1. Spirit Fanfics >
  2. Contract Death (Versão antiga) >
  3. Capítulo 95

História Contract Death (Versão antiga) - Capítulo 95


Escrita por: HeavenRL

Capítulo 96 - Capítulo 95


Fanfic / Fanfiction Contract Death (Versão antiga) - Capítulo 95

POV's Kaitly Bieber

25 de janeiro

— E o Justin vai te levar para algum lugar? Tipo um motel? Para comemorar seu aniversário? — Mel pergunta enquanto estamos sentados em minha cama e eu arrumo seu cabelo. Tem momentos que eu só quero sair correndo quando ela começa a falar essas coisas. Correção, todos os momentos.

— É provável que não, Melanie. Ele não irá me levar para um restaurante ou algo do gênero, Justin não é do tipo romântico.

— Se for um motel, eu duvido.

— Isso não é assunto para você, Melanie.

Quarto aniversário no IB… daqui a alguns meses fará quatro anos que eu não vejo minha família e é como se eu já tivesse esquecido o rosto deles e isso dói muito. Spencer deve estar enorme e eu devo ter perdido diversas etapas da vida dela.

— E o que você pensa em fazer no seu aniversário?

— Eu quero visitar a minha família.

— Você tem família?

— Tenho…

— E por que nunca falou dela? Eles também te trocaram por dinheiro?

— Mais ou menos… meu pai assinou o contrato com o IB para ter uma empresa bem sucedida. Eu nunca falei sobre eles porque eu sinto tanto falta que às vezes eu prefiro esquecer que eles existem já que eu sei que uma visita é quase impossível.

— E por que não pede para o Justin?

— Você o conhece, Mel. Ele não é a pessoa mais fácil de lidar.

— Mas se estão casados, não é algo que ele possa te negar. Estão casados, você não está presa aqui.

— Eu sei, eu só… não quero o irritar, ele fica irritado quando falo sobre.

— Foda-se ele. Ele não pode te negar isso, não é?

— O que eu não posso negar? — Justin adentra o quarto com roupas de corrida e suado. Ele se aproxima.

Melanie fica em pé na cama com a intenção de ficar do tamanho do Justin.

— Que a Kaitly veja a família dela. A Kaitly não está presa aqui e você não pode dizer quem ela pode ou não ver e tem mais, Bieber, ela deveria poder sair sozinha. Se a Kaitly fosse minha mulher, eu já teria dado um carro para ela, daqueles que estão nos rankings dos carros mais caros do mundo, em primeiro lugar de preferência e eu daria um cartão sem limite para ela gastar em baladas que ela iria desacompanhada no carro carão dela. — para alguém que viveu no IB, essa pirralha está sabendo demais do mundo.

Justin encara Mel como se aquela situação em geral fosse engraçada, foi um pouco o modo como ela falou. Tão pequena e tão sabia. Ela me assusta.

— Primeiro. Desce da minha cama. — Melanie se senta na cama. Justin fica puto quando Mel vem pular na nossa cama. — Segundo. Cuida da porra da sua vida, Melanie. O modo como conduzo o meu casamento diz respeito a mim.

— E a Kaitly, caralho! Você não se casou com você mesmo, não pode tomar as decisões sozinho! — observo até onde isso irá e a que momento devo interferir.

— Melanie, cuida da porra da sua vida, caralho. Está incomodada com o que? A família que você nem conhece? A Kaitly é adulta e ela pode resolver isso sem sua ajuda.

— Como se você simplesmente ignora tudo que ela fala? Não é como se ela não nunca tivesse tentado.

Justin anda em direção a porta a abrindo por completo e Mel cruza os braços como se de fato não fosse sair.

— Melanie, sai.

— Não.

— Agora, caralho! — Justin se mostra alterado e Mel persiste — Eu disse agora, caralho! — Melanie se levanta da cama frustrada e sai.

Justin não diz absolutamente nada sobre a conversa, se direciona ao banheiro e toma um banho e quando sai, ele ainda ignora minha presença e anda em direção ao closet.

