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História Contos de Laurel Lance - Casa


Escrita por: lunablanca

Notas do Autor


Oiii! Sim eu sumi me perdoem! Isso fico enorme!
Quem n me segue no insta (tenho um fc pra Laurel lá) n tá sabendo do rolo que deu... Mas basicamente perdi minha conta e estou começando de novo, por isso estou meio sumida do Spirit!
Essa fanfic vai trocar de nome e capa! Não teremos só sete contos! Pq só hj me brotou mais cinco ideias!
Bem vou parar de enrolar!

BOA LEITURAAAA!

P.S: SPOILER DA QUARTA TEMPORADA EM DIANTE
P.S2: CONTO LAURIVER
P.S3: TEM DINAHSIREN E AVALANCE PERDIDO NO MEIO DISSE
P.S4; É MEIO QUE UMA CONTINUAÇÃO DO CONTO ANTERIOR

Capítulo 5 - Casa


Oliver Queen estava parado às margens de Lian Yu. Tinha acabado de concluir sua última tarefa, agora só restava esperar pela Crise e então, encarar seu cruel destino.

Ele estava se preparando para ir num barco junto com seu time, quando o Monitor apareceu a sua frente.

-Oliver Queen - disse o ser quase divino - você concluiu todas as tarefas que eu lhe dei e por isso, lhe darei uma recompensa - ele estendeu para Oliver uma garrafa que continha uma água que lembrava as águas do Poço de Lázaro.

-O que é isso? - Oliver perguntou, analisando a garrafa.

-É a água do Poço de Lázaro - o Monitor confirmou - o suficiente para trazer qualquer pessoa de volta dos mortos.

-Eu não posso aceitar, não posso condenar ninguém que eu amo a uma vida de sede de sangue.

-Nós dois sabemos que ela iria aprender a controlar.

-A Laurel da minha terra está morta a muito tempo, um poço inteiro seria necessário para a trazer de volta.

-Talvez. Tente injetar nas veias principais…

E dizendo isso, desapareceu.

******

-Eu não acredito que estou fazendo isso - Oliver disse para si mesmo, enquanto terminava de cavar o túmulo de Laurel, revelando seu caixão em decomposição.

Lentamente ele pulou no buraco e abriu a tampa do caixão, revelando o corpo totalmente branco de Laurel e já num estado avançado de decomposição.

-Aqui - Sara, que tinha insistido em estar junto, estendeu para ele uma pequena mala com seringas contendo a água do poço. Apesar de que agora, a loira menor se arrependia um pouco de ter vindo, pois o cemitério de Star City poderia ser considerado um dos mais assustadores do mundo.

E então Oliver começou o trabalho. Injetou o líquido diretamente no coração dela, e por ideia de Sara, injetou sangue também, que Laurel da terra 2 tinha doado de boa vontade.

Depois de terminar o longo processo, ele suspirou. Laurel continuava morta. Ele suspirou lenta e dolorosamente, com o coração partido demais para simplesmente pegar a tampa e fechar o caixão, para sempre dessa vez. Então, ele ficou a acariciar o rosto gelado de Laurel, mas a dor era tanta que ele depositou um beijo em sua testa e colocou a própria testa quente contra a dela, ignorando o cheiro de podridão e colocando a mão em seus cabelos loiros e sujos de terra.

-Ollie, olha - depois de uns minutos, Sara apontou para as mãos de Laurel.

Suas unhas e pele estavam voltando a existir, assim como todo o resto se seu corpo. Seu rosto ganhou um pouco de cor e ela abriu seus lindos olhos verdes. Ele se afastou um pouco para não assustá-la, tremendo de emoção. 

A loira olhou em volta com os olhos arregalados de pavor, tentou se levantar mas não conseguia por conta do tempo em que ficou morta. Mas, quando seus olhos viram Oliver, ela usou a pouca força que possuía e estendeu os braços para ele.

-Laurel... - Oliver a pegou nos braços e a tirou do caixão, acomodando a cabeça dela em seu ombro e depositando um beijo em sua têmpora. 

-Ai - Laurel gemeu em protesto, provavelmente se sentindo muito dura por passar tanto tempo deitada.

Sara ajudou os dois a saírem do buraco, ignorando todas as reclamações de Laurel, apesar delas lhe partirem o coração.

Oliver sentou-se com ela na grama e a aninhou nos braços.

-Como se sente? - Oliver perguntou.

-Fraca - Laurel admitiu, visivelmente apavorada.

-Você lembra do que aconteceu?

-Lembro de estar falando com você, eu senti muita dor… então eu estava num lugar lindo e do nada era puxada para baixo… o que aconteceu? Onde estamos?

-É uma longa história, tudo a seu tempo, mas agora precisamos cuidar de você.

-Vamos pra nave - disse Sara, sorrindo de orelha a orelha por ver a irmã viva - afinal, parece que têm um fantasma ali… não é só um gato...

Oliver se levantou com Laurel nos braços, lhe murmurando algumas palavras de conforto, desejando poder tirar dela toda a dor que ela sentia e não precisar lhe contar todas as coisas ruins que tinham acontecido.

Ela se segurou nele e colocou a cabeça em seu ombro, ficando na mesma posição em que havia estado no dia em que Damien Darhk a feriu.

Lentamente, eles andaram até a nave, e quando chegaram, arrancaram um grito de surpresa das lendas, ao verem Oliver chegar com Laurel nos braços.

-Como? - Ray perguntou - Achei que não fosse possível trazê-la de volta.

-Me trazer de volta dá onde? - Laurel perguntou, sem entender.

