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História Conto de Fadas. - É o fim.


Escrita por: LoOhx_panda

Notas do Autor


Gente deixa eu explicar só uma coisa, o Luan tem 24 anos, logo a história se passa em 2015. Eu esqueci de por isso no capítulo anterior.

Capítulo 7 - É o fim.


Fanfic / Fanfiction Conto de Fadas. - É o fim.

"Sabe porque o silêncio machuca? Porque ele esconde palavras que gostaríamos que fossem ditas. Sabe porque a traição dói tanto? Porque nunca vem dos inimigos e sim das pessoas que mais amamos na vida. Sabe porque não existe um meio de voltar no tempo? Porque se existisse nunca aprenderíamos a seguir em frente!" _ Clarice Lispector.

        [...]

       Point Of View Beatrice.

   Amor. Mas o que é isso de verdade? Eu achei que sabia. Achei que era como a cinderela, apenas no tocar de mãos você sabe que é amor, ou talvez como a pequena sereia, quando a voz daquela pessoa, se torna única pra você, ou quem sabe como a bela e a fera, em que a aparência não importa. Meu pai diz que eu sou como Alice, vivo no país das maravilhas. Meus amigos dizem país das maravilhas não existe.

   É ele não existe mesmo.

   Minhas pálpebras doíam. Tudo o que eu queria era ficar sozinha,   minha casa não era a melhor opção. Peguei meu celular, talvez o Cauê possa me ajudar. Liguei para o mesmo, que no segundo toque atendeu.

_ Cauê?
_ Ainda bem que você ligou bi, eu quero te contar um negócio... _ ele suspirou _ peguei o garçom da Starbucks, ele é...
_ Cauê eu terminei com o Luan! _ cortei o mesmo e comecei a chorar.
_ Hã? Por que? _ ele falou preocupado. _ Aonde você está?
_ Eu to a quatro quadras da casa da Ana. _ eu solucei. _ A chuva me pegou.
_ Vem pra minha casa! Minha mãe viajou, essa tarde.
_ E-eu não...
_ Vai vir sim! Agora! Eu te conheço Beatrice, eu sei que você quer desabar em lágrimas, e quer fazer isso sozinha, mas também sei que no fundo você quer desabafar com alguém. _ eu chorei mais. _ Agora, para de chorar, liga a ignição do carro e vem para minha casa.

   Ele desligou a ligação. E então foi isso que eu fiz, fui para a casa dele. Quando cheguei na portaria do prédio, dei de cara com aquela peça, sentado próximo ao balcão conversando com o porteiro. Assim que ele me viu, caminhou até mim e me abraçou.

_ E-eu... _ comecei a gaguejar. Ele me abraçou mais forte, afundei meu rosto no pescoço dele e comecei a chorar, novamente. _ Por que ele fez isso Cauê?

_ Oh bi! _ ele beijou o topo da minha cabeça. _ Vamos entrar. Você está um caco. _ ele acenou para o porteiro. Então entramos no elevador. _ Me dê seu celular.

_ Para quê? _ falei e ele tomou o aparelho de minhas mãos. _ Cauê...

_ Calma! Só to avisando seus pais que você vai dormir aqui. _ eu suspirei aliviada.

   Entramos na casa do Cauê, eu tirei meus saltos e me joguei no sofá.

_ Bi, tem roupas suas no meu armário, vai tomar um banho. _ ele falou e eu estava parada. _ Vai logo Beatrice.

      ...

   Assim que entrei no chuveiro, me arrepiei ao sentir a água morna se colidir com minha pele. Aos poucos o cansaço foi levado juntamente com a água. Mas a dor que eu sentia ficava.

   Assim que saí do chuveiro, eu me vesti. Sai do banheiro e dei de cara com Cauê, Ana, Isabela e Bianca ali no quarto.

_ Soubemos dá notícia. _ Bia veio me abraçar. _ Eu sinto muito amiga.

_ Se ele fez isso é porquê não te merecia. _ Isa falou, tristonha.

_ Tem que valorizar, pra merecer, ele não fez isso. _ as meninas (incluindo Cauê) vieram me abraçar. _ Nós te amamos.

   Eu desabei em lágrimas, fiquei horas ali falando e falando, e eles todos ali me apoiando, falando palavras de conforto. É pra isso que amigos existem! Se o amor te machucar eles vão te ajudar. Acabei de chegar a essa, conclusão.

    Era 11:59. Meu celular tinha mais de 34 ligações do Luan, milhares de mensagens e eu não abri nenhuma.

_ Meia noite. _ Ana falou empolgada. _ Façam seus pedidos.

   Ana era muito supersticiosa, fomos para a varanda do apartamento. Nos sentamos no chão e todos cruzaram seus dedos. Eu nunca levei isso a sério, mas essa noite eu fiz meu pedido. "Eu desejo, que o Luan sofra tudo o que eu sofrer, eu desejo que minha vida siga um rumo diferente, eu quero ser feliz."

_ Olhem! _ Isabela apontou para o céu. _ Uma estrela cadente.

_ Um desejo se tornou estrela. _ Ana falou e olhou para mim. Quem dera fosse o meu.

_ Vamos pra sala. _ Cauê nos chamou. _ Coloquei os colchões na sala, Isabela fez pipoca, Bianca fez brigadeiro, faremos maratona de filmes.

   Tudo o que eu amo. Sempre é assim, quando uma de nós estamos tristes nos juntamos e fazemos as coisas que mais gostamos. Eu amo eles, pelo menos algo certo na minha vida.

   Todas já dormiam. Menos Cauê que estava abraçado a mim, ele mexia em meus cabelos, era confortável estar aqui. Eu definitivamente não queria estar sozinha agora.