— Você irá fingir que eu não existo? — pergunto quando ele sai do closet vestido.

— Eu não estou afim de discutir, Kaitly.

— Então concordamos que eu irei ver minha família, não é?

— Por que isso importa? Isso que você tem agora não é o suficiente? O caralho que eu faço por você não é o suficiente?

— Não. Há coisas insubstituíveis na minha vida e um deles é a minha família.

— A mesma que te mandou para o IB? Caralho, Kaitly!

— Foi apenas o meu pai.

— Quem te garante? Quem garante que sua mãe não é só uma falsa manipuladora?

— O quê?

— As pessoas fazem coisas por dinheiro, coisas muita das vezes inacreditáveis.

— Minha mãe, não. Eu quero ver minha família, hoje.

— Não.

— POR QUÊ? — me altero ao ver que não conseguirei o que eu quero.

— Por que não, Kaitly. Você não vai e ponto.

Me levanto da cama na qual estava sentada indo em direção ao Justin e ficando frente a frente com ele.

— Ou você me leva ou eu vou sem você, mas eu não volto, Justin. Isso não é a porra de uma ameaça vazia. Seu prazo de uma semana já acabou e nada. Você não me falou nada!

Me viro para ir em direção a porta, porém Justin segura meu braço me impedindo de ir.

— Não vai sair daqui sem que eu permita, Kaitly. Eu mando em tudo aqui, você só sai se eu deixar.

— Você que pensa. Há diversos homens que trabalham para você que adorariam um boquete feito por mim e que não se importariam de trair seu chefe por isso que está diante dos seus olhos nesse exato momento. — ele pressiona meu pulso nesse parte mas eu não demonstro fraqueza e apenas sorrio irônica.

— Não teria coragem.

— Continue tentando se convencer disso, quando você menos esperar, estará como antes, sozinho. — solto meu pulso indo em direção a porta mas me viro me lembrando de falar algo — Você tem uma hora para decidir, tente cumprir esse prazo. — saio do quarto indo em direção ao elevador. Ele não pode simplesmente me trancar aqui na mansão, eu não sou uma prisioneira dele, eu sou esposa.

POV's Justin Bieber

— Você não tinha que abrir a porra da sua boca, Melanie. Você sabe porquê ela não pode ver a família.

— Já está mais que na hora de contar a verdade, Justin. A Kaitly não vai engolir isso para sempre. Se ela te perdoar, ótimo. Caso não, se separem, há mais de sete bilhões de pessoas no mundo. Ela não é única assim como você não é, vão conhecer outras pessoas, mas não pode continuar mentindo vendo o quão mal ela se sente em relação a isso. Não é saudável e se você se importasse com ela, isso iria te incomodar. Ver ela assim iria te incomodar.

— Desde quando passou a pensar e falar dessa forma?

— Terapia com o Noah. — ela revira os olhos — Mas voltando ao assunto, não pode mais adiar isso.

Reviro os olhos. Essa pirralha não sabe de porra nenhuma, se as coisas fossem simples assim…

(···)

— Precisamos conversar. — falo entrando no quarto, onde a Kaitly digita algo no notebook.

— Espero que seja a resposta do que eu falei de manhã, caso contrário, pode sair. Dei uma hora, você está atrasado, muito atrasado.

Ignoro o que ela disse e me aproximo, me sentando na cama.

— Eu preciso te falar sobre aquele assunto… — eu travo quando ela fecha o notebook e começa a me olhar. Eu não vou conseguir, porra.

— Fala.

— Kaitly eu… — não sai, nada saí.

— Você… — fala logo, porra. É só uma mulher.

— Eu fiz coisas e eu tenho que te falar.

— Eu sei, pode falar.

— Eu não consigo.

— Então não fala. — ela abre o notebook novamente e a cada minuto que eu escondo certas coisas é como se o problema fosse aumentando, é como se no final, tudo fosse pior.

— Eu vou falar, eu tenho que falar. — eu murmuro e pego o notebook dela e eu a encaro nos olhos pronto para expor tudo — Kaitly, eu…

— Justin, você está pronto? — a filha da puta da Melanie invade o quarto.