-Do mundo dos mortos - Oliver respondeu, dando mais um beijo em sua têmpora e se assustando ao perceber o quão gelada ela ainda estava.

-Ollie… eu não entendo…

-Fique calma, logo iremos te explicar tudo.

Os dois estiveram tão distraídos conversando que nem se deram conta que Sara já havia explicado as lendas sobre o Monitor e esperava para levar Laurel para a ala médica.

Eles foram até lá e Oliver deitou Laurel na maca e colocou nela os fios, para Gideon poder cuidar dela.

-Ela merece saber - Sara garantiu, dando um apertão de leve no ombro de Oliver - conte tudo a ela, mas com calma. Gideon?

-Sim, capitã Lance - disse Gideon.

-Qual a situação da minha irmã?

-Ela está bastante fraca, por isso vou administrar soro. Apesar de tudo a ferida ainda está aberta, por isso vou refazer o curativo e administrar sangue também. 

-Obrigada. 

Sara decidiu não perguntar o motivo do corpo de Laurel ainda não estar totalmente decomposto quando a trouxeram de volta. Tinha coisas que era melhor não saber. 

A Lance mais jovem se aproximou da irmã e depositou um beijo em sua testa, percebendo que naquele tempo em que ela passou falando com a inteligência artificial, Oliver tinha ajudado ela a vestir uma camisola limpa.

-Eu já volto - prometeu - fica bem - voltou-se para Oliver - cuida dela corno.

-Como adivinhou? - Oliver perguntou.

-Era uma piada… Mas sinto muito.

-Valeu.

Sara saiu da sala e Oliver sentou numa cadeira ao lado da maca, segurando ambas as mãos de Laurel.

-Eu nunca mais vou te soltar - ele prometeu.

-Então eu morri - ela soltou um longo suspiro.

-E nós te ressuscitamos usando água do poço.

-Quanto tempo já passou?

-Quase quatro anos.

-Nossa… - ela olhou ao redor rapidamente e voltou a encarar Oliver - E o meu pai? - ela fez a pergunta que ele mais temia - Ele tá bem?

Seu primeiro instinto foi mentir, dizendo que Quentin estava bem, morando em outra cidade e seguindo com a vida. Mas até quando ele poderia sustentar aquela mentira? Ele acabaria apenas a machucando mais.

-Você é forte? - Oliver perguntou, levando a mão até o cabelos dela.

-Ollie, você tá me assustando. O meu pai tá bem? Ele tá bebendo de novo? - Laurel começou a se agitar.

-Ele morreu.

Os olhos verdes dela se arregalaram e Laurel ficou tão branca como quando estava morta.

-Como foi? - ela perguntou, segurando com força a mão de Oliver.

-Logo após a sua morte, a sua versão da terra dois veio para a terra um, até ela agora é parte do time. No começo ela era má e Quentin a ajudou a encontrar a redenção, mas então um homem chamado Ricardo Diaz atirou nela e o Quentin pulou na frente. Foi um ano e meio atrás.

Aquilo foi o suficiente para fazê-la quebrar. Oliver sentou na maca e a puxou para um abraço, a deixando chorar em seu ombro.

-Vai tudo bem - ele garantiu.

-E o manto da canário? - ela perguntou, sem saber o que fazer.

Então Oliver lhe contou tudo o que havia acontecido desde a noite de seis de abril de dois mil e dezesseis. 

-Eu ia falar que não resta nada para mim em Star City - Laurel declarou, com as lágrimas ainda molhando a face - mas eu acho que posso seguir os passos do meu pai.

-O que quer dizer? - Oliver perguntou.

-Vou sei lá, trocar de nome e virar policial.

-Depois nós pensamos nisso, no momento só se preocupe em melhorar tá bom?

-Tá bom.

Laurel fechou os olhos, segurando a mão de Oliver próxima ao seu coração. Com a outra mão, ele puxou sobre ela uma manta e depois ficou acariciando seu rosto.

-Você é a mulher mais linda do mundo - ele sussurrou, admirando a beleza dela.

Depois de uns minutos, quando teve certeza que Laurel estava dormindo, ele murmurou:

-Eu sei que nunca fui bom o suficiente pra você. Você sempre viu o melhor em mim pois sempre foste o melhor de mim. Eu te machuquei tantas vezes, mas me arrependo. Quando eu te vi ser ferida pelo Darhk o meu mundo acabou, nada mais importava, só chegar no hospital a tempo de te salvar. E depois, você estava bem, eu estava reunindo coragem para dizer tudo o que vou dizer agora mas estão você estava tremendo, os médicos chegaram, a doutora Elisa já reconheceu o embolismo e então - Oliver suspirou, tentando afastar as lágrimas que ameaçavam escorrer e então ele se deu conta que os olhos dela estavam aberto e ela provavelmente tinha ouvido tudo o que ele já tinha dito - “hora da morte onze e cinquenta e nove”. - ele sentiu a mão fria dela em seu rosto, afastando uma lágrima com o polegar - Laurel agora eu sei que sou o grande amor da sua vida e quero que saiba que você também é o meu grande amor. E hoje foi outro lembrete que tudo pode acontecer… 

-Ollie, a Felicity… - Laurel tentou lembrá-lo, mas o pensamento de deixá-lo ir a consumia por dentro.

-Tá aí uma coisa que ainda não te contei. Bem, depois que eu saí da cabana a Felicity me traiu. Na verdade ela já me traia antes eu imagino. Antes de ir te buscar no cemitério, eu a visitei e a vi aos beijos com outro homem. Quando entrei, ela falou que não era o que eu estava pensando e tudo mais. Mas sou o especialista em traição. 

