ali enquanto tinha uma língua ágil se mesclando com a sua.

Eles terminavam e iniciavam beijos, e dentre esses intervalos, orbes bicolores encararam os olhos carmesins que tinham a volúpia bem presente, tanto o quanto do vermelho em suas írises. Shouto levou as mãos ao maxilar bem marcado, aproximando as bocas logo de uma vez. Ele firmou mais ainda as pernas onde elas estavam, bem no momento que Katsuki deslizou uma mão para a cintura e outra mão segurou um lado de seu pescoço, deslizando o dedo polegar na sua bochecha intensificando o ósculo envolvente.

Com os olhos fechados e como uma sensação de estar andando, Shouto se concentrou nos lábios do outro, gemendo contra a boca quando sua bunda era apalpada sem delicadeza. Um grunhido saiu de seus lábios quando fora jogado na cama do quarto de hóspedes de uma vez. Os lençóis da cama já estavam bagunçados, o que denunciava que o ômega não era o único que esteve naquela cama naquele mesmo dia, já que Katsuki não transava com parceiros de foda em seu quarto que ficava ao lado.

Não demorou muito e o corpo do alfa ficou sobre o seu, não colocando peso sobre si, já que  Katsuki estava um pouco curvado enquanto atacava sua boca e segurava seu quadril, o puxando para cima e fazendo os membros cobertos ficarem bem próximos. As roupas já não eram problema, o chão ficou uma mesclagem de cores escuras e cinzas chegadas ao branco.

Shouto sentia a consciência pesar um pouco quando Katsuki chegava perto, tocava ou passava a língua na sua barriga por conta da gravidez que ele estava ciente, mas logo tratava de tirar esses pensamentos e focava nas mãos percorrendo pelo o seu corpo. Ele não queria pensar em mais nada naquele momento.

Um gemido choroso saiu por sua garganta quando Katsuki pegou seus fios da nuca, ao mesmo tempo que abria as suas pernas e se metia no meio delas. Seu corpo fora arrastado até a beirada da cama, Katsuki o fez ficar sentado enquanto agarrava sua cintura e suas coxas sem delicadeza alguma e adentrava com a língua ágil entre os seus lábios entreabertos.

O alfa tocava cada parte do seu corpo com fervor, igual ele com as unhas arranhando as costas nuas e puxando os fios aloirados da nuca deste com força quando toda vez que seu corpo entrava em um estado de tremor, arrepio e quando se contraia com tamanho desejo. Parecia que Katsuki queria ir logo para os finalmentes. E Shouto mordeu o lábio inferior quando viu que o loiro havia colocado um preservativo no próprio membro duro.

Se ele soubesse que isso, a camisinha, não serviria de nada no momento e que o resultado de uma das transas dos dois estava em seu ventre, e era do tamanho, até talvez menor, de um grãozinho de areia. Antes que sua mente entrasse em pensamentos sobre a sua gravidez recentemente descoberta, Shouto logo tratou de espantar novamente ou senão ele choraria ali, bem no meio da transa e na frente do loiro. Naquele momento ele somente queria mergulhar nos toques de Katsuki e nas sensações incríveis que ele lhe proporcionava no momento.

Seu corpo facilmente foi levantado. Estava em cima de Katsuki de novo, com as pernas torneadas na cintura dele e com as mãos no maxilar comandando o beijo lascivo, enrolando a língua do outro com a sua. Suas costas foram para a parede cinza do quarto. Suas pernas foram mais abertas. E enquanto entrava dentro de si, Katsuki levantou o olhar, jogando a respiração pesada em seu rosto um pouco corado, os olhos vermelhos dele pareciam queimar tudo, principalmente as írises bicolores ao encará-las de cima.

Aquela forma de olhar sempre estava presente naqueles momentos libidinosos. E uma dessas coisas que havia naquele mar vermelho era a cobiça. A vontade de possuí-lo da forma mais vulgar estava ali, em seus olhos, como naquele momento quando entrou de maneira bem lenta, somente para conseguir ver com calma as expressões do meio ruivo ao ser invadido.

Shouto mordia os lábios, fechando os olhos com força, respirando pesado com aquela onda intensa que veio pelo o seu corpo assim que o alfa entrou dentro dele. Ele gostava quando Katsuki o olhava daquela forma cobiçosa, quando aqueles lábios se curvavam em um sorriso descarado assim que o escutava gemer de maneira muito audível ao ser preenchido.

Uma mão com alguns anéis segurou a parte detrás do joelho do ômega, levantando mais a perna suada. Deu uma estocada firme, e quando ganhou um gemido manhoso, deu um sorriso sacana sobre a clavícula que subia e descia. Não querendo mais enrolar com isso, apenas enterrou o rosto na curva do pescoço do ômega, levou a outra mão, não a que estava atrás do joelho, para o quadril alheio e se inteirou dentro de vez, de novo, em seguida de muitas vezes.