— Para que, caralho? — eu estou puto, eu não consigo falar e nada contribui para que eu consiga falar.

— Você prometeu que nós iríamos atirar hoje de tarde. — eu nem lembrava disso.

— Cinco minutos, me dá cinco minutos, porra. — Melanie revira os olhos saindo do quarto e a Kaitly se levanta da cama com o notebook em mãos.

— É melhor descer, ela estava esperando isso a semana inteira e ela fica impossível quando não consegue o que quer. — ela nem me encara quando anda em direção ao closet e guarda o notebook e eu vou em sua direção e me coloco atrás dela a prensando sobre uma cômoda que há no meio do closet.

— Apenas esteja aqui quando eu voltar. — eu falo no seu ouvido e ela fica imóvel com essa atitude.

— Eu não iria sem a Melanie. — ela diz agora se virando para mim e me olhando nos olhos.

— Só… não faça nada precipitado sem conversarmos antes.

— Agora conversamos? Normalmente você toma as decisões por aqui.

— Kaitly, apenas peço um tempo e eu irei resolver essa porra toda.

— Seu tempo acabou, já te dei muito tempo.

— Por favor. — ela me encara nos olhos.

Ela assente comprimindo os lábios e encarando o chão em seguida. Tomo a iniciativa de levantar seu rosto com meus dedos em seu queixo e dou um selinho nela, já que se eu iniciasse um beijo, talvez não tivesse resposta. Ela está puta.

POV's Kaitly Bieber

Depois que eles saíram, eu andei pela mansão. A verdade é que eu estou completamente entediada e me sentindo presa aqui.

— Senhora. O senhor Ethan está no escritório do senhor Bieber. A senhora gostaria que eu o dispensasse para retornar quando o senhor Bieber estiver? — uma das empregadas pergunta ao entrar no meu quarto.

— Não precisa, eu vou descer. — ela assente se retirando.

Me arrumo procurando roupas confortáveis e desço em direção ao escritório do Justin.

— Oi, Ethan. — falo sorrindo e entrando no escritório do Justin e fechando a porta em seguida.

— Senhora Bieber. — ele me cumprimenta a distância com a cabeça e eu ando em direção a mesa e me sento sobre a cadeira — O Justin deixou as chaves no escritório. Ele saiu para almoçar ontem e depois não retornou e hoje não foi trabalhar.

Ele me entrega as chaves do Justin que são muitas, não sei porque ele tem tantas chaves.

— Ele veio para casa ontem e hoje é meu aniversário, então ele não foi.

— Ele tem se ausentando muito no IB, ultimamente.

— Eu espero que isso não seja um problema, é que ultimamente ele tem focado mais na família dele, depois da perda do bebê, ele tem ficado mais comigo do que fazendo o que deveria fazer. — parece que invés de melhorar, eu piorei com a perda do bebê. Eu tenho tido tanto tempo livre ultimamente e eu não consigo parar de pensar no Jayson, mas sinto que estou lidando melhor com as minhas dores. Mais na ativa e menos sobre a cama.

— Não há problemas, eu dou conta de tudo. É estranho ouvir que o Justin de fato tem uma família e que se importa com ele. Quem cresceu com ele entende o porquê, eu no caso.

— Não há nada de estranho nisso, Justin é um homem incrível e conquistou o que ele tem hoje. A Melanie não gosta dele atoa e muito menos eu.

Eu estou brava com ele, mas eu não suporto ver alguém se desfazendo do Justin e se referindo a ele como um infeliz que jamais conseguiria algo na vida e o Ethan meio que está tentando fazer isso.

— Sinto se causei algum incomodo. Não era minha intenção causar desconforto para a senhora em relação a isso. A senhora poderia me dar uma papelada que o Justin trouxe para cá na semana passada e ainda não levou?

— Ok. Qual seria? — me levanto e ando em direção ao armário que sei que o Justin guarda seus papéis.

— Está em uma pasta, verde. Não tem como errar.