-Ollie, eu sinto muito…

-A Mia não é minha filha.

-Como sabe?

-Eu olhei nos olhos daquele cara e nos olhos da Mia. Os mesmos olhos. Mas, agora já passou. - ele depositou um beijo na palma da mão dela - Ah, tem mais uma coisa.

-O que? 

-Eu vou morrer - ele falou, tentando parecer tranquilo e não assustá-la.

-O que? - Laurel apertou ainda mais a mão dele, vendo os dedos de ambos quase ficarem roxos.

- “Para milhões sobreviverem à crise, o Arqueiro Verde deve morrer”. Mas, caso isso realmente acontecer, eu preciso ter certeza que o meu manto está em boas mãos. Laurel, eu posso te ensinar? Por favor me responde.

-Pode - ela falou, com a voz embargada pelas lágrimas.

-Então caso eu morra ou mesmo se eu sobreviver, irei te treinar para ser a Canário Arqueira. 

-Mas você não pode morrer - Laurel conseguiu sentar e o abraçou, chorando em seus braços - acabei de voltar, você não pode simplesmente me deixar.

-Ei, fica calma - ele pediu, tentando parecer forte - não importa o que aconteça, eu sempre vou estar com você. Sempre e para sempre.

-Sempre e para sempre - ela repetiu, suspirando.

-Você é linda - ele murmurou.

-Você já disse isso - ela garantiu, com o rosto corado e dando um sorriso que ele tanto amava.

-E vou repetir o tempo todo - ele prometeu, batendo levemente com a ponta do dedo no nariz dela, recebendo em troca uma pequena risada, fazendo com que ele percebesse que não se lembrava do quanto a risada dela era doce.

-Lamento interromper - disse Sara, entrando na ala médica - mas fiquei sabendo que a dona Laurel já pode levantar daí, vestir uma roupa decente e vir conhecer a Waverider e as Lendas.

-Tá bom - Laurel levantou rapidamente, animada para conhecer as pessoas com quem Sara conviva,  e sentiu as pernas falharem, teria caído se Oliver não a tivesse segurado a tempo.

-Devagar - ele pediu - se apoia em mim, ok?

-Ok.

De braços dados, eles seguiram Sara até o quarto da Lance mais jovem, rindo toda a vez que Laurel arregalava os olhos ao ver a tecnologia do futuro. Ao chegarem no quarto, ambos riram alto quando Laurel comentou a falta de uma maçaneta na porta.

-Agora você sai - a capitã disse para Oliver, fechando ele do lado de fora - e você - ela ajudou Laurel a sentar na beirada da cama e a abraçou - vai me prometer que nunca mais vai me abandonar.

-Eu prometo - Laurel sussurrou, dando um beijo na cabeça loira da irmãzinha.

-Eu senti tanto a sua falta, todos nós sentimos. E não conta pra ninguém que eu tenho esse lado emocional viu.

-Tá bem.

******

-Laurel não precisa fazer isso agora - Oliver disse, abrindo a porta do carro e a ajudando a sair.

-Mas eu preciso - Laurel falou, com a voz embriagada por lágrimas ainda não derramadas - assim vai parecer um pouco mais real.

Ela saiu do carro e Oliver passou o braço em torno dos ombros dela, a levando até o túmulo de Quentin Lance.

-Não - ela balbuciou, caindo de joelhos na terra e escondendo o rosto nas mãos, se perguntando como ainda tinha lágrimas.

-Foi minha culpa - ela falou, olhando para o chão - se eu não tivesse morrido, meu pai ainda estaria vivo! Foi tudo minha culpa! 

Oliver se ajoelhou ao lado dela e tentou abraçá-la, recebendo em troca um soco no peito. Ele deixou que ela batesse, até que toda a raiva dela se transformasse em uma respiração pesada e ela deitou-se sobre a terra.

-Ei - Oliver passou a mão por entre os cabelos dela - levanta daí. O seu pai está em paz agora e onde quer que ele esteja, está cuidando de você - ele aproximou a boca do ouvido dela e sussurrou - não foi sua culpa.

A loira se levantou com certa dificuldade e pediu:

-Me leva pra casa, por favor.

********

Oliver ajudou Laurel a andar até o apartamento dele e sentar no sofá. Ele pegou uma manta e a cobriu, sentando ao lado dela em seguida.

-Meu apartamento ainda é meu? - ela perguntou, olhando em volta.

-É da Thea, mas ela não mora mais lá - ele explicou, literalmente jogando nela alguns jornais antigos - lê. 

Laurel abriu o jornal na página dois e se deparou com a foto de uma estátua. A reportagem dizia:

"O prefeito Oliver Queen construiu uma estátua no centro da cidade em homenagem a Dinah Laurel Lance, a antiga promotora que foi morta numa rebelião de Heiron Highs e foi revelado que ela era a vigilante conhecida como Canário Negro”

Ela pegou o próximo jornal e nem precisou folhar muito para achar a matéria:

“Laurel Lance aparece viva na manhã desta terça feira. A antiga promotora alega ter sido sequestrada por Damien Darhk.”
E assim ela foi olhando todas as reportagens que lhe chamaram atenção:

“Capitã da polícia Dinah Drake é a nova Canário Negro?”

“O prefeito Quentin Lance foi baleado por Ricardo Diaz e veio a óbito nesta tarde no Star General”

“Laurel Lance: heroína ou criminosa? A antiga vigilante está sendo acusada de múltiplos assassinatos…”

Laurel sentiu algo dentro dela esquentar. Era uma raiva que nunca tinha sentido. Quem a sua parte da terra 2 pensava que era para simplesmente assumir seu nome e jogar seu legado no lixo?