O corpo de Shouto agora subia e descia um pouco, sendo esfregado com pressão na parede de cor cinzenta. Ele abraçava os ombros do alfa de maneira desesperada, as unhas curtas faziam linhas escarlates nas costas nem tão cheia de tatuagens do outro, este que ia mais rápido à medida que as unhas do ômega se afundavam na pele de seus ombros e costas.

O ritmo que seus corpos se mexiam estava tão bom para ambos, assim como os contatos violentos das peles uma na outra e as respirações ofegantes que cada um recebia do outro, Katsuki sentia e escutava o ômega respirar desregulamente, isso lhe dava um tesão intenso. Assim como ele, Shouto se arrepiava com a respiração pesada bem perto do seu ouvido. Eles sentiam que estavam próximos do ápice.

E com o aumento das estocadas, com o sobrenome do alfa saindo desesperadamente dos lábios do ômega, com as unhas curtas ficando cada vez mais encravadas, com o loiro dizendo palavras sujas, quase rosnando e com o corpo trêmulo de Shouto que batia levemente contra a parede ambos chegaram lá, tentando no fim regularizarem as respirações, saciados por hora.

[...]

Shouto dava uma colherada atrás de outra do macarrão frio que havia no prato de vidro à sua frente. Com tantas coisas acontecendo, ele havia se esquecido de comer.

Deu uma fome depois do momento de minutos atrás e ele invadiu a cozinha do Bakugou, pela primeira vez, e pegou o primeiro macarrão que viu e fez. Ele estava sentado na cadeira que havia ali. A mesa só tinha o seu prato em cima, estava inclinado, não se importando com os bons modos e ignorando as aulas de etiqueta que havia tido desde cedo. Devorava a comida de uma forma que nunca havia feito antes.

Katsuki estava sentado ao seu lado, mas com a cadeira com a direção contrária da sua, de frente para a televisão ligada da sala, enquanto Shouto estava de costas para a tevê. Os dedos apertavam de forma tediosa os botões do controle, trocando diversas vezes os programas que não lhe interessavam, ou seja, todos. Desistindo no fim e desligando a enorme televisão.

O olhar de Katsuki caiu sobre o ômega que devorava a comida e acabou que apoiou o braço na cadeira onde ele próprio sentava, franzindo o cenho em estranheza. Se perguntando se do porquê o outro comia daquela forma desesperada. O Bakugou não parecia se importar com o fato que o ômega invadiu sua cozinha, e fez macarrão frio e agora estava sentado comendo, era uma visão nova, mas não era uma situação embaraçosa.

— Coma devagar, se não quiser se engasgar ou ter uma indigestão.

Imediatamente Shouto parou. Ficando surpreso por ter somente reparado agora a forma que comia, era como se estivesse saído de um transe e voltado. Mordeu o lábio inferior e tentou comer devagar, normalmente, mesmo que até quando pulava uma ou duas refeições ele não ficava desse jeito. Ele se sentia ansioso de modo ruim, e seu estômago se engulhava.

— Não te vi hoje na universidade. — Katsuki comentou, olhando com atenção o outro.

Shouto engoliu a comida à seco.

— Como eu disse... Dormi, eu estava com mal-estar.

— Ah, é mesmo, tinha me esquecido. — respondeu o loiro. — Deveria estar cansado também depois do seu recente cio.

— Cio? — Shouto acabou que perguntou sem pensar.

— É, não é? — o alfa franziu o cenho. — Te liguei quatro dias atrás pra você vim aqui ou pra gente se encontrar em outro lugar, mas você disse que seu cio iria chegar nesse mesmo dia, você não lembra?

Shouto fechou brevemente os olhos, mordendo o lábio inferior com força. O seu cio não havia vindo como o planejado, por conta da gravidez que na véspera do cio ele não sabia da existência. Justamente por isso que comprou um teste de gravidez em uma farmácia em um lugar longe de olhos conhecidos, que no caso fora hoje. O que era para ser um dia com ele em casa esperando o seu cheiro regularizar por conta do cio, que como sempre ele passaria dopado, se tornou um dia com ele fazendo um teste de gravidez.

— Ah, sim, é mesmo. — quase gaguejou ao dizer, tentou ao máximo não transparecer nada.

Um silêncio reinou por alguns segundos, até que o loiro acabou falando novamente.

— E por que você tá estranho hoje? — perguntou, ainda analisando as expressões do ômega.

— Como assim estranho?

