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História Conta Comigo - Por isso que se chama Trabalho


Escrita por: Yoniet

Capítulo 46 - Por isso que se chama Trabalho


Fanfic / Fanfiction Conta Comigo - Por isso que se chama Trabalho

Trabalhar aquela manhã estava sendo um inferno. A troca de olhares entre os colegas de trabalho tinham o mesmo significado. “Posso ir embora?”. 

Bem, poder eles poderiam ir, mas as consequências depois seriam piores. Todos tinham a mesma sensação de terem acordado com o pé esquerdo. E as horas como sempre corriam como uma tartaruga. 9:15hrs. Um bom momento para uma pausa e um cafezinho.

         - Que dia hoje hein?

         - Nem me fale. – Phillipe respondeu enquanto esfriava um pouco de seu café.

         - As horas hoje estão acompanhando o bicho-preguiça. – Phillipe olhou para seu colega e riu. Ainda não havia ouvido essa comparação.

         - Ah! Eu queria ser uma preguiça agora. – Phill ouviu outro colega que se aproximou. – Poder ficar deitado de barriga para cima. Tomar um banho deitado, e os pelos já estarem na posição certa para eu nem precisar me balançar para me secar!

         Todos riram. Só momentos como este para fazê-los relaxarem e terem forças para enfrentar o resto do dia. O que consolava Phill era que quando chegasse o almoço veria sua esposa, e poderia relaxar um pouco antes de enfrentar o resto da tarde. Terminou seu café e voltou ao trabalho.

         Sentou-se na sua mesa e antes que chamasse pelo próximo cliente, alguém sentou a sua frente sem avisar. Phill olhou assustado ao reconhecer quem estava ali.

         - Giles!

         - Olá Phillipe. – Giles estava um pouco constrangido. A última vez que se viram foi há 7 anos. Quando os dois deixaram seus filhos partirem para longe. – Quanto tempo hein?

         - Sim. E em que posso te ajudar? – Phillipe não sabia como trata-lo. Foram amigos no colégio. Mesmo quando Giles foi para o exército continuaram a sair juntos muitas vezes. Mas depois de um tempo Giles se tornou uma pessoa muito severa, afastando muitos de sua vida. Phillipe só não se afastou totalmente porque Ellie e Kentin se tornaram muito próximos. – Por estar fardado deve estar com pressa.

         - Estou sim. Mas passei rapidinho. Queria deixar isso para sua filha. – Entregou um envelope para Phillipe. Este pegou sem entender nada. – Ela apareceu em casa no sábado com Lysandre.

         - Não sabia que eles haviam ido até você. Falarei com ela em relação a te incomodar.

         - Não Philipe. Está tudo bem. Na verdade, foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos dias. – Giles sorriu para Phill. – Você tem uma filha durona. Não herdou isso de você.

         - Não mesmo. – Phillipe respondeu com um sorriso nos lábios. – Herdou cem por cento de Lucia. Ela aprontou alguma coisa?

         - Não. Ela só me fez enxergar as coisas com outros olhos.

         - Posso saber o que tem nesse envelope, ou é um segredo entre vocês? – Giles se levantou e ajeitou sua farda. Olhou para Phillipe antes de responder.

         - É a autorização para ela poder visitar Manon. Diga a ela que a de Lysandre está junto. Manon gostaria de ver os dois.

         - Entregarei a Ellie. Hoje mesmo.

         - Não. – Giles respondeu um pouco seco demais. – Desculpe. Apenas entregue quando ela estiver em sua casa. Não gostaria de ver esse papel circulando pelo colégio. Ela não vai precisar dele lá. A autorização é apenas para os finais de semana.

         - Entendo. Farei como deseja.

         - Obrigado. Agora preciso ir. É, e parabéns pelo noivado.

         - O-obrigado. – Phillipe viu Giles ir embora e demorou um pouco para que voltasse a realidade. Algo aconteceu com Giles e ele não sabia o quê. E o mais estranho era que suspeitava que sua filha soubesse. Uma coisa a mais para ela esconder dele.

         O som do painel chamando pelo próximo cliente o despertou do transe. Guardou o envelope em sua pasta e chamou o número da senha que apitava na tela de seu computador.