Nem se deu conta que estava cravando as unhas em sua própria pele, quase arrancando sangue. E então, ela lembrou-se de Damien Darhk e a forma que ele a matou, e então sua raiva aumentou ainda mais, a fazendo se levantar do sofá e dar um soco na parede mais próxima, fazendo um barulho que atraiu a atenção de Oliver - que estava na cozinha tentando se comunicar com Diggle - que correu imediatamente para onde ela estava, a tomando nos braços e a colocando no sofá novamente.

-Que porra foi essa? - ele perguntou, olhando para ela chocado e então percebeu que ela estava com muita dor.

-Eu não sei - ela disse, quase gritando de dor quando ele encostou na mão dela.

-Ei, fica calma, deve ser só a sede de sangue, sabiamos que uma hora ela iria aparecer. Mas agora precisamos dar um jeito nesse seu pulso. Não posso simplesmente te levar para um hospital pois ainda não sabemos como dizer que você é a do bem e a outra é a sua irmã gêmea que era má mas agora é boa - ele e Sara haviam feito esse plano antes de deixar a nave e iriam por em prática após a crise.

Ele correu para a cozinha e voltou com o kit de primeiros socorros. Pegou as ataduras e enfaixou a mão dela, ignorando todos os seus gritos de dor, apesar deles partirem seu coração.

-Não seria o correto a se fazer mas é o que temos - ele disse, pegando um copo da água e alguns analgésicos - toma.

-Não posso lembra? - ela murmurou, mordendo o lábio.

-Ah, mas eu não estou te dando escolha. Abre a boca - ela abriu e ele colocou um comprimido, lhe ajudando a tomar um gole da água em seguida.

Ele se sentou ao lado dela e a deixou se aconchegar em seus braços, como faziam na época em que namoravam. Ele depositou outro beijo no topo de sua cabeça e roçou levemente seu nariz em sua bochecha.

E então, o momento em que ele ansiava por quase sete anos aconteceu. Ela levantou um pouco a cabeça e levemente roçou seus lábios rachados nos dele. Oliver aprofundou o beijo, sussurrando “eu te amo”, o tempo todo. E quando se afastaram em busca de ar, ela estava mais vermelha do que nunca e sorria, um sorriso bonito, sincero, angelical. 

Naquela noite, eles dormiram um lado do outro, Oliver a abraçou a noite toda e não dormiu, apenas ficou cuidando da mulher que sempre foi e sempre será o amor da sua vida.

****
Os primeiros dias que eles passaram juntos foram tranquilos. Oliver a acordava com um beijo, fazia café da manhã para os dois e depois ficavam no sofá, conversando. Oliver contava para ela algumas histórias de quando ela estava morta, afinal, ela sabia o “resumo do resumo”.

Depois de duas semanas, a mão de Laurel estava melhor e ele começou a treiná-la, usando o velho método de bater na água.

No começo, ela ria como se ainda fosse uma criança e ele não podia deixar de rir junto, se permitindo esquecer por uns momentos o motivo de estarem fazendo tudo aquilo.

-Acho que já estamos prontos para o próximo passo - ele declarou.

Foram dias de treinamento. Oliver começou a ensiná-la a usar espadas e depois de uns dias, eles treinavam até que um dos dois dormia por conta do cansaço.

Conforme ela foi aumentando a força e a habilidade com facas, ele organizou uma espécie de “tiro ao alvo”, tirou seu arco e flecha de uma caixa e entregou para ela, declarando:

-Você está pronta.

Os primeiros tiros não foram certeiros. Mas depois de quase um mês, ela estava quase tão boa quanto o próprio Oliver.

*****

Laurel começou a se queixar de muito enjoo. Oliver achava que poderia ser um efeito colateral de voltar a vida e não deu muita atenção. Mas então começaram os vômitos, desmaios, mudanças de humor e o ódio pelo sabonete que Oliver usava, praticamente o obrigando a ir até uma farmácia vinte e quatro horas e comprar um sabonete sem cheiro. A essa altura, ele já suspeitava que ela estivesse doente e conversou com a doutora Elisa Schwartz, com quem tinha desenvolvido uma amizade depois de ser tantas vezes tratado por ela e a ver cuidando de seus amigos. Ele foi até o apartamento dela enquanto as namoradas de ambos dormiam e  lhe explicou toda a situação de Laurel.

-Talvez uma labirintite - disse Elisa - ou uma gravidez. Sem um exame de sangue ou sem pelo menos VER ELA - ela gritou as duas palavras - não posso fazer absolutamente NADA!.

-O seu namorado não se importa que você fica berrando? - Oliver perguntou por brincadeira.

-Não tenho namorado.Mas o nome da minha namorada é Kim Dinah! E sim, ela vai me matar se eu acordar ela.

-Peraí... Dinah? - Oliver riu - Nada contra mas minha futura sogra se chama Dinah, minha “cunhada” se chama Laurel Dinah - ela tinha dito que usaria esse nome a partir de agora e logo assumiria para a mídia ser “gêmea de Dinah Laurel” - minha namorada se chama Dinah Laurel e a namorada da Laurel Dinah se chamada Dinah Drake.

Elisa caiu na gargalhada e naquele momento, uma mulher de longos cabelos escuros apareceu na sala.

-Que porra que tá acontecendo Isa? - a mulher perguntou, irritada por ter sido acordada.

-Ele veio aqui me pedir uma ajuda - disse Elisa, dando um selinho em Kim - pode voltar a dormir Ki.