Procuro a pasta e assim que encontrar pego e ando em direção ao Ethan e estendo a pasta para ele. Ele estende a mão em minha direção para pegar a pastas, porém ele toca meus dedos ao pegar a pasta, não de um jeito comum já que ele os segura rapidamente me encarando nos olhos, ele o fez de uma forma que é possível indentificar as segundas intenções. Eu solto a pasta no mesmo instante e cruzo os braços desviando o olhar.

— É uma pena que esteja com o Justin. Ele com certeza não merece você.

— Ethan, sai daqui. Não pode vir a minha casa e ficar insultando o Justin.

— Tem coisas que você com certeza não sabe e que se soubesse, você estaria o insultando juntamente comigo. — o que deu nesse cara?

— Sai daqui, por favor, eu não estou com cabeça para isso.

— Uma dica, comece pelas chaves, são muitas para alguém que não precisa de nenhuma. Licença

Ele se retira. Me sento na cadeira do Justin e é inevitável não pensar sobre esses avisos. O Johnson, o Jeremy, o Ethan. Todos sabem de algo que eu não sei.

Olho seu chaveiro e começo a encarar cada uma de suas chaves. São muitas e desnecessárias, não precisamos de chaves, não usamos chaves quando temos seguranças em casa porque não trancamos as portas, a não ser que estejamos escondendo algo em algum lugar específico e usemos diversas chaves para despistar… eu sei lá.

Eu luto internamente entre procurar ou esperar Justin me falar a verdade. Ele está me enrolando faz tempo e ele disse que eu poderia procurar por respostas caso ele não falasse em uma semana e ele não o fez.

Mas ao mesmo tempo eu quero algumas respostas, como, por que eu não posso ir a certos andares? Eu estou casada com ele, eu deveria ser livre e não me sentir presa e restrita como se eu ainda fosse uma participante das provas. O que tem nessa mansão que eu não posso ver?

Ando em todos os andares que o Justin me proibiu de entrar, a maioria estava aberto e "abandonado". Nada demais. Bibliotecas. Salas de jogos, pista de boliche e até pista de dança. Segui até o porão e comecei a caminhar por ele, mas só há lixo aqui.

— Senhora, a senhora não deve estar aqui em baixo. — um funcionário me chama me fazendo virar no mesmo instante — Digo… não é o lugar para a senhora.

— Por que eu não posso estar aqui? O que há aqui?

Ando em direção ao funcionário e o vejo nervoso. Bingo.

— Não há nada além de lixo, senhora.

— O que o Justin esconde aqui? Eu quero a verdade.

— Nada senhora, pode revirar esse porão e só encontrará lixo.

— Um minuto. Ou conta a verdade ou pode se considerar demitido. — Seja lá o que Justin não quer que eu descubra, eu irei e foda-se. Eu só estou cansada de estar a cegas sobre o homem que casei.

— Não há nada aqui.

— Cinquenta e cinco segundos. Você pode me contar agora o que há aqui e ter sua identidade protegida ou você perder seu emprego e você sabe que jamais se livrará de fato dessa família. Não será de fato livre de nós. Se eu fosse você, eu falava.

— O senhor Bieber irá acabar comigo.

— Ele nunca saberá da fonte, mas apenas se me contar agora. Se não contar, eu irei falar que você sabe de algo que eu não sei e isso irá desencadear uma discussão enorme e tudo porque você não me contou. Então… apenas conte ou me mostre. — o funcionário fica pensando — Seu tempo acabou. Já decidiu?

— Aqui há câmeras de segurança…

— Eu acabo com as filmagens.

Ele começa a andar em direção a uma das paredes do porão. Apesar de ser um porão, o teto é extremamente alto, então eu posso considerar isso um depósito. Fomos em direção a um piano provavelmente velho que estava lá. O funcionário empurrou o piano que estava encostado na parede e ele puxou um pano que cobria a parede revelando uma porta de metal.

— Eu não posso continuar daqui. A única coisa que sei está atrás dessa parede, apenas… não me ferra, por favor. — o vi implorar e assenti.