_ Obrigada! _ falei fungando, sim eu estava chorando novamente.

_ Pelo o que meu anjo? _ ele secou minhas lágrimas, com seus polegares. _ Chora por ele não. Ele nem merece isso. Ele não valorizou seu sorriso, acha que vai valorizar suas lágrimas? _ eu neguei com a cabeça.

   Respirei fundo, pois meu amigo tinha razão, neste momento passou os flashbacks desses quatro anos. Eu fui burra por quatro anos. É o fim. Nunca mais isso irá se repetir.

_ Obrigada Luan. _ falei baixo para mim mesma. Aos poucos fechei meus olhos e adormeci.

São Paulo.
{10:44 A.M.}

  Eu cheguei em casa meu pai havia levado Guilherme embora, minha mãe estava na cozinha.

_ Bea? _ ela disse, entrando na sala. Ela me olhou e eu comecei a chorar, ela veio me abraçar. _ Oh minha filha.

_ Por que ele fez isso comigo? _ ela se sentou no sofá, deitei minha cabeça em seu colo. _ Ele partiu meu coração.

_ Bea, é sempre assim, o amor dói, machuca, mas a dor precisa ser sentida. _ ela acariciou meu rosto. _  Isso passa, seu coração não vai parar de bater por ele, logo mais outro chegará e talvez dê certo, mas se não use como aprendizado, pessoas vai e vêm, qualquer um pode te magoar ou te fazer feliz, pode ser até o padeiro, ou aquele rapaz que passou por você outro dia.

_ Mamãe... Eu estou triste, eu não quero mais vê-lo nunca mais. _ ela me olhou nos olhos.

_ Eu sei meu anjo. Isso passa, logo mais só lembrará dele, como um ex e não vai doer mais. _ ela beijou o topo da minha cabeça e se levantou quando viu meu pai parado no batente da porta.

_ Você está péssima! _ ele falou, percebi a tristeza no seu olhar. _ Seus belos olhos verdes não combinam com lágrimas. _ ele me abraçou forte, me senti acolhida, era como se nada pudesse me ferir. _ Minha princesa, isso vai passar.

_ Papai, contos de fadas não existem, eu não sou uma princesa e principes encantados não existem e nem vão aparecer em cavalos brancos. _ falei me recordando da minha crença em contos de fadas.

_ Filha, princesas não precisam ter Príncipes, e estes também não precisam de um cavalo branco. E você é e sempre será a minha princesinha. _ ele beijou o topo da minha cabeça. _ Eu amo você filha, mas agora precisa ser forte, você tem que estudar, se divertir com seus amigos, viajar, se distrair, você não precisa dele para ser feliz, você precisa de você mesma. _ ele me deu um abraço e saiu me deixando ali sozinha.

          Point Of View Bruna.

   A morena passou a mão em algumas mechas de seu cabelo, meu rosto continuava com a mesma expressão séria.

_ Fala logo o que você quer. _ falei rígida.

_ Eu só quero que entenda, eu amo seu irmão, eu estou esperando um filho dele. _ ela falou com a voz chorosa. _ Poxa, entende meu lado.

_ Entender o que? Que você é uma vadia biscate? Qual é, o pingo de consideração que eu tinha por você, acabou. _ suspirei. _ Tudo por seu egoísmo, você acabou com o namoro da minha amiga.

_ Mas eu não fui a única! _ ela revidou.

_ Você se orgulha disso? _ ela ficou paralisada. _ Se orgulha de dizer que é a outra? Cai na real, você pode satisfazer os desejos dele a hora que ele desejar, mas a pessoa que ele vai procurar é ela, quem sai com ele de mãos dadas é ela, quem ele apresenta e tem orgulho de dizer que é a companheira dele é ela e não você. Puta é pra momento. Aprende isso. _ assim eu fechei a porta. Eu suspirei. Camilla não merece o mínimo de consideração.

          Point Of View Luan.

   Eu ligava para ela e só caia na caixa postal, as mensagens eram ignoradas. Eu a amo. Eu sei disso.

    Minha mente estava focada nela, terminei com a Camilla, eu estou disposto a trocar qualquer coisa por ela.
  
    Eu sei que fiz burrada, mas mesmo assim eu fui atrás dela, preciso pedir perdão, eu jurei não me humilhar por ninguém, mas por ela eu faço qualquer coisa.

_ Beatrice me esculta. _ ela continuou andando pela rua. _ Me perdoa.

_ Perdoar? _ ela respirou fundo. _ Tá eu te perdoo. Agora me deixa em paz, meu coração é nobre e eu estou te perdoando, mas eu não voltarei para você. Você tinha tudo isso, trocou porque quis!

_ Eu te traí por medo de te amar.

_ Então não namorasse! _ ela revidou. _ Eu te amei, contei todos meus segredos, meus medos somente a você e olha onde estamos! _ eu vi ela querer chorar, mas ela estava sendo forte. _ Só te digo uma coisa. Me esquece! Porque eu vou embora de São Paulo. _ assim ela saiu andando em direção ao carro dela. _ Luan... _ eu estava cabisbaixo, olhei para ela. _ Obrigada por me dar a oportunidade de encontrar alguém melhor que você! _ ela entrou no carro e assim a vi partir novamente.

   Ela virou meu mundo de pernas para o ar. Eu baguncei a vida dela e ela arrumou a minha. Eu a amo. Eu a amo. Estou repetindo isso milhares de vezes. Mas eu quero que ela saiba disso.

   Ela se foi, e eu fiquei. Em menos de minutos estou me sentindo um vazio, uma metade qualquer, como uma música sem começo. O que eu fiz com o nosso final feliz?

                            Continua...



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