-Escuta aqui - a mulher de cabelos longos ficou cara a cara com Oliver e ele percebeu que ela lembrava um pouco a Shado ou a personagem Katniss Everdeen, de “Jogos Vorazes” - da próxima vez que quiser ajuda na minha namorada procura ela no trabalho. Agora, aquela é a porta.

*****

Elisa conseguiu ir até o apartamento de Laurel dois dias depois e recolher uma amostra do sangue da loira e dar uma examinada em sua mão que fora machucada, se surpreendendo que ela ainda tivesse movimento nos dedos.

-Bater na água é o melhor remédio - Oliver brincou.

-E dar um tapa na cara dele quando ele te irritar também - a médica morena revidou.

-O sabonete dele era uma droga - Laurel reclamou - e a loção pós barba que ele usa me faz querer vomitar.

-Cheira isso - Elisa colocou um pouco de álcool que usava para limpar ferimentos em um algodão e estendeu para ela - fez você se sentir melhor?

-Uhum - disse Laurel.

-Oliver, troca seu perfume por isso - ela jogou o algodão na direção dele, que não conseguiu se esquivar e foi acertado literalmente na boca.

Antes de sair, Elisa deu a Laurel um remédio para o enjoo e puxou Oliver para um canto.

-Agora só resta esperar os resultados - ela disse - não podemos descartar a hipótese de uma gravidez, mas eu estou achando pouco provável.

-O que você acha que é, Eliza? - ele perguntou.

-Pode ser uma labirintite ou… Não se desespere: um tumor no cérebro. 

*****

Eles estavam na cozinha, Laurel tentava fazer um omelete, enquanto Oliver abraçava sua cintura e falava algumas dicas.

Elisa ainda não tinha dado um retorno e isso fez Oliver, escondido de Laurel, fazer várias pesquisas sobre tumores no cérebro e andava cada dia mais preocupado com a loira.

-Tá com dor de cabeça? - ele perguntou.

-Você pergunta isso umas dez vezes por dia - ela reclamou - e estou com um pouco. Ah, a Elisa me ligou hoje - ela fingiu estar triste, mas não teve tempo de terminar de dar a notícia.

Uma luz forte brilhou e Lyla - agora Percursora - apareceu e disse:

-Está na hora, Arqueiro Verde. A crise chegou.

-Não - Laurel se pôs na frente dele - você não pode simplesmente levar ele!
-O Multiverso está em crise…

-Foda-se o multiverso! Foda-se o Monitor! Foda-se essa merda toda! - Laurel deixou as lágrimas rolarem livremente - Ele têm uma família! Ele vai ter um filho!

Oliver olhou para Laurel, visivelmente chocado, e levou sua mão até a barriga dela e sentiu que estava dura.

-Eu descobri isso hoje de manhã - ela explicou.

-Lamento interromper - disse Lyla - mas precisamos ir, Oliver.

-Não - Laurel o abraçou com força - ele não vai!

-Lindo pássaro - ele deu um beijo no topo da cabeça dela, tentando ser forte - sabíamos que esse dia ia chegar.

-Mas você não pode ir! Não pode morrer!
-Vamos, Oliver! - a Percursora o apressou.

-Vai pra casa da Joana - ele ordenou - ou da Elisa. Mas antes abra o baú que está debaixo da cama, têm um presente pra você lá. Te amo, minha linda. Você é a minha melhor parte.

Ele a soltou naquele momento, praticamente correndo até Lyla.

Ele não olhou para trás.

Ele não viu quando ela caiu de joelhos e gritou para ele voltar.

Ele não a viu pegar o telefone e ligar para Joana de La Vega, desesperada.

Ele não a viu ir até o quarto, abrir o baú e tirar de lá o arco que ele havia feito para ela, o capuz de Shado e uma roupa - cortesia de Cisco, diga-se de passagem - que tinha um pedaço de papel escrito “Canário Arqueira”.

E ele pensava que nunca mais a veria.

****

Os primeiros dias após a partida de Oliver foram os piores para ela. Apesar de na primeira noite sua melhor amiga Joana estar lá, a dor só aumentava.

Depois de três dias, Laurel passou a ficar totalmente sozinha e decidiu ir para as ruas pela primeira vez em muito tempo.

Ela estava andando pelos telhados, quando olhou para baixo e viu uma mulher correr, sendo perseguida por um homem.

Sem pensar duas vezes, a Canário Arqueira pulou entre os dois e apontou seu arco para o homem.

-Deixa ela em paz - ordenou.

-Qual é, outra mascarada na cidade? - ele tirou uma faca do bolso - Já ouviu falar que os vigilantes são proibidos?

-E estupro é uma coisa ainda pior - ela pegou seu arco, colocou uma flecha na corda e atirou na perna dele - que isso lhe sirva de lição. Se voltar fazer isso, a próxima flecha vai ser direto no coração. Você falhou com essa cidade.

E dizendo isso, saiu, deixando o homem aos gritos atrás de si.

******

Logo, a Canário Arqueira ficou conhecida por todos na cidade. Eles falavam como ela era boa e que havia aparecido na hora certa. Os crimes nós Glades diminuíram e a doutora Elisa já estava cansada de atender estupradores e bandidos com flechas nas pernas e braços, os mandando direto para a capitã Dinah Drake em seguida.

Naquele momento, Laurel estava sentada com as pernas cruzadas em frente ao túmulo de Quentin Lance. Ela conversava com ele e chorava ao mesmo tempo. Tinha sido ferida em combate, mas não teve forças para andar até o hospital. Doía demais, ela mal conseguiu se arrastar até o cemitério e ligar para que Elisa fosse buscá-la.