Ele saiu a passos largos e eu encarei a porta e peguei as chaves do Justin, testando uma por uma até encontrar a chave que se encaixou na fechadura da porta e eu girei e a porta se abriu.

A primeira coisa que eu procurei foi a luz do quarto na qual me entrei e assim que encontrei, eu ligue. Vejo um quarto totalmente branco, mas não um quarto para se dormir, uma espécie de laboratório ou área cirúrgica. Tinha uma mesa no centro, uma mesa para realizar cirurgias e diversos instrumentos médicos na qual eu não tenho nenhuma conhecimento.

Me aproximo dessas coisas e é possível ver vestígios de sangue em alguns instrumentos.

Que porra é essa?

Tem diversos equipamentos médicos no ambiente. Vejo uma estante de madeira, afastado de tudo e minhas mãos vão a boca quando eu vejo o que há nas estandes. Que porra, eu preciso muito vomitar. Que porra. Que porra. Que porra!

08:32 PM

Me encontro parada na porta principal da casa de fato me segurando para não pensar e fazer diversas coisas.

— Mas eu atirei quase igual a você. — Mel diz ao abrir a porta.

— Cala a boca que não é verdade, eu atiro melhor e eu sempre vou atirar, nasci com uma arma nas mãos.

— Você é chato. — Mel o encara em seguida Justin me olha, notando minha expressão séria.

— Vai tomar banho antes que a Kaitly voe no meu pescoço. — ela está coberta de lama, ao contrário do Justin que não se sujou nada. Eu nem quero saber onde eles atiraram — Ela parece brava, então não fode, Melanie. — ele me encara procurando qualquer vestígio de brincadeira.

Mel vai diretamente para o elevador e Justin anda em minha direção.

— Olha essa pirralha tem futuro. Atirou quase igual a mim, mas não fala para ela, ela já se acha demais. Eu estava pensando e não é uma ideia absurda ela também ter uma parte na máfia e… você está brava?

— Podemos conversar no seu escritório? — pergunto sem o olhar nos olhos.

— Okay…

Ele anda em direção ao escritório e quando chegamos, ele abre a porta, e anda em direção a sua mesa, encarando o que eu deixei lá.

— Porra. — ele murmura como se o seu segredo tivesse sido revelado, o que de fato aconteceu. Ele se vira para mim.

— Você esqueceu sua chave ontem, no trabalho. — estendo sua chave o entregando.

— Kaitly, tem uma explicação.

— Eu de fato espero que tenha uma explicação do porquê tem vinte e três vidros com restos mortas de feto, abortos no caso, dentro de um quarto em um porão e porquê tem uma espécie de quarto cirurgico ou porquê tem porras de fotografias do que era feito naquele quarto! — eu começo a me exaltar. Sim, tinha tudo isso no quarto.

— Kaitly, eu…

— Fala Justin! Que porra era aquela e fala a verdade!

— Kaitly, posso pelo menos tomar um banho antes de tudo?

— Para de enrolar, caralho!

Justin se aproxima tocando meus braços e eu me afasto apenas o encarando e esperando que ele falasse.

— Eu quero a verdade. — ele fica encarando um pouco fixo pensando no que irá falar.

— Eu passei minha vida inteira ouvindo do meu pai que eu era um aborto mal sucedido. Depois do dia que ele deixou escapar essa informação, ele a repetia o tempo inteiro e eu pensava qual era porra da graça de simplesmente tirar um bebê. Eu juro Kaitly, eu pensava isso. Eu queria saber o porquê as mulheres que deveriam ser mães, protetoras, e o caralho a quatro tiravam os filhos. Eu fiquei tão puto com a minha mãe que eu comecei a engravidar mulheres e tirar os filhos delas depois que elas estavam apegadas a eles. Eu queria que elas sofressem, como se fosse minha mãe no lugar. Eu queria castigar as mulheres e entender o prazer por trás disso. Eu pensava que se eu não ia nascer, ninguém deles iria. Eu pensava, se é tão engraçado fazer essa porra, então convivam com isso agora. Porque o modo que o meu pai me contou a história fez parecer que eu era algo engraçado e sem importância que minha mãe quis descartar. Minha questão não é com o aborto, estou foda-se para isso, minha questão era com a minha mãe. Eu só queria entender o porquê e punir as mulheres como se fosse ela e como se as mulheres fossem as verdadeiras vilã. — eu não falo nada apenas o observo — Kaitly… — ele tenta se aproximar.