********************************

A sexta-feira havia chego. Todos queriam ir para casa. Porém não podiam. Não saber que aula iriam ter na segunda os atormentava. Precisavam finalizar as tarefas seculares. Castiel estava mais desolado ainda. Teria que passar os últimos momentos com Ambre. E ela o irritava tanto.

         - Cast eu não sei calcular isso. – Estavam numa área distante dentro da biblioteca. Ele revirava os olhos cada vez que ouvia a voz da garota.

         - Ambre, se você ficar me interrompendo todo momento não conseguiremos terminar isso nunca. Você quer terminar essa parte enquanto eu faço os cálculos?

         - Castinho, eu não entendo nada dessas coisas de computador. – Choramingava a loira.

         - Eu já te disse para parar de me chamar de Castinho. – Ele levantou um de seus pulsos. Era difícil para ele se controlar diante dessas atitudes infantis dela.

         Lysandre estava em outra mesa um pouco a frente deles, mas podia os observar. Isso era divertido. Ele havia terminado todos os trabalhos e projetos em dupla, agora só faltava finalizar os individuais. Em todas as outras matérias ele e Castiel ainda mantinham a dupla. Mas em química o ruivo se encrencara e bonito. Ele teria que fazer tudo sozinho, pois a líder de torcida mal sabia escrever o seu nome.

         - Pronto. Agora é só o Castiel seguir o passo-a-passo e finalizar com a conclusão. – Iris estava ao lado de Lysandre. Ellie e Iris haviam feito uma segunda pesquisa para esse relatório para ajudar Castiel, enquanto Lysandre o ensinara os cálculos e outros detalhes. Ellie havia montado a maior parte, Iris só estava terminando de finalizar. A cada parte que ela terminava enviava para Castiel finalizar o trabalho.

         O último e-mail havia chego. Castiel estava cansado de tanto estudar. Naquela semana percebeu que a química não é tão ruim quanto parecia. Como Lysandre havia dito, ele era preconceituoso com ela. Deu um pequeno sorriso agradecido pelo amigo que tinha, e é claro pelas garotas que o ajudara também. Olhou discretamente para a mesa onde seu amigo estava conversando com Iris. Não poderia ser mais grato por melhores amigos como esses. Terminara a conclusão e enviara de volta para que os dois dessem uma olhada e aprovassem.

         - Dá aqui Ambre, deixa que eu termine. – Ele já sabia os resultados. Havia calculado todos eles quando Lysandre o ensinara. Enquanto Ambre tentava fazer os cálculos, ele já tinha o relatório pronto. Fez automaticamente os resultados e fingiu coloca-los no relatório.

         - Ai Cast, você é tão inteligente. O que aconteceu para você ter ido mal ao teste de semana passada? – Ambre se aproximou colocando sua mão na cabeça de Castiel. Pelo menos foi o que tentou fazer. Castiel segurou seu braço no meio do caminho.

         - Nem vem. Estamos aqui apenas para fazer os trabalhos. – Castiel ouviu o seu celular vibrar. Soltou o braço da loira e destravou o aparelho. Era o Lys que mandou uma mão com um jóia. Isso significava que estava livre. Mandou o arquivo para a impressora da biblioteca. – Ambre, quer ir buscar o trabalho na impressora? E não se esquece de encadernar.

         Enquanto Ambre se dirigia a impressora, desfilando pelos corredores, Castiel desligou o computador. Queria ir embora logo. Teria ainda que deixar Lysandre na casa dele para depois ir para a sua. Estava exausto.

         - Vamos? – Ele disse ao se aproximar de Lysandre.

         - Vamos. Até que não foi tão ruim assim hein garanhão? – Lysandre ria de seu amigo. – Até logo Iris.

         - Até logo Lys. – Iris respondeu recebendo um beijo do amigo em seu rosto. E outro do ruivo em sua testa. – Tchau Castiel.

         - Obrigado mais uma vez Iris. Vocês foram excepcionais.

         Aproximaram-se de Ambre que se virava ao terminar a encadernação do relatório.

         - Pronto Castiel, está tudo aqui. – Ela mantinha um sorriso gigante em seu rosto. Castiel sentiu Lysandre tocar em seu braço. Respirou fundo. Precisava ser educado.

         - Obrigado Ambre. Você quer que eu fique com o relatório para entregar?

         - Não precisa Castiel, vou já deixar no armário junto com os outros. Para não perder e nem esquecer. 