-Volta pra mim, papai - ela pediu, em prantos.

Por um momento, foi como se Quentin estivesse ali. Ela sentia a mão dele em seus cabelos e então, ela estava sendo carregada… e pela primeira vez desde a partida de Oliver ela se sentiu segura.

Quando Laurel acordou, estava no hospital, Joana estava sentada numa cadeira ao lado da cama.

-Oi - disse a morena.

-Oi - disse Laurel, com voz fraca - o que aconteceu?

-A doutora Elisa te achou no cemitério, sangrando muito. Você levou uma facada na barriga. Sinto muito, Laurel.

-O que está tentando dizer? O meu bebê…

-Ele se foi.

Naquele momento, Elisa entrou no quarto e pediu para Joana sair.

-Eu troquei sua roupa - a médica explicou quando a advogada saiu - e deixei suas coisas no seu aparelho. Sei que a perda do seu bebê é um choque muito grande mas você precisa ser forte, Laurel.

Uma parte dela já sabia: Oliver tinha morrido e era só uma questão de tempo até alguém vir lhe dar a terrível notícia. E com a morte dele, ela estaria definitivamente sozinha.

As coisas nunca mais seriam como eram antes da morte dela. Quando alguém tentava aterrorizar sua cidade, Felicity hackeava as câmeras e desligava os alarmes, enquanto a Canário Negro, Speedy, o Arqueiro Verde e o Espartano iam para o local e toda a vez regressavam para casa com novos arranhões.

Mas, tudo mudou quando Laurel não voltou.

Então, ela decidiu que não iria simplesmente baixar a cabeça e se entregar novamente a uma vida de dor e sofrimento.

Agora, aquela era a sua cruzada.

Ela ia salvar a cidade.

******

A loira decidiu não esperar até o fim da crise para poder “voltar a vida”, legalmente falando.

Então, em uma noite quente, ela procurou a Sereia Negra e juntas, elas fizeram o “comunicado oficial”, sobre serem gêmeas separadas no nascimento.

-É um prazer te conhecer, Laurel - disse a capitã Dinah Drake, depois que o comunicado foi feito em frente ao DPSC. 

A mulher de olhos verdes forçou um sorriso. Se sentia realmente desconfortável com a presença da capitã e da sua parte da terra 2. 

****

Laurel conseguiu recuperar seu antigo apartamento, mas não seu emprego na promotoria. Ele já estava sendo ocupado pela Laurel da Terra 2, e apesar da loira sentir falta de trabalhar como advogada, decidiu deixar sua vida seguir outro rumo.

Afinal, ela não ia ser apenas a cópia de alguém.

Ela planejava seguir a carreira de detetive, assim como seu pai tinha sido por um período de tempo, até ser rebaixado a oficial e por fim, promovido a capitão.

A noite, ela começou a se sentir bastante sozinha. 

E foi em uma noite de tempestade que Laurel se permitiu chorar.

Ela não havia derramado uma lágrima pelo filho, tinha guardado todos os sentimentos para si, tentando de todas as maneiras parecer forte.

As notícias do “fim do mundo” já se espalharam por Star City. E quando o céu se tornou vermelho, Laurel teve certeza que o fim tinha chegado.

*****

Ela estava caindo. Darhk tinha acabado de matá-la… os demônios a cercavam e ninguém vinha ajudá-la…

Mais cedo, Laurel tinha se machucado, ao ser acertada por um ferro pontudo na barriga. Ao chegar em casa, ela apenas fez um curativo de "qualquer jeito" e dormiu.

Já fazia tanto tempo que Oliver se fora, ela duvidava que ele ainda iria voltar...

 Acordou encharcada de suor, lembrava-se de cada detalhe do pesadelo. E o ferimento continuava doendo.

E quando olhou para o lado, viu Oliver parado, olhando pela janela.

-Ollie? - ela falou com voz trêmula.

-Nós vencemos - ele correu até ela e a envolveu em um abraço - salvamos o Multiverso. 

-Isso é um sonho? - ela perguntou, em prantos, colocando a cabeça no ombro dele.

-Não minha linda, é real. Obrigada.

-Pelo que?

-Você ajudou tanto Star City na minha ausência… 

-Tantos dias longe e você quer falar sobre Star City?

-Não, minha linda. - ele a afastou um pouco e a observou - A sua barriga está pequena… Nosso bebê já nasceu?

-Sinto muito, Ollie - ela voltou para o abraço dele - o nosso bebê morreu algum tempo depois da sua partida…

-Laurel - ele a puxou de volta para seus braços - sinto tanto… se eu eu estivesse aqui…

-Não foi sua culpa - a arqueira disse, acariciando o rosto do amado.

-Você está suada - ele comentou, levando a mão a testa dela - e está quente. Meu amor, você está tremendo. Pegou chuva?

-Eu tô bem - ela mentiu, sem se dar conta que a ferida em sua barriga tinha voltado a sangrar.

-Deita - ele disse, num tom carinhoso - vou cuidar de você.

Laurel deitou e tentou puxar a coberta sobre o corpo, porém, Oliver foi mais rápido e impediu ao ver o ferimento.

-Posso? - ele perguntou, com as mãos na barra da blusa.

-Pode - ela respondeu.

Lentamente, ele ergueu a blusa dela até ver o ferimento e retirou o curativo.

-Como isso aconteceu?

-Um homem, mais especificamente um traficante, sequestrou a Dinah. Laurel estava desesperada e fomos atrás dele. Ele tinha uma barra de ferro e a fincou na minha barriga.

-Deveria ter procurado a Elisa - ele ralhou, se abaixando e tirando de dentro da cômoda o kit de primeiros socorros.