— Por quê? Vinte e três mulheres, Justin! Você guardou o feto morto de vinte e três mulheres como se fossem a porra de troféus em vidros!

— Quarenta e duas mulheres. Eu engravidava várias ao mesmo tempo, mas eu só guardava a das mulheres que eu via que sofria mais e algumas cresciam muito e eu não guardava.

— Você as matou?

— Apenas sete morreram ou se mataram. Meu intuito era que elas sobrevivessem sentido isso na pele. Eu já parei com isso.

— Isso é tudo?

— Não… eu também mandava operar para que nenhuma delas engravidasse novamente. — ando em direção a cadeira do Justin e me sento e fico alguns segundos em silêncio e Justin também, eu não acredito nisso, eu apenas não acredito nisso.

— Então você engravidava mulheres que sei lá… pensavam que você era bom? Que era alguém do bem?

— Eu só saia uma noite com elas, engravidava as mulheres e não usava nenhum método para evitar, elas até pensavam que sim. Não eram prostitutas. Depois elas apareciam grávidas e era aquilo de "vamos criar ele, porém separados já que não temos porra nenhuma um com o outro" e eu esperava alguns meses, os primeiros e depois mandava tirar.

— E o que você ganhou com isso? FALA PORRA!

— Kaitly, eu…

— Para. Que saber, eu não quero ouvir. Meu Deus, eu estive grávida de você. — me levanto e começo a andar pelo escritório de um lado para o outro — Essa merda de matar Biebers... você já matou vários, porra! Você matou vários Biebers e ainda disse que era contra as regras. O Johnson matou o Jayson ou foi você? Porque agora, eu não duvido de nada vindo de você. Contratou o Johnson para matar o Jayson?

— Kaitly eu nunca tocaria no Jayson ou sequer faria isso com você, eu juro.

— Quando você parou?

— Três meses antes de você entrar no IB.

— Quis fazer isso comigo? Alguma vez?

— Kaitly…

— Você pensou em fazer isso comigo, Justin?!

— Sim. Mas quando eu tomei a decisão de parar, eu praticamente enfiava anticoncepcional nas mulheres porque eu sabia que se engravidasse… era por isso que eu era tão insistente. Kaitly, chegou a um momento que isso estava saindo do meu controle e eu precisava fazer isso todas as semanas e eu quis parar e eu parei. Não tem nada a ver com o presente. As coisas mudaram, você acompanhou. Eu mudei!

— Você engravidava mulheres e depois tirava os filhos delas e tudo por diversão e você espera que eu simplesmente esqueça porque você mudou? Não importa o que você já fez, isso sempre volta, caralho! — eu já não seguro as lágrimas. Tinhas fotos das vítimas sendo abertas e costuradas, não era o Justin que fazia esses processos, mas ele guardava fetos em vidros apenas para olhar.

— Desculpa.

— Não pede desculpa para mim! Só fica longe porque agora, eu estou com muito nojo de você e… se livra daquilo.

Saio do seu escritório não querendo ouvir mais nada. Ele é doente, só pode ser. Engravidar mulheres e tirar seus filhos depois que a mulher estava apegada? E depois fazer procedimentos para que nunca mais engravide? Eu nunca deveria ter me casado. Ele nunca foi sincero e me falou essa porra e se eu não tivesse ido atrás, ele não me falaria essa porra.


Notas Finais


Eitaaaaaa, tudo bom?

Faltam, cinco capítulos para o fim de CD.

Agora estou de férias, mas volto antes de vocês conseguirem sentir minha falta, são só alguns dias. Beijosssss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...