- Ok então. Tchau. – Castiel virou-se e foi embora com o rosto fechado.

         - Até logo Ambre. Bom final de semana. – Lysandre comprimentou ela. E Iris apenas sorriu-lhe e foram ambora deixando ela para trás.

         - Ai Castiel, você ainda vai ser meu. Só mais um pouco para ficarmos juntos para sempre.  – Ambre também deixou a biblioteca para poder ir embora.

         - Mas é uma idiota mesmo. – Debrah estava no mesmo lugar que Ambre estivera há alguns segundos. – Só não esquece a cabeça porque está grudada. Até parece o Lysandre.

         Debrah sorria com um relatório em suas mãos esquecido no balção da biblioteca.

*****************************

Nathaniel já estava fora do colégio esperando por sua irmã para irem embora. Havia se despedido de Kate há pouco. Enquanto ele convidara Ellie para estar numa reunião amanha a tarde na ONG em que eles trabalhavam nos finais de semana, Kate convidara Castiel. Sendo amigos ou não, Castiel também fazia parte desse projeto. Era de vital importância a sua presença e a de Dragon amanhã no evento. Que droga! Ambre você está demorando. O que aconteceu com você?

Nathaniel estava preocupado em ter a presença de Castiel no evento. Ambre estava nervosa em como iria enfrentá-lo semana que vem. Estava diante do seu armário, mas não encontrava o trabalho.

         - Ai! Não acredito! Onde deixei o trabalho? Já fui até a biblioteca e ele não está lá! – Ambre remexia em tudo. Tremia de tanto nervoso. Essa era a única chance que tinha para provar a Castiel que ela o merecia e que ela era boa o suficiente para ele. – Não pode ser.

         Debrah de longe observava o desespero da garota. Ela estava batendo sua cabeça no armário. Era uma cena deprimente.

         - Está procurando por isso queridinha? – Debrah mantinha um tom sarcástico em sua voz. Ambre virou-se lentamente para a dona da voz.

         - O que? – Ambre havia reconhecido Debrah. Ela era a ultima pessoa com quem queria falar nesse momento. Então viu seu trabalho em suas mãos. Tentou pegá-lo.

         - Não tão rápido loirinha! – Debrah mantinha o trabalho acima das cabeças delas. Era um pouco mais alta que Ambre.

         - O que você quer? – Ambre cruzou os braços irritada.

         - Você vai fazer um favorzinho para mim. – Debrah tinha um sorriso estranho em seu rosto.

         - Não vou não. – Ambre a desafiava.

         - Então florzinha, vai ficar sem o trabalho. O que você vai dizer para o Castiel? – Ao ouvir o nome dele Ambre estremeceu. Ainda não o tinha conquistado. E uma falha dessas poderia descartar todas as suas chances.

         - Que favor é esse? – Perguntou contrariada.

         - Você ira ate a professora Delanay, e irá dizer que não quer mais ser dupla do Castiel.

         - Não posso fazer isso. – Ambre tinha lágrimas em seus olhos.

         - Tanto você pode que irá fazer isso. Agora preste antenção! – Debrah disse ríspida. – Ela irá te questionar o porque dessa decisão, e você irá dizer que o Castiel não te ajudou em nada, que ele é preguiçoso, etc e tal. Entendeu?

         - Mas isso não é verdade. Foi ele quem fez tudo. – Ambre tremia. Via a sua chance escapar-lhe de suas mãos.

         - Bem. Você já tem suas opções. Só lhe entregarei o trabalho quando você me der sua resposta. Antes disse. Isso aqui fica comigo. – Debrah deu mais um de seus sorrisos diabólicos e foi embora.

         - Ai! O que eu irei fazer agora? – Ambre se afastava para a saída do colégio.

         - Nossa Ambre. Você demorou muito. – Nathaniel estava nervoso. – Você quer que o nosso pai fique com raiva é?

         - Desculpa. Estava organizando os trabalhos no meu armário e perdi a hora.

         - E desde quando você se preocupa com isso Ambre? – Nathaniel estava incrédulo diante de mais uma mentira que sua irmã inventava para seus atrasos.

         - Me deixa Nath.

         - Você não tem mais conserto mesmo. – Entraram no carro e foram para casa.

 

 



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