-Não achei que fosse necessário - ela arregalou os olhos quando ele tirou da caixa uma seringa, que ela nem lembrava que tinha.

-Eu peguei na nave algumas coisas de primeiros socorros - ele explicou - e coloquei aqui enquanto você dormia. Sara me mandou trazer por precaução - ele colocou um remédio na seringa - fica calma, isso vai ajudar com a dor tá? Não precisa ter medo. Fecha os olhos se ajudar.

Ela fechou os olhos e ele injetou o líquido no braço dela, começando então a tratar a ferida infeccionada.

Enquanto fazia isso, ele contou para ela sobre a crise. Ela arregalou os olhos e quase entrou em desespero ao saber que ele morreu e voltou a vida.

-Mas agora a ótima notícia - ele disse, com um sorriso, batendo levemente no nariz dela com o dedo - nós usamos o livro do destino.

-Pra que? - Laurel perguntou, com um sorriso.

-Pra impedir a morte do seu pai - Oliver contou, terminado de cuidar do ferimento e deitando ao lado dela.

-Você tá de brincadeira? - ela perguntou com lágrimas de alegria brilhando.

-Ele foi ferido ao salvar a Sereia Negra, mas sobreviveu e continuou sendo o prefeito. E ele que disse pra todo mundo que na verdade eu "não sou o arqueiro verde". Ah, e também casou com a Donna Smoak.

-Posso vê-lo?

-Lindo pássaro, são quatro horas da manhã. Ele deve estar dormindo. 

-Mas e daí? Ele sabe que eu voltei?

-Desconfia.

-Então ele precisa ter certeza.

-Amanhã, princesa, amanhã.

******

No dia seguinte, Quentin foi ao apartamento de Laurel. 

A loira ainda dormia, por conta dos remédios. E quando acordou, levantou e acabou tropeçando nos próprios pés e Quentin a segurou para que não caísse.

-Você e suas irmãs - ele disse - estão proibidas de morrer de novo.

******

Um dois depois…

A detetive Laurel Lance Queen chegou em casa com dor nas costas e desabou no sofá.

Seu marido, Oliver Queen, chegou por trás e começou a massagear seus ombros.

-Você vomitou de novo? - ele perguntou, preocupado.

Já fazia alguns dias que Laurel ora vomitava, ora chorava por qualquer coisa, ora pulava em cima dele e os dois acabam na cama e atrasados para o trabalho.

-Sim - ela disse - e se vira.

-Como o que?

-A Canário Arqueira vai ficar um tempo afastada.

-Laurel… você tá…

-Sim, você vai ser pai.

******

Laurel Lance da Terra 2 estava mexendo no celular, enquanto sua esposa Dinah Drake fazia o jantar, quando recebeu uma mensagem de Oliver.

-O Queen é louco - ela comentou.

-Motivo? - perguntou Dinah.

-Ele acabou de descobrir que vai ter um filho e me mandou mensagem pedindo como ajudar a Laurel na hora do parto.

-É louco… VAMOS SER TIAS?

-Sim, lerda, vamos ser tias.

-Lerda? Quem é lerda?

-Você.

-E você adora o sofá da Sara né?

*******

Laurel acordou às cinco da manhã, com uma cólica estranha. Estava grávida de nove meses, não via a hora de segurar seu bebê nos braços.

-Ollie - ela deitou a cabeça no peito dele.

-O que foi? - ele abriu os olhos no mesmo instante - Foi pesadelo? 

-Liga pra mamãe Donna, depende da opinião dela eu te conto.

Desde que Quentin e Donna tinham se casado, as três filhas dele tinham começado a chamar Donna de "mãe", especialmente Laurel da terra 2, que era casada com uma "Dinah".

Oliver ligou para Donna e passou o telefone para Laurel.

-Você está bem querida? - Donna perguntou.

-Senti uma cólica estranha - Laurel explicou, sentindo outra - e esta piorando. A Alice vai nascer né?

-Vai sim. Fala com calma por Oliver, liga pro médico e me mantenha informada.

-Ok, obrigada. - ela disse, ao mesmo tempo que uma dor forte atravessou seu corpo.

-Calma - Oliver pegou a mão dela e a deixou apertar a mão dele - é o bebê?

-Acho que sim - Laurel disse, quando a dor passou - apesar de estar uma semana adiantada e… Ollie?

Ao olhar para o lado, a loira viu o marido caído no chão, desmaiado.

Pegou o telefone e ligou para o hospital, avisando que possivelmente iria dar a luz. 

Depois de fazer isso, levantou e sentou numa poltrona, mandou mensagem para Sara e ficou esperando Oliver acordar.

-Bom dia - ela disse, visivelmente irritada.

-Desculpa amor - ele levantou e ajoelhou ao lado dela - tá doendo muito?

-Um pouco - ela pegou a mão dele - me ajuda a tomar um banho e colocar uma roupa decente.

Ele a ajudou e depois de mais meia hora, foram para o hospital.

Ao chegarem lá, Laurel foi levada para o quarto, pois de acordo com o médico ainda faltava um pouco para o bebê nascer. Enquanto isso, Oliver se preocupou em avisar todo mundo que Alice estava nascendo.

-Amor eu tava pensando - ele disse, sentando na cadeira ao lado da cama - por que não chamamos nossa filha de Alice Laurel?

-Porque Laurel é meu nome - ela disse, segurando a mão dele próxima ao coração dela, como havia feito no dia que voltou a vida.

-Mas é um nome lindo. Por favor.

-Está bem. Na verdade, gostei da ideia. Achei que você ia estar mais desesperado.

-Mas quem disse que eu não tô? É que tô guardando um pouco pra quando a Sara chegar pra entrar em pânico comigo.

-Vocês dois merecem uns tapas - ela brincou - mas me ajuda a andar um pouco.

-Você não se atreva a levantar Dinah Laurel Lance - Sara invadiu o quarto, sendo seguida por Ava, Dinah, Laurel da terra 2, Quentin, Donna e Dig.

-Eu tô bem - Laurel tentou tranquilizar eles.

-E nós vamos estar aqui quando a Alice nascer - Laurel da terra 2 disse, fazendo a arqueira ficar vermelha de vergonha e ter vontade de quebrar a cara dela.

******

Na hora do almoço, Laurel terra 2 e Dinah Drake estavam na lanchonete próxima ao hospital, comendo batatas fritas e tomando milk shake.

-Aposto que o Oliver desmaia na hora do parto - a loira de cabelos curtos falou.

-Aposto que não - Drake revidou - ele já viu coisa bem pior que uma criança nascendo.

-Ok. Se ele desmaiar, você para de enrolar e fica grávida. Se ele não desmaiar penso depois.

-Negócio fechado.

As duas apertaram as mãos, selando o acordo.

****

Conforme as horas passavam, as dores de Laurel pioravam e o desperto de Oliver também.

O médico pediu que todos deixassem o quarto, ficando sozinho com Oliver e Laurel.

Ele examinou a loira e declarou:

-A menina está sentada.

-O que? - Laurel tentou sentar mas a dor a impediu - E como você só viu isso agora? O senhor é um incompetente! 

-Amor, calma - pediu Oliver.

-Calma é o caralho! Alguém tira essa criança do meu útero pelo amor de Deus!

-O único jeito é fazermos uma cesária - o médico disse, com medo da mulher.

O médico conversou com os dois rapidamente e então, foi preparar a sala.

-Vai fica tudo bem tá - Oliver pegou as duas mãos dela e lhe deu um beijo na testa.

-Ollie - Laurel choramingou - tá doendo muito e eu tenho medo de agulhas.

-Tenta ficar calma. Eu tô aqui com você. Você é forte tá bom?

-Tá bom.

******

Enquanto isso, Sara andava de um lado para o outro. E ao ver a irmã ser levada para a sala de parto, quase teve um treco.

-Ela pode morrer - Sara disse, literalmente abaixando até no chão e caindo sentada - e se ela morrer eu não vou criar o bebê! Eu vou tirar a Laurel de lá e vou levar ela pra nave! - Sara se levantou, determinada.

-Sara Lance - Ava se levantou e praticamente obrigou Sara a sentar, como se ela fosse uma criança impertinente - você cala essa sua boca e espera igual todo mundo ok? Ou você não dorme mais em casa!

-É um milagre que eu não esteja passando vergonha - Dinah brincou.

-Pessoal vamos ter um bebê! - a Sereia Negra gritou, ao verem Oliver ser jogado para fora da sala de parto, desmaiado. 

-Estamos num hospital. Cala a boca sua idiota. Ou não dorme em casa.

-Qualquer coisa eu sempre vou ter um cantinho no seu sofá né pai? - a loira de cabelo curto perguntou.

-Menos nas noites que eu estiver lá - o prefeito Lance garantiu.

Eles passaram os próximos minutos em silêncio, até que um médico saiu da sala e cochichou algo para Oliver, que estava acabado de acordar do desmaio. Ele levantou e correu até eles, gritando:

-A Alice nasceu com três  quilos e trezentas gramas e tanto ela como a Laurel estão bem!

E dizendo isso, sentou ao lado de Sara, esperando que fosse liberado para ver a esposa.

E quando o médico autorizou, ele voou da cadeira e correu para o quarto.

Para junto de sua família.

-Oi linda - ele murmurou, entrando no quarto e sentando ao lado de Laurel, que ainda um pouco sob o efeito da anestesia.

-Oi - ela murmurou, entrelaçando os dedos nos deles - a enfermeira falou que logo vai trazer a Alice.

-Tá com dor?

-Um pouco… mas vai passar, fique tranquilo.

-Desculpa o meu desmaio…

-Compensa fazendo comida pra mim quando voltarmos pra casa.

-Combinado.

Naquele momento, a enfermeira entrou, carregando a pequena Alice, enrolada em cobertores rosas. 

-Ela é muito linda - a enfermeira disse, colocando a menina nos braços de Oliver e mostrando como ele devia segurar a bebê - qualquer coisa que precisarem estou lá fora - e dizendo isso, saiu.

-A Alice tem os seus olhos - comentou ele, emocionado.

-Ela é perfeita - Laurel comentou, passando a mão pelo rostinho da filha e sorrindo.

O resto do dia foi realmente uma confusão. Todos queriam segurar Alice ao mesmo tempo, enquanto Laurel só queria dormir e recuperar as forças.

****

Oliver e Laurel entraram em seu apartamento, ele carregava a pequena Alice. 

A pequena família sentou-se no sofá e Laurel colocou a cabeça no ombro de Oliver, que se inclinou para lhe dar um rápido beijo.

-Estamos em casa - Laurel murmurou, olhando com ternura para a filha e o marido - depois de tanto tempo… De tanta coisas que enfrentamos estamos em casa…

-Laurel - Oliver colocou Alice deitada entre eles e colocou a mão na bochecha de Laurel - você sempre foi a minha casa. Sempre e para sempre.

-Sempre e para sempre - ela repetiu, sorrindo.

 


Notas Finais


E aí??? Gostaram??? Me contem aí nos comentários!


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