— Desde que você chegou... — deu de ombros, fazendo pouco caso. — Quando te toquei na parte da barriga por dentro do seu moletom e você deu uma afastada estranha, e por último, tem um segundo cheiro em você que notei assim que você chegou, e que mesmo tendo o meu agora, ainda está presente, mesmo que bem fraquinho. — ele dizia tudo com calma e sem está insinuado enquanto falava a última coisa. — O estranho mesmo é que esse cheiro não é nada enjoativo pra mim.

Shouto sentiu o corpo gelar com a última coisa dita. Ele sentia também os olhos de cor rubi lhe olhando com atenção e isso o deixou ainda mais nervoso, estava quase entrando em pânico. Se questionou mentalmente logo se o alfa havia descoberto algo sobre sua gravidez e estava o esperando para confirmar isso. Ou, Katsuki simplesmente poderia ter concluído que ele estava ficando também com outra pessoa, como ele próprio fazia.

— Tá ficando com mais alguém? Só estou curioso, é a primeira vez que eu vejo um segundo cheiro em você.

— E se for? — perguntou, segurando a colher com mais força do que deveria, seu coração batia tão rápido.

— Isso é bom. Me faz ter certeza que essa relação de sexo sem compromisso que temos não vai acabar por conta de sentimentos.

Shouto sentiu agora a boca secar. Se fosse em outras situações ele não se importaria com aquilo que acabara de ouvir, mas ele estava esperando um bebê e isso lhe deu uma sensação ruim, Katsuki sempre dizia aquilo, como um lembrete, aparentando não querer de forma alguma ter um relacionamento consigo, e bem, Shouto também não queria ter nada além com ele do que tinham.

Mas ele imaginou que o alfa, se descobrisse sobre a gravidez, nem tentaria cuidar daquela criança junto, ao seu lado. Poderia está tirando conclusões precipitadas, mas ele não tinha mais o que pensar.

— E então, tem? — voltou à pergunta, olhando para o ômega ainda com atenção.

— Talvez sim. — respondeu a primeira coisa que veio em sua mente, seu estômago começou a rodar como se fosse uma máquina de lavar com roupas rodando.

— Hum. — respondeu o alfa, sentando ainda mais espaçoso na cadeira. — Só espero que ele ou ela não vire mais prioridade na sua lista de parceiros de foda do que eu. — disse, de maneira descontraída, sorrindo de canto brevemente.

Shouto viu de soslaio o outro se levantando da cadeira e indo até o balcão de granito pegando um cigarro na caixa de Marlboro, se encostando ali mesmo no balcão. Quando ele deu a primeira tragada, soltando a fumaça, Shouto tratou logo de terminar seu macarrão. Depois levantou-se meio atrapalhado, tentando ao máximo não inalar a fumaça que começara a preencher o lugar, e por fim deixou o prato em cima da pia.

— Tenho que ir agora. — seu tom de voz saiu meio que vacilante.

Apenas respondeu isso, indo até a porta sem esperar nenhuma resposta. Shouto podia sentir os olhos dele nas suas costas enquanto saía, sem fechar a porta. Não havia pessoas por ali no corredor e ele agradeceu por isso. Entrou no elevador e acabou que apoiou a mão em uma das paredes, sentindo uma sensação agoniante e o estômago embrulhado como nunca. Suas írises foram do papel de botões do elevador para o corredor, sendo específico, a porta ainda aberta do apartamento onde havia acabado de sair.

Sua cabeça parecia girar repentinas vezes com tantas coisas que apareciam em sua mente, como se um vídeo fosse reproduzido várias vezes em sua cabeça, imagens de teste de gravidez, bebês e risos de bebês, o seu pai e o almoço que teria amanhã onde revelaria tudo e muitos questionamentos em relação à sua vida depois de amanhã. Seu peito fora infestado de medo.

Na sua cabeça era óbvio que se contasse para o Bakugou ele não reagiria bem. Seria melhor pensar com calma, e esperar os resultados do almoço em família que teria amanhã e depois veria o que faria? Uma parte sua quis sair do elevador, entrar de vez no apartamento do loiro e dizer tudo, mesmo com as chances de receber uma reação negativa. Mas a outra parte dele queria apertar o botão do elevador e ir embora de vez.

E foi isso que Shouto fez. Apertou um dos botões do painel, e foi embora. Ele se sentia alguém poltrão enquanto encostava as costas em uma das paredes do elevador quando este fechou as portas, e se havia alguma chance de ele voltar e dizer o que queria para o alfa, elas foram para zero por cento naquele momento.


Notas Finais


Um leve hot logo no segundo capítulo? Mas foi necessário! Só digo isso! E então? O que acharam desse capítulo? O que acham que vai acontecer?

Como eu disse antes, o feedback de vocês são muito importante, então se sentem à vontade para favoritar e comentar, sempre procuro responder todos!

É isto, até o próximo capítulo!! Beijos